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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 08/09/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Diplomacia empresarial

À frente da filial da Boeing, que disputa a venda de caças para a FAB, ex-embaixadora dos EUA propõe parceria de longo prazo com o país

SÍLVIO RIBAS E PAULO SILVA PINTO

ImagemA ex-diplomata norte-americana Donna Hrinak assumiu há um ano e meio a missão de sofisticar as relações do país com a Boeing. Com português fluente e hábitos locais já incorporados, a presidente da primeira subsidiária brasileira da empresa usa a experiência de 30 anos nas relações internacionais para vender aviões de guerra ao governo e, ainda, iniciar ousados empreendimentos, como a pesquisa de biocombustíveis para uso na aviação.
A executiva ressalta que sua missão não é só garantir o fornecimento de 36 caças Super Hornet na licitação internacional aberta pela Força Aérea Brasileira (FAB), mas firmar parcerias de longo prazo. Como antecipou o Correio, a FAB vai aposentar, em dezembro, os franceses Mirage 2000, elevando a pressão para um desfecho do negócio de, pelo menos, US$ 4 bilhões.
A serviço de Washington, Donna morou seis anos no país. Na década de 1980, trabalhou no consulado em São Paulo. Voltou 15 anos depois, como embaixadora (2002-2004). Ela tem um filho brasileiro, de 27 anos, e um neto também com dupla nacionalidade. "Fui brasileira em outra vida", brinca.
Sua missão ao ser escolhida para representar a Boeing no país era negociar os caças para o governo?
Minha vinda se casa com o propósito de dar nova dimensão à relação de mais de oito décadas entre a Boeing e o Brasil. Fornecemos o primeiro avião militar, em 1932. Também vendemos a primeira aeronave comercial, para a Varig. Nunca operamos diretamente no país, pois víamos o Brasil apenas como um mercado. Isso mudou e o encaramos, agora, como um importante parceiro para desenvolver produtos, tecnologia e inovação. Vendendo ou não os 36 caças, continuaremos aqui.
Mas qual é sua expectativa em relação ao processo para equipar a FAB, do qual a Boeing é finalista?
A presidente Dilma Rousseff tomará a decisão correta no momento adequado. Acompanhei as declarações do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Ele deixou claras a importância do programa e a necessidade de um orçamento diferenciado para a defesa. A questão principal é que é preciso dar a largada para a montagem dos aparelhos, o que leva alguns anos até o pedido ser totalmente atendido.
A maior barreira é a resistência dos EUA em transferir ao país a tecnologia dos caças?
Essa questão está muito mais aberta, com avanços evidentes e condições que os Estados Unidos dão aos seus melhores aliados. As duas casas do Congresso norte-americano autorizaram a venda, com apoio até da oposição republicana. Esse gesto raro revela a importância que meu país dá a essa parceria. É claro que há certos códigos de segurança de voo nos quais é impossível haver a transferência. Nem a Embraer faz isso.
A senhora vê prejuízo nas negociações após as notícias do suposto esquema de espionagem de cidadãos brasileiros pelo governo norte-americano?
Essa questão é muito séria e seus desdobramentos preocupam o governo norte-americano. Prova disso foi a recente vinda ao Brasil do secretário de Estado, John Kerry, para conversar com o ex-chanceler Antonio Patriota. Mas, a exemplo de outros episódios, como os embates na Organização Mundial do Comércio (OMC), o importante é não deixar que eles interfiram na qualidade das relações bilaterais.
A Boeing tem planos especificamente desenhados para serem desenvolvidos no Brasil?
Temos uma importante parceria com a Embraer em diferentes campos. Essa cooperação deverá evoluir nas questões de segurança de voo e defesa do espaço aéreo. Gostaria de destacar um campo promissor. Temos um plano para ajudar a estabelecer no país uma indústria de biocombustíveis para aviões, a partir da cana-de-açúcar e do biodiesel. Vamos financiar estudos para aumentar o conhecimento nessas áreas. Estamos conversando com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e com a Embrapa.
A senhora percebe dificuldades em capacitar mão de obra para a indústria Aeronáutica no país?
Há no Brasil valorosos núcleos acadêmicos e empresariais de pesquisa e desenvolvimento no setor aeroespacial, com os quais estamos firmando parcerias. Um importante projeto da Boeing no país é o centro tecnológico em São José dos Campos (SP), que devemos inaugurar até dezembro. Além disso, acompanhamos com entusiasmo o Programa Ciência sem Fronteiras, que encaminha brasileiros para universidades no exterior. Enviamos este ano 32 alunos à nossa maior fábrica, em Everett, no estado de Washington, metade deles bolsistas de engenharia Aeronáutica da Universidade Federal de Minas Gerais.
A escalada do dólar pode refrear as viagens internacionais de brasileiros ou criar dificuldades às companhias aéreas locais para honrar a compra de aviões?
Duvido. Em algumas oportunidades, conversei com turistas brasileiros em diferentes partes do mundo e percebi neles a capacidade de ajustar o forte desejo de viajar para fora com restrições eventuais de orçamento. O câmbio sempre imprevisível, em qualquer lugar do mundo. Quanto às nossas clientes, ressalto o perfil estável e de longo prazo das nossas relações. A Gol tem a quinta maior frota de 737. A alta nos preços do querosene impulsionou a busca por modelos mais eficientes no consumo de combustível. Nossas alternativas mais novas rendem economia de 13%.
"Encaramos (o Brasil) como um importante parceiro para desenvolver produtos, tecnologia e inovação. Vendendo ou não os 36 caças, continuaremos aqui"
"Temos um plano para ajudar a estabelecer no país uma indústria de biocombustíveis para aviões, a partir da cana de açúcar e do biodiesel"

Desconfiança

Boa parte da vulnerabilidade do governo à espionagem norte-americana pode ser atribuída à desconfiança da presidente Dilma Rousseff e seus auxiliares em relação à Abin. O Criptogov, o drive desenvolvido pela agência para ser instalado nos computadores e usado pela presidente e os ministros, já em operação no Itamaraty, nunca foi levado a sério no Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também era contra aparelhar a Abin. Tinha medo de ser espionado pelos seus arapongas. Além disso, o santo da presidente Dilma não bate com o do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito.


Desfile contido e público distante

Quem foi assistir à parada em BH, que durou menos de uma hora, ficou longe do palanque

Bertha Maakaroun

Sem vaias, sem aplausos e sem povo no entorno do tradicional palanque das autoridades, armado em frente à Prefeitura de Belo Horizonte para o desfile de 7 de Setembro. Diferentemente de anos anteriores, o isolamento em um raio de 300 metros dos representantes dos poderes da população, aliado à ausência de estudantes das escolas públicas e particulares no desfile, esvaziou a comemoração oficial da independência do Brasil. Tudo foi rápido. O desfile militar durou pouco menos de uma hora, e os das oito entidades civis inscritas, 30 minutos mais.
Como medida de contenção de despesas adotada pelos governo estadual e federal, não houve sobrevoo com helicópteros da Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal, nem a performance de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o Brigadeiro Antônio Carlos Coutinho, a decisão de suspender os meios aéreos também se explica pelo relevo de Belo Horizonte, que dificulta a passagem dos aviões. Em anos anteriores, houve a exibição aérea, mas ficamos com a discussão se valeria a pena mantê-la, já que os aviões têm de passar muito alto, o que, para quem assiste, não permite boa visualização, afirmou.
A partir do Othon Palace Hotel, cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se acomodaram ao longo da Avenida Afonso Pena para acompanhar a passagem do Exército e da Aeronáutica, da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, além de entidades civis. Para evitar possíveis protestos violentos, que eram esperados pelos serviços de inteligência das polícias Civil, Militar e Federal, um forte esquema de segurança controlou o trânsito de pedestres nos quarteirões da Avenida Afonso Pena entre as ruas Guajajaras e da Bahia. Só era permitida a passagem de autoridades, uns poucos convidados e a imprensa.
Tomamos a atitude recomendada pelas forças federais armadas e pelas forças de segurança do estado, explicou o governador Antonio Anastasia (PSDB). Toda manifestação, desde que pacífica e tranquila, não só é bem-vinda como deve ser protegida pelo poder público. O que não podemos permitir e tolerar são manifestações que acabam levando a atos de violência, disse Anastasia. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Sant"ana, a medida foi de precaução diante da expectativa de novos protestos. A nossa experiência em junho foi diferente de tudo o que tínhamos vivido. Teve muita manifestação cívica, mas houve muita hostilidade, então foi medida de precaução, afirmou.
Armas
Exército, Aeronáutica, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal desfilaram, em seu conjunto, com cerca de mil pessoas. Da Polícia Militar desfilaram cadetes, que portavam o espadim Tiradentes, a guarda oficial do governador, e policiais com armamento figurativo fuzis FO, calibre 765, de 1960, além das semiautomáticas .40. Já o Exército apresentou armamento diversificado, com destaque para o fuzil automático leve calibre 762 e as pistolas de 9mm. As viaturas blindadas Cascavel, de reconhecimento, e Urutu, para o transporte de tropas, também cruzaram a avenida, puxando o comboio de viaturas.


Ufólogos se reúnem em centro espírita e buscam apoio do governo

ANNA VIRGINIA BALOUSSIER

Pedro Álvares Cabral, quando vislumbrou terra à vista, os viu. Pois, 513 anos depois, o governo brasileiro começa a abrir os olhos também.
Ademar José Gevaerd, 51, é quem assina embaixo. Para ele, há tempos sabemos que há extraterrestres entre nós. "Uma coisa tão óbvia...", diz uma das autoridades em ufologia do Brasil. Professor de química, divorciado, pai de três filhos, o curitibano alisa com a mão os cabelos brancos, alguns fios abduzidos por iminente calvície.
Área 51 Paulistana
"A sociedade ridiculariza cada vez menos. Não somos loucos, somos pessoas normais, fazendo pesquisa", continua o editor (e redator, fotógrafo, diagramador...) da revista "UFO", há 30 anos em circulação.
E o que caiu do céu e não são óvnis, para Gevaerd, é a nova posição do Planalto --comandado pela presidente Dilma, que em agosto disse ter "muito respeito pelo ET de Varginha".
Em 18 de abril, o secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos, recebeu integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos. "As partes estão em contato com o objetivo de constituir uma comissão", segundo a pasta.
Se o grupo vingar, civis e militares unirão forças pela primeira vez para apurar as "inúmeras ocorrências" de veículos aéreos "com tecnologia incompatível com as conhecidas pela ciência terrestre atual" (fenômeno que teria sido registrado pelas Forças Armadas no território brasileiro).
Essas informações estão descritas numa carta enviada pelos ufólogos ao ministro Celso Amorim. A ideia de montar a comissão, diz o governo, é "dar início" à investigação conjunta.
JESUS, UM ET
Música para os ouvidos dos 270 inscritos no 2º Encontro de Ufologia Avançada em São Paulo, realizado no fim de semana passado, numa casa na Vila Clementino (zona sul) que, geralmente, dedica-se ao espiritismo.
Uma forte corrente alia evidências de vida fora da Terra a manifestações em geral vistas como religiosas.
Uma certeza desse grupo: o próprio Jesus Cristo veio de fora, implantado no ventre da mãe. "Foi inseminação artificial mesmo, em Maria", diz Mônica de Medeiros, que coordena a Casa do Consolador e lançou, no evento, "Projeto Contato", livro escrito em parceria com Margarete Áquila.
Margarete ajeita o tubinho verde com ares de anos 1970, camisa social de manga comprida e gola para fora, e lembra do francês Allan Kardec - pai da doutrina espírita que já mencionava a "pluralidade dos mundos".
Um desses mundos fez contato com 189 pessoas em dezembro de 2004, na praia de Peruíbe (SP), diz Mônica. Os seres tinham "pele de golfinho" e uma cabeça que parecia "bola de futebol americano". Todos viram luzes coloridas no céu, e a temperatura "despencou em pleno verão".
Com cinco anos, Mônica acredita ter sido abduzida por um "camarada branco, leitoso e cabeçudo". Hoje, avalia assim: "Pra mim, era o Gasparzinho. Eles usam o imaginário da criança (para estabelecer contato)".
Se é verdade que os ETs estão por aí há tempos, a meta, para os ufólogos, é estreitar o relacionamento.
No mural, o cartaz anuncia: "Contatos imediatos de 5º grau". A imagem traz aliens com mãos para cima e dedos separados (lembra a saudação de "Star Trek") e uma vaquinha sendo levada pela faixa de luz de uma nave.
Gevaerd, o editor da "UFO", elenca eventos que comprovariam as visitas dos forasteiros - que, para ele, têm formato humano e preferem se comunicar por telepatia (quando não, aprendem "o idioma do interlocutor").
Episódio marcante, diz, foi a "noite oficial dos óvnis", em 19 de maio de 1986. Na data, a Aeronáutica teria avistado nos céus de vários Estados "21 ufos esféricos, com 100 metros de diâmetro, o tamanho de uma quadra urbana". Campo de visão privilegiado: aeroporto de São José dos Campos.
"Toda região ficou coalhada desses objetos", afirma Gevaerd.
Ele faz as contas: "dez elevado a 70 é o número de estrelas que existe. São 70 zeros depois do dez". Estarmos sozinhos no universo seria matematicamente ridículo, sustenta o crédulo.
Todos querem acreditar.
No intervalo do encontro, Telma Pires, 60, está sentada numa cadeira de plástico branco, bebendo o último gole de sua Coca-Cola Zero. Diz que trabalha com um "tribunal arbitral", para ajudar pessoas a se conciliarem. Aproximar humanos e alienígenas, contudo, é a causa mor na vida dessa senhora que, quando criança, "desenhava ETzinhos nas paredes de casa".
Fão do livro "Eram os Deuses Astronautas?" (1968), Telma diz que seu filho nasceu alienígena. Quando criança, bonecos aliens eram os favoritos dele na loja de brinquedos. Quando o menino tinha dois anos, viu os pais brigando e declarou: "Mamãe, não chora, nunca vai dar certo, o papai não é do mesmo planeta que nós".
Como tantos outros entusiastas da ufologia, Telma crê que a humanidade está sendo estudada por seres de outro planeta. "Me sinto dentro da Matrix." E ela se resigna: hoje, infelizmente, "reptilianos comandam tudo".
PROCURE SABER
As versões são numerosas: ETs frequentam centros espíritas, simulam a imagem de Gasparzinho para se aproximar de crianças ou "entram pelas paredes como se elas não fossem sólidas e fazem coleta de pele e de sangue, um grande banco de dados da humanidade" (aposta de Gevaerd).
Tudo o que os ufólogos pedem, no fim, são recursos para poderem estudar os viajantes espaciais. Daí o afã com o aceno do Ministério da Defesa.
Na era da Lei de Acesso à Informação, o governo abriu 4.500 documentos secretos sobre o que seriam investigações federais na área da ufologia, guardados no Arquivo Nacional, em Brasília. "Mas sabemos que são pelo menos 10 vezes isso", diz Gevaerd.


Ministro admite que protestos podem ter preocupado população do DF

O desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios durou pouco mais de uma hora e foi considerado um sucesso pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Perguntado sobre a baixa participação popular, ele reconheceu que pode ter havido receio do público com as manifestações anunciadas em redes sociais. Para Carvalho, "houve certo receio e isso pode ter afastado um pouco a população".
Após pouco mais de uma hora, o desfile foi encerrado na capital. Apesar da redução do tempo da tradicional parada militar, o ministro considerou a cerimônia um sucesso. Ele negou que as autoridades tenham se sentido intimidadas com as manifestações programadas para hoje.
“Não houve medo nenhum. Eu trouxe meu filho. As pessoas trouxeram a família. Houve um belo desfile cívico”. Gilberto Carvalho justificou a redução do tempo das comemorações da Independência, que normalmente duram cerca de três horas, e a ausência da filha e do neto da presidenta ao fato de Dilma ter chegado na madrugada de hoje da viagem à Rússia – para a cúpula do G-20 – e estar cansada.
A percepção de quem acompanhou o desfile, entretanto, foi diferente. Para o advogado mineiro Antonio Frank Barbosa, que estava de passagem por Brasília, houve baixa participação, o que considera prejudicial à democracia. “Foi um desfile só para militares. Não tinha povo. Não tinha pipoqueiro nem picolé. É a maior prova de que o povo não participou.”
Segundo o comandante militar do Planalto, general Gerson Menandro, o desfile ocorreu "no horário e nas condições previstas. Proporcionamos um ambiente de segurança. Tinha espaço nas arquibancadas, as pessoas podiam levantar, aplaudir, tudo em um ambiente de paz", disse.
De acordo com Menandro, a maior quantidade de arquibancadas pode ter dado a sensação de que o desfile estava mais vazio que nos anos anteriores. "Mas as arquibancadas, até onde pude ver, estavam lotadas".
Neste ano, a Esquadrilha da Fumaça não se apresentou em função da substituição dos aviões T-27 (Tucano), pelos A-29 (Super Tucano). Apesar de o fato ter sido noticiado com antecedência, a decepção entre as crianças foi grande. Laíssa, de 10 anos, queria ter visto os aviões. "A gente já sabia, mas fez falta. É uma das partes mais bonitas", disse Rísia Azevedo, mãe de Laíssa.
Davi, de 3 anos também ficou decepcionado. O pai, Jaime Machado, levou o filho, cuja parte preferida foi a da Aeronáutica. Machado elogia a organização e diz que gostou do que viu.
O vice-presidente da Associação Nacional de Veteranos Brasileiros, coronel Nestor da Silva, foi porta-bandeira no desfile. Ele serviu ao Exército por 30 anos. Uma das lembranças mais marcantes foi ter participado da 2ª Guerra Mundial, a outra foi ter sido paraquedista.

Desfile esvaziado em Brasília

Com militares deslocados ou de prontidão para conter as manifestações, o Sete de Setembro resultou numa festa marcada pelo esvaziamento do desfile em Brasília e a blindagem da presidente Dilma Rousseff. Apenas cerca de 10 mil dos 30 mil espectadores que estavam sendo esperados compareceram à Esplanada dos Ministérios.


BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff, que usava um conjunto de blusa e calça verde musgo, ficou protegida de manifestações, mas, preocupada, passou o tempo do desfile pedindo informações a seus auxiliares sobre protestos no resto do País.
Ao contrário dos anos anteriores, nem sua filha, Paula, nem seu neto, Gabriel, foram ao desfile acompanhar a presidente, como nos anteriores, apesar de estarem no Palácio da Alvorada. Havia um temor sobre os riscos das manifestações na Esplanada.
No palanque da presidente Dilma não havia representantes do Congresso. Os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não estavam presentes. A justificativa para a ausência era que ambos tinham agendas em seus estados.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fez questão de estar na primeira fila do palanque presidencial, embora não tenha ficado ao lado da presidente, que estava cercada pelo vice, Michel Temer, o governador do DF, o petista Agnelo Queiroz, e os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Pelo menos outros 20 ministros marcaram presença.
De forma inédita, algumas apresentações, como a pirâmide humana sobre uma moto e a evolução de armas do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP), aconteceram antes da chegada da presidente Dilma. O desfile desse ano foi um dos mais breves, com cerca de 1h20 de duração, embora tenha começado com poucos minutos de atraso.
VIAGEM AOS EUA
Após o desfile, o ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, disse que, por enquanto, está mantida a visita de Estado da presidente Dilma aos Estados Unidos, marcada para o dia 23 de outubro. Gilberto afirmou no entanto que a palavra final será dada pela presidente. "Por enquanto, não há nenhuma mudança nos planos da visita, mas isso será manifestado pela presidente a tempo e a hora", disse.


Exército precisa de R$ 58 bilhões até 2030

Roberto Godoy


O Exército brasileiro tem sete projetos estratégicos e precisa investir neles cerca de R$58,2 bilhões ao longo dos próximos 16 anos - até 2030, se tudo correr bem. É um problema. O governo, que até junho havia liberado apenas 50% do valor previsto para as aplicações deste ano, reteve, ainda, todas as dotações incluídas em emendas parlamentares.
Em maio, a equipe econômica cortou R$ 3,67 bilhões dos recursos destinados ao Ministério da Defesa e de novo em julho aparou mais R$ 919,4 milhões. O ministro Celso Amorim alertou a presidente Dilma Rousseff para o risco de uma paralisação nos programas prioritários das três Forças - Exército, Marinha e Aeronáutica. Na saída, levava na pasta a promessa da liberação de R$ 400 milhões. Compromisso sem data.
Uma saída seria a inclusão do pacote de projetos no PAC, onde duas iniciativas da Defesa já estão abrigadas, o desenvolvimento do cargueiro militar da Embraer, o KC-390 e a produção, em todas as fases, de quatro submarinos avançados - de propulsão diesel-elétrica - mais o primeiro modelo nuclear. Consultado pelo Estado, o Ministério do Planejamento e Gestão informou que também o sistema Astros 2020 e o blindado Guarani estavam fora do contingencíamento. Não é verdade, garante fonte do Exército. Os dois programas não foram incluídos no PAC em 2013.
O projeto mais ambicioso do conjunto da Força Terrestre é o Sisfron, muralha eletrônica de 17 mil km integrando estações digitais, radares terrestres e unidades militares dotadas de recursos avançados. O Sisfron começou sólido. A etapa piloto da primeira fase vai ser feita depressa, fica pronta já em 2015 e cobre 650 quilômetros na divisa do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, em Mato Grosso do Sul. "Vai custar R$ 839 milhões e isso significa apenas 6,99% do total do plano. É muito", diz Luiz Aguiar, presidente da empresa Embraer Defesa e Segurança, contratada para executar o plano. A faixa total controlada pelo projeto tem 150,5 km de largura e se estende como um corredor. "É o maior empreendimento do gênero em execução no planeta", diz o ministro da Defesa, Celso Amorim.
De fato. Visto em conjunto com o Sipam, escudo de vigilância da Amazônia, inaugurado em 2002, o Sisfron abrange o equivalente à porção ocidental da Europa - e mais um pouco. O pacote pretende controlar 30% do território nacional, no espaço que separa o Brasil de 11 de seus vizinhos.
Segundo Marcus Tollendal, o presidente da Savis (empresa da Embraer responsável pelo projeto), em dez anos, o Sisfron vai se expandir e atingir a Amazônia e o cone Sul. Segundo ele, há nessas áreas uma "mancha criminal" associada a um "vazio populacional" e à menor presença do Estado.
Mas no momento há certa apreensão. Em audiência pública da Comissão das Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado em 22 de agosto, o general Antonino Guerra Neto, do Centro de Guerra Eletrônica, afirmou que, mantidos os recursos no patamar previsto para 2014, o programa só vai ficar pronto em 2074, "quando será, a rigor, quase inócuo".
Megaeventos. Em outra ponta da lista de programas da primeira fila, os sistemas de defesa antiaérea, uma exigência da equipe mundial da organização dos eventos como a Copa e a Olimpíada, avançaram. Na semana passada, Amorim autorizou a abertura do processo de negociação para a compra de três baterias do Pantsir S1, moderno sistema russo de artilharia antiaérea, e duas outras do Igla-S.9K38, a versão mais recente do míssil leve disparado do ombro de um soldado. O negócio pode chegar a € 800 milhões. O 9K38 tem alcance de 6 km, é mais pesado que as séries anteriores, usa sensor de localização de alvos de eficiência expandida e é mais resistente à interferência eletrônica de despistamento.
A operação é conduzida pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi O processo montado pelo oficial prevê a aquisição de três baterias do Pantsir S1, combinação de mísseis terra-ar com alcance de 20 km e 15 km de altitude, mais dois canhões duplos, de 30 mm. As baterias transportam 12 mísseis 57E6. O radar de detecção atua em um raio de 36,5 km e pode localizar dez alvos por minuto. Cada uma das Forças receberá uma bateria Pantsir. "A melhor parte de todo o processo é que os russos aceitaram a demanda brasileira de que haja irrestrita transferência de tecnologia", diz De Nardi. Há três empresas nacionais envolvidas no esquema: Avibrás Aeroespacial, Mectron e Orbisat.

A estratégia da busca da transformação

Os Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro se justificam, mas ainda há coisas por resolver, Haverá a necessidade de impulsionar a sofisticação cognitiva, dos oficiais para enfrentarem problemas mais complexos, de natureza distinta dos atualmente existentes, emergentes em dinâmicas multiagências, com informações imperfeitas, em tempo comprimido.
A ambição de transformação do Exército exige a transformação do soldado, mas também exige suprir os meios básicos de sustentação, manutenção, gestão e operação da Força. Para isso, há necessidade de se conectar as iniciativas estratégicas do Exército com as da Marinha e da Força Aérea em um único Projeto de Força, principalmente em termos do alinhamento das métricas de desempenho, da construção da matriz do Plano Reitor (relacionamentos cruzados entre a estrutura funcional e a topologia de recursos que constroem dinamicamente as capacidades), e da estruturação da Plataforma da Sistemática de Gestão de Alto Nível (SIGAN). Essa última é particularmente importante para que se possa integrar a gestão de espaços de combate, a gestão da Força, e a gestão dos ciclos de capacidades sob novs patamares de efetividade.
O Exército terá ainda que desenvolver novas práticas contratuais, com arquiteturas financeiras e de gestão de contratos de muito maior sofisticação, criando compensações do fator de imaturidade tecnológica sempre presente no início do desenvolvimento de projetos complexos, sob novos protocolos e padrões de auditoria estratégica das políticas setoriais.
O Exército precisa finalmente manter prioridades estáveis. A geração atual teve a coragem de ousar transformar a Força, as futuras terão a responsabilidade de fazer da transformação algo efetivo, útil e duradouro.
*ANÁLISE: Salvador Raza, DIR. CENTRO DE TECNOLOGIA, REL. INTER., SEGURANÇA. PROF. DA DEFENSE UNIVERSITY EM WASHINGTON - O Estado de S.Paulo

Abin cria sistemas para proteger dados do governo

Lisandra Paraguassu
Brasília

Enquanto a presidente Dilma Rousseff espera que os Estados Unidos esclareçam "tudo" sobre a suspeita de espionagem de autoridades do País, o governo brasileiro tem prontos equipamentos que podem aumentar a proteção das comunicações da mandatária e de seus ministros. Há pouco mais de um mês, técnicos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apresentaram ao Palácio do Planalto dois novos produtos que permitem criar áreas seguras, criptografadas, dentro de computadores e tablets.
Feitos para proteger dados de espiões e sistemas de monitoramento, o CriptoGOV e o cGOV devem estar prontos para uso nos próximos dias. Os novos equipamentos foram apresentados no Planalto em 14 de agosto a representantes de mais de 30 ministérios.
O sistema, muito mais simples que os existentes hoje, é uma espécie de pen drive chamado de Plataforma Criptográfica Portátil (PCP), que pode ser conectado em qualquer porta USB, acompanhado de um aplicativo. O sistema cria áreas seguras no computador, em outro pen drive ou na própria plataforma. Ali, os documentos que forem criados são automaticamente criptografados. Com o cGOV, esses documentos podem ser transmitidos pela internet também sob segurança.
Os técnicos da Abin acreditam que a facilidade de operação do sistema permitirá que a presidente, ministros e outros servidores com acesso à informações sensíveis passem a usar com mais frequência os sistema de criptografia. Até o escândalo que revelou a espionagem americana no Brasil, ministérios, a Presidência e empresas com informações sensíveis tinham dificuldade de encarar o uso da proteção de dados como necessidade primária.
Hábito. A Abin criou há alguns anos telefones - fixos e móveis - com transmissão criptografada que dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Dilma tem telefones fixos em suas salas, no Planalto e no Alvorada, e também um dos celulares, criptografados. Outros ministros, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa) também possuem aparelhos fixos e móveis protegidos. Mas a maioria revela certa dificuldade de usá-los.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou que, apesar de ter o celular seguro, a presidente quase nunca o usa. O ex-chanceler Antonio Patriota usava o fixo mais para receber chamadas. Tinha o cuidado de, ao falar de assuntos sensíveis, evitar seu próprio celular - variava entre os dos assessores -, mas raramente carregava o seguro.
Amorim parece ser um dos únicos que têm o hábito de usar o aparelho protegido. Mas conversas mais sensíveis com os comandantes das Forças são feitas pessoalmente.
Depois da denúncia de que os EUA monitoravam as comunicações de Dilma e assessores próximos, aumentou o interesse pelos equipamentos da Abin. Eles devem começar a ser distribuídos nos próximos dias. Quase todos devem receber tanto os telefones quanto os novos sistemas de codificação. Com a criptografia, espiões podem até acessar e-mails ou telefonemas, mas conseguirão ver e ouvir apenas ruídos e códigos.
Considerada de primeira linha, a criptografia brasileira é a chance mais palpável de proteger dados sigilosos. Hoje, o País não tem estrutura para ter uma internet independente, cujos dados não passem pelos EUA - todos os cabos de transmissão e os 13 hubs existentes são americanos. Enquanto a criptografia fornecida por empresas privadas tem "portas dos fundos" deixadas pelas empresas para que a Agência de Segurança Nacional (NSA) possa quebrar seus códigos, como revelou o jornal The New York Times, o projeto nacional não teria esse problema. Se implementado, ministros como José Eduardo Cardozo, da Justiça, poderão voltar a usar seus tablets, recentemente trocados por caderninhos de papel por medo da espionagem.
PROTEÇÃO MADE IN BRAZIL
CriptoGOV
Plataforma de criptografia portátil, em formato de pen drive, que cria zonas seguras, onde podem ser feitos documentos criptografados.
cGOV
Sistema de transmissão de dados seguro que permite aos usuários enviarem documentos uns aos outros sem risco.
Telefone fixo seguro
Linha com criptografia de voz desenvolvida pela Abin. Usada pela Presidência, Ministérios da Defesa e Relações Exteriores, Polícia Federal, Forças Armadas, Abin e Petrobrás, entre outros.
Telefone móvel seguro
Sistema análogo para celulares. Usado pela Presidência, Defesa e Itamaraty, entre outros.

Espionagem digital

Renato Cruz

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff expressou a Barack Obama sua indignação por ter sido alvo de espionagem de agências dos Estados Unidos. Ela também reclamou de ter ficado sabendo disso pelo noticiário. As informações vieram de documentos secretos revelados por Edward Snowden, ex-técnico da CIA, divulgados há uma semana pelo "Fantástico", da Rede Globo.
Por mais que queira cobrar os EUA, o governo brasileiro também deve explicações. Porque o fato de a presidente da República ter sido espionada (com sucesso) e só saber disso pelos jornais mostra o grau extremo de vulnerabilidade do País em Defesa cibernética. A proteção das informações hoje é um assunto tão sério quanto a proteção do território nacional. O que o governo tem feito para blindar as suas comunicações e as dos cidadãos brasileiros? Não fossem as revelações de Snowden, nunca saberíamos que a presidente foi alvo de espionagem? .
A verdade é que a Defesa cibernética no Brasil está longe de receber a atenção e os investimentos necessários. O orçamento deste ano destinou R$ 90 milhões para essas atividades. Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, até agora, R$ 61 milhões foram autorizados a serem gastos, e R$ 54 milhões efetivamente aplicados.
Esses valores são praticamente nada comparados aos US$ 52,6 bilhões do orçamento secreto das agências de espionagem americanas para 2013, de acordo com os documentos divulgados por Snowden. O Brasil não teria condições de fazer frente a essa montanha de dinheiro, mas R$ 90 milhões são poucos recursos até mesmo para padrões brasileiros.
O Ministério da Defesa tinha um orçamento de R$ 18,7 bilhões neste ano. Com contingenciamentos, caiu para R$ 14,2 bilhões. A Defesa cibernética ficou somente com 0,4% do total de recursos. Não dá para fazer milagre. O governo brasileiro acaba parecendo um pouco o cara que sai de férias, deixa a porta aberta e na volta reclama que a casa foi roubada.
Os documentos divulgados por Snowden mostraram que os EUA têm hoje 16 agências de espionagem, que empregam 107 mil pessoas. Elas competem com empresas do Vale do Silício pela atração dos melhores programadores e engenheiros do seu país. Enquanto isso, o Brasil não consegue formar engenheiros e programadores em quantidade suficiente para suprir a demanda das empresas que operam por aqui.
Em 2010, veio a público a existência do vírus Stuxnet, projetado para atacar usinas de processamento de urânio iranianas. Segundo especialistas, o software malicioso foi resultado de uma parceria entre agências de espionagem americanas e israelenses. Guerra virtual não é brincadeira. E, por sua reação, parece que o governo brasileiro imagina que pode simplesmente contar com o bom comportamento alheio.
DIGITAIS
Criptografia
Outras revelações de Snowden mostraram que as agendas americanas de espionagem conseguem ter acesso ao conteúdo de mensagens protegidas por criptografia, E a principal arma não é nenhum trunfo técnico. A Agência Nacional de Segurança (NSA) fecha acordos com fornecedores de sistemas comerciais de segurança, para que eles instalem "portas dos fundos" em seus produtos. Com isso, a agência lê as mensagens sem esforço para decifrá-las, como se tivesse uma chave-mestra.
Trapaça
Na visão de especialistas em segurança, a NSA quebrou a criptografia "por trapaça, e não por matemática". Os sistemas criptográficos são essenciais para o funcionamento da internet como conhecemos hoje, tanto para transações financeiras quanto para comunicações pessoais, corporativas e governamentais.


Desfile militar marca feriado da Independência em São Luís

Cerca de 2 mil militares marcharam na Av. Vitorino Freire. Polícia Militar não desfilou por precaução contra possíveis manifestações

ImagemO feriado de 7 de setembro foi marcado pelo desfile oficial das Forças Armadas na Av. Vitorino Freire, em São Luís. Cerca de dois mil militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Corpo de Bombeiros marcharam ao som da banda do 24° Batalhão de Caçadores.
A Polícia Militar ficou de fora do desfile porque, de acordo com o órgão, todo o efetivo foi deslocado para trabalhar na segurança do evento e no patrulhamento das ruas da cidade.
"Priorizamos a questão da segurança do público assistente em função da perspectiva de algumas manifestações que pudessem atrapalhar ou causar algum dano de ordem material ou até física", explicou o comandante-geral da Polícia Militar, Franklin Pacheco.


D24am.com (AM)

Apresentação aérea é cancelada e desfile cívico começa meia hora antes do previsto

Pela passarela do Sambódromo passaram mais de quatro mil militares, entre Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros.
Manaus – O Desfile Cívico Militar, realizado no Centro de Convenções em homenagem ao Dia da Independência, começou meia hora antes do previsto na manhã deste sábado (7). A apresentação aérea foi cancelada por conta do tempo nublado.
Pela passarela do Sambódromo passaram mais de quatro mil militares, entre Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros.
Autoridades como o governadorem exercício José Melo, Arcebispo Metropolitano de Manaus Dom Sérgio Eduardo Castriani e o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa estiveram no local para prestigiar o desfile.



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