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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/08/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Licitação para reforma e ampliação de 45 aeroportos regionais começa em novembro

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O edital de licitação para reforma e ampliação de 45 aeroportos regionais deverá ser lançado em novembro deste ano. A informação foi divulgada hoje (23) pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, durante Encontro Nacional de Comércio Exterior.
Esses serão os primeiros dos 270 terminais regionais que receberão investimentos para melhoria e ampliação em todo o país. “Dos 270 aeroportos, alguns [receberão investimentos] para ampliação de pista, outros para ampliação de pista e pátio, quase todos para melhoria de equipamentos tecnológicos de segurança de voo e a maioria deles, para intervenção de terminal de passageiros”, disse o ministro.
Os 45 primeiros aeroportos foram escolhidos para iniciar os investimentos na aviação regional devido à importância na malha aérea brasileira. “O critério foi escolher aqueles que já têm mercado, mas que não operam adequadamente. As companhias têm disposição, tem demanda, mas as condições físicas não são adequadas. As estações de passageiros pequenas são o grande problema”, afirmou.
Segundo o ministro, alguns prefeitos estão pedindo que as intervenções nos aeroportos envolvam aumento e melhoria da pista, para que eles sejam capazes de operar carga. “Alguns acham até que a região tem peso para ter um aeroporto internacional. Essas demandas estão prioritariamente em São Paulo, Minas Gerais e no Nordeste.”
Brasil e Turquia ampliam parceria para incrementar projetos na área de defesa

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil

Brasília -As autoridades do Brasil e da Turquia definiram a criação de cinco grupos de trabalho para negociar parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial e defesa cibernética. O acordo foi firmado entre os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Turquia, Ismet Yilmaz, em Ancara, capital turca. Nos três dias em que passou no país, Amorim conversou com políticos e empresários.
Amorim se reuniu também com o presidente da Turquia, Abdullah Gül, e o ministro das Relações Exteriores do país, Ahmet Davutoglu. Eles conversaram, segundo assessores, sobre a crise que atinge o Oriente Médio, principalmente o Egito e a Síria, países que sempre mantiveram estreita relação com a Turquia. No encontro, Amorim entregou uma carta da presidenta Dilma Rousseff, reiterando a disposição do país em incrementar a cooperação na área de defesa.
O Ministério da Defesa informou que os cinco grupos são formados por representantes do governo, civis e militares, além de integrantes de empresas da área de defesa dos dois países. Nos próximos dias, deverão ser definidas as datas de reuniões técnicas setoriais, que ocorrerão no Brasil e na Turquia até dezembro.
Nas reuniões em Ancara, o ministro turco destacou o elevado nível de parceria estratégica existente com o Brasil. Na área naval será estudada a possibilidade de troca de informações e o desenvolvimento conjunto de projetos de construção de navios-escolta: corvetas e fragatas.
O governo da Turquia construiu, a partir de projeto próprio, uma corveta com requisitos e características que podem interessar ao governo brasileiro. O Brasil também tem um projeto nativo de corveta, que serviu de base para a construção de um navio da nova classe de corvetas da Marinha, a Barroso.
No grupo aeronáutico, o Ministério da Defesa informou que as discussões incluem os veículos aéreos não tripulados (os Vants). A Turquia desenvolveu projetos de helicópteros militares de ataque e de Vants, além de ter experiência na integração e produção de peças. O Brasil desenvolve vants e tem experiência na fabricação de aviões civis e militares – projetos desenvolvidos pela Embraer.
O grupo espacial deve analisar as possibilidades de cooperação em sistemas de lançamento e de satélite (de sensoriamento e comunicações). O de comando e controle terá como objetivo
central a área de comunicações militares (com possibilidade de aplicação civil) por meio da tecnologia denominada Rádio Definido por Software (RDS).
O quinto grupo será responsável pela área de defesa cibernética, com base na experiência acumulada até o momento pelas forças militares das duas nações. O Brasil enviará representante à feira que a Turquia organizará sobre o tema, em novembro, em Ancara. Também foi discutida a possibilidade de abertura de novas vagas em cursos de operações de paz e de combate ao terrorismo, área em que as forças turcas têm ampla experiência.
Amorim participou das reuniões acompanhado do embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, e os chefes da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e da Marinha do Brasil, Aderico Mattioli, Nilson Carminati e Antônio Carlos Frade Carneiro.
Governo não vai destinar dinheiro a companhias aéreas

O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, disse hoje (23) que o governo federal não vai injetar dinheiro diretamente nas companhias aéreas. Segundo ele, a saúde financeira das empresas não pode ser garantida às custas do contribuinte. Moreira Franco disse, no entanto, que o governo pode ajudar com isenções, de forma criteriosa.
Ele disse que, na semana passada, houve uma reunião com representantes das quatro principais empresas aéreas brasileiras, durante a qual as companhias fizeram uma série de pedidos ao governo, que serão analisados nos próximos dias. “Eles pedem mudanças no critério de preço do combustível [querosene de aviação]. Eles querem que se pratique o preço internacional. Eles afirmam que [aqui] está mais caro do que lá fora. Outro pedido é que se aprove a Emenda Dornelles, que leve para o setor de aviação as isenções que são dadas ao transporte coletivo nas áreas urbanas. Eles solicitam a extensão à isenção que é dada à aviação regional das tarifas aeroportuárias a todos os aeroportos”, disse Moreira Franco.
De acordo com o ministro, o governo já fez o possível. “Por exemplo, já isentou a folha e criou o programa de aviação regional, que vai permitir que a operação das companhias aumente e se dê com mais segurança. Também já isentou as tarifas dos aeroportos regionais.”
O governo está construindo uma estrutura aeroportuária no país que, para funcionar bem, precisa de companhias aéreas robustas, segundo Moreira Franco. Ele defendeu ainda mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica, o qual considera muito antigo. Para ele, é importante, por exemplo, se discutir a participação do capital estrangeiro nas companhias aéreas, hoje restrito a 20% das ações da empresa.
Em entrevista à imprensa, o ministro também disse que o governo pediu às companhias aéreas que coloquem voos extras durante a Copa do Mundo de 2014, para garantir que haja ligação direta entre as 12 cidades-sede da competição. Segundo ele, as empresas receberam bem o pedido, mas ainda não deram uma resposta.


HFA mantém greve

Ana Carolina Dinardo

Mais de duas horas de reunião entre os representantes dos grevistas do Hospital das Forças Armadas e com o Ministério do Planejamento não foram suficientes para por fim à paralisação. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), o governo oferece a equiparação salarial dos técnicos e dos agentes de saúde com pagamento do retroativo a partir de janeiro de 2014.
Os grevistas, no entanto, dizem que o plano de carreira e a criação da gratificação especial, pontos que para eles são mais importantes, não foram discutidos e, por isso, eles continuarão de braços cruzados. De acordo o secretário das Relações de Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, a proposta ainda está em discussão interna.
Avanços

Na avaliação do coordenador sindical, Alesandro Coátio, as negociações começaram a avançar, mesmo assim, o movimento só termina depois que todos os pleitos forem atendidos. “O que salvará o HFA é o plano de carreira. Sem isso, fica impossível”, ressaltou Coátio. Segundo ele, também ficou de fora da pauta da reunião a jornada de 30 horas semanais. “Só no HFA a carga horária é de 40 horas. Sendo que são as mesmas carreiras e as mesmas funções dos outros trabalhadores que atuam em hospitais públicos e militares”, comparou.
Marinha abre 698 chances
Quem tem curso técnico e idade entre 18 e 25 anos está apto a disputar uma das 698 vagas abertas para o corpo de auxiliar de praças da Marinha Brasileira. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 23 de setembro, pelos sites www.ensino.mar.mil.br ou ww.ingressonamarinha.mar.mil.br, ao custo de R$ 20. Haverá provas objetiva e de redação, além de inspeção de saúde, aptidão física, avaliação psicológica e verificação de documentos e dados biográficos. Os exames serão aplicados em Brasília e em vários outros estados. Os aprovados farão curso no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, no Rio de Janeiro, na qualidade de praça especial, no grau hierárquico de grumete. Os que se formarem serão nomeados cabo.

Aéreas: sem repasse

O ministro da Secretaria de aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, descartou ontem o repasse direto de recursos do governo para ajudar as empresas aéreas. “Dinheiro na veia, do BNDES ou do Tesouro, não vai ter. Isso é uma política do passado”, disse ele, após participar de evento no Rio de Janeiro. “As companhias têm que ter gestão do negócio e saber em que ambiente financeiro estão”, afirmou, referindo-se à pressão de custos provocada pela alta do dólar. Segundo ele, o apoio pode vir com desonerações tributárias.
As companhias apresentaram na semana passada várias demandas à SAC, incluindo unificação de ICMS sobre combustível, redução de tarifas aeroportuárias e mudança no cálculo do preço do querosene de aviação — esta última, descartada pelo ministro. “Essa possibilidade é muito difícil”, disse. “Eu solicitei 10 dias para avaliar os pedidos. Mas esse atendimento não poderá se fazer à custa do sacrifício da maioria da população. O dinheiro público, se for colocado nas aéreas, vai ser de maneira bem criteriosa”, disse.

Passagens sobem 6,3% em 30 dias

Antonio Temóteo

A disparada do dólar frente ao real pressiona o orçamento das famílias e de quem decidiu viajar nos últimos dias. A inflação das passagens aéreas medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que o valor dos bilhetes subiu 6,36% nos últimos 30 dias. O fator determinante para a alta foi o querosene de aviação. Cotado na moeda norte-americana, o custo desse insumo é repassado aos passageiros para aliviar os gastos das aéreas. Especialistas advertem que caso a divisa norte-americana continue valorizada, o encarecimento dos tíquetes poderá se acentuar a partir de novembro, período de férias e de maior demanda nos aeroportos.
O economista da Fundação Getulio Vargas André Braz explicou que o preço do querosene de aviação subiu 7% no último mês. Com o combustível mais caro, há uma pressão inflacionária sobre o valor das passagens. Conforme ele, o aumento não foi maior porque entre julho e outubro o período é de baixa temporada e a busca por bilhetes diminui. “Se o dólar mantiver o patamar de R$ 2,40, até o fim do ano os aumentos serão maiores”, detalhou.
Braz também ressaltou que a valorização da divisa norte-americana é um dos fatores de encarecimento do preço de produtos derivados do trigo, como massas, pães e biscoitos. Com isso, o item alimentação subiu 0,03% e refeições em bares e restaurantes, 0,58%. Para o economista-sênior do Espirito Santo Investment Bank, Flávio Serrano, outras pressões inflacionárias devem aparecer nos próximos meses. Ele exemplificou que a partir de setembro, com o lançamento de novas coleções, o vestuário voltará a encarecer. Entre novembro e fevereiro, período de entressafra na produção de cana de açúcar, o preço do álcool subirá e ampliará ainda mais a necessidade de reajustes nos combustíveis. “Nossa projeção aponta para uma inflação acima de 0,45% em setembro e, a partir de outubro, o índice chegará a 0,60%”, completou.
Arrocho

Fazendo quatro viagens por mês a trabalho, o médico Raimundo Paraná reclamou dos elevados preços das passagens aéreas. “Na semana passada, paguei R$ 3,5 mil de Salvador a Rio Branco. É um valor absurdo. Em junho, de Salvador a Lisboa, gastei R$ 2,9 mil”, contou ele, que coordena dois projetos de pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O alto custo já o impossibilitou de comparecer a algumas reuniões.
Se há alguns poucos meses o tomate era o principal vilão da inflação nos supermercados, hoje outras frutas ocupam o lugar e rendem muitas queixas. “Encontrava a maçã a R$ 2,79 o quilo há dois meses. Agora, custa quase
R$ 5”, disse a professora Geralda Aparecida, 50 anos, antes de se deparar com o quilo da goiaba: “Por R$ 6,39 não dá nem vontade de levar para casa. Só vou comprar porque o meu marido gosta de comer quando vai pescar”, reclamou.


Giro econômico

aéreas

O índice de passageiros domésticos da aviação civil caiu 1,7% em julho frente ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). TAM e Gol, as líderes do mercado, puxaram a queda com reduções de 1,1% e 2,2%, respectivamente, no chamado Índice Passageiros Quilômetro Transportado, que é uma divisão do número de passageiros transportados pela quantidade de quilômetros voados. Já a Azul e Avianca tiveram crescimento de 30% e 47% nesse índice.


Obras podem levar multas de até R$ 1 milhão

Com quase 50% da construção do novo terminal completa, Viracopos foi alvo neste mês de fiscalização do Ministério do Trabalho, que apontou 168 infrações no canteiro de obras.
O CCV (Consórcio Construtor de Viracopos), responsável pela obra, recebeu 71 autos de infração, e as empresas terceirizadas, os 97 restantes. As autuações podem resultar em multa de até R$ 1 milhão, no total.
A multa varia de R$ 3.000 a R$ 6.000 para cada um dos autos de infração --que registram problemas como excesso de jornada de trabalho e falta de proteção coletiva contra quedas.
As empresas têm até o próximo dia 25 para recorrer.
"Não dá para considerar essa quantidade normal, embora o empreendimento seja muito grande", diz Kléber Silva, auditor fiscal do Ministério do Trabalho.
"Havia muitas irregularidades, mas não era algo generalizado", ressalva.
Esta foi a terceira fiscalização realizada pelo ministério na obra de Viracopos.
Na primeira, em setembro --apenas um mês após o início dos trabalhos, com 300 funcionários no local--, foram 44 autos de infração.
Na segunda, em março --após um trabalhador morrer soterrado e outro ficar ferido--, foram outros 74 autos. A obra tem hoje 5.300 funcionários.
"A situação era péssima, tanto que morreu alguém", diz João Batista Amancio, auditor fiscal da gerência de Campinas que esteve nas duas primeiras fiscalizações.
"Desta vez, envolveu mais auditores [foram dois nas duas primeiras visitas dos fiscais e seis na fiscalização deste mês], por isso tiveram mais infrações. Mas vimos uma melhora em relação às fiscalizações anteriores", diz.
OUTRO LADO
Em nota, o CCV, que é formado por empresas que detêm a concessão de Viracopos, informou que vai recorrer da decisão, mas "acatará o que for determinado".
"Apesar dos autos de infração, representantes do ministério elogiaram as medidas de segurança adotadas na obra."

Enfim, soldado

Brasileiro vai atrás do sonho de lutar numa guerra e chega ao Afeganistão

Leonardo Vieira

Depois de não conseguir entrar na Aeronáutica, Rafael Vieira, 28, deixou o Brasil em 2007 para ir atrás do sonho de ser soldado. Ele entrou no Exército dos Estados Unidos e passou pela guerra do Afeganistão duas vezes. Da primeira, ficou concentrado em ações de engajamento com a população. Da segunda, teve de enfrentar de frente os ataques que eram realizados pelo movimento radical islâmico Taleban.
Em dezembro de 2007, ao embarcar rumo à minha primeira missão, não conseguia acreditar que o sonho de ser soldado se tornava realidade. Isso só foi possível nos EUA. No Brasil, tentei entrar na Aeronáutica, mas não consegui.
A vontade de ser soldado vinha desde criança. Toda vez que assistia ao filme "Rambo", dizia à minha mãe que queria ir para uma guerra e ajudar os inocentes que sofriam com os horrores do conflito.
Ela sempre dizia que "o Brasil não declara guerra a ninguém". Essas palavras, que poderiam dar a entender que meu desejo jamais aconteceria, cruzaram minha mente quando o treinamento para infantaria começou. Foram 21 semanas que mudaram minha vida.
E não só consegui ser um soldado, como, pouco tempo após terminar a preparação, entrei numa batalha que ganhou projeções globais: a Guerra do Afeganistão.
Tive duas passagens pelo país. Na primeira, fiquei por três meses na cidade do Kandahar, no sul. Éramos escalados para construir escolas, levar eletricidade às vilas, distribuir sapatos às crianças e dar sementes a plantações.
Nesse período, o Taleban representava uma ameaça fantasma. Estava preparado para enfrentá-lo, mas o perigo pouco se apresentava.
Na segunda, um ano e meio depois da primeira passagem, em 2010, fiquei em Argahndad, perto de Candahar. Daquela vez foi diferente. Nossa missão era do tipo "search and destroy" (procurar e destruir, em inglês), em que entraríamos em conflito direto com o Taleban. Nosso principal objetivo ali era liberar o povo daquela opressão.
Ao chegarmos, encontramos forte resistência da milícia. Nosso pelotão sofria ataques diariamente. Virei líder de uma seção de morteiros, e sob meu comando estavam quatro soldados.
Uma das armas mais temíveis que enfrentamos foram os IEDs (dispositivos explosivos improvisados, na sigla em inglês). Essas bombas não tinham poder para matar, mas conseguiam amputar uma perna ou um braço.
Perder um membro, para um soldado da infantaria, podia ter um efeito pior que a morte --e isso instiga nossos instintos selvagens, aumentando a vontade de matar.
Em casos como esse, quem está cuidando do soldado ferido deve, apesar do medo e da adrenalina, manter-se concentrado e agir calmamente.
Tive essa experiência quando ouvi um chamado de emergência vindo pelo rádio. Numa patrulha, um dos nossos soldados pisou numa IED. Eu havia recebido treinamento para atuar como paramédico, então corri até a enfermaria para esperar pelo meu colega ferido.
A bomba havia decepado a perna dele do joelho para baixo. Mesmo com toda a dor, estava lúcido. Fizemos os procedimentos necessários, e o soldado foi levado, de helicóptero, ao hospital, que ficava na nossa base militar.
O episódio não durou mais do que 15 minutos e, mesmo meia hora depois, quando estava lavando o sangue das mãos, vi que a guerra tinha apenas começado para mim.
Tive a sorte de ter outro brasileiro comigo na mesma unidade, meu grande amigo Tavio. Passamos muitas noites acordados conversando em português e escutando O Rappa --banda que, além de adorarmos, nos ajudava a matar o tempo e a saudade do Brasil.
Nove meses depois da segunda chegada ao Afeganistão, retornei aos EUA. Quando entrei no avião, olhei para trás e, como outros soldados que lutaram na linha de frente, sabia que uma parte de mim havia ficado para sempre perdida na guerra, onde ganhar ou perder é um detalhe que fica esquecido.
Dezoito horas depois, estava abraçando os meus filhos e a minha mulher.
Sabia que começaria a ser preparado para uma nova guerra, caso a paz mais uma vez ceda espaço para um novo conflito.


Cursinho gratuito para alunos da rede pública do Vale do Paraíba tem inscrições até dia 15

Alunos do 7º e do 8º ano da rede pública de ensino da região do Vale do Paraíba que queiram entrar no Colégio Eng. Juarez Wanderley, conhecido como Colégio da Embraer, e participar das Olimpíadas Científicas podem se inscrever no processo seletivo do cursinho preparatório Casdinho, formado por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de setembro, somente no site www.casdvest.org.br/casdinho. No ano passado, a seleção contou com quase 2.500 inscritos. Já para este ano, o número de inscrições previsto é de 3.000.

Os alunos selecionados serão preparados durante os finais de semana para o concurso do Colégio da Embraer e, durante a semana, para Olímpiadas Científicas. As aulas são ministradas por alunos do ITA, que também são responsáveis pela administração do curso.

Os interessados deverão fazer uma prova de português, matemática e ciências naturais e, depois, uma entrevista socioeconômica, ambos classificatórios. O exame está previsto para 6 de outubro e será realizado no campus da universidade Universidade Paulista (Unip) em São José dos Campos. O resultado deve ser divulgado no dia 23 de outubro. Os 450 melhores classificados serão convocados, pelo mesmo site, a realizar a entrevista socioeconômica. A lista final dos selecionados também será divulgada no site, ainda sem data definida.

Governo pode ajudar aéreas, mas sem aporte direto

Antonio Pita e Vinicius Neder

Sob pressão das empresas aéreas que acumulam perdas com a alta do dólar, o ministro chefe da Secretaria de aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou ontem que o governo federal "não vai injetar na veia das empresas dinheiro da maioria da população". Moreira ressaltou que o governo pode ajudar o setor, mas sem aporte direto.
"As empresas precisam ter capacidade de gestão e de operar o seu negócio e entender em que ambiente financeiro está sendo executado. As variações do câmbio fazem parte da compreensão do ambiente em que o negócio se dá", afirmou, durante pronunciamento no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). "Injeção (de recursos) na veia, não haverá. Agora, esses pedidos, vamos analisar."
Na próxima semana, o ministro volta a se reunir com representantes das empresas aéreas - para responder às solicitações de ajuda ao setor, apresentadas na última terça-feira ao governo. Entre as demandas das companhias estão mudanças na regulação dos preços de querosene de aviação, a extensão de isenções tributárias praticadas no transporte urbano e a isenção de tarifas aeroportuárias, previstas para a aviação regional.
As companhias afirmam que a alta do dólar, que afeta diretamente o preço do combustível das aeronaves, é urna das principais causas dos prejuízos acumulados no semestre. Em consequência, o setor vem reduzindo a oferta de voos e repassando para o preço das passagens as perdas com o câmbio.
Segundo Moreira, o governo já oferece apoio às empresas, com desonerações dafolhade pagamento. A secretaria também propôs ampliar, durante a Copa do Mundo de 2014, as rotas entre as cidades-sede da competição. Outra ação de socorro às companhias, de acordo com o ministro, seria o programa de investimentos na aviação regional.
Em novembro, o governo lançará os editais para a realização de obras em 45 terminais de todas as regiões. O projeto integra um pacote de investimentos, anunciado em dezembro de 2012, para 270 aeroportos.
Moreira Franco também defendeu participações mais elevadas de investidores estrangeiros nas companhias aéreas nacionais, hoje limitadas a 20%. "É preciso distinguir investimento de gestão", disse.

Alcatrazes é liberado para virar parque

Depois de anunciar em junho o fim dos exercícios de tiro na ilha principal do Arquipélago dos Alcatrazes e a disposição de apoiar integralmente a criação de um parque nacional no local, a Marinha selou ontem o acordo de paz com os ambientalistas em uma visita conjunta ao local, que fica a 45 km de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. À espera da aprovação do governo federal, o projeto pode sair do papel já no ano que vem, segundo os envolvidos.
O entendimento entre militares, grupos de defesa do meio ambiente e pesquisadores põe fim a mais de três décadas de polêmicas em torno dos testes de tiro, que eram feitos nos paredões rochosos da Ilha de Alcatrazes desde 1982. O auge das disputas ocorreu em dezembro de 2004, quando um incêndio destruiu quase 20 hectares da ilha principal. A suspeita, admitida pela própria Marinha, é que o fogo tenha sido iniciado por um dos testes de tiro no local.
Há mais de um ano nenhum tiro é disparado na ilha principal. A Marinha exigiu, porém, que alguns testes sejam mantidos esporadicamente na Sapata, um ilhota rochosa a cerca de 4km da ilha principal. "Procuramos outros pontos no País, mas aquela região é a que tem vantagens logísticas e geográficas para a atividade", explica o vice-almirante Liseo Zampronio, comandante do 8.° Distrito Naval.
A Marinha concordou com a criação do parque, que será administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),mas manteve a posse do arquipélago. "O local, como propriedade, continua sob administração da Marinha e ela será consultada sobre qualquer decisão que envolva as ilhas", diz o capitão de fragata André Luiz Pereira, que representa a Marinha nos grupos de discussão ambiental.
A proposta do parque deve abrir ao turismo um dos pontos mais preservados de ecossistemas marinhos no Brasil. "Pesquisas mostram que essa riqueza de biodiversidade é comparável à do Atol das Rocas", explica a pesquisadora Kelen Leite, do ICMBio. Além do mergulho esportivo, principal atrativo do futuro parque, a observação de aves, golfinhos e baleias fará parte do pacote.
Manejo. Chefe da Estação Ecológica de Tupinambás, unidade de conservação mais rígida mantida no arquipélago, Kelen diz que a demanda de aproveitamento turístico do local é antiga. Ela garante, porém, que o uso sustentável no novo parque não põe em risco a preservação - no total, entre fauna e flora, há 45 espécies ameaçadas de extinção no arquipélago. "Após a aprovação do projeto, haverá a discussão para se definir um plano de manejo que respeite o trabalho que já foi feito."
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o projeto do parque está em fase final de aprovação, mas não há previsão para ser colocado em prática.


Dengue Móvel reforça combate à dengue na cidade de Paracatu, MG

Troca de materiais poderá ser feita de nove da manhã as três da tarde. Ponto escolhido para troca é a Praça Firmina Santa.

Uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde (Ses) está em Paracatu nesta sexta-feira(23)para as atividades de enfrentamento da dengue. As ações vão até a próxima terça-feira (27).
O objetivo é conscientizar e orientar a população sobre os riscos da doença e a eliminação dos focos do mosquito transmissor.
Nesta sexta e sábado(24) das nove da manhã as três da tarde o “Dengue Móvel” estará na Praça Firmina Santa. A população vai poder trocar objetos que acumulem água, como garrafas pet, latinhas e pneus por material escolar.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, pesquisas indicam que quase 90% dos focos da dengue estão dentro das casas e que as pessoas sabem o que deve ser feito para combater o mosquito, mas não colocam em prática as medidas simples. Daí a importância de um trabalho de mobilização.
Lançada em novembro de 2010, a Força Tarefa faz parte do Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue. O grupo é formado por 432 profissionais, sendo 200 soldados do Exército, 40 da Aeronáutica e 192 agentes de saúde, que atuam em várias cidades de Minas ao mesmo tempo.
Dengue Móvel
O Dengue Móvel é um caminhão em que as pessoas podem trocar objetos que acumulam água por material escolar. Um pneu pode ser trocado por um caderno, uma garrafa pet por um lápis e uma lata por uma borracha.

O Dengue Móvel tem previsão de percorrer 20 municípios considerados críticos no estado. Os pneus recolhidos são encaminhados para Ecopontos e as garrafas e latas para associações que trabalham com a reciclagem desses materiais, algumas delas se transformam em vassouras.

Avião da TAM retorna ao Galeão após ser atingido por um pássaro

Voo JJ 3076 tinha como destino Vitória. Segundo companhia, clientes foram acomodados em outra aeronave.

Um avião da empresa TAM precisou retornar ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (23) após ser atingido por um pássaro. O avião, que decolou às 10h29, retornou ao aeroporto cerca de 30 minutos depois. O pouso ocorreu às 10h58, segundo informações da companhia.
A TAM informou que os passageiros receberam a assistência necessária ao desembarcar. Eles foram acomodados em outra aeronave que decolou às 12h29 para o destino final.
No início do mês, um outro avião da TAM pousou no aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, com a parte dianteira amassada. O voo JJ 3759 saiu de Confins, em Belo Horizonte (MG), às 14h48 de terça-feira (6) e aterrissou às 15h38 na capital fluminense, segundo a companhia.
A suspeita, segundo passageiros, é que um urubu tenha atingido a aeronave durante a descida. A repórter Isabela Scalabrini, da TV Globo em Minas Gerais, registrou o amasso no bico do avião.
Procurada pelo G1, a TAM confirmou que a aeronave foi atingida por uma ave, mas não detalhou a espécie. "Os passageiros desembarcaram normalmente e a aeronave seguiu para manutenção", informou a companhia aérea, por meio da assessoria de imprensa.
Uma passageira do voo disse que, durante o processo de pouso, viu urubus ao lado esquerdo da aeronave. Segundo Isabela Scalabrini, o avião derrapou para o mesmo lado quanto tocou a pista do aeroporto Santos Dumont. No entanto, os passageiros não sentiram nenhum choque no ar, na descida.

Organização alemã desenvolve protótipo de drone com desfibrilador

Equipamento seria capaz de levar desfibrilador a lugares de difícil acesso. Organização afirma que protótipo poderia ser acionado em emergências.

Um pequeno drone carregado com um desfibrilador capaz de chegar a lugares de difícil acesso e salvar vidas foi apresentado nesta sexta-feira (23) na Alemanha, onde 100 mil pessoas morrem por ano por problemas cardíacos.
A organização Definetz, dedicada a fomentar o uso de desfibriladores e a explicar seu uso, apresentou o protótipo desenhado para aterrissar em lugares quase impraticáveis e em situações em que cada minuto conta.
O aparelho iniciaria o trajeto ao receber uma ligação de emergência e voaria de forma autônoma dirigido por um GPS até o paciente, mas poderia ser também ativado pelos serviços de emergência.
A Associação Alemã de Serviços de Emergência deu as boas-vindas ao projeto, mas, em declarações à imprensa, pediu que não fossem dadas falsas esperanças até que seja constatada sua utilidade real.
O aparelho não salvará mais vidas do que as que poderiam ser salvas se fossem utilizadas medidas existentes, mas subaproveitadas, como a instalação de mais desfibriladores externos - dispositivos que permitem aplicar descargas elétricas para restabelecer o ritmo cardíaco normal - um bom registro deles e a educação das pessoas para utilizá-los.
O protótipo apresentado hoje, que ainda teria que resolver questões legais para voar, conta com oito rotores, mede um metro de comprimento e pesa 4,7 quilos já carregado com o desfibrilador, que pode ser solto com um pequeno paraquedas.
Com um custo de mais de 20 mil euros, a aeronave pode chegar a 70 km/h, mas seu raio de ação é limitado a 15 quilômetros.


"Vamos até o fim", diz Padilha sobre médicos estrangeiros

Alvejado por críticas envolvendo a "importação" de médicos estrangeiros, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, saiu em defesa, nesta sexta-feira, do programa do governo federal que vai trazer os profissionais do exterior — incluindo brasileiros formados em outros países. Também disse que, mesmo diante das pressões de entidades de classe e do Ministério Público do Trabalho, irá "até o fim" para garantir a viabilidade do projeto. 
"Vamos até o fim. O que nos move é levar médicos para onde não existem médicos no país. Eu sei a diferença entre um médico perto do paciente, perto da comunidade. Isso faz a diferença em qualquer situação", disse o ministro ao recepcionar os primeiros estrangeiros que chegaram em Brasília para participar do Programa Mais Médicos.
Os 244 profissionais formados no exterior selecionados na primeira fase do Mais Médicos começaram a chegar ao Brasil nesta sexta-feira. No grupo, 145 são estrangeiros. No início da próxima semana eles começam um curso sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa antes de serem enviados aos municípios onde vão trabalhar. A ideia é que todos os 1 096 médicos com diplomas do Brasil e os 244 com diplomas estrangeiros sejam alocados em 516 municípios e 15 distritos sanitários indígenas. Em Brasília, os profissionais desembarcaram no aeroporto internacional Juscelino Kubitscheck às 15h17, em um voo da companhia aérea portuguesa TAP.
"Ouvir as pessoas" — Para o ministro, não procedem as críticas de que os profissionais seriam mal preparados — embora o governo tenha preferido não provar objetivamente isto, ao liberar os médicos estrangeiros da prova de reconhecimento do diploma, conhecida como Revalida. "Todos têm experiência em atuar em áreas rurais ou em atenção básica e valorizam o que é mais importante em um médico: o contato humano, o atendimento, ouvir as pessoas", afirmou, como se estivesse se referindo a psicólogos e não a médicos.
Embora o Programa Mais Médicos tenha tido baixíssima adesão — das 15 450 vagas ofertadas, houve apenas 1 096 inscritos — o governo federal já lançou o edital para a segunda fase do projeto, esperando a adesão de novos municípios e de médicos brasileiros e estrangeiros.
Cubanos – O Ministério da Saúde, que havia declarado publicamente a desistência de "importar" médicos cubanos, usou o fracasso do programa como desculpa para recorrer a uma parceria pouco transparente com o governo de Raúl Castro, com intermediação ainda mais nebulosa da Organização Panamericana de Saúde (Opas), para trazer os profissionais de Cuba ao país. Parte dos cubanos desembarca no Brasil neste final de semana em aviões da Força Aérea Brasileira. Todos os profissionais estrangeiros e brasileiros com diploma do exterior ficarão hospedados em alojamentos militares, longe dos olhos do público.
Questionado sobre o caso específico de médicos cubanos, que terão parte dos recursos do programa destinados a financiar o governo de Raúl Castro, o ministro Alexandre Padilha atribuiu as críticas a um alegado e imaginário "preconceito" contra os profissionais. "Não admitimos e não faz parte da cultura brasileira ter preconceito em relação a qualquer país ou a qualquer povo. A medicina de Cuba é reconhecida, principalmente na atenção básica. O Ministério da Saúde vai acompanhar de perto as condições individuais de cada médico para poder viver, atuar tranquilamente, sem ter preocupações", explicou.


Retorno da estudante gaúcha ferida na Argentina depende de agendamento da alta

A boa recuperação de Paula Blume, estudante da UFRGS que passou por cirurgia após sofrer um acidente de trânsito na Argentina, segundo Alexandre Costa, 35 anos, amigo de Paula, não preocupa tanto quanto o translado dela para Porto Alegre. A demora na marcação da alta no Hospital Dr. Lucio Molas tem mobilizado amigos e instituições.
A estudantes foi vítima de um acidente em uma estrada argentina, no dia 21 de julho, quando junto com um grupo de estudantes se dirigia à província de Neuquén para uma pesquisa. Paula fraturou uma vértebra e correu o risco de ficar tetraplégica, mas recebeu uma prótese vertebral no dia 7 de agosto.
O maior problema, segundo Costa, é a demora no hospital em marcar a alta, pois dificulta a organização do translado. Tanto a UFRGS quanto a Força Aérea Brasileira estão dando suporte para a transferência à Capital. Conforme Costa, os amigos de Paula devem se mobilizar caso não obtenham resposta até segunda-feira. No domingo, às 15h, eles preveem uma atividade cultural no Parque Redenção, no Monumento ao Expedicionário.
— Ontem (quinta-feira), foi o primeiro dia em que ela deu os primeiros passos com um andador depois da cirurgia. Parece que não deve haver rejeição da prótese, mas o processo de recuperação da mobilidade da baica (deslocada no acidente) é dmeorado — afirma Costa.

Infraero reduz terceirizados na Capital

A Infraero confirmou ontem que, a partir da próxima terça-feira, serão dispensados cerca de 30 trabalhadores vinculados a uma empresa terceirizada que exercem as funções de controle de fluxo, inspeção de passageiros e controle do raio X no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
De acordo com a estatal, a decisão foi motivada pela busca de maior eficiência com a otimização de despesas. A Infraero, porém, promete medidas para evitar que a redução de pessoal cause transtornos e atrasos aos passageiros.
A estratégia da estatal prevê o remanejamento de equipes de acordo com os horários de maior movimento no aeroporto e os períodos de concentração dos voos de determinadas companhias aéreas.
Segundo Paulo Sergio da Silva, diretor do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, a empresa terceirizada conta com cerca de 200 funcionários em Porto Alegre. Conforme Silva, os contratos da Infraero com as terceirizadas preveem a possibilidade de corte de até 25% da força de trabalho.

Informe Econômico

Maria Isabel Hammes

Navios de guerra
A Marinha avalia a construção de um estaleiro para fabricar e fazer reparos em navios de guerra. E o Estado é candidatíssimo ao investimento. Para apresentar o plano, o comandante geral da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, anunciou ao vice-governador Beto Grill (foto) que, em breve, virá ao Rio Grande do Sul.
Em encontros no Rio de Janeiro, em busca de novos investimentos para o polo naval, Grill também se reuniu com a diretoria do BNDES para pedir a recuperação do porto velho de Rio Grande.


AGÊNCIA RIO DE NOTÍCIAS (RJ)

PM utiliza veículo aéreo não tripulável nas ações em Macaé

Da Redação

Muito utilizado em fiscalizações ambientais e de fronteiras, o Veículo Aéreo Não Tripulável (Vant) se tornou um aliado da segurança em Macaé - região norte fluminense - e cidades vizinhas. Por iniciativa do comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Ramiro Oliveira Campos, a aeronave equipada com uma câmera auxilia as operações da Polícia Militar local há mais de um mês.
A utilização do equipamento está em fase experimental. De acordo com o comandante, a ideia surgiu depois do início das ações da Polícia Militar na comunidade Malvinas, em Macaé.

- Havia traficantes escondidos em um manguezal, local de difícil acesso. Com as imagens aéreas, conseguimos organizar a ação, prendemos os criminosos, apreendemos armas e drogas. Se eu não tivéssemos essa visão, seria difícil progredir dentro do terreno - disse Campos.

O 32º BPM usa o equipamento antes de qualquer operação nas comunidades dos municípios de sua abrangência. O procedimento inclui sobrevoos para mapear as áreas. As imagens captadas são vistas, em tempo real, pelo comando das ações por meio de uma televisão.
De acordo com o tenente-coronel, o Vant possibilita uma visão precisa dos locais das operações, facilitando o trabalho de reconhecimento.

- Por muitas vezes, recebemos imagens aéreas de traficantes armados, crianças próximas e moradores. Abortamos a operação, porque a prioridade é a vida. O Vant traz mais segurança para o policial militar. À noite, de madrugada, utilizamos o infravermelho para saber onde estão os criminosos e o tipo de armamento. Podemos passar as informações, pelo rádio, para os agentes - disse Campos.

VOZ DA RÚSSIA

Estados Unidos têm falta de operadores de drones

Os problemas da utilização de veículos aéreos não tripulados para fins militares, uma área em que a liderança indiscutível pertence aos EUA, continuam a provocar discussões acaloradas entre especialistas, políticos e juristas europeus. A julgar por artigos nos meios de comunicação social, há pouco surgiu um novo problema imprevisto. De acordo com um recente relatório analítico do Brookings Institute, EUA, a Força Aérea americana começou a sentir falta de “aviadores terrestres”, ou seja, de operadores de drones de combate. As causas são várias, mas o fato em si reflete uma tendência bastante importante.
“Os 1.300 pilotos de drones militares, disponíveis atualmente nos Estados Unidos, já não são suficientes,” afirma o Handelsblatt alemão. “Os drones estão no primeiro lugar entre as tecnologias de guerra antiterrorista conduzida por Obama", detalha o diário suíço 20 Minuten. "Com a ajuda de drones são aniquilados supostos terroristas em todo o mundo. Contudo, os Estados Unidos começam a enfrentar o problema de falta de operadores dessas máquinas infernais de morte”.
Para a publicação suíça, a causa principal da falta de militares com formação especial, os quais, manejando um joystick comum, conseguem matar a milhares de quilômetros de distância todos quantos parecerem suspeitos aos estrategistas do Pentágono, consiste no aumento exponencial do uso dessa tecnologia mortífera.
No entanto, o problema da seleção de executores de sentenças de morte proferidas à revelia contra supostos terroristas tem também causas bem triviais, de origem meramente terrena. Segundo o relatório já citado do Brookings Institute, os “pilotos terrestres” de veículos aéreos não tripulados têm menores chances de avançar na carreira do que os pilotos “tradicionais”, ao passo que os operadores de drones têm de satisfazer requisitos mais elevados, inclusive psicológicos.
“O homem perdeu a perna direita. Eu vi como ele sangrava. O sangue estava quente. Quando ele morreu, e seu corpo esfriou, as cores da câmera térmica mudaram, tornando-se da mesma cor da terra”. Esse episódio foi relatado em entrevista à agência norte-americana NBC News por Brandon Bryant, de 27 anos, operador de drone que prestava serviço numa base da Força Aérea americana no estado de Nevada. A vítima à qual ele se referia e que fora atingida por um míssil, encontrava-se a 12 mil quilômetros, no Afeganistão.
Ao citar a entrevista, o 20 Minuten especifica que Bryant se demitiu do serviço militar em 2011. Segundo o jornal suíço, ele deixou de entender o valor da vida e padece de transtorno de estresse pós-traumático. Antes de deixar o serviço, o chefe mostrou-lhe uma relação que incluía 1.626 nomes de terroristas liquidados por Bryant no Iraque e Afeganistão. “Seria melhor que eu nunca tivesse visto aquela lista”, lamenta ele.
Haverá muitos como Bryant? De acordo com o relatório, há 4 anos, os “aviadores terrestres” constituíam 3,3% de todo o pessoal da Força Aérea dos EUA, enquanto hoje em dia a proporção cresceu para 8,5%. Para promover a atratividade deste gênero de serviço, nos Estados Unidos foi instituída no início do ano em curso uma ordem de mérito para distinguir os operadores de drones de combate.
Pelos vistos, os EUA não têm intenção de abdicar da utilização, em proporções sempre crescentes, deste tipo de arma, apesar das dúvidas relativas aos aspetos legais, expressas por especialistas, inclusive no contexto da ONU. Os países-membros da OTAN seguem o sócio sênior sem repararem em perdas financeiras e reputacionais. Na Alemanha, por exemplo, até o momento não se acalmou um escândalo em torno da chamada “fraude de drones”: cerca de 500 milhões de euros foram jogados pela janela na sequência de um negócio mal pensado de compra de drones militares americanos.
O chefe do departamento da segurança europeia do Instituto da Europa, Dmitri Danilov, chama a atenção para um detalhe que ele considera bastante importante:
“Por que é que hoje estão falando tanto nesse escândalo na Alemanha? Porque no setor há uma competitividade muito séria. A produção de drones não é tão grande, e as prestações dos veículos variam muito. Em certa altura, no mercado de armas foi levada a cabo uma campanha publicitária agressiva a favor de um avião alemão. Agora, todos tratam de utilizar os problemas surgidos para eliminar a Alemanha desse mercado.”
Katrin Goring-Eckardt, candidata №1 do Partido Aliança 90/Os Verdes nas próximas eleições para o Bundestag se referiu a essa mesma questão numa entrevista recente:
“O contribuinte paga, e ele tem de pagar sempre mais e mais. Mas o consórcio produtor está fora. Surge daí uma impressão de que o Ministério da Defesa faz contratos exclusivamente para favorecer os interesses dos industriais.”
Pode-se dizer que o controle de drones, efetuado em terra, é não só militar mas também político. Só que, para este último, os quadros nunca escasseiam.

DIÁRIO DA RÚSSIA

Rússia testa drone Voron-333

Avião não tripulado foi desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica de Moscou

O Ministério da Defesa da Rússia acompanhará os testes do drone (avião não tripulado) Voron-333, projetado e desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica de Moscou. Esta aeronave tem autonomia de duas horas e pode percorrer uma distância máxima de 10 quilômetros.
O Voron-333 tem capacidade para armazenar mísseis, uma metralhadora Kalashnikov, um analisador de gases, um aparelho de radar, além de outros equipamentos. O drone russo dispõe de piloto automático e de sistemas de orientação por satélite Glonass e GPS. Além disto, o aparelho pode funcionar em regime de correção manual de voos, de regresso automático ao ponto de partida (em caso de falha do sinal radiofônico) e está equipado com dispositivo de autodestruição.
TECMUNDO.COM.BR

Conheça o Mi-28 Night Hunter, novo helicóptero das forças armadas russas

Até 2020, país pretende ter 130 unidades do novo veículo operando dentro de seu território.

Por Felipe Gugelmin

Como parte de seus esforços para modernizar suas forças militares, a Rússia decidiu substituir o famoso helicóptero Mi-24 HIND por um veículo ainda mais devastador: o Mi-28 Night Hunter. Embora tenha começado a ser desenvolvido na década de 1970, o veículo só deve começar a ser produzido em quantidades massivas em breve.
ImagemAo contrário de seu antecessor, que conta com oito assentos, o Mi-28 só tem capacidade para três passageiros. Também há uma mudança no foco do veículo, que passa a focar mais em quesitos como velocidade e poder de ataque do que na capacidade de transportar tropas por um campo de batalha.
Medindo 17 metros de comprimento (valor equivalente ao diâmetro de seu rotor), o helicóptero possui um par de motores Isotov TV-3-117VM de 2.200 HP que podem alcançar uma velocidade máxima de 320 Km/h. Ao todo, o veículo é capaz de viajar uma distância de aproximadamente 200 quilômetros antes que seja preciso reabastecer seu tanque de combustível.
Poder de fogo invejável

Além de ser bastante rápido, o Night Hunter possui equipamentos que detectam e evitam radares e um sistema de rastreamento capaz de detectar alvos a até 9,6 quilômetros de distância. Esse verdadeiro tanque voador carrega nada menos que 2,3 toneladas de munições, em uma lista que inclui 16 mísseis antitanque, diversos mísseis de 80 e 122 mm e um canhão 2A42 capaz de disparar 900 projéteis por minuto.
Até 2011, a Rússia já contava com 16 unidades operantes do Mi-28, número que deve chegar a mais de 130 até o ano de 2020. Combinado com os 150 helicópteros Ka-50 que o país afirma ter, isso mostra que seus governantes estão dispostos a encarar de frente qualquer confronto bélico que possa surgir no futuro.
DEFESANET

Estado-Maior da Aeronáutica tem novo Chefe

O Tenente-Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Pohlmann assumiu, nesta quinta-feira (22/08), a chefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). Ele substitui o Tenente-Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes. A solenidade de passagem de comando foi realizada na Base Aérea de Brasília (BABR), no Distrito Federal, e contou com as presenças do Ministro da Defesa, Celso Amorim, e do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. Também participaram da cerimônia o Ministro-Chefe da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco, além de Oficiais-Generais do Alto Comando da Aeronáutica, do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e adidos militares estrangeiros.

"O retorno ao EMAER terá como foco a garantia da missão de manter a soberania do espaço aéreo nacional confiada pelo povo brasileiro à Aeronáutica com vistas à defesa da pátria", disse o Comandante da Aeronáutica ao novo Chefe do Estado-Maior, que já foi Vice-Chefe da unidade militar.

O Tenente-Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Pohlmann é natural de Cachoeira do Sul (RS). Praça de 1º de março de 1968, foi declarado aspirante em 16 de dezembro de 1974. É piloto de caça com experiência de 3.400 horas de voo em 11 tipos diferentes de aeronaves. Foi promovido ao atual posto em 31 de março de 2010. Entre os cargos mais recentes que ocupou estão o de Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Vice-Chefe do Estado Maior da Aeronáutica (EMAER), Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR) e Vice-Diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Em sua posse, o Oficial-General destacou quais serão seus principais desafios a frente do orgão responsável pelo planejamento e coordenação de projetos estratégicos da Aeronáutica.
Experiência - Depois de 46 anos de trabalhos dedicados à FAB, o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes despediu-se do serviço ativo. Natural do Rio de Janeiro, ingressou na Força Aérea em 1º de março de 1967 e foi promovido ao último posto da carreira em 31 de julho de 2009. Tem mais de 4.800 horas de voo, sendo mais de 1.500 horas dedicadas à Aviação de Caça. "Não há a menor dúvida de que valeu a pena", disse o Tenente-Brigadeiro Mendes na solenidade de passagem de comando.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, destacou a bem-sucedida carreira do Oficial-General e ressaltou o traballho dedicado ao país. "Contaram com a sua valiosa contribuição e discernimento em assuntos estratégicos no âmbito do Ministério da Defesa, na supervisão do sistema de controle aéreo brasileiro e no planejamento para a consolidação de uma Força Aérea moderna e inovadora", ressaltou o Tenente-Brigadeiro Saito.

Como reconhecimento, o Oficial-General foi homenageado com o espadim, marco inicial da carreira militar, e a insígnia de Tenente-Brigadeiro.



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