NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 05/09/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Dilma quer pedido de desculpas dos EUA por espionagem, diz fonte
Brian Winter
SÃO PAULO, 4 Set (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff está "furiosa" após uma reportagem apontar que o governo dos EUA espionou suas comunicações privadas e pode cancelar a viagem de Estado que tem marcada para Washington em outubro e reduzir os laços comerciais, a não ser que receba um pedido público de desculpas, disse uma fonte de alto escalão do governo brasileiro nesta quarta-feira.
O programa "Fantástico", da TV Globo, divulgou no domingo que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma e do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ainda era candidato. A reportagem baseou-se em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden.
Dilma tem uma viagem de Estado marcada para Washington no mês que vem para se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e discutir a possível venda de caças norte-americanos ao Brasil, um negócio de 4 bilhões de dólares, cooperação nas áreas de petróleo e biocombustíveis, assim como outros acordos comerciais.
A visita, a única do tipo em que Obama recepciona um chefe de Estado neste ano, tinha o objetivo de enfatizar a melhora recente nas relações entre as duas maiores economias das Américas, assim como reconhecer a ascensão do Brasil como potência regional importante.
Mas a fonte disse à Reuters que Dilma considerou insuficiente a resposta dada até agora pelo governo norte-americano à reportagem do "Fantástico" e está preparada para cancelar a visita e adotar medidas de retaliação, incluindo descartar a compra de caças da norte-americana Boeing, uma das três finalistas na disputa para fornecer caças à Força Aérea Brasileira (FAB).
"Essa é uma grande, grande crise", disse a fonte sob condição de anonimato. "Precisa haver um pedido de desculpas. Precisa ser público. Sem isso, é basicamente impossível para ela ir a Washington em outubro."
Obama e Dilma vão participar da reunião do G20 em São Petersburgo, na Rússia. No entanto, até esta quarta-feira, os dois líderes não tinham nenhuma reunião bilateral marcada, disse a fonte.
Analistas têm afirmado que seria politicamente difícil para Dilma participar de toda a pompa de uma visita de Estado, que inclui um jantar de gala entre outras formalidade, numa data tão próxima às acusações de que o governo dos EUA a espionaram.
Na segunda-feira o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, exigiu uma resposta por escrito do governo norte-americano sobre a reportagem do "Fantástico" até o final desta semana. Uma autoridade do Itamaraty disse à Reuters que nenhuma resposta havia sido enviada até a tarde desta quarta.
OBAMA DIZ QUE EUA MIRAM "ÁREAS DE PREOCUPAÇÃO"
Em declarações na Suécia nesta quarta, a caminho da reunião do G20, o presidente norte-americano disse que a inteligência dos Estados Unidos não está "bisbilhotando os emails das pessoas ou escutando seus telefonemas".
"O que nós estamos tentando fazer é mirar, bem especificamente, em algumas áreas de preocupação", disse Obama, acrescentando que tais áreas incluem ações contra o terrorismo, armas de destruição em massa e segurança cibernética.
Autoridades brasileiras estão céticas sobre como as comunicações privadas de Dilma teriam entrado nessas categorias. O Brasil não é uma base conhecida de operações terroristas, não produz armas nucleares, e tem sido uma democracia estável e um aliado cordial dos Estados Unidos nas últimas três décadas.
Obama também disse nesta quarta que salvaguardas devem ser fortalecidas para garantir que os programas de vigilância se mantenham dentro de determinados parâmetros.
"Só porque nós podemos fazer algo, não significa que devemos fazê-lo", disse.
A reportagem da TV Globo mostrou o que afirmou ser um slide da NSA de junho de 2012 que apontava os padrões de comunicação entre Dilma e seus auxiliares mais próximos.
Esse slide e um outro que mostrava mensagens escritas enviadas pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ainda era candidato à Presidência, faziam parte de um estudo de caso da NSA mostrando como os dados poderiam ser "inteligentemente" filtrados pela agência, segundo a reportagem.
A reportagem baseou-se em documentos obtidos junto a Snowden pelo jornalista Glenn Greenwald, que mora no Rio de Janeiro.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, um dos auxiliares em que Dilma mais confia, disse na terça-feira que o Brasil ainda tem de receber uma explicação "razoável" dos Estados Unidos.
"Acho que essa espionagem indiscriminada não tem a ver a com segurança nacional", disse o ministro. "É uma espionagem com um caráter comercial, industrial."
Bernardo disse que a espionagem era "mais grave do que fica parecendo à primeira vista", o que pode explicar a razão que levou Dilma a buscar um pedido de desculpas depois de inicialmente pedir uma explicação por escrito dos EUA.
A autoridade do governo brasileiro que falou sob condição de anonimato à Reuters comparou a crise atual com a última vez que os dois países brigaram em público --em 2010, quando o antecessor de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentou intermediar um acordo sobre o programa nuclear iraniano, o que não deu certo e gerou uma onda de recriminações entre Washington e Brasília.
"Isso é muito pior que o Irã", disse a fonte. "Ela está completamente furiosa."
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Uso do GPS encurtará voos
O Brasil começa a redesenhar as rotas aéreas a partir de dezembro graças a uma radical mudança tecnológica na gestão do tráfego aeroespacial pela Aeronáutica. O novo sistema, baseado em localização de aeronaves via satélites (GPS), está sendo testado nas linhas regulares da Gol entre o Rio de Janeiro e São Paulo e chegará a 10 aeroportos até abril, incluindo Brasília. Coordenada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a atualização, baseada em alta performance, vai encurtar distâncias, reduzir tempo de voo e melhorar a operação dos terminais.
A expectativa das companhias é alcançar uma economia média de 1,5% de combustível com os trajetos mais eficientes e retos. A notícia vem em boa hora, quando as empresas se desdobram para reduzir a conta do querosene de aviação, responsável por 40% dos custos operacionais e que vem sendo diretamente pressionada pela disparada recente do dólar. "O novo sistema trará economia a todos os voos, sobretudo nas ligações entre as maiores áreas urbanas, e ainda permitirá aproveitamento maior e mais seguro das aerovias e dos aeroportos", comentou Pedro Rodrigo Scorza, diretor operacional da Gol.
Representadas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Gol, TAM, Azul, Avianca e Trip pediram ao governo, no mês passado, desonerações de impostos e de tarifas aeroportuárias, além da adoção de medidas para baixar o preço do combustível. A entidade calcula que, em razão da alta do dólar nas últimas semanas, a média dos preços das passagens já subiu 4%.
Sérgio Zuquim, diretor da GE Aviation, empresa parceira do novo sistema de gerenciamento de tráfego, disse que o país está decolando numa área até há pouco tempo marcada por grande fragilidade, a exemplo do caos aéreo de 2007. "A perspectiva de crescimento do tráfego em 6,5% ao ano até 2023 e os limites de infraestrutura, tornou a busca de eficiência algo urgente", resumiu. Se já estivesse funcionando plenamente, a gestão via GPS poderia evitar transtornos como os de ontem em vários aeroportos, em razão do mau tempo.
Turbulências
Em um dia já marcado por dificuldades, um Boeing 777 da Emirates se chocou levemente com um 737 da Gol, estacionado, ao se deslocar na pista do Galeão. O acidente não deixou feridos nem provocou atrasos, que foram motivados em várias partes do país pelo mau tempo. No Aeorporto Juscelino Kubitschek, o comerciante Lucas Costa Filho, 28 anos, reclamou da demora no seu voo e colocou a culpa na falta de infraestrutura.
"Meu voo atrasou uma hora e o pessoal da companhia só avisou 30 minutos depois do horário do embarque", lembrou ele, que desembarcou ontem vindo da capital paulista. José Aldino Guimarães, 52, lamentou que o céu encoberto tenha impedido por muito tempo pousos e decolagens nos aeroportos do Rio. Ele deveria ter saído de lá às 12h40, mas só conseguiu embarcar às 13h30.
Cândida Luiza Freire, 37, sofreu um desgaste ainda maior em razão da falta de informações. A passageira ficou duas horas parada na sala de embarque do aeroporto do Recife, em função dos problemas atmosféricos. "O pior nessa história toda é que ninguém da companhia sabia nos dizer ao certo o motivo da espera. A desculpa mudava a todo o momento", relatou. Ela contou que, num desses avisos, foi dito que sua aeronave precisou fazer um pouso inesperado na Bahia.
» Socorro à vista
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, vai se reunir hoje na Casa Civil com autoridades federais das áreas econômica e aeronáutica para avaliar a agenda emergencial apresentada pelas companhias aéreas em 20 de agosto. Ele pediu 10 dias para responder aos pleitos. Mas adiantou que não poderia atender todos os pedidos e nem faria qualquer transferência direta de recursos às empresas.
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Reverência ao civismo
Ao som do Hino Nacional, tocado pela banda do Batalhão da Guarda Presidencial, e diante de uma gigantesca Bandeira verde e amarela, autoridades, empresários, diplomatas e personalidades da capital federal celebraram ontem a Independência do Brasil. O Correio Braziliense realizou mais uma edição do tradicional evento em homenagem à Semana da Pátria. Reunidos no prédio do Diários Associados, no Setor de Indústrias Gráficas, os convidados lembraram os 191 anos da emancipação do Brasil de Portugal.
O diretor presidente do Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, e a mulher, Nazareth Teixeira da Costa, receberam os convidados na manhã de ontem. Eles lembraram a importância do evento, realizado desde 2003. "Poucas empresas fazem essa comemoração cívica e elas deveriam seguir o exemplo. A presença de autoridades federais e locais ressalta a importância da nossa cerimônia e, evidentemente, muito nos honra. O que fazemos é de um significado cívico enorme e não custa nada ser realizado. Apenas nosso esforço e a nossa vontade de celebrar", explicou Teixeira da Costa. "Com a situação do país, momentos cívicos como esse são importantes para o Brasil", completou Nazareth Teixeira da Costa, presidente do Programa Correio Solidário.
Para o vice-presidente executivo do Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira, o evento é a oportunidade de reverenciar a pátria e despertar o sentimento de brasilidade nas pessoas. "Sempre fazemos essa celebração. É uma reverência à nossa Bandeira, à nossa Pátria e à cidadania. Isso se reflete no público e deveria ser imitado por outras empresas. Hoje, o Sete de Setembro não é mais tão festejado e se restringe muito ao desfile. É importante exercitar nosso patriotismo", destacou.
Elogio à iniciativa
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), prestigiou a celebração e comentou que a iniciativa ajuda a estimular o civismo entre os cidadãos. "É um evento tradicional, que já faz parte do calendário do DF. É importante comemorar a nossa Independência e o fato de sermos um país soberano. Então, é com orgulho e satisfação que participo dessa solenidade", disse. "É uma iniciativa muito interessante do Correio, porque tem reflexos na educação cívica dos cidadãos. A Semana da Pátria é um momento a ser comemorado sempre", acrescentou o governador do DF, que participou da celebração ao lado da primeira-dama da capital, Ilza Queiroz.
Entre os participantes da festa cívica, estava o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG), que elogiou a realização do evento. "Os Diários Associados e o Correio Braziliense, em especial, além de praticarem o jornalismo independente e de altíssima qualidade, nos ajudam a manter vivas as nossas mais valorosas tradições, entre elas, o respeito à Pátria, à democracia e à liberdade. Foi um privilégio poder participar dessa importante manifestação cívica", comentou. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também elogiou a solenidade. "Esse evento, que já é tradicional em Brasília, motiva na gente um sentimento de patriotismo e eleva a autoestima de ser brasileiro", ressaltou.
Já o vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, ressaltou que o evento ajuda a alimentar o sentimento patriótico entre os brasilienses. "Pela importância do Correio Braziliense, essa celebração pela Semana da Independência pode ajudar a avivar entre nós, brasileiros, o sentimento patriótico. Isso mostra que a empresa tem responsabilidade social e está preocupada com os valores mais importantes para a sociedade", comentou Filippelli.
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, explicou que a iniciativa do Correio é louvável porque ajuda a manter viva a história do país. "Já é um evento tradicional, do qual tenho enorme prazer em participar. É importante que pessoas e instituições celebrem datas cívicas para manter viva a história. Essa é uma iniciativa louvável, sobretudo partindo de um veículo de grande prestígio como o Correio", afirmou Lewandowski.
Estímulo à cidadania
O chefe do Comando Militar do Planalto, general Gerson Menandro, compareceu à cerimônia representando o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. "Estamos na Semana da Pátria. A comemoração deve se estender à casa das pessoas, às empresas, e não apenas aos órgãos públicos. A iniciativa do Correio Braziliense é louvável. Em outros países, vemos essa iniciativa pessoal de celebrar a nacionalidade com pessoas estendendo a Bandeira na própria residência", opinou. Pela primeira vez no evento, o major da Aeronáutica Rodrigo Alessandro Cano também elogiou a comemoração. "O jornal fortalece a comemoração da Semana da Pátria."
O empresário Paulo Octávio lembrou que o Correio é uma das poucas empresas que valorizam o sentimento patriótico: "Essa demonstração é boa para a autoestima do brasileiro e acho que deveria ser adotada por todos nós, cidadãos e empresários". O presidente da Federação do Comércio do DF (Fecomércio), Adelmir Santana, destacou a importância do evento. "A presença das autoridades, locais e federais, mostra que o jornal está integrado com a cidade e com o país", observou Adelmir.
Luiz Fernando Terencio, vice-presidente do Grupo Via Engenharia, disse ver a cerimônia como um ato de responsabilidade social. "O Grupo Via tem um carinho especial pelo Correio Braziliense em todas as atividades de responsabilidade social da empresa, e o Sete de Setembro se encaixa nesse contexto."
Martin Mbeng, embaixador de Camarões, também participou do evento cívico em homenagem à Independência do Brasil. "O Correio Braziliense tem um papel histórico na democracia brasileira e o poder da comunicação tem em si implícito o valor de representar os anseios e as opiniões da população. Os movimentos sociais das ruas são um exemplo de como a sociedade pode ajudar o governo a enfrentar os desafios da sociedade brasileira, fato que toda a comunidade de Camarões tem orgulho em apoiar", garantiu.
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Brasília-DF :: Luiz Carlos Azedo
Susto
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), era um dos passageiros do avião da Gol que foi abalroado pela aeronave da Emirades ontem à tarde no Galeão. Saiu ileso, mas muito irritado com o acidente. Segundo ele, houve desrespeito às normas aéreas. |
Verde-amarelo dos pés à cabeça
A dois dias do Sete de Setembro, os preparativos para o evento cívico em Brasília estão em fase final. Bandeirinhas nas cores verde e amarela colocadas ao longo da Esplanada dos Ministérios sinalizam a chegada do feriado. Na capital federal, a programação da Semana da Pátria começou em 31 de agosto e segue até domingo. Para o Dia da Independência, foram anunciados — além do desfile cívico e do jogo amistoso entre Brasil e Austrália — o Concerto da Independência, com as participações de Toquinho e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, na Feira da Torre de TV, e shows de grupos locais de pop-rock, no Museu da República (veja a Programação). No feriado, as pessoas devem estar atentas aos serviços que funcionarão (veja O que abre e o que fecha).
O desfile está previsto para começar às 8h15 e segue até as 10h30. Os Militares farão um percurso de dois quilômetros, a partir do Ministério da Justiça até o viaduto da L2 Sul. A arquibancada, que começou a ser instalada ao longo do trajeto, terá capacidade para acomodar 24 mil pessoas. Entre os patriotas que acompanharão a festa cívica, está a auxiliar de enfermagem Marilza Guimarães da Silva, 62 anos. Moradora de Sobradinho 2, a mato-grossense radicada em Brasília há 28 anos não esconde a devoção pelo país e já está preparada para a data comemorativa.
Bons presságios
O patriotismo está explícito na casa de Marilza. Na entrada do lote, o visitante é recebido pela Bandeira do Brasil pintada no muro do imóvel. Toda a fachada da casa tem as cores do estandarte. No quintal, mais uma surpresa: o chão foi coberto de verde. Do lado direito, o número 7, também na cor que representa as matas do Brasil, está desenhado na parede. Para Marilza, o algarismo traz bons presságios para a família. "O sete representa sorte e é um número forte para todos nós, brasileiros", destacou a auxiliar de enfermagem.
Segundo ela, desde a década de 1970, a data cívica só é comemorada com a casa cheia de adereços que remetam ao feriado nacional. Além do imóvel, Marilza se enfeita dos pés à cabeça. Desde o boné ao tênis. Seja qual item ela usar, todos, inclusive as peças íntimas e os brincos, mantêm a tradição. O calçado é o mesmo desde 1994. "Meu pai que me passou todo esse patriotismo. Ele amava o Brasil, mesmo com todos os problemas. Eu digo o mesmo. Por isso, sou a favor dessas manifestações de rua, porque temos que lutar para que o nosso país seja melhor", afirmou Marilza.
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Tempo de voo da ponte aérea SP-Rio pode cair 8 minutos
RICARDO GALLO
Um projeto anunciado ontem pelo governo federal em parceria com empresas privadas prevê baixar em até oito minutos e meio a duração do voo entre os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio) --rota mais movimentada do Brasil.
Simulações da Aeronáutica indicam que, a partir de dezembro, a ponte aérea SP-Rio poderá ter um tempo médio inferior a 36 minutos --ante os atuais 44 minutos.
Na prática, os passageiros ficarão menos tempo no voo do que para percorrer de carro, no rush da tarde, os 6,6 km do corredor da av. Rebouças e rua da Consolação.
A duração das viagens de avião também deverá baixar gradativamente em outros aeroportos, entre os quais Brasília, Curitiba e Confins (MG).
Inicialmente, os aviões da Gol participarão. A TAM deve se juntar depois.
A redução de tempo será possível porque as rotas utilizados pelos aviões serão mais diretas, encurtando a distância entre as cidades.
Isso se dará por meio de uma tecnologia que permite aos aviões se guiar nos céus 100% por satélite --na etapa de cruzeiro e na aproximação para pousar num aeroporto.
Hoje a navegação conta com auxílio de equipamentos na terra, que transmitem dados via rádio para a aeronave e orientam sua localização. Esse modelo é considerado menos preciso.
Editoria de Arte/Folhapress
TÚNEL
Adotada em aeroportos dos Estados Unidos e incentivada pela Organização Internacional de Aviação Civil, a navegação por satélite na aproximação dos aeroportos cria uma espécie de "túnel virtual" por onde a aeronave passa de modo mais preciso.
A medida no Brasil vai envolver, ao todo, dez aeroportos --que terão seus caminhos aéreos redesenhados para os procedimentos via satélite: Cumbica, Congonhas, Campinas, Santos Dumont, Galeão, Brasília, Vitória, Curitiba, Pampulha e Confins (os dois últimos, em Minas).
A rota entre Congonhas e Brasília, por exemplo, tem potencial de redução de 11 minutos e 30 segundos. O voo dura cerca de uma hora e meia atualmente. De Brasília ao Galeão (Rio), a diminuição prevista é de 7 minutos.
Os ganhos serão, primeiro, em economia de combustível, que representa 43% do custo das companhias aéreas; a Gol projeta poupar R$ 178 milhões em cinco anos.
Outro impacto é a redução de emissões de gás carbônico na atmosfera, de acordo com o Decea (Departamento de Controle de Espaço Aéreo), órgão da Aeronáutica que coordena o projeto, batizado de "Céus Verdes do Brasil".
RUÍDO
Também haverá, diz o órgão, redução do ruído no entorno dos aeroportos.
Esse será um ganho indireto decorrente de uma mudança na maneira como os aviões reduzem altitude quando estão prestes a aterrissar.
Hoje, a maioria dos aviões desce em degraus --de 10.000 metros de altitude para 7.500 metros, depois para 5.000 metros, por exemplo.
O novo modelo prevê descida direta contínua, sem mudar a aceleração do avião.
"A descida contínua impacta na redução de ruído, porque toda vez que tem um nivelamento de altitude antes do aeroporto, toda vez que o motor aumenta a potência, aumenta o nível de ruído", diz o coronel aviador Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, do subdepartamento de operações do Decea.
PREÇOS DAS PASSAGENS
Para os passageiros, mais do que a viagem rápida, a expectativa é que haja queda de preço das passagens aéreas, uma vez que os custos das empresas diminuirão.
Isso também é o que espera o governo, segundo Juliano Noman, secretário nacional de Navegação Aérea da Secretaria de Aviação Civil.
Por enquanto, a Gol é a única companhia aérea que já participa do projeto --a empresa abriu dados dos seus voos para o Decea. A Azul deve entrar em breve. A TAM informou que acha os avanços feitos "excepcionais" e elevam o país "à vanguarda" do tema na aviação.
Associação das companhias aéreas, a Abear disse que as empresas adotarão o projeto gradativamente.
A entrada das companhias ao modelo de satélite depende de autorização da Anac (agência de aviação civil).
As empresas estão em fase de autorização --a TAM, por exemplo, diz que está "empenhada na obtenção das homologações necessárias".
A iniciativa é do Decea em parceria com Gol, GE Aviation e apoio da Secretaria de Aviação Civil.
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Homem ingere droga e passa mal em voo
AEROPORTO Tanzaniano foi retirado da aeronave. Em cirurgia no HR, teve 2,3 quilos de cocaína removidos de dentro de seus órgãos. Seu estado de saúde é considerado grave
É grave o estado de saúde do tanzaniano detido na noite da última terça-feira no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes. Holden Canisius Dahatisha, de 33 anos, que está internado na unidade de recuperação do Hospital da Restauração (HR), tentava levar 125 cápsulas de cocaína no estômago num voo que ia de São Paulo a Portugal. Ele passou mal quando uma das cápsulas se rompeu. O avião fez um pouso de emergência no Recife para que ele desembarcasse. Dahatisha foi socorrido e passou por cirurgia.
De acordo com a Polícia Federal, por volta das 22h, o avião em que o tanzaniano viajava pousou no Recife porque o homem reclamava de fortes dores no estômago. O passageiro foi escoltado por policiais federais até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, onde foi constatada a existência das cápsulas de cocaína no abdome. Uma delas estava rompida, o que pode ter causado um grande desconforto, disseram os médicos.
De lá, Holden Canisius Dahatisha foi levado para o Hospital da Restauração e teve a droga retirada em cirurgia. Ao todo, segundo a assessoria de imprensa da PF, foram removidos 2,3 quilos de cocaína. O HR informou que não há previsão de alta para o homem. Quando isso acontecer, Holden Canisius será autuado por tráfico internacional de entorpecentes e pode cumprir pena de até 20 anos de reclusão.
SEGUNDO CASO
Esta é a segunda apreensão de drogas escondidas em órgãos feita pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional dos Guararapes este ano. A primeira aconteceu no mês de abril, quando policiais encontraram 60 cápsulas de cocaína com a cabeleireira paraense Ana Carolina Baía da Silva, de 23 anos.
A mulher foi encaminhada ao Hospital da Restauração, onde os entorpecentes foram retirados do seu estômago. Ela disse à polícia que ingeriu a droga no Suriname, após ter sido aliciada por uma pessoa no Pará. A cabeleireira responde por tráfico internacional de entorpecentes e foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife.
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Embaixador dos Estados Unidos no Brasil deixa o posto
Denise Chrispim Marin
No auge da mais recente crise entre o Brasil e os Estadus Unidos, o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon, deixa seu posto e retorna amanhã a Washington. Em três anos no Brasil, Shannon encarou as autoridades claramente antiamericanas do Itamaraty e do Palácio do Planalto, manteve aceso o lobby pela venda dos caças F18 Super Hornet da Boeing à Força Aérea Brasileira (FÂB) e contornou atritos entre os dois países.
0 embaixador despede-se do Planalto Central como a figura mais visível, no Brasil, do escândalo envolvendo a espionagem da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Em especial, nos gabinetes da presidente Dilma Rousseff e de auxiliares diretos.
Nas últimas semanas, Shannon foi chamado duas vezes ao Itamaraty para dar explicações sobre a suspeita de espionagem da NSA no Brasil - a última delas, no dia 2. Ele será substituído pela embaixadora Liliana Ayalde.
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Brasil tem plano para tirar cidadãos do Líbano
O Brasil tem um plano de retirada de emergência de seus 10 mil a 15 mil cidadãos do Líbano. Ele inclui cinco cenários, que indicam a fluidez da situação na região, e a variedade de formas como a guerra na Síria pode envolver o Líbano. O aeroporto de Beirute é controlado pelo grupo xiita Hezbollah, diretamente envolvido na guerra civil síria, e os três principais portos libaneses estão sujeitos a contágio pelo aspecto sectário do conflito.
O primeiro cenário é o mais benigno: os cidadãos brasileiros conseguem chegar, de diferentes partes do Líbano, ao aeroporto de Beirute. Dali, embarcam em aviões da Força Aérea Brasileira ou fretados para o Brasil. A passagem é só de ida. Quem quiser voltar para o Líbano depois, terá de fazê-lo por conta própria. Com a possibilidade de um ataque americano e os exercícios com mísseis realizados por Israel e EUA, as companhias Aéreas estão cancelando os voos noturnos.
No segundo cenário, o espaço aéreo estaria fechado ou o aeroporto teria sido atacado ou ficaria inacessível. Os brasileiros embarcariam em um ou mais navios fretados, ao custo de cerca de US$ 200 mil cada - conforme orçamentos feitos pelo consulado com armadores do Chipre, Grécia e Turquia. Nesse e nos outros casos em que os brasileiros forem de navio para países próximos, podem, dependendo dos recursos aprovados pelo governo, prosseguir em aviões fretados ou da FAB para o Brasil.
Se Beirute ficar inacessível, ou insegura demais, por atentados a bomba - que já começaram a acontecer a opção seria levar os brasileiros por terra até o segundo maior porto do Líbano, em Trípoli, 70 quilômetros ao norte de Beirute. De lá, eles poderiam embarcar em navios que fazem linhas regulares até o porto de Iskenderun, na Turquia.
Trípoli, no entanto, já está envolvida no conflito entre a maioria sunita e a minoria alauita. Se a situação lá se deteriorar, um quarto cenário seria o porto de Sidon, o terceiro do país, 40 km ao sul de Beirute. No entanto, lá também já exíste um foco de tensão, criado pelo xeque radical sunita Ahmed Assir, que lançou campanha contra o Hezbollah.
Se não houver segurança em Sidon também, a última opção é o porto de Tiro, 80 km ao sul de Beirute. Esse já é um porto menor, que não recebe navios grandes. Os brasileiros teriam de embarcarem ferryboats para Israel - se nesse estágio o país não estiver envolvido no conflito.
O plano tem base na experiência de 2006, quando Israel bombardeou posições do Hezbollah no Líbano, e 3 mil brasileiros foram levados por terra para Antália, na Turquia, e - ironicamente
- Damasco, de onde embarcaram em aviões. Resulta de consultas entre o consulado em Beirute, militares brasileiros da Missão das Nações Unidas no Líbano e representantes da comunidade.
O Brasil tem uma fragata na Costa libanesa, mas ela está a serviço da ONU e não pode ser empregada para resgate de eras. Todas as soluções dependem não só do cenário, mas também da aprovação da presidente Dilma Rousseff, já que envolvem segurança e gastos.
Para entender
Os brasileiros do Líbano têm diferentes graus de familiaridade com o Brasil. Pelo menos 70% não falam português. A maioria nunca esteve no País. São descendentes de libaneses e sírios que moraram no Brasil e voltaram em algum momento dos diferentes ciclos de migração, Eles têm direito ao passaporte brasileiro, e o valorizam, porque dá acesso, por exemplo, à União Europeia sem visto, ao contrário do libanês. Mas muitos ainda não o fizeram, até pelo seu custo: 160 mil libras libanesas (US$107). No Líbano, 80% dos brasileiros vivem no Vale do Bekaa. Muitos pertencem a famílias de agricultores e o preço do passaporte pesa.
O consulado teme urna enxurrada de pedidos do documento no caso de uma emergência no Líbano. / L.S.
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Giro pelo Brasil
Choque de aviões
Duas aeronaves se chocaram na tarde de ontem na pista do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Os aviões da Gol e da Emirates Airline estavam com passageiros a bordo no momento da batida, mas ninguém ficou ferido. O acidente aconteceu por volta das 14h40, quando o Boeing 777 da Emirates taxiava no aeroporto e atingiu o Boeing 737 da Gol, que estava parado e aguardava a chegada da escada para o desembarque dos passageiros, segundo a assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB). A batida ocorreu entre a asa do avião da Emirates e o leme de direção do avião da Gol. Os danos na aeronave da companhia brasileira ainda serão apurados. Entre os passageiros do voo da Gol estava o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Segundo sua assessoria de imprensa, ele viajava sozinho e não se feriu. |
Aviões batem na pista do Galeão, no Rio
Um avião da companhia Emirates que havia chegado de Dubai, nos Emirados Árabes, e taxiava pela pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), atingiu levemente um avião da Gol que havia acabado de estacionar, às 141145 de ontem. Ninguém se feriu e o acidente não causou atrasos nem cancelamentos de voos.
Segundo a Gol explicou em nota, um Boeing 737 com 47 passageiros partiu do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, com destino ao Santos Dumont, na zona sul do Rio. Mas, por causa da chuva, o pouso do avião foi transferido para o Tom Jobim. "Após receber autorização para pouso neste aeroporto, e já com a aeronave completamente estacionada na posição 41 (remota), preparando para o desembarque, houve um abalroamento entre a asa de uma aeronave da companhia aérea Emirates e o leme de direção do avião da Gol", informa a nota da empresa. Segundo a companhia, os passageiros desembarcaram normalmente. "A ocorrência de solo e a aeronave serão avaliadas", diz a nota.
Entre os passageiros do avião da Gol estava o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), que seguia de um compromisso político em São Paulo para outro no Rio. Em nota, a Emirates informou que o avião havia operado o voo EK247, de Dubai para o Rio. Após o episódio, "a aeronave seguiu seu procedimento e os passageiros desembarcaram normalmente".
Segundo a Emirates, os passageiros do voo EK248, que partiria do Rio para Dubai às 2ho6 de hoje usando a mesma aeronave, seriam acomodados em hotéis e outro voo seria marcado. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai investigar o caso e ouvir o piloto da Emirates.
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Dora Kramer
Prova material
O diplomata Eduardo Saboia, que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil depois de 15 meses de confinamento na embaixada em La Paz, pediu ao Itamaraty a liberação das cerca de 400 mensagens trocadas nesse período entre a representação brasileira na Bolívia e a chancelaria em Brasília, sobre a situação.
O advogado de Saboia, Ophir Cavalcanti, ainda vai requerer que o depoimento do diplomata - em princípio previsto para a próxima semana - na comissão de sindicância instalada para apurar o caso só seja feito depois da entrega da documentação. A ideia é produzir prova material (e oficial) de que o então encarregado de negócios da embaixada não fez nada que não fosse de conhecimento pleno do Itamaraty.
Um dado contido na correspondência eletrônica mostraria inclusive que os adidos Militares tratavam a retirada do senador como o "plano de contingência", Aí ficaria também demonstrado que Eduardo Saboia não atuou à revelia dos superiores e agiu no intuito de cumprir o dever de preservar a vida do asilado.
Cavalcanti também entrou com pedido na Justiça Federal para que ouça o senador Molina sobre as condições de vida durante o tempo em que esteve na embaixada. Segundo ele, o relato ao parlamentar servirá para embasai as razões pelas quais o diplomata optou por tirá-lo de lá e, assim, sustentar a defesa no processo disciplinar movido contra Eduardo Saboia.
De acordo com o advogado, as mensagens em ordem cronológica vão deixar claro que houve uma mudança de posição do governo brasileiro desde a concessão do asilo, no primeiro semestre de 2012, até a decisão de deixar a Bolívia: do interesse inicial, passou ao titubeio quando o governo de Evo Morales começou a pressionar, e daí até a completa indiferença quanto à concessão do salvo conduto para Molina poder sair do país.
Saboia e seu advogado trabalham com a hipótese de o Itamaraty se recusar a fornecer as mensagens para a defesa, alegando sigilo de documentos de Estado, embora Ophir Cavalcanti não considere que seja um caso de proteção à segurança nacional "Eram apenas tratativas para concretizar o asilo já concedido", argumenta.
Mas, se houver essa alegação, o advogado poderá entrar com mandado de segurança pedindo à Justiça que assegure a Eduardo Saboia o amplo direito de defesa. "Dois conceitos estarão em jogo: o do sigilo de documentos e o da garantia à defesa, que me parece preponderante", diz o advogado. Ele, no entanto, prefere não trabalhar com essa possibilidade. "Vamos dar tempo ao tempo e confiar no bom senso do Itamaraty".
Aos soluços. É ótimo que a Câmara dos Deputados tenha aprovado o fim do voto secreto. Mas é bom não esquecei que proposta foi apresentada há 12 anos, em 2001, votada pela primeira vez cinco anos depois, em 2006, e só aprovada anteontem, sete anos mais tarde.
Foram anos de embromação. Atitude mesmo o Congresso só tomou por força de escândalos: em 2006, o mensalão, e agora o vexame Donadon. Transferida a questão ao Senado, há agora dois caminhos: ou os senadores que já tinham aprovado uma emenda propondo o voto aberto só para casos de cassação mudam de ideia ou resolvem alterar o texto da Câmara que extingue o voto secreto para todas as votações.
Se sofrer alguma mudança no Senador a emenda voltará ao exame da Câmara que, aí, aceita ou altera. Nesta hipótese, devolve a batata aos senadores. Enquanto isso, o risco que se corre é de o clima esfriar e o assunto voltar a dormir.
E o problema de decisões tomadas por impulso em atenção a urgências demagógicas e não por convicção dos congressistas sobre o que é melhor e mais legítimo. Como o Parlamento reage na base do grito, quando não ouve barulho a tendência é voltar ao imobilismo de sempre.
Saboia pede que Itamaraty libere mensagens trocadas sobre senador boliviano.
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Cenipa investiga incêndio de helicóptero em Macaé, no RJ
Incêndio aconteceu no dia 7 de agosto, por volta das 9h30. Aeronave pegou fogo enquanto taxiava.
Do G1 Região dos Lagos
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) investiga o incêndio em um helicóptero no aeroporto de Macaé, no interior do estado do Rio de Janeiro. A aeronave começou a pegar fogo enquanto se preparava para a decolagem. O incidente aconteceu no dia 7 de agosto, por volta das 9h30.
As chamas começaram no gerador da aeronave. Os tripulantes e outras pessoas que estavam no pátio correram com extintor para tentar apagar o incêndio. De acordo com a Omni Táxi Aéreo, empresa responsável pela aeronave, a decolagem havia sido cancelada e não houve feridos. A empresa informou, em nota, que realiza diariamente manutenção nas aeronaves e que está acompanhando a apuração do Cenipa.
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Após falha em boletos, ITA reabre e prorroga inscrições para vestibular
São oferecidas 180 vagas nos seis cursos de graduação existentes. A inscrição custa R$ 120 e deve ser feita pela internet.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, reabre nesta quarta-feira (4) as inscrições para o processo seletivo dos seis cursos de graduação. O processo foi suspenso no dia 22 de agosto, após ser detectada falha na emissão dos boletos bancários.
As inscrições, que antes deveriam ser feitas até o dia 15 de setembro, foram prorrogadas até o dia 22. O candidato deve se inscrever exclusivamente pela internet, na página do ITA. A inscrição custa R$ 120.
Em nota oficial, o ITA informou que os candidatos que ainda não pagaram a taxa de inscrição deverão substituir seus boletos bancários por novos, que serão disponibilizados após a reabertura das inscrições. Os candidatos que já agendaram o pagamento do boleto para uma data futura deverão providenciar o cancelamento junto ao banco e emitir novos boletos.
Em outubro, a instituição irá divulgar a lista das inscrições realizadas e o candidato deve se certificar que sua inscrição foi aceita. "A partir do 1º de outubro, vamos começar a soltar parcialmente a relação dos inscritos. É muito importante que o aluno verifique se foi realmente inscrito. Do contrário, é preciso entrar em contato com a gente em caráter de urgência", disse ao G1 o chefe do setor de vestibular do ITA, Luiz Carlos Rossato.
No vestibular 2014, o ITA terá o aumento de 50 vagas nos seis cursos de graduação existentes. Pela primeira vez, serão oferecidas 170 vagas para civis e 10 para militares. Em anos anteriores, eram oferecidas 120 vagas para civis e 10 para militares.
As provas serão aplicadas entre os dias 10 e 13 de dezembro em 23 cidades - Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Londrina, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, Terezina e Vitória.
Considerada uma das melhores universidades do país, o ITA disponibiliza vagas para os cursos de graduação em engenharia nas seis especialidades - aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, da computação e aeroespacial. O resultado do vestibular será divulgado no dia 28 de dezembro.
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Em PE, sargento da Aeronáutica reage a assalto e é baleado na cabeça
Ele foi socorrido e levado ao HR, mas está consciente na enfermaria. O carro dele foi roubado e encontrado na manhã desta quarta-feira (4).
Do G1 PE
Um sargento da Aeronáutica, de 26 anos, levou um tiro na cabeça após reagir a um assalto no cruzamento das ruas Severiano José Torres e Maria Souza, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. O crime ocorreu na noite de terça (3), próximo à Vila Militar Brigadeiro Ivo Borges. De acordo com testemunhas, ele teria reagido à abordagem. O carro dele, levado pelos criminosos, foi encontrado na manhã desta quarta (4).
Um morador da região, que pediu para não se identificado, contou que dois suspeitos se aproximaram em um táxi para cometer o crime. "O carro parou e os dois [assaltantes] vieram com a arma na mão. Disse "perdeu, perdeu" e tirou as pessoas do carro. O rapaz atingido tentou puxar os dois para dentro do carro e um deles gritou "vou atirar, vou atirar". E escutei o estampido", afirmou. Atingido na cabeça, o sargento foi levado inicialmente para o Hospital da Aeronáutica, mas transferido para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central da capital.
No momento do crime, Victor estaria dentro do carro conversando com a esposa e uma amiga que também é militar. O veículo da vítima foi encontrado na manhã de hoje, na BR-101, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife. O carro foi encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) para perícia.
De acordo com a assessoria de imprensa do HR, o sargento passou por uma pequena cirurgia na cabeça, uma vez que não houve danos ao cérebro. Ele está consciente, orientado e passa bem, na enfermaria. O quadro médico é considerado estável.
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Galeão tem choque entre aviões da Gol e da Emirates na pista
De acordo com a Aeronáutica, não houve feridos ou atrasos em voos. Governador da Bahia, Jaques Wagner, estava na aeronave da Gol.
Do G1 Rio
Dois aviões se chocaram levemente, às 14h45 desta quarta-feira (4), no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Rio. Segundo a Aeronáutica, houve o toque da asa de um Boeing 777 da Emirates, que taxiava pelo pátio, com a empenagem (asa traseira) de um 737 da Gol, estacionado. Não houve feridos. De acordo com a Infraero, a batida entre as aeronaves não causou atrasos ou cancalemento em voos.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) irá ivnestigar o caso como "ocorrência de solo". O piloto da Emirates será ouvido pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Em nota, a Gol informou "que a aeronave que operou o voo G3 1026, trecho Congonhas (SP) – Santos Dumont (RJ), alternou o destino final para o aeroporto de Galeão devido condições meteorológicas em Santos Dumont. Após receber autorização para pouso neste aeroporto e já com a aeronave completamente estacionada na posição 41 (remota), preparando para o desembarque, houve um abalroamento entre a asa de uma aeronave da companhia aérea Emirates e o leme de direção do avião da Gol".
Ainda segundo a companhia aérea, os 47 passageiros que estavam a bordo desembarcaram normalmente. "A ocorrência de solo e a aeronave serão avaliadas. A Gol lamenta pelo desconforto causado aos passageiros e ressalta que a segurança de seus clientes e colaboradores é item prioritário em sua política de gestão", completa o texto.
Governador da Bahia estava no avião
Entre os passageiros do voo da Gol estava o governador da Bahia, Jaques Wagner. Segundo sua assessoria de imprensa, ele viajava sozinho e não se feriu. O político saiu de São Paulo, onde participava de um encontro de turismo da Associação Brasileira de de Agência de Viagem (Abav), no Anhembi, e viajou ao Rio para uma reunião na Petrobras. |
Gol diz que não planeja novas demissões ou aumento de preços
Afirmação é do vice-presidente da empresa, Adalberto Bogsan. Segundo ele, está mantida a estratégia de reduzir a oferta de voos.
Alexandro Martello
O vice-presidente da área técnica da Gol Linhas Aéreas, Adalberto Bogsan, afirmou nesta quarta-feira (4), em Brasília, que a empresa não pretende realizar novas demissões, mesmo com a alta recente do dólar - que pressiona os custos da companhia aérea.
"Isso [novas demissões] está fora de cogitação. Já fizemos todos os movimentos que a gente precisava dentro da empresa. Não tem mais previsões de demissão ou redução de força de trabalho dentro da empresa", declarou ele ao G1, após cerimônia no Ministério da Aeronáutica. Segundo ele, 65% dos custos da Gol são em dólar.
Nesta terça-feira (3), a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) determinou a reintegração de 850 empregados demitidos da Webjet, incorporada Gol. O corte foi anunciado em novembro de 2012. A companhia aérea disse que vai recorrer da decisão.
Redução na oferta de voos e preços das passagens
Mesmo sem novas demissões previstas, o vice-presidente da área técnica da Gol, Adalberto Bogsan, disse que está mantida, porém, a estratégia da empresa de reduzir a oferta de voos domésticos em 9% neste ano - número que poderá, inclusive, ser revisto no futuro. "Se o mercado piorar, temos de reavaliar essa condição", declarou.
De acordo com sua avaliação, a alta do dólar, também e do preço do petróleo, trazem um impacto "muito significativo" para a companhia. "O que estamos fazendo é uma racionalização para que a gente tenha uma empresa sustentável. Para que a gente consiga passar por essa fase até que a gente consiga um novo patamar, uma nova condição tanto no dólar quanto no petróleo", disse Bogsan.
Com esse processo de racionalização de custos, a expectativa da empresa, ainda segundo o executivo da Gol, é de manutenção nos preços das passagens aéreas. "Nossa perspectiva é que a gente mantenha nossas reduções internas de custo. Sempre visando a segurança dos voos, mas que a gente não passe para o custo [da passagem]", afirmou ele.
Projeto Céus Verdes do Brasil
O vice-presidente da Gol informou que o projeto "Céus Verdes do Brasil", lançado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) nesta quarta-feira, em Brasília, tende a ajudar a empresa, e as demais companhias do setor aéreo, a reduzir custos com combustíveis nos próximos anos.
O projeto, já implementado nos aeroportos de Brasília e Recife, que deverá ser estendido aos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo em dezembro deste ano, com previsão de chegar a todo o país até 2018, prevê investimentos em tecnologia, sistemas e treinamento de pessoal para possibilitar uma orientação dos aviões via satélite. Atualmente, a orientação é feita por meio de antenas no solo.
Com o novo projeto, a expectativa do Minsitério da Aeronáutica é de que os trajetos sejam mais lineares e, subsequentemente, mais curtos, diminuindo o uso de combustível pelas empresas aéreas e, também, de emissão de CO2.
A expectativa do vice-presidente da Gol é de que este projeto represente uma economia, em termos de custos, de R$ 43 milhões por ano para toda indústria de aviação. "Na Gol, não temos o número fechado, mas nós estimamos que teríamos uma economia de R$ 76 milhões em cinco anos", declarou ele.
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Anac lança consulta sobre serviços de táxi aéreo
Usuário poderá checar a regularidade da empresa e da aeronave antes de usar o transporte
Agência Estado
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está lançando um serviço de consulta relativo ao serviços de táxi aéreo. A ideia é que o usuário possa checar a regularidade da empresa e da aeronave a ser utilizada no transporte.
Segundo o gerente de ação fiscal da agência, Cláudio Ianelli, o objetivo da Anac, ao prestar esse serviço à sociedade, é contribuir para que os usuários contratem apenas serviços autorizados e, consequentemente, mais seguros.
— Essa precaução certamente contribuirá para aumentar a segurança do usuário.
Para facilitar esse processo de consulta, a Anac oferecerá um espaço em seu site para que o usuário possa realizar a checagem dos dados. A Anac destaca que há riscos na contratação irregular e lembra que o serviço de "táxi aéreo pirata" pode incluir a aeronave, o piloto e a própria empresa. Dessa forma, é uma situação que envolve a fiscalização de três áreas diferentes.
"O serviço de táxi-aéreo é autorizado e fiscalizado pela Anac, razão pela qual só pode ser prestado por empresas que cumpram uma série de requisitos que tornam esse transporte o mais seguro possível", cita a agência, em nota. A prática irregular de táxi-aéreo é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e deve ser denunciada à Anac.
A agência lembra que o usuário deve verificar se a aeronave possui a inscrição "táxi-aéreo" em local bem visível. As aeronaves das empresas autorizadas de táxi-aéreo e de prestação de SAE (Serviço Aéreo Especializado) devem estar matriculadas nas categorias TPX (táxi-aéreo) e/ou SAE. Além disso, as empresas autorizadas pela Anac são obrigadas a contratar seguro para casos de indenização.
Durante a consulta ao site da Anac, o usuário deverá verificar se a empresa está autorizada a prestar o serviço. A lista de empresas apresentada é atualizada semanalmente, quando são incorporadas as alterações cadastrais ocorridas ao longo da semana anterior.
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Maior aeroporto do País, Guarulhos sofre com interferências de laser, rádios piratas, balões e aves
Uso de laser na direção de aeronaves é o que mais preocupa as autoridades
Fernando Mellis, do R7
O aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, sofre constantemente com interferências que podem atrapalhar pousos e decolagens ou até causar um acidente. De acordo com controladores de voo e com dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a presença de rádios piratas, balões, aves e o uso de laser na direção dos aviões são os principais problemas enfrentados no terminal mais movimentado do País.
No mês de julho, o aeroporto registrou mais de 25 mil pousos e decolagens, segundo a GRU Airport, que administra o terminal. 26,6% desses voos partem ou chegam de outros países, tornando Guarulhos um hub na América Latina.
Laser
Um dos problemas que mais preocupam pilotos e controladores de voo são raios laser apontadas na direção das aeronaves, normalmente na hora do pouso. Dados do Cenipa mostram que de 1º de janeiro até 4 de setembro deste ano foram feitos 62 comunicados desse tipo de interferência. A média é de quase sete casos por mês.
O incidente mais recente reportado ao Cenipa aconteceu no último dia 2. O piloto de um Boeing 777-200, da American Airlines, que chegava de Miami, relatou ter visto alguém a cerca de 1,6 km de distância utilizando raio laser de cor verde. Outro comandante da mesma companhia aérea passou por um problema pior, mas na hora da decolagem, no dia 2 de fevereiro. Ele chegou a relatar que sua visão foi ofuscada por um período de dez segundos.
Quem for flagrado apontando um laser na direção de um avião pode responder por expor a aeronave ao perigo. O crime prevê pena de dois a cinco anos de prisão e pode chegar a 12 anos, no caso de haver acidente.
Balões
A presença de balões nas rotas de pouso e decolagem também é um perigo para as aeronaves. Desde o começo do ano, o Cenipa recebeu 21 reportes. Mais da metade dos incidentes aconteceu nos meses de junho e julho, época de festas juninas. No dia 9 de junho, um piloto da TAM Aviação Executiva por pouco não atingiu um balão.
“O balão foi visualizado pelo PF cerca de 2 segundos antes da colisão, o piloto automático foi desligado, e foi efetuada manobra evasiva pela esquerda”, diz o relatório feito pelo piloto do jatinho, após o fato.
Três dias antes, o comandante de um Airbus A321 da TAM teve que arremeter o pouso devido à presença de um balão junino na rota da aeronave. No mesmo dia em que o jatinho teve que desviar durante a rota de pouso, outro reporte foi feito ao Cenipa, relatando que um balão de aproximadamente 25 m permanecia próximo à pista.
“O balão permaneceu estacionário naquela posição por aproximadamente uma hora. Pois ao retornar para uma nova decolagem havia outra aeronave reportando o mesmo balão à torre. Isso também demonstra que não houve comunicação da torre com o controle para avisar a aeronave que estava chegando sobre a presença do balão”, diz o comunicado.
Rádios piratas
Na manhã de quarta-feira (4), oito rádios piratas foram fechadas em Mairiporã, na Grande São Paulo. Segundo o COE (Comando de Operações Especiais) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as estações clandestinas podem atrapalhar a comunicação entre a torre de controle e as aeronaves. Duas pessoas foram detidas.
Segundo o controlador de voo Daniel Ramos, que tem 16 anos de experiência e trabalha na torre de Guarulhos, esse tipo de interferência caiu bastante, mas ainda acontece. Ele explica que se for perdida a comunicação, o controlador tem que procurar outra alternativa.
— Se a interferência for tal, que o piloto não consiga contato, ou vice-versa, e não tenhamos a certeza que o piloto está recebendo nossas transmissões, transmitimos as instruções "às cegas" como chamamos, incluído aí uma frequência alternativa. Também fazemos uso da pistola de sinalização, se as condições meteorológicas o permitirem. Esta emite feixes luminosos em diferentes cores, que se forem sinais contínuos ou intermitentes, tem seus significados padronizados. O uso da pistola, porém, permite apenas instruções simples.
Aves
Problema frequente na maioria dos aeroportos em todo o mundo, a presença de aves é sempre um risco. Em Guarulhos, desde o começo deste ano, foram reportados 120 casos. Em mais de 80% dos casos houve colisão com a aeronave, segundo os dados do Cenipa. Boa parte das aves é encontrada após o pouso, quando é feita a inspeção nos motores. Mas há casos de animais que atingem a aeronave durante a decolagem, como o que aconteceu com um voo da TAM no dia 19 de agosto. Um dos motores do Airbus chegou a ser atingido.
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FAB recebe primeiro caça AMX modernizado pela Embraer
A primeira aeronave do caça subsônico A-1 AMX modernizada foi entregue à Força Aérea Brasileira (FAB) nesta terça-feira em Gavião Peixoto, interior de São Paulo
A primeira aeronave do caça subsônico A-1 AMX modernizada foi entregue à Força Aérea Brasileira (FAB) nesta terça-feira em Gavião Peixoto, interior de São Paulo. O avião teve a estrutura revitalizada e recebeu novos equipamentos, entre eles o radar SCP-01, que permite aos pilotos encontrar alvos no solo em distâncias maiores e aumentar a precisão no lançamento de armamentos. O novo radar também amplia a capacidade de combate para o modo ar-mar, o que dá a possibilidade de voar missões contra alvos navais.
Esse é o primeiro dos 43 caças a serem modernizados pela Embraer, como parte de um contrato de R$ 1,3 bilhões, informaram fontes oficiais. A última entrega dos aviões está prevista para 2017.
Os AMX, modelo com alcance de 3.330 quilômetros, foram desenvolvidos e construídos na década de 1980 num projeto conjunto entre Brasil e Itália. A modernização amplia em 20 anos a vida útil desses caças, que foram equipados com novos sistemas eletrônicos de bordo, armamento, sensores e um radar multimodal (ar-solo e ar-mar).
Para o gerente do projeto de modernização do AMX, coronel-aviador Márcio Bonotto, da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronave de Combate (Copac), a modernização trará mais benefícios aos pilotos. “A modernização permitiu incorporar a suíte de guerra eletrônica, com o sistema de autodefesa integrado que permite o próprio avião detectar ameaças e disparar automaticamente”, disse.
A primeira unidade aérea a receber o novo avião está sediada na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Para o comandante da Terceira Força Aérea, brigadeiro do ar Luiz Fernando Aguiar, responsável pela Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, a data é um marco na revitalização da composição do poder aéreo do País.
“O A-1 não é um avião de defesa aérea. É um avião estratégico para ataques a longas distâncias. Nós estamos com os nossos F5 modernizados e agora iniciamos o mesmo processo com o A-1. Com a parada dos Mirages, essas duas máquinas farão diferença em termos de sustentabilidade da nossa aviação de combate”, disse Aguiar. “Necessariamente, nós temos que continuar evoluindo porque a quantidade de aviões que estamos recebendo não é o suficiente para todas as nossas operações. A falta do Mirage terá que ser reposta. Esperamos, num futuro próximo.”
Os próximos dois aviões modernizados devem ser entregues até o final deste ano ao Esquadrão Adelphi. As unidades sediadas em na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, esquadrões Poker também passarão pelo processo de modernização.
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'Mentira deslavada', dizem militares sobre mudança de postura de O Globo
O Clube Militar divulgou uma nota na qual faz uma análise sobre uma recente declaração emitida pelas Organizações Globo sobre o Golpe Militar de 1964. No último sábado, o jornal O Globo divulgou um texto no qual admite que errou ao apoiar a tomada do poder por parte dos militares. “Não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio (ao golpe) foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”, diz o texto, que pode ser lido na íntegra no site Memória, que reúne a história de O Globo.
Porém, para o grupo de militares, tal justificativa é infundada e não passa de uma "mentira deslavada" por parte do grupo da família Marinho. De acordo com a opinião emitida pelo Clube Militar, a mudança de posição do grupo ocorre por causa da facilidade em se pesquisar o conteúdo publicado em jornais da época.
"Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa", diz a nota.
A principal crítica do clube foi em relação à colocação do comunicado divulgado pelo O Globo, que classificou o apoio aos militares como um "equívoco redacional”. "O apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época", afirmou o clube.
Para os militares, a única justificativa para a revisão de posição das Organizações Globo seria o medo de censura por parte do governo federal. "Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem".
Veja na íntegra a nota divulgada pelo Clube Militar:
"Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.
Nossos pêsames aos leitores."
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CORREÇÃO: FAB recebe primeiro caça AMX modernizado pela Embraer
Diferentemente do que foi publicado pelo Terra na notícia FAB recebe primeiro caça AMX modernizado pela Embraer, do dia 3 de setembro de 2013, às 13h19, o valor do contrato de modernização dos caças A-1, da Força Aérea Brasileira (FAB) com a Embraer, é de R$ 1,3 bilhão e não US$ 1,3 bilhão. A informação, divulgada pela agência EFE, foi corrigida no dia 4 de setembro, às 15h10.
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Esquadrilha da Fumaça não se apresentará em desfile
Agência Estado
Marinha, Exército, Aeronáutica e organizações de segurança pública levarão 1.850 militares e civis para o desfile do Dia da Independência de 2013, na Esplanada dos Ministérios. Essa é apenas a fatia dos que desfilarão a pé em Brasília no sábado, 7. Além disso, as Forças Armadas levarão 105 viaturas. Não haverá, no entanto, apresentação da Esquadrilha da Fumaça, mas a presença de outros aviões está assegurada.
Entre os carros leves e blindados, estarão presentes Urutu, Cascavel, o lançador de foguetes Astro 2020 e a viatura Gepard, de artilharia antiaérea. O encerramento contará com cerca de cem cavalos do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, conhecido como Dragões da Independência, e de outras unidades das Forças Armadas. Esse detalhamento do desfile de sábado, em Brasília, foi apresentado pela assessoria do Ministério da Defesa.
A Esquadrilha da Fumaça, entretanto, não fará parte do desfile de 2013 por causa do processo de substituição dos aviões T-27 (Tucano) pelo A-29 (Super Tucano). De acordo com o Ministério da Defesa, os pilotos da Esquadrilha estão em treinamento e somente em 2014 o grupo poderá participar. A última apresentação da Esquadrilha, antes da aposentadoria do Tucano, ocorreu em março, no Pontão do Lago Sul, na capital federal.
Em contrapartida, aparelhos como o cargueiro C-130, o caça F-5 e o A-1 farão sobrevoos na Esplanada dos Ministérios. Haverá apresentação de quatro aviões de caça supersônicos F-2000 Mirage do 1º Grupo de Defesa Aérea e dois de ataque A-1 do Esquadrão Adelphi. O desfile aéreo será finalizado com os KC-130, do Esquadrão Gordo, que simulam reabastecimento em voo de F5 ou A1.
O desfile está previsto para começar às 9h10 e vai durar uma hora e dez minutos. Se for considerado também o trajeto da presidente Dilma Rousseff do trecho onde passará em revista às tropas até o palanque oficial, o desfile terá duração de uma hora e 30 minutos. A mobilização, no entanto, começará às 7h30.
Este ano, os alunos das escolas militares desfilarão no bloco das respectivas Forças. Assim, os alunos da Escola Naval, com sede no Rio, estarão alinhados com a Marinha. Os cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), situada em Resende (RJ), entram na Esplanada dos Ministérios com as tropas do Exército. Já os alunos da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), desfilam com os militares da Aeronáutica. Isso tornará possível um desfile mais compacto.
A "pirâmide humana" do Batalhão de Polícia do Exército (PE) de Brasília também estará na Esplanada neste sábado. A equipe quebrou recentemente o recorde mundial, com 47 militares sobre uma única motocicleta, destaca o ministério. Já a parte mecanizada da Marinha contará com viaturas blindadas como os carros Lagarta Anfíbio, duas viaturas blindadas M-113, dois carros de combate SK 105 A2S e duas blindadas Piranha.
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Turbulências durante o voo podem surpreender pilotos
Causadas por alterações aparentemente aleatórias nas correntes de ar, elas podem passar despercebidas pelo no radar dos aviões
Na madrugada da última segunda-feira, passageiros do voo JJ8065 da TAM foram despertados por um forte tremor que atingiu a aeronave. Foram apenas dez segundos de turbulência, mas o suficiente para arremessar pessoas em direção ao teto e pelos corredores, deixando quinze feridos com luxações e fraturas. Segundo os pilotos, a equipe foi surpreendida pelo fenômeno, que não apareceu nos radares, e não houve tempo de alertar os passageiros ou pedir para que apertassem os cintos.
Apesar de raro, é realmente possível que uma turbulência surja de modo inesperado no caminho de uma aeronave. Esse tipo de fenômeno é formado a partir de movimentos extremamente complexos, difusos e irregulares das correntes de ar, que criam uma série de curvas e redemoinhos ao se cruzarem na atmosfera. Na maior parte das vezes é possível saber onde um avião pode se encontrar com uma delas, mas a imprevisibilidade das turbulências ainda costuma surpreender pilotos — e cientistas — ao redor do mundo. Na verdade, é justamente sua irregularidade e aparente aleatoriedade que torna o fenômeno uma das áreas mais debatidas da física, considerado um mistério ainda a espera de uma resolução satisfatória
As turbulências não acontecem apenas na atmosfera terrestre, mas em qualquer fluido que possa escoar em diferentes velocidades e direções, como os oceanos do planeta ou o plasma no centro do Sol. “Também podemos ver a turbulência em escalas muito menores, como quando mexemos o açúcar em um copo de suco ou fervemos uma salsicha em uma panela de vidro. No primeiro caso, a colher cria diversas correntes no interior do líquido, dando origem ao movimento turbulento que dissolve o açúcar. No segundo, é o aquecimento da água que cria o movimento extremamente revoltoso que chacoalha a salsicha.”, afirma Ricardo de Camargo professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP.
Esse movimento caótico formado a partir da interação entre as correntes no interior dos fluidos é considerado imprevisível pelos cientistas. O fluxo tumultuado que surge durante as turbulências é, aparentemente, aleatório, criando uma impressão de desordem na ordem que os físicos tentam impor à natureza. “Há muito tempo se discute se é possível compreender por inteiro esse fenômeno; se é possível criar uma equação capaz de prever todos os movimentos em seu interior. Existe uma característica não linear nas turbulências, que complica muito a resolução matemática do problema”, afirma Ricardo de Camargo. Avanços recentes na física e na capacidade de processamento dos computadores apontam alguns resultados promissores, mas ainda não se chegou a uma teoria ou equação definitiva sobre o assunto.
Céu claro e escuro — São esses movimentos complexos nas correntes de ar que fazem o avião tremer como uma salsicha em uma panela cheia de água fervente. A aeronave consegue manter o voo graças a uma força de sustentação criada pela passagem rápida do ar por suas asas. Quando acontece uma mudança nessa velocidade, a força de sustentação e a altitude do avião também variam. Se essa variação acontece diversas vezes seguidas, na forma de redemoinhos e vácuos instantâneos, o resultado são os chacoalhões, quedas livres e embalos súbitos típicos das turbulências.
Uma das formas mais comuns do fenômeno é a que acontece no interior e na proximidade das grandes nuvens, como as Cumulus Nimbus — que podem atingir quilômetros de altura. Cheias de ar quente, elas sobem em altas velocidades até atingir grandes altitudes na atmosfera. Ali, elas se encontram com correntes de ar frio, interagindo de maneira extremamente instável. Dentro das nuvens, as correntes de ar frio e quente também se movimentam em altas velocidades. “Foi esse tipo de nuvem que contribuiu para a queda do avião da Air France em 2009. Ali dentro, existe uma enorme bagunça, correntes de vento jogam a nave pra cima enquanto outras correntes arremessam para baixo”, afirma Ricardo de Camargo.
Normalmente, esse tipo de nuvem é detectado pelos radares das aeronaves, permitindo aos pilotos desviarem das turbulências ou, pelos menos, alertarem os passageiros para as condições que irão encontrar. Mas existe um tipo que é impossível de detectar, não aparece nos radares e não deixam nenhuma marca visual no céu — por isso, são conhecidas como turbulência de céu claro.
Elas costumam acontecer em regiões altas do céu, localizadas entre oito e dez quilômetros da superfície, onde existem ventos muito intensos, que atingem grandes velocidades tanto na vertical quanto na horizontal. Esses fortes ventos são chamados de correntes de jato, e são formações características da atmosfera, com rotas ao redor da Terra já traçadas pelos pesquisadores. “As turbulências de céu claro têm localizações típicas no planeta. Os pilotos normalmente estudam se suas rotas de voo vão passar por uma dessas regiões, e tomam as devidas providências para evitá-las”, diz Ricardo de Camargo.
Às vezes, as turbulências de céu claro também acontecem em regiões mais baixas da atmosfera, em locais próximos a montanhas ou com grandes variações de temperatura. “Existe uma diretriz na comunidade aeronáutica alertando o piloto que, se ele estiver em um dia claro, em uma região montanhosa, ele pode se deparar com esse tipo de fenômeno. A orientação é diminuir a velocidade do avião, pois quanto mais rápido estiver a aeronave, piores podem ser os danos de uma turbulência", afirma Fernando Martini Catalano, pesquisador do curso de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos da USP.
Segurança — Apesar de todos os alertas, mesmo os pilotos mais experientes podem ser pegos de surpresa pelas turbulências de céu claro. A imprevisibilidade do fenômeno — que torna impossível saber onde ele vai aparecer e quais movimentos vai impor ao avião — o torna um perigo real durante uma viagem. De vez em quando uma turbulência surpresa pode ter força suficiente para jogar os passageiros para o alto e causar danos sérios, como aconteceu no voo da TAM.
Por isso, especialistas afirmam que é necessário seguir sempre a clássica regra da aviação: manter o cinto de segurança afivelado durante todo o voo. "Raramente esse tipo de turbulência vai causar algum dano sério, mas isso pode acontecer eventualmente. É necessário orientar os passageiros a manterem os cintos sempre afivelados. Os pilotos, por exemplo, fazem isso durante toda a viagem”, afirma Catalano. Assim, mesmo que a turbulência ocorra de madrugada, como no caso da TAM, ninguém é pego de surpresa.
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Aéreas contam com câmbio ou governo para manter preços
Por João José Oliveira | De São Paulo
Empresas aéreas contam com a estabilização do câmbio ou com medidas governamentais que reduzam a carga tributária para evitar reajustes de tarifas como instrumento para preservar a lucratividade em 2013. Executivos do setor veem melhora econômica neste segundo semestre, mas ainda classificam como incerto os horizontes de dólar e de preço do petróleo, duas variáveis que indexam 70% do passivo dessas companhias, enquanto os tributos são 40% das despesas operacionais no setor.
É nesse ambiente que ocorre hoje reunião entre esferas de governo ligadas ao setor. No dia 23 de agosto, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, prometeu responder em dez dias às demandas da Associação Brasileira das Empresas aéreas (Abear), que incluem corte tributário sobre salários e combustíveis.
O vice-presidente comercial e de marketing da Avianca, Tarcisio Gargioni, diz que se o governo não atender algumas das demandas do setor e o dólar não se estabilizar, o reajuste de tarifas será "inevitável". "Vamos buscar aumentar eficiência e cortar custos. A última alternativa será o reajuste de tarifas."
O executivo conta que o maior impacto da valorização da moeda americana ante o real - que saiu do patamar de R$ 2,00 em maio para superar a casa de R$ 2,40 em agosto - ainda não foi totalmente registrado nas companhias aéreas. "Custos maiores virão agora", disse o executivo da Avianca, citando o aumento de 16% no preço de querosene de aviação (QAV) em agosto.
A líder de mercado TAM planeja manter a política e tarifas desde que o dólar não volte a dar saltos. "Fizemos um ajuste dolorido", disse o diretor de vendas Klaus Kuhnast, cuja companhia cortou entre janeiro e junho a oferta em 10% na comparação com o mesmo período de 2012. "Mas nossa demanda cresceu 2%, o que mostra que ganhamos em eficiência". A redução de frequências e destinos atendidos levou ao corte de 811 funcionários.
Segundo Kuhnast, se a moeda americana testar patamares muito mais elevados, as estratégias comerciais voltarão a ser revistas. Nesse caso, medidas que reduzam os custos, como as desonerações tributárias reivindicadas pelo setor ao governo federal, serão bem vindas. "O que afeta de imediato as vendas é a incerteza. Bastou o governo fazer o dever de casa de modo a levar o dólar a dar uma parada para as vendas voltarem. Mas o quadro de incerteza precisa diminuir mais".
Segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), a tarifa aérea média no mercado doméstico teve alta de 0,84% em 2012 ante 2011, atingindo R$ 294,83. Foi o primeiro aumento após três anos consecutivos de redução. Entretanto, a tarifa média no setor aéreo doméstico em 2012 foi 42,77% inferior à taxa média de R$ 515,17 registrada em 2002.
Ainda de acordo com a Anac, o setor aéreo de passageiros registrou no acumulado dos sete primeiros meses do ano baixa de 0,2% na demanda - a primeira vez que há retração nesse período desde 2003, enquanto a oferta teve redução de 5,11%.
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INFO Online
O Estado de S. Paulo
Satélite antiespionagem deve entrar em órbita em 2016
São Paulo - O governo espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre US$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denúncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos. Ele deverá entrar em órbita em 2016.
Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal, mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.
“Alugamos satélite de uma empresa estrangeira”, disse à reportagem o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. “Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele.” Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País.
O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecer ambos. O satélite vai ser construído pela Visiona, que é uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que futuramente será uma montadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.
Com o novo satélite, pretende também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. Com o novo satélite, os dados passarão pela Telebrás, que vai criptografar tudo antes de enviar para o espaço.
Espião. O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligará terminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos divulgados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Edward Snowden, informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite.
Técnicos explicam que não há como “grampear” um satélite, mas um terminal “espião” pode ver tudo o que tenha sito transmitido por outro terminal na mesma área de cobertura e na mesma frequência.
Outro objetivo do satélite brasileiro - que na opinião de Bonilha é o mais importante do ponto de vista social - é levar internet banda larga a todo o País. O equipamento permitirá prover o serviço em áreas onde é difícil chegar com infraestrutura física, como a floresta amazônica.
Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério. “A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos”, disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional. Segundo ele, equipamentos estrangeiros, muitas vezes por imposição da legislação no país de origem, precisam ter um “backdoor”, literalmente uma porta dos fundos, pela qual podem ser extraídos dados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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IHS Jane s Defence Weekly
Victor Barreira, Lisbon
03 September 2013
Industry
Brazil receives first A-1M aircraft
The Brazilian Air Force (FAB) on 3 September received its first upgraded A-1M light combat aircraft.
Contracts were awarded to local company Embraer Defense & Security in 2003 and 2011 as part of the service s modernisation plan. In total 33 single-seat A-1As and 10 twin-seat A-1Bs are to be upgraded, with the last delivery scheduled for 2017, a FAB spokesperson told IHS Jane s .
Brazil originally received 56 aircraft from AMX International - a consortium formed by Aeritalia and Aermacchi of Italy (now Alenia Aermacchi) and Embraer. This upgrade will extend the aircraft s lifespan by 20 years.
The work includes structural refurbishments; adding Selex Galileo/Mectron SCP-01 Scipio multi-mode radar; an onboard oxygen generating system; new AEL Sistemas avionics that are compatible with a helmet-mounted display, sighting system, and night vision goggles; navigation, mission management, and communication systems; an Elbit Systems electronic warfare and auto-protection suite; and more.
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