NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/09/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Leilão de Confins e Galeão só em novembro
O leilão dos aeroportos de Confins (BH) e Galeão (RJ), só deve ocorrer na primeira semana de novembro e não mais em 31 de outubro. O TCU liberou o parecer 11 dias depois do previsto. Para o ministro da aviação Civil, Moreira Franco, "não é propriamente um atraso". O TCU aprovou, com ressalvas, os estudos para licitação. O governo terá que explicar a restrição das atuais operadoras de aeroportos no leilão.
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STJ isenta União de indenizar empresa por desapropriação de terreno do Galeão
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) isentou a União de indenizar a Companhia Brasília S/A, em mais de R$ 17 bilhões, pela desapropriação das terras onde foi construído o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A desapropriação foi decretada em 1930, com a transferência das terras à Aeronáutica em 1944. Segundo o relator, a empresa, que está em processo de liquidação, perdeu o direito de cobrar o valor por força de prescrição. A decisão final foi tomada na semana passada, mas divulgada ontem (17) pelo STJ.
O processo tramitou na Justiça por mais de 60 anos. A Companhia Brasília propôs a ação contra a União em 1951. Em 1979, a Justiça condenou a União a pagar a indenização por desapropriação indireta. O processo, que chegou a passar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 1973, teve uma fase de liquidação entre 1979 e 1989. Em 1998, seu valor chegava a R$ 16,9 bilhões, mas a Companhia Brasília não pediu judicialmente o pagamento dos recursos.
Segundo o relator do processo, ministro Mauro Campbell, após homologada a liquidação da sentença, em abril de 1990, o autor teria 20 anos para promover a execução. “A Companhia Brasília teve 20 anos para dar início à ação de execução e obter a citação da União, até mesmo para que eventualmente fossem oferecidos embargos à execução do julgado, o que não ocorreu. Todavia, o lapso prescricional correu na sua integralidade, não tendo ocorrido qualquer causa interruptiva da prescrição da pretensão executiva”, disse.
A Segunda Turma do STJ seguiu o relator em votação unânime, poupando os cofres públicos do pagamento de mais de R$ 17 bilhões. Entre as peculiaridades do processo, consta o extravio dos autos da Justiça Federal no Rio de Janeiro depois que, aparentemente, o advogado da Companhia Brasília os retirou, em 1997, e não os devolveu. Apenas após quatro anos, um pastor evangélico os entregou no cartório da Justiça Federal, informando tê-los encontrado em um banco de igreja.
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Azebudsman
Luiz Carlos Azedo
Em relação à nota intitulada "No solo", publicada ontem, o Centro de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica esclarece que o processo de aquisição das novas aeronaves de caça para a FAB, FX-2, continua em andamento e o relatório de avaliação técnica elaborado pelo Comando da Aeronáutica envolveu os aspectos operacionais, logísticos, de transferência de tecnologia e compensação comercial, "não havendo espaço para preferências pessoais". Informa ainda que "a venda de aeronaves A-29 Super Tucano para os EUA não guarda qualquer relação com o projeto FX-2, por se tratar de uma negociação entre uma empresa privada, a EMBRAER, e um cliente internacional."
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Antônio Machado
O cancelamento da visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, a convite do presidente Barack Obama, em tese, seria notícia de peso na imprensa internacional, com repercussões imprevisíveis. Não foi nem aqui, embora a notícia, inusual, tenha cruzado o mundo, até por ser raríssima uma visita em nível de Estado ser cancelada.
Mas não foi por ela nem pelo Brasil e, sim, por Obama e a política externa dos EUA — hesitante no Oriente Médio, ambígua com a China, desafiada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, cheia de gafes com os governos da Alemanha e da França, tradicionais aliados.
As ações de vigilância do Palácio do Planalto e a suposta invasão da rede de dados da Petrobras, reveladas pelo jornalista americano radicado no Rio Glenn Greenwald, a partir de vazamentos de Edward Snowden, o ex-analista terceirizado da National Security Agency, a NSA, refugiado em Moscou, também teriam alcançado, com diversos graus de intrusão, os governos da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente do México, Enrique Peña Nieto — além, ou, sobretudo, cidadãos, empresas e bancos dos EUA em escala sem precedente.
É nos EUA que Obama enfrenta a maior saia justa. Ainda nesta semana, descobriu-se, graças à desclassificação como sigiloso de parecer da Foreign Intelligence Surveillance Court — tribunal criado depois do ataque às torres do World Trade Center, em 2001, pelo Patriot Act — que o monitoramento de telefonemas e e-mails, iniciado em 2006, jamais foi questionado pelas teles do país. Supunha-se, conforme alegavam, que os grampos seriam pontuais e caso a caso, obedecendo ordem judicial. Aliás, como se supõe que também seja aqui.
Nos EUA, não era. E é com denúncias assim, que Snowden, ao estilo WikiLeaks (a rede criada por Julian Assange, atualmente asilado na embaixada do Equador em Londres), vai revelando, em conta-gotas, que Obama tem de lidar. O constrangimento com Dilma talvez tenha sido o menor de seus problemas. Ele já fizera algo igual, entre irritado e decepcionado, ao cancelar reunião com Putin, em Moscou, depois do asilo russo ao espião fugitivo dos EUA. A rigor, Dilma o poupou.
Amarelando a Casa Branca
Se, em vez de cancelar a visita, Dilma fizesse como Obama fez em junho, ao receber o presidente da China, Xi Jinping, bombardeado na imprensa, no Congresso e pelo empresariado dos EUA sobre a onda de ataques virtuais a partir de sites chineses contra os servidores de empresas americanas, supostamente para chupar segredos industriais, a Casa Branca é que ficaria amarela. Como ficou o líder chinês.
O ambiente embaraçoso deve ter facilitado a introdução de assuntos mais do agrado aos EUA, como a atenção sobre a Coréia do Norte e o casamento de conveniência entre as finanças dos dois países, temas falados por Obama, Jinping ao lado, na entrevista depois da cúpula.
O governo Dilma também tem uma agenda sensível com os EUA, indo do apoio ao pleito por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ao acesso a tecnologia de ponta, se houvesse a decisão pela compra dos F-18 da Boeing para a Força Aérea. Era isso e não muito mais, ao que se sabe, o que estava em pauta na visita a Washington.
Espionagem de prateleira
Muito pouco para uma viagem oficial, com direito a um "jantar de Estado" na Casa Branca, dia 23 de outubro. Dilma era o único líder estrangeiro a merecer tal deferência de Obama este ano. Como ambos falaram em "adiamento", não em cancelamento, terão mais tempo para discutir a relação bilateral, que, nos últimos anos, tem servido mais aos interesses econômicos e financeiros dos EUA que aos nossos.
E o pedido de desculpa? Não veio, como não houve para ninguém. A fazê-lo, Obama passaria o resto do ano falando sorry aos colegas. E ouvindo algo igual. Talvez não do Brasil, embora as tecnologias de infiltração estejam disponíveis no mercado, como se pode ver no fim de julho, em Brasília, num evento sobre inteligência cibernética. Não há rede física segura, ao contrário do que o governo cogita em resposta à espionagem, mas há programas de ataque/defesa eficazes e com know-how nacional. Se nossos dados críticos estão dando sopa na rede, isso é com Dilma e a área de segurança do governo.
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SP inaugura cadeia em Jardinópolis que pode ser barrada pela Justiça
FELIPE AMORIM
Inaugurado nesta quarta-feira (18) pelo governo do Estado, o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis (329 km de São Paulo), presídio do regime semiaberto, é alvo de uma disputa judicial com a prefeitura, que é contra a instalação da unidade.
Na segunda-feira (16), o TJ (Tribunal de Justiça) determinou a suspensão das obras ao julgar pedido do município. A ação tramitava desde 2012.
O prefeito José Antônio Jacomini (PPS) diz que pretende continuar a briga na Justiça para conseguir barrar o funcionamento da unidade. Segundo o procurador do município, Anderson Nestrinel de Oliveira, apesar de as obras já estarem concluídas, a decisão deve ser entendida como a proibição ao funcionamento do presídio.
A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo informou que não iria se manifestar sobre a decisão judicial, pois não havia sido notificada oficialmente. A reportagem não conseguiu ouvir o relator do caso no TJ para saber se a decisão vetaria também a ocupação do CPP.
A cadeia pode abrigar 1.048 detentos que possuem autorização para deixar o presídio durante o dia para trabalhar e voltar à noite.
A Justiça entendeu que faltaram à obra o alvará de construção, os estudos de impacto ambiental e de vizinhança, além de autorização da Aeronáutica, necessária pois a área fica próxima ao aeroporto de Ribeirão Preto e de uma pista de pouso particular.
Jacomini afirma que Jardinópolis não tem condições de atender à demanda do presídio por serviços, como o de saúde e coleta de lixo. "Uma cidade pequena não comporta isso aí", disse ele, que não foi nesta quarta-feira (18) à inauguração em protesto à implantação do CPP na cidade.
O secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, disse que a obra foi licenciada pela Cetesb e que suspendê-la agora seria "oportunismo". O governo do Estado não informou se há pressa para a chegada de detentos ao CPP.
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Serviços de inteligência
Ives Gandra da Silva Martins
Na década de 90, Alvin Toffler escreveu "Guerra e Antiguerra", no qual defendia a tese de que as guerras futuras serão ganhas não por generais em campo de batalha, mas pelos serviços de inteligência. Em eventual conflito, quem dispuser de mais informações, prevalecerá.
Os serviços de inteligência, por muitos denominados de espionagem, buscam ter as informações necessárias para que os governos possam decidir as políticas a serem adotadas perante eventuais adversários, criminosos ou inimigos externos. Até mesmo perante nações amigas.
Tem o governo federal seus serviços de inteligência nas Forças Armadas, na Receita Federal, na Polícia Federal e na Abin (Agência Brasileiro de Inteligência), que oferecem dados relevantes para determinar as suas ações.
É bem verdade que o direito à privacidade é uma cláusula pétrea no Brasil (artigo 5º, incisos X, XI e XII), mas até mesmo essa cláusula pétrea pode ser oficialmente quebrada mediante autorização judicial. Infelizmente, não poucas vezes é quebrada pelas mais variadas ações públicas e privadas (hackers). Quando descobertas pela imprensa, tornam-se escândalo público.
De rigor, com a evolução da informática, o direito à privacidade tornou-se, melancolicamente, um segredo de polichinelo, tendo, por exemplo, a Receita Federal mais informações sobre a vida econômica de cada contribuinte do que o próprio contribuinte. E legalmente.
No plano internacional, podem as nações defender-se por meio de serviços de inteligência contra potenciais inimigos, aliados ocasionais ou movimentos subversivos internos ou externos com o aprimoramento de seus serviços de inteligência.
Depois do dia 11 de setembro de 2001 --quando os serviços de inteligência americanos detectaram a possibilidade de ataque, mas as autoridades não avaliaram com o devido cuidado as informações de que dispunham--, toda a estratégia dos Estados Unidos, que, a partir da guerra da Coreia em 1952, tinha sido consideravelmente valorizada e alicerçada nesses serviços secretos, foi definitivamente erigida como elemento chave na defesa da nação.
Por variados motivos que não cabe aqui analisar, tornou-se a nação preferencial de ataques no próprio território ou no exterior.
É, pois, natural que cada país, nos limites de sua tecnologia, busque ter informações sobre seus vizinhos ou potências adversárias.
Os serviços de inteligência, portanto, estão na essência da segurança do Estado e sabe-o não só a presidente da República, como todos os órgãos responsáveis por garanti-la.
O encarregado da embaixada brasileira na Bolívia arriscou-se a tirar de lá o senador exilado havia um ano e meio, porque detectou os riscos concretos de sua permanência.
No Velho Testamento (livro de Josué), os hebreus derrotaram Jericó depois de enviarem dois espiões até a cidade e, tendo obtido informações de uma prostituta, trouxeram-nas para que Josué pudesse invadir a cidade, preservando, inclusive, a vida da informante.
É de se lembrar que, o combate à criminalidade, no Brasil e no mundo, faz-se a partir de serviços de inteligência. Parece-me, pois, inviável a proposta da presidente Dilma de um Código de Ética da Espionagem, a ser levada ao G-20, porque, até o fim dos tempos, os serviços de inteligência (espionagem) continuarão a representar o sistema de segurança de qualquer país.
Por essa razão, nenhum espião pede autorização do espionado para espionar e todas as nações sempre negam que espionam, a não ser quando descobertas. É tão utópico acabar com a espionagem quanto acabar com a corrupção no poder.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 78, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
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Espionagem trava acordo com a Motorola
NATUZA NERY e JULIA BORBA
O momento bom não é dos melhores para discutir a construção de uma rede segura para o governo brasileiro com uma empresa americana. Esse foi o argumento usado pelo ministro Paulo Bernardo (Comunicações) para explicar à vice-presidente de assuntos governamentais da Motorola Solutions, Karen Tandy, que estão bastante reduzidas as chances da empresa conseguir fechar contrato com o governo federal.
O encontro foi relatado à Folha por um dos participantes da reunião.
A companhia já investiu R$ 2 milhões para desenvolver no Brasil uma rede segura, que permitiria comunicação das Forças Armadas na rede 4G, usando a faixa de 700 MHz -a mesma que deve ser licitada no ano que vem para implantação de banda larga de alta velocidade.
Na última semana, representantes da empresa vieram ao país fazer visitas de cortesia e conversar com membros do governo para destacar os benefícios do serviço desenvolvido por eles.
O modelo permitiria, por exemplo, a transmissão em tempo real de imagens das áreas monitoradas pelas Forças Armadas em capitais ou regiões de fronteira do país, em um ambiente exclusivo de comunicação.
"Entendo que a Motorola não teve casos de invasão denunciados, mas nesse momento há um embaraço [para contratar a empresa]", explicou Paulo Bernardo.
Em entrevista à Folha, a diretora para o governo federal da Motorola, Krishna Formiga, não comentou a visita ao ministro. Disse apenas que o governo vem facilitando o diálogo para tratar do tema e que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) se mostra "bastante aberta a discutir o projeto".
Segundo a Folha apurou, a superintendência de outorgas da Anatel deve recomendar ao governo que separe espaço na faixa 4G para serviço privado de comunicação das Forças Armadas. A escolha da empresa que irá operar e prestar esse serviço, entretanto, depende de decisão posterior.
Desde o ano passado o Ministério da Defesa pede à Anatel para ter uma parte da faixa de 700 MHz. A ocupação da faixa com sistemas do Exército e das polícias desagrada ao governo e a parte do governo, que está interessado em garantir a expansão dos serviços de internet.
Na última semana, a Anatel autorizou o uso de um satélite geoestacionário para criar um canal isolado para as Forças Armadas.
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Fim da Greve no HFA
Após um mês e meio de greve, os servidores do Hospital das Forças Armadas(HFA) resolveram encerrar a paralização em assembleia na terça-feira. A categoria avalia que a paralização foi positiva, apesar de a pauta nao ter sido totalmente atendida pelo governo, mas "rendeu alguns avanços nas negociações".
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Forças Armadas realizam exercício simulado de transposição de curso d água
Cerca de mil militares das Forças Armadas estiveram envolvidos na manhã de hoje em um exercício simulado de transposição de curso d água. A atividade teve como objetivo levar a tropa de uma margem a outra de um rio sem que ela fosse atacada pelo inimigo, que resiste. A iniciativa faz parte da Operação Laçador, coordenada pelo Ministério da Defesa, e executada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A operação serve para o adestramento conjunto de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
A simulação aconteceu às margens do Rio Santa Maria, no município gaúcho de Cacequi - distante pouco mais de 30 quilômetros de Rosário do Sul, no interior do estado do Rio Grande do Sul. A ação começou com o sobrevoo de duas aeronaves A-29 Super Tucano da Forca Aérea no terreno da operação. Esta etapa representou que, naquele local, havia soberania da tropa amiga nos céus, evitando com que ela fosse bombardeada. Depois, militares a pé tomaram a região e avançaram para pequenas embarcações na área de travessia.
A fase contou com homens de Infantaria do Exército e fuzileiros navais da Marinha. Dentro dos botes encontrava-se, também, pessoal de Engenharia, responsável pela construção do caminho que levava ao outro lado do rio.
O próximo passo foi a construção de passadeira de alumínio (para pessoas) e portada (para locomoção de viaturas). Atravessaram a portada, que é como uma balsa, veículos blindados M-113 e Leopard. Dessa forma, a transposição foi concluída. Houve, ainda, reconhecimento prévio da localidade, por meio de mergulhadores militares, que ficaram responsáveis pelo balizamento de espaços de passagem dos veículos. Essa parte também foi simulada.
Ao término, o comandante da 6ª Divisão de Exército, localizada em Porto Alegre, general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, explicou: "o que nós vimos aqui, cerca de 90% envolve a nossa engenharia de combate".
De acordo com ele, "só tem tranquilidade quem sabe fazer e tem conhecimento técnico. Isso facilita a operação e evita qualquer tipo de acidente".
Além do general Pafiadache, o exercício foi acompanhado pelo comandante Militar do Sul, general Carlos Bolivar Goellner, coordenador da operação. Segundo o general Bolivar, "o treinamento conjunto entre as Forças, hoje, é fundamental. E já não existe dificuldade em relação a isso". No caso da transposição, ele disse que "atualmente não se perde mais tempo tentando entender como fazer. Estamos acostumados e esta é uma operação de guerra convencional".
Ao lado dos dois comandantes, militares de nações-amigas como Argentina, Uruguai e Venezuela presenciaram as etapas da ação, que durou, no total, uma hora e meia.
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Decisão de Dilma agrava mal-estar, mas não abala relação com EUA
DEUTSCHE WELLE
Gesto de cancelar visita de Estado, normalmente reservada a aliados mais próximos de Washington, é raro na diplomacia, porém não foi exagerado, segundo analistas. Medida deixa reaproximação entre os países estagnada.
Nem mesmo um encontro com o presidente americano, Barack Obama, durante a reunião do G20 na Rússia, nem um telefonema de 20 minutos na última terça-feira (17/09) bastaram para que Dilma Rousseff mantivesse de pé a visita que faria a Washington em 23 de outubro.
Para especialistas, o gesto de cancelar a visita foi adequado e proporcional ao fato de que o Brasil ainda não recebeu esclarecimentos mais contundentes nem um pedido de desculpas dos Estados Unidos quanto ao caso de espionagem, especialmente a Dilma e à Petrobras. A decisão da presidente, afirmam, esfria, porém não abala os alicerces das relações entre os dois países.
"É um momento complicado, pois não sabemos como isso vai se desenvolver. Mas não foi exagerado", opina o cientista político Valeriano Costa, da Unicamp: "Acredito que, ao longo do tempo, esse gesto não vai afetar a relação entre os dois países. Mas, se virar uma escalada de gestos não amistosos, poderia haver até a retirada do embaixador brasileiro nos EUA, o que seria desproporcional."
Para David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), a presidente não tinha alternativa senão suspender a visita de Estado. "Caso contrário, ela chegaria em Washington como uma chefe de Estado humilhada e rebaixada. Havia o risco, ainda, de aproveitarem a visita de Dilma e soltarem outros casos de espionagem envolvendo o Brasil."
O cancelamento da visita de Dilma a Washington pode aumentar o prestígio e o reconhecimento do Brasil no mundo, em particular entre os países em desenvolvimento, como um dos poucos que realmente protestou, com retaliações concretas, contra a espionagem americana.
"Pode ser que o cancelamento possa desacelerar, a curto prazo, os avanços bilaterais como o fim da necessidade dos vistos. Mas, a longo prazo, as relações entre os dois países vão usufruir do cancelamento. Ele é mais uma expressão da nova autoconfiança do governo brasileiro no mundo e perante o governo americano", diz Markus Fraundorfer, do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga), em Hamburgo.
Viagem simbólica
A tensão diplomática entre os dois países deverá ganhar novo capítulo. Dilma confirmou que vai falar da espionagem americana durante o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na segunda-feira (23/09). Ela vai frisar a necessidade de se manter a neutralidade da rede mundial de computadores e a proibição de usar a internet para ações de espionagem. Segundo Dilma, Obama foi informado do teor do discurso.
O cancelamento de uma visita de Estado é raro. Mas a viagem de Dilma representaria mais um gesto simbólico do que avanços nos principais pontos da agenda bilateral. Dessa forma, temas como a dispensa de visto para brasileiros entrarem nos EUA, o apoio dos americanos à ambição brasileira de ter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU e a eliminação da bitributação que é uma das maiores reivindicações dos empresários dos dois países não seriam assinados.
Mesmo assim, o mal-estar pode causar reveses numa possível escolha da americana Boeing, com o modelo F-18, pelo governo brasileiro para fornecer caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), uma licitação internacional que ainda é disputada pelo francês Rafale, o sueco Gripen NG e pelo russo Sukhoi. O caça americano passou a ser um dos principais favoritos a vencer a concorrência.
"A visita teria mais um caráter simbólico. A última visita de Estado em Washington [com honrarias militares e jantar de gala na Casa Branca] foi do então presidente Fernando Henrique Cardoso a Bill Clinton, em 1995. Dilma pretendia normalizar as relações com os EUA, que saíram arranhadas depois do governo Lula. Pelo menos ela fez um esforço", afirma Fleischer.
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Ministro da Defesa libera visita de Erundina ao antigo DOI-Codi
A visita, que uma comitiva de parlamentares faria amanhã às antigas instalações do DOI-Codi, no Rio, suspensa devido ao veto de militares à participação da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), foi reagenda para a próxima segunda-feira, após reunião realizada na tarde de ontem entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ana. Rita (PT-ES). Mais cedo, Erundina, que presidente a Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça da Câmara dos Deputados, afirmou que "o Exército brasileiro ainda pensa que está na ditadura".
Ontem, ficou acertado que não haverá vetos aos nomes indicados para compor a comitiva, Serão convidados a participar da visita os três senadores que estiveram na reunião com Arnorim, Erundina, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o procurador da República Antônio Cabral, os integrantes da Comissão Estadual da Verdade do Rio, Wadih Damous e Álvaro Caldas, e dois membros da Comissão Nacional da Verdade, ainda a serem definidos.
O DOI-Codi foi o principal centro de torturas no Rio durante a ditadura militar. Atualmente, o local, na Tijuca, zona norte, abriga o i.° Batalhão da Polícia do Exército, mas há planos de tombá-lo e transformá-lo em um centro de memória. A visita à unidade militarjá havia gerado tensão em agosto, quando integrantes da Comissão Estadual da Verdade do Rio foram impedidos de entrar ali.
Lei da Anistia. Eu não sei o que aconteceu. Mas só posso dizer que o Exército acha que ainda está vivendo o período da ditadura", disse Emndina, antes da decisão. Segundo ela, não há nenhuma motivação aparente para ser vetada, a não ser o fato de ter apresentado projeto de lei que revoga a Lei da Anistia. aSe são contrários à proposta, que façam o debate no Congresso e não esses vetos sem sentido."
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Embraer vai ter empresa de integração de sistemas
Virginia Silveira
A Embraer está criando uma nova empresa na área de integração de sistemas, com foco nos segmentos de petróleo e gás e naval. O Valor apurou que o engenheiro Daniel Noczydlower, recém contratado pela Embraer, foi nomeado CEO da nova empresa. Procurada, a Embraer não se manifestou sobre o assunto.
A primeira aparição pública do executivo, de acordo com informações apuradas pelo Valor, aconteceu na semana passada, durante a 3º Conferência de Inovação Brasil-EUA, no Rio de Janeiro. A Embraer foi uma das cerca de 20 empresas participantes do evento, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Movimento Brasil Competitivo (MBC) e US Council on Competitiviness (CoC).
A criação da nova empresa, de acordo com fontes ligadas à Embraer, faz parte da estratégia de diversificação de negócios da companhia, a exemplo do que já aconteceu por meio da aquisição de outras empresas, como a Atech (tecnologias críticas) a Orbisat (radares) e também a criação da Harpia com a Ael Sistemas (veículos aéreos não-tripulados), do consórcio Tepro (gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras) e da Visiona, uma associação com a Telebras, para a gestão de projetos espaciais.
A empresa vai atuar, por exemplo, com tecnologia embarcada para o gerenciamento de operações de navios e plataformas.
A Embraer, segundo informações, também não teria desistido de entrar no mercado de helicópteros, apesar de sua parceria com a italiana Agusta não ter dado certo. A fabricante americana Sikorsky, de acordo com fontes consultadas pelo Valor, é uma das empresas que estariam sendo analisadas pela Embraer para uma eventual parceria neste segmento.
Líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos, área que ainda responde por mais de 50% da sua receita global, a Embraer tem investido pesado na diversificação do seu portfólio de negócios e na expansão global. Em entrevista recente, o diretor-presidente da companhia, Frederico Fleury Curado, disse ao Valor que quanto mais a empresa cresce e se diversifica, maior e mais acirrada é a competição que encontra internacionalmente.
Atualmente, a empresa conta com três unidades de negócios: aviação comercial, aviação executiva e defesa e segurança. A participação do mercado da aviação executiva cresceu de 14,1% das unidades entregues no mundo em 2011 para 14,9% em 2012. Na Embraer Defesa e Segurança, segundo a empresa, a receita foi 44% superior ao ano anterior.
No segmento de aviação comercial, a Embraer contabilizou este ano a venda de um total de 130 E-Jets da atual família. Somado com as encomendas dos E-Jets da nova geração, o total de pedidos firmes em 2013 é da ordem de 330 aeronaves.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado para os E-Jets da companhia, mercado onde ela acredita que exista um potencial de vendas de 400 aeronaves para as linhas aéreas americanas nos próximos dois a três anos.
A Embraer mantém-se na liderança do mercado de aviação comercial, com mais de 50% de participação em vendas e 63% das entregas. A empresa também reafirmou a previsão de entrega de 90 a 95 jatos comerciais em 2013.
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Diario de Canoas
Operação Laçador prepara militares para conflitos
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Defesanet
Operações Especiais do Exército realizam treinamento na Operação Laçador
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Pioneiro - Caxias do Sul
3º GAAAe participa da Operação Laçador
Caxias do Sul – Um contingente de 80 militares do 3ª Grupo de Artilharia Antiaérea (3º GAAAe) de Caxias do Sul parte nesta quarta-feira para Rio Grande, uma das 13 cidades do Sul do país onde ocorrem exercícios da Operação Laçador.
Pela terra ou pelo ar, mais de 8 mil militares das Forças Armadas brasileiras simulam como seria se tivessem que atuar juntos na defesa do Brasil. A Operação Laçador começou ontem e segue até o dia 27 simultaneamente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.
O exercício tem por finalidade o adestramento da tropa, que realizará o planejamento e o emprego de armamento de dotação do grupo, especialmente o Sistema de Mísseis Igla 9K338, para baixa altura, o Radar SABER M60 e o Centro de Operações Antiaéreas eletrônico. Estes últimos equipamentos, de fabricação 100% nacional, foram distribuídos no ano passado e este ano ao 3º GAAAe, configurando-se em importantes ferramentas para a coordenação de ações de defesa antiaérea naquela região.
Os combates e exercícios são simulados, mas as ações são reais. Os militares receberão missões de combate, defesa de espaço aéreo e terrestre, resgate e ações cívico sociais. No exercício simulado, sob a coordenação do Ministério da Defesa, militares da Força Aérea Brasileira (FAB), da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro treinam e simulam situações de conflito.
– As missões têm o objetivo de aprimorar a integração entre as Forças Armadas no Sul – comenta o responsável pela participação caxiense na Operação, coronel José Carlos Andrade Maranhão, comandante do 3º GAAAe.
A ação articulada pelo Ministério da Defesa e coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas inclui ainda a Marinha. O objetivo é alinhar estratégias das três forças nacionais para atuar em situações de conflito.
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Diario de Santa Maria
O Rio Santa Maria, em Rosário do Sul, era o obstáculo a ser transposto. Do outro lado da margem: o inimigo fictício e o território a ser conquistado. No lado amigo, tropas e blindados prontos para avançar. A atividade de ontem da Operação Laçador envolveu mais de mil militares do Exército, Aeronáutica e Marinha, 13 viaturas terrestres e três aviões _ um deles não tripulado _ em uma simulação de combate no Campo de Instrução Barão de São Borja (Saicã).
A ação foi coordenada pela 6ª Divisão de Exército (6ª DE), com sede em Porto Alegre, da qual participaram unidades de Cachoeira do Sul, Bagé e Pelotas. Da 3ª Divisão de Exército (3ª DE), além de unidades da sede Santa Maria, participaram Santa Cruz, Rosário e Alegrete.
Segundo o coronel Paulo Cezar Crocetti, responsável pela logística da 3ª DE, o local não foi escolhido por acaso.
– Em guerras reais, os exércitos que estão defendendo o seu território se posicionam em margens de rios, porque o curso d’água facilita para quem defende e dificulta para quem ataca – explicou o oficial.
Na atividade de ontem, o obstáculo a ser superado, o rio, tinha 120 metros de largura, 4,5 metros de profundidade e uma razoável correnteza (1,2 metro por segundo).
– Nas guerras de hoje e do futuro, não há como operar se não for em conjunto entre as três forças – disse o comandante militar do Sul, general Carlos Bolivar Goellner.
O exercício envolve planejamento, esforço e execução.
– Passamos a entender melhor o sistema de cada um, interagindo por um objetivo comum, que é a defesa do país – disse o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sul, general Mario Velloso Guimarães.
A Operação Laçador segue até o próximo dia 27 em 13 municípios nos três Estados do Sul.
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Planeta Universitário - SP
Morre Carlos de Moura Neto, professor do ITA
Agência FAPESP
Carlos de Moura Neto, professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), morreu no dia 13 de setembro, com uma parada cardíaca, aos 68 anos, em São José dos Campos. Editor-chefe da revista Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração, da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), Moura Neto atuava em áreas como metalurgia física, caracterização microestrutural, propriedades mecânicas, tratamentos térmicos, solidificação e fluência em metais e ligas metálicas. Formado engenheiro metalurgista pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) em 1974, ele também era mestre em Energia Nuclear e doutor em Ciências pelo ITA. Foi assessor ad hoc da FAPESP, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
“De personalidade alegre e positiva, o professor Moura Neto deixa um vazio em toda a comunidade e entre os funcionários da Associação”, disse a ABM em seu site. “Perdemos o grande colaborador, exemplo de desprendimento e postura associativa.”
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Portal ORM - PA
ANAC diz que queda de aeronaves no Pará não tem a ver com o fim do escritório
A agência também rebateu o número reduzido de funcionários
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) se pronunciou ontem sobre a matéria publicada no último domingo (15), no O Liberal, sobre a quantidade de acidentes aéreos após o fechamento do escritório de fiscalização física e presencial do órgão em Belém. Segundo os dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde março de 2011, época do encerramento das atividades, foram registrados 24 acidentes civis com aeronaves no Estado do Pará - uma média de quase um registro por mês -, o que representa um aumento de 14,3% em comparação com o mesmo período antes do fechamento do posto.
Na nota enviada pela assessoria de comunicação social, a ANAC afirma que não há nenhuma relação entre as causas dos acidentes, bem como o número de acidentes registrados no Pará, com a substituição do Escritório de Aviação Civil pelo Núcleo Regional de Aviação Civil (NURAC/ANAC). Assim como citou a matéria, eles dizem que, atualmente, o NURAC de Belém está localizado no Aeroporto Val de Cans, do qual dizem "conta com uma estrutura voltada para a fiscalização e aplicação de provas".
A agência também rebateu o número reduzido de funcionários, em razão da promulgação da Lei 1.182/2005, que determinou que o efetivo militar da Aeronáutica cedido para a agência civil fosse devolvido até o mês de março de 2011. A reportagem citou, inclusive, a declaração do diretor de Aeronavegabilidade da ANAC, Cláudio Passos Simão, no último dia quatro de setembro, em audiência pública no Senado Federal, de que há falta de pessoal no quadro da agência - são 1.100 servidores, sendo que deveria ter no mínimo 1.700. "Esclarecemos que o número de Inspetores de Aviação Civil que atuam na fiscalização de aeronaves pela ANAC é suficiente para o trabalho exercido, e a saída de militares da Agência não prejudicou o trabalho contínuo realizado pela ANAC", diz a nota.
"Sobre a atuação da Agência, é importante frisar que a segurança é a prioridade da ANAC e a fiscalização vai além das ações observadas nos saguões dos aeroportos. A fiscalização da Agência é contínua e ocorre de forma programada, não programada e sempre que há denúncia. Para aprimoramento das ações de fiscalização e alcance de melhores índices de segurança operacional, a ANAC iniciou um novo modelo de administração descentralizada, implantada com a alteração do regimento interno da Agência, instituída por meio da Resolução n°245 em setembro de 2012, que, dentre outras medidas, criou a Gerência de Geral de Ação Fiscal (GGAF)", completa, explicando em seguida a finalidade dessa gerência.
"Para fortalecer a fiscalização da ANAC, a GGAF foi criada com objetivo de intensificar as ações de fiscalização da Agência, com atuação conjunta com outros órgãos do Governo, tais como Receita Federal, Polícia Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF é responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como a Operação Voe Seguro que teve sua 4° edição realizada de 1° a 5 de setembro deste ano, em sete aeródromos do Pará e dois do Amazonas. Essa atividade de fiscalização é voltada para a mudança de cultura e a melhoria da doutrina de pilotos e proprietários de aeronaves e está sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil (SAC)."
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