NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/08/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Pilotos que voam em alturas elevadas correm mais riscos de lesões cerebrais
Renata Giraldi* - Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em artigo publicado na revista norte-americana Neurology, especialistas mostram que pilotos que fazem voos em altitudes elevadas correm risco maior de sofrer lesões cerebrais. Os pesquisadores disseram ter avaliado 102 pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos, que tripulam aviões espiões U2, e compararam os resultados da pesquisa com os dados de 91 pessoas de várias profissões.
De acordo com o trabalho, os pilotos apresentavam três vezes mais lesões do que o grupo de profissionais de outras áreas. A pesquisa foi feita com homens e mulheres de 26 a 50 anos, submetidos a uma ressonância magnética no cérebro. Com o exame, foi possível medir o número de pequenas lesões do tecido cerebral ligadas a um declínio da memória, que ocorre com outras doenças neurológicas.
O pesquisador Stephen McGuire, da Universidade do Texas, onde se encontra a Faculdade de Medicina Aeroespacial da Força Aérea norte-americana, disse que os pilotos que voam regularmente acima dos 6 mil metros de altitude correm risco maior de descompressão, quando a pressão atmosférica cai a níveis inferiores ao da pressão no interior do corpo, o que provoca a “formação de bolhas”.
Mc Guire disse ainda que a incidência da doença da despressurização entre os pilotos da Força Aérea norte-americana triplicou desde 2006, provavelmente por causa de voos de risco, mais frequentes e mais longos. “Mas, até agora, não encontramos sequelas clínicas permanentes ou declínio da memória do piloto”, acrescentou.
Os sintomas que afetam o cérebro de uma pessoa que sofra da doença da despressurização incluem o abrandamento dos processos de pensamento, bem como confusão ou perda de memória. O número de lesões é o mesmo para os pilotos com antecedentes da doença como para os que não têm qualquer antecedente.
O estudo revelou que as lesões cerebrais entre as pessoas que não são pilotos ocorrem, principalmente, na parte frontal do cérebro, comum no processo de envelhecimento humano. Mas nos pilotos, há lesões em várias áreas do cérebro.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa |
Com alta do dólar, empresas aéreas pedem ajuda ao governo federal
Pedro Peduzzi
Brasília – Com a alta do dólar, as empresas aéreas querem a ajuda do governo federal para amenizar os prejuízos. Uma das sugestões é que o Fundo Nacional de Aviação Civil, criado para o desenvolvimento e fomento da aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil, cubra, pelo prazo de 180 a 240 dias, o custo das empresas com as tarifas aeroportuárias para navegação e aproximação aérea.
O fundo já é usado para cobrir esses gastos em aeroportos regionais, de menor movimento. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o custo com tarifas aeroportuárias representa 6% do total das despesas operacionais das companhias aéreas.
A Abear apresentou hoje (20) uma lista de nove propostas ao governo, sendo que parte destinada à Secretaria de Aviação Civil, e outra com as demais autoridades governamentais e o Legislativo.
Entre as propostas apresentadas à secretaria, estão a ampliação da capacidade dos pátios dos aeroportos, que trata da agilização de obras de infraestrutura ligadas aos terminais e pistas. Os empresários pediram também o upgrade tecnológico na estrutura de navegação aérea, implantação de programa de apoio para coibir ou inibir a violação de bagagens, e a atenção das autoridades a eventuais cobranças de taxas abusivas por novos concessionários aeroportuários.
Foi apresentada ainda uma lista de 61 aeroportos que devem ter atenção prioritária. Entre eles, está o de Santos, por permitirem atendimento mais rápido à demanda.
Quanto às demais propostas, referentes a outros setores do governo ou ao Congresso Nacional, a secretaria pediu prazo de dez dias para que um grupo de trabalho interministerial as analise.
“Queremos a fixação do preço do querosene de aviação de acordo com o mercado internacional”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Segundo ele, enquanto o combustível usado para a aviação representa, no exterior, 33% do custo da atividade, no Brasil, corresponde a 40%, com picos de 43%.
Os empresários defendem a unificação em 6% da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre querosene de aviação em todo o território nacional. Atualmente, o imposto varia entre 12% e 25% nos estados. A Abear pediu ainda a inclusão do setor aéreo na Medida Provisória 617, que desonera o transporte coletivo urbano do PIS e da Cofins. “Isso terá um impacto de 3,65% sobre o faturamento das empresas”, disse Sanovicz.
Na avaliação do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, não será fácil conseguir a redução do custo dos combustíveis. Quanto à questão do ICMS, demonstrou maior otimismo. “Temos conseguido grandes avanços nessas áreas porque os ganhos para os estados são muito sensíveis. Brasília teve ganho imenso, de 56 frequências novas [de voos], pelo simples fato de ter baixado de 25% para 12% a alíquota”, relatou o ministro.
Segundo Moreira Franco, a concessão de benefícios pelo governo está relacionada ao compromisso das empresas de que não haverá novas demissões no setor. “Entendemos que ajustes duros, difíceis e desconfortáveis a serem feitos nos quadros já foram feitos. Não pretendemos conduzir novos programas de demissões”, garantiu Eduardo Sanovicz. O setor emprega cerca de 30 mil trabalhadores.
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CCT vai debater marco civil da Internet
Marilia Coêlho
A realização de duas audiências públicas sobre o marco civil da Internet foi aprovada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicações e Informática (CCT) nesta terça-feira (20). As audiências serão realizadas na próxima semana, nos dias 27 e 29 de agosto, às 9h.
O requerimento para a realização das audiências foi apresentado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que chamou de vexatória a posição do Brasil perante aos organismos internacionais devido à demora em aprovar o marco civil da Internet. O projeto que trata do assunto (PL 2126/ 2011) tramita na Câmara dos Deputados.
– Essa matéria já foi amplamente discutida na Câmara dos Deputados através de comissão especial, de comissões técnicas e que está pronta para a pauta. E de forma estranha, não há da parte da Câmara dos Deputados a determinação de trazer à deliberação do plenário – criticou.
Para as audiências, serão convidados o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, o diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o presidente do Facebook Brasil, e o relator da matéria na Câmara, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), entre outros.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) apoiou a iniciativa de Vital do Rêgo. Ele afirmou que a matéria foi exaustivamente instruída e acrescentou que a polêmica está na opção do relator pela neutralidade da rede, ou seja, o tratamento igualitário dos internautas pelas operadoras de telecomunicações, sem que haja benefício para uns e não para outros na navegação pela internet ou que haja limitação para clientes específicos.
– A neutralidade da rede opõe os internautas às empresas de telecomunicação. E é isso que está impedindo a deliberação na Câmara – explicou.
O presidente da CCT, senador Zezé Perrella (PDT-MG), avisou que o debate vai envolver os temas neutralidade de rede, privacidade e conservação de dados pessoais, entre outros. Perrella avisou também que a comissão pretende realizar uma sequência de audiências públicas sobre a Internet.
Outros projetos
A comissão também aprovou, nesta terça-feira, dez itens da pauta relacionados a outorgas ou renovação de outorgas para empresas explorarem serviço de radiodifusão no país. O projeto que regula contratos de fidelização de telefonia e a proposta que obriga as companhias telefônicas a identificar previamente a prestadora das chamadas foram retirados de pauta.
A CCT aprovou ainda um requerimento do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para a realização de uma audiência pública sobre as atividades de pesquisa e inovação e os investimentos nos centros de tecnologia das Forças Armadas. Serão convidados o ministro da Defesa, Celso Amorim e os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea do país. Ainda não há data para a audiência.
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Setor aéreo acende o sinal vermelho
Com os custos no limite por causa da elevação da moeda norte-americana, empresas pedem socorro ao governo para não cortar rotas e funcionários
ANTONIO TEMÓTEO E SÍLVIO RIBAS
O dólar nas alturas derrubou de vez a saúde financeira das companhias aéreas. Foi com esse alerta que os principais executivos das quatro empresas responsáveis por 98% da aviação comercial brasileira entregaram, ontem, ao governo, uma lista de propostas de medidas emergenciais para conter novas demissões, corte de rotas e aumento nas passagens. TAM, Gol, Avianca e Azul pedem mais isenções fiscais, uma nova fórmula de cálculo do preço do querosene de aviação, unificação das alíquotas de ICMS sobre o combustível e mais subsídios a tarifas aeroportuárias, entre outras providências.
“Embora todas as associadas tenham feito a lição de casa, enxugando despesas, a disparada do câmbio nas últimas semanas acendeu o sinal vermelho”, avisou o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, após se reunir com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco. “Com o dólar a R$ 2,40, a última represa que estávamos segurando se rompeu”, resumiu. Também participaram do encontro o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e representantes dos ministérios do Trabalho e do Turismo.
Moreira Franco afirmou que avaliaria os pleitos apresentados e apresentaria uma resposta em novo encontro a ser agendado dentro de 10 dias. Ele ressaltou, entretanto, que parte dos pedidos depende de avaliação do Ministério da Fazenda e, outra, de empenho político do governo sobre o Congresso.
O ministro adiantou que dificilmente a Petrobras revisará a fórmula de fixação das tabelas do querosene, pois “há uma política da estatal, que não é só para esse setor”. Moreira Franco acredita, contudo, que os governadores poderão se sensibilizar com o pedido de alívio do ICMS no querosene. A presidente da TAM, Cláudia Sender, afirmou que a unificação das alíquotas do imposto eliminaria uma distorção definida pela unidade da Federação em que os aviões abastecem, além de reduzir uma vantagem dos voos internacionais sobre os domésticos.
Menos destinos
Sanovicz informou que a variação cambial tem impacto sobre 57% dos custos do setor e já provocou um reajuste médio de 4% no valor dos bilhetes, no segundo trimestre. E não descartou novos aumentos de tarifas, “caso a tendência de alta do dólar continue nas próximas semanas”. Os itens mais dolarizados das despesas operacionais são liderados pelo querosene, responsável por 40%, seguido dos pagamentos pelas aeronaves e pela manutenção.
O presidente da Abear disse que o setor já havia se ajustado em 2011, quando a divisa passou de R$ 2, mas, desde a segunda metade de 2012, os balanços financeiros revelam perdas ainda maiores. Todo o enxugamento de custos feito pela Gol no primeiro semestre, num total de R$ 260 milhões, foi anulado pela valorização cambial no período, que trouxe um gasto extra de R$ 340 milhões, exemplificou.
Diante desse quadro, o diretor de vendas da TAM, Klaus Kühnast, informou que poderá ampliar a estratégia de redução de oferta de voos ou de reajuste de tarifas. Desde 2011, a empresa diminuiu em 12% a capacidade doméstica para enfrentar a alta do querosene. Líder no mercado interno, a empresa anunciou, recentemente, a demissão de 800 tripulantes para reduzir custos.
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, também deu a entender que a empresa não deixará de repassar aos consumidores novas elevações da moeda estrangeira. “O aumento no preço das passagens vai depender do nível de estabilização do câmbio”, afirmou.
José Efromovich, presidente da Avianca, convocou uma reunião com executivos para a próxima terça-feira com o objetivo de discutir os aumentos de custos. Ele admite que o reajuste das passagens é uma alternativa, mas disse que essa será última medida a ser tomada. “A curto prazo não deveremos aumentar o valor dos bilhetes”, afirmou.
» Plano de voo
Propostas das companhias da aviação civil sobre a mesa do governo
» Mudança na forma de calcular o preço do querosene de aviação
» Ampliação do subsídio a tarifas aeroportuárias via Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac)
» Extensão do corte de PIS/Confins oferecido ao transporte terrestre urbano para o setor aéreo
» Unificação das 27 alíquotas de ICMS sobre o combustível de aeronaves, de 12% a 25% para 6%
» Ampliação e aceleração das obras de infraestrutura aeroportuária e melhorias operacionais.
Fonte: Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)
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COLUNA LEANDRO MAZZINI
Leandro Mazzini
Céu desguarnecido
O descaso do governo e a demora em escolher os caças no Projeto FX deixarão a FAB em céus turbulentos a partir de Dezembro, quando vence o prazo de utilização dos caças Mirage, na base de Anápolis (GO). Não há peças de reposição e nem como vendê-los. Serão sucatas. É questão de soberania, porque são eles protegem os céus de Brasília.
Remanejamento a jato
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, vai remanejar caças americanos F-5, menos potentes que os Mirage, das bases do Rio e Rio Grande do Sul, para Anápolis. Mas a Aeronáutica aguarda o prometido reaparelhamento da base.
O preferido
Nem o americano F-18, nem o sueco Grippen, tampouco o francês Rafale. O sonho dos pilotos da FAB é o russo Sukhoi SU-35, o mais potente do mundo em alcance e com alto poder de fogo. Mas o lobby ocidental tirou os russos da disputa.
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Navio da Marinha e avião da FAB reforçam buscas por jovens
Buscas começaram no sábado (17) e foram retomadas nesta terça (20). Jovens desapareceram enquanto pescavam em Santos, no litoral de SP.
As buscas pelos jovens que desapareceram enquanto pescavam em alto mar na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, foram retomadas na manhã desta terça-feira (20). Um navio da Marinha do Brasil chegou a Santos para reforçar os trabalhos. Um avião da Força Áerea Brasileira (FAB) também ajuda nas buscas pelos desaparecidos. Os jovens, que sumiram no sábado (17), chegaram a postar fotos em uma rede social momentos antes de desaparecerem.
O navio patrulha Gurupi, da Marinha, saiu nesta segunda-feira (19) do Rio de Janeiro e a previsão é que ele chegasse na Baixada Santista ainda durante a madrugada. Segundo a Capitania dos Portos, o raio de buscas deve ser ampliado com esse navio, que além de atuar em alto mar também pode ser usado durante a noite.
Segundo informações da FAB, o avião com prefixo P-95 está desde às 6h45 desta terça-feira ajudando nas buscas pelo trio. O avião vai ficar concentrado na área baseada na corrente marítima. As buscas com o avião seguem até o final da tarde.
As buscas foram interrompidas às 17h, nesta segunda-feira (19), por causa da baixa visibilidade no mar. O Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelos desaparecidos por volta das 7h. Eles trabalham com um navio, uma lancha, dois botes além do apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar, que sobrevoa as praias até o litoral de São Sebastião. A operação está sendo feita de Mongaguá até Guarujá.
Entenda o caso
Os jovens Robson Sanches, Petterson Fernando e Bruno Oliveira sairam para pescar em alto mar na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, na tarde do último sábado (17) e desapareceram no início da noite.
Eles postaram fotos na internet enquanto estavam pescavam durante a tarde. Nas imagens, os jovens aparecem dentro do barco, com varas de pescar e equipamentos. Ao fundo, rochas, pedras e o mar. De acordo com os bombeiros, os três pescadores saíram de Santos, a princípio em direção a Praia Grande, em uma embarcação de alumínio com aproximadamente seis metros de comprimento.
Na tarde do sábado, eles falaram com a família mas depois não entraram em contato e nem atenderam os celulares. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos familiares e as buscas começaram ainda durante a noite, sem sucesso.
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Queda no comércio faz Ciudad del Este demitir
Moradores de Ciudad del Este dizem que a única coisa que melhorou na cidade em 2013 foi o trânsito. A cidade paraguaia, que foi nas últimas três décadas um ponto de comércio voltado para brasileiros, sempre conviveu com pedestres carregados de compras nas ruas comerciais. "Isso aqui parecia as cenas que a gente vê na televisão da Índia, em que trafegar de carro é uma luta. Pois agora você vai de um lado para o outro em um instante", afirmou o jornalista Nelson Zapata, editor do jornal local "Vanguardia".
Segundo entidades patronais de Ciudad del Este, desde o início do ano foram 2.300 demitidos no comércio da cidade, de 400 mil habitantes e que tem 4.200 pontos de venda. Em outras cidades fronteiriças de menor porte, como Pedro Juan Caballero e Salto del Guayrá, houve mais 300 demissões. Metade das demissões aconteceu após a decepcionante temporada de vendas das férias de julho.
"Essas demissões se referem apenas aos empregos diretos. Se a gente contar os setores de serviços e construção civil, foram dez mil rescisões. Em Ciudad del Este existem cerca de 120 mil postos de trabalho", disse Juan Santamaría, presidente da Federação de Camaras Empresariais da cidade (Fedecamaras). Os dados são todos aproximados. Na região, só um em cada cinco trabalhadores é registrado. O tom catastrofista do comércio da cidade serve de termômetro da preocupação local com a rápida retração do comércio com o Brasil.
Não é apenas a questão cambial que afugenta os sacoleiros brasileiros da fronteira paraguaia. O Brasil está aos poucos apertando os controles, com operações da Polícia Federal e da Receita Federal. Só neste ano, houve duas mobilizações de grande porte, a Operação Agata e a Fronteira Blindada.
Além disso, o parcelamento bancário ou em cartão de crédito no Brasil para a compra de eletrônicos diminuíram o atrativo de se comprar esses produtos no Paraguai. O próprio desaquecimento da economia brasileira é citado como vilão. "A classe média brasileira está endividada até o pescoço", afirma Santamaría.
O saturamento do mercado em Ciudad del Este e o fato de a fronteira com a paranaense Foz do Iguaçu ser mais vigiada fizeram com que, nos últimos anos, o foco do comércio paraguaio se voltasse para as menores Pedro Juan Caballero e Salto del Guayrá.
A crise chegou à primeira dessas cidades, que faz fronteira com a sul-matogrossense Ponta Porã, no instante em que há nada menos que quatro centros comerciais em construção. Em três deles, as obras já foram paralisadas. No maior, o Shopping Dubai, com previsão de duas salas de cinema, as obras estão sendo redimensionadas e a área de lazer já foi cortada. (CF).
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Deborah Colker vai processar empresa
Com medo de contágio, tripulação tentou retirar neto da artista de voo
A coreógrafa Deborah Colker passou o dia de ontem se manifestando sobre o episódio que envolveu seu neto de três anos na manhã de segunda-feira. A artista pretende processar a companhia aérea Gol em razão do constrangimento sofrido no momento em que embarcava na aeronave, em Salvador, com os pais da criança (sua filha Clara Colker e o marido dela), rumo ao Rio de Janeiro. O menino tem uma doença de pele chamada epidermólise bolhosa.
A decolagem do voo no Aeroporto Internacional de Salvador, prevista para as 11h50min, só ocorreu às 13h16min, após um médico da Infraero ser chamado para atestar que a doença não era contagiosa, razão alegada pela tripulação para impedir que a criança viajasse com a família.Mãe e avó afirmam ter explicado que o menino sofre de uma doença congênita, não transmissível por contato ou proximidade. Ainda assim, os tripulantes teriam acionado o posto da Polícia Federal no aeroporto para retirar o menino do avião. Os agentes chegaram a entrar na aeronave. Houve discussão a bordo, e parte dos passageiros passou a defender a coreógrafa.
Por telefone, o assessor de Deborah, Pedro Neves, contou a ZH:
– Eles abordaram a família de uma maneira muito grosseira, e agora ela (Deborah) está falando sobre isso porque foi um episódio tão forte de preconceito que é importante que as pessoas conheçam a doença.
Em entrevista ao canal GloboNews, Deborah classificou o episódio como "absurdo" , e acrescentou que seu neto notou que havia algum problema:
– Ele percebeu que era com ele, a mãe chorava, o pai nervoso, todos olhando para ele, outras crianças vinham, uma situação constrangedora.
Em nota, a Gol declarou que, ao solicitar um atestado médico, cumpriu as recomendações do Manual Médico da Associação Internacional de Transportes Aéreos e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acrescentando: "Lamentamos profundamente os transtornos causados à família com relação à forma como foi conduzido o cumprimento de tais recomendações. A estes e aos demais passageiros, pedimos sinceras desculpas."
Deborah disse ter recebido um telefone do presidente da Gol, Paulo Kakinoff, desculpando-se. E contou a ele a intenção de processar a companhia.
Anac vai apurar possível infração ao código aéreo
Procurada por ZH, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) declarou que irá avaliar se houve infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer). Por email, a assessoria da agência escreveu: "Segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), nos artigos n° 167, 168 e 169, o comandante da aeronave é autoridade em voo (desde o momento em que se apresenta para o vôo até o momento em que entrega a aeronave) e lhe é concedida a prerrogativa de desembarcar qualquer pessoa que ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo (...)."
O comandante aposentado e instrutor do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Claudio Scherer diverge:
– O comandante é a autoridade máxima no avião, mas depois que a porta é fechada. A meu ver, essa é uma questão a ser resolvida fora do avião, no balcão de embarque.
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DÍARIO DA RÚSSIA
Pilotos relatam ataques com laser em aeroporto de Moscou
Desconhecidos dificultaram a visão dos comandantes
Pilotos de duas companhias aéreas diferentes denunciaram nesta terça-feira, 20, desconhecidos em terra que tentaram cegá-los com ponteiros lasers perto do aeroporto de Domodedovo, na capital russa. O primeiro incidente ocorreu pouco depois da meia-noite, quando um feixe atingiu a cabine de um avião da Air-Astana. O segundo, menos de uma hora depois, teve como alvo um voo que ia a Moscou a Londres, pouco depois da decolagem.
Ninguém foi prejudicado, segundo o Departamento de Transportes do Ministério do Interior russo, mas os incidentes são apenas os últimos de uma série recente de ataques semelhantes. Só na última semana, a polícia reportou pelo menos cinco aeronaves alvejadas por ponteiros laser em Moscou e São Petersburgo.
Após uma série de incidentes envolvendo lasers perto de aeroportos em 2011, a câmara baixa do parlamento russo, a Duma, propôs que tais ataques deveriam ser puníveis com penas de até sete anos de prisão. Agora, os deputados pretendem analisar novamente o projeto de lei ainda este ano.
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RONDONIAGORA.COM
Prefeitura e Base Aérea trabalharão em parceria em obras de iluminação pública
O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, reuniu-se com uma comitiva de oficiais da Base Aérea de Porto Velho na segunda-feira (19), no Palácio Tancredo Neves, sede do Executivo Municipal. Os assuntos tratados foram referentes à organização administrativa desse órgão federal junto ao município e um acordo de cooperação na promoção de obras de iluminação pública na cidade. “A reunião com o prefeito foi muito proveitosa.
Os problemas que temos sobre regularizações de Habite-se de alguns dos nossos prédios foram muito bem encaminhados. Solicitamos a regularização de contas que não vinham individualizadas para os permissionários. Trata-se de um problema antigo. Arrastava-se já por várias gestões municipais. Hoje, passamos a encaminhar tudo isso com o prefeito. Essa situação estava atrapalhando a obtenção do Habite-se para novas construções que são planejadas pela Base Aérea de Porto Velho”, explicou o Coronel Augusto dos Santos.
Segundo Mauro Nazif, a reunião foi importante para que se pudesse tratar de um assunto que há muito tempo devia estar resolvido. “Nossa conversa com o Coronel Augusto e sua equipe foi importante para que pudéssemos encaminhar a liberação de Habite-se de algumas propriedades da Base Aérea. Isso vai permitir com que eles possam dar segmento aos seus projetos, mas também se trata de um passo importante para o município, pois ajuda na melhoria de receita da Prefeitura”, esclareceu.
Outro ponto importante da reunião foi a solicitação de iluminação da área próxima à Base Aérea. “Pudemos também tratar de uma parceria sobre iluminação pública. Estamos bastante preocupados com a segurança no trecho da Lauro Sodré, próximo à Base Aérea, que é utilizado por praticantes de atividades físicas. Muitas vezes, há quem extrapole os limites do Espaço Alternativo, principalmente ciclistas, e acabam não sendo bem visualizados por motoristas. Dessa forma, resolvemos colaborar, porque sabemos que a Emdur está passando por uma fase de reestruturação, assim, vamos apoiar com maquinário, caminhão cesto e equipe. Vamos iniciar os serviços naquela área, mas queremos trabalhar em parceria com a Emdur para resolver outros problemas também. Nos próximos sessenta dias, enquanto não chega o maquinário da Emdur, vamos nos dispor para esses serviços de cooperação”, frisou o Coronel.
“Sabemos que devemos conquistar parceiros para que possamos resolver demandas do Município. Dessa forma, junto a Emdur, a Base Aérea vai colaborar com obras de iluminação pública colocando maquinário e pessoal à disposição da Prefeitura. Entendemos que a cooperação é uma forma pela qual as instituições se ajudam mutuamente e uma administração diferenciada pode acontecer, beneficiando os cidadãos”, destacou o prefeito.
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MÍDIAS NEWS
Arma máximaA droga é a mais poderosa arma de destruição inventada pelo homem e é a maior ameaça a um povo.
Numa das mais belas cenas do cinema, em “2001, Uma Odisseia no Espaço” Stanley Kubrick mostra como teria sido a primeira invenção humana, que para ele foi uma arma adaptada do osso de uma anta. Desde então o homem não parou de aperfeiçoá-las. Do tacape do osso da anta chegamos aos mísseis nucleares e outras invenções fantásticas destinadas a dobrar o adversário através da violência e da morte. Mas o século XXI nos reservou certamente a mais poderosa e cruel de todas as armas.
Uma arma inimaginável à mais delirante ficção científica. Age sem explodir fisicamente e sem destruir bens materiais, mas acaba com a vida humana de forma atroz, não sem antes espalhar seus malefícios causando o maior número possível de vítimas e ceifando com elas as bases éticas, morais e institucionais de qualquer sociedade. O país fica oco de valores, dignidade e cidadania, pronto a ser ocupado.
A droga é a mais poderosa arma de destruição inventada pelo homem e é a maior ameaça a um povo ou país. Ela penetra as estruturas sociais e atua de dentro para fora como um forno micro-ondas. E o Brasil vem sendo sistematicamente bombardeado por essa poderosa arma. Cerca de dois anos atrás o Fantástico mostrou com clareza que o território de Mato Grosso é a principal plataforma de disseminação pelo país dessa arma letal que vem sangrando o Brasil, fato que vem se confirmando com frequência pela imprensa.
O tráfico internacional se utiliza da fronteira mato-grossense para o arremesso em propriedades rurais de fardos com drogas, lançados por pequenas aeronaves em voos que escapam aos radares que fazem a segurança do espaço aéreo nacional. Nestas últimas semanas tivemos mais notícias de apreensões deste tipo. E as que não são descobertas e apreendidas? Durante o 2° Encontro de Fronteiras realizado em Cáceres em 2010, o assunto chegou a ser tratado, inclusive com a ideia da criação de uma Base Aérea na cidade utilizando a pista de pouso asfaltada ali existente e ociosa. Aliás, com a ociosidade e o tempo, será que essa pista ainda existe?
Saliente-se que jamais será suficientemente enaltecido o trabalho realizado com todas as dificuldades e riscos pelas polícias militar e civil do estado, polícia federal, polícias rodoviárias Federal e Estadual, e pelo Exército, bem como o contínuo apoio dos governos a essas ações terrestres. Mas, na questão do controle de nossa fronteira é indispensável considerar a importância do espaço aéreo.
Por mais zelosas que sejam as ações em terra, dificilmente alcançarão êxito sem um apoio ostensivo aéreo, com aviões de verdade, portadores do intimidador e vitorioso emblema da gloriosa Força Aérea Brasileira. Mato Grosso é um dos únicos estados brasileiros a não ter uma Base Aérea, apesar de uma complicada fronteira de 1100 quilômetros. Mato Grosso do Sul tem e Rondônia também tem. Fica uma brecha de vulnerabilidade na segurança aérea nacional, justamente na fronteira de Mato Grosso. Por que Mato Grosso não tem uma Base Aérea até hoje?
Cáceres tem posição estratégica para uma Base Aérea, a montante do Pantanal, equidistante das bases do Mato Grosso do Sul e de Rondônia, e com uma pista ociosa capaz de receber Boeings. Ao leigo parecem bastar alguns helicópteros, os versáteis Tucanos ou outra aeronave leve, baseados na área para se mostrarem presentes e em constante vigilância, rápidas o suficiente para interceptar os teco-tecos que tanto mal vem fazendo ao país, em especial a Cáceres e à Grande Cuiabá. Não se pode pensar em qualidade de vida urbana para os cidadãos brasileiros, para a Copa, para o Tricentenário e para sempre, sem pensar na segurança que começa lá na fronteira.
JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário
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JORNAL A TRIBUNA (SANTOS-SP)
Navio da Marinha vai continuar a busca por pescadores durante a noite
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DIÁRIO DO GRANDE ABC
Petista condiciona polo industrial de defesa à compra de caças suecos
Raphael Rocha
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, condicionou a continuidade do projeto de construção de um polo aeronáutico na cidade à compra, por parte do governo federal, dos caças suecos Gripen, produzidos pela Saab.
Para Marinho, a aquisição das aeronaves suecas “facilitaria o parque aeronáutico” porque os modelos estão em fase de desenvolvimento. O que, segundo ele, traz mais garantia de transferência de tecnologia para deixar o projeto mais viável.
Desde o início da discussão para compra de caças pelo governo brasileiro Marinho mostra predileção pela empresa sueca. Ele chegou a viajar para a Suécia para conhecer in loco o processo de construção do avião. Em seu primeiro mandato, articulou diversas visitas dos executivos da Saab a interlocutores da União para tentar emplacar os modelos suecos.
O petista afirmou que as vantagens trazidas pelos caças Gripen não são observadas nas propostas da norte-americana Boeing, fabricante do F-18, e da francesa Dassault, desenvolvedora do modelo Rafale.
“Os suecos estão em desenvolvimento e é a melhor maneira de fazer transferência de tecnologia exatamente num desenvolvimento que o Brasil está convidado a partilhar. Se o Gripen for escolhido facilita mais nosso parque aeronáutico. Se for os norte-americanos, vamos ver o que dá para salvar. Se for os franceses a mesma coisa. Por isso é a minha torcida pelo Gripen, porque cria maior possibilidade do parque aqui”, explicitou o prefeito. “Nunca falei tão claro como falei desse assunto.”
Em março, Marinho almoçou com diretores da Saab e reforçou o favoritismo da empresa sueca na licitação para compra de 36 caças para a União por meio do projeto F-X2.
“Se comprar (o governo federal) o norte-americano, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) terá uma ilusão de ganhar com isso. Acho que é ilusão. Os norte-americanos estão oferecendo em tese o mercado para os produtos da Embraer. Eles dizem que transferem tecnologia, mas tenho muita dúvida. A manutenção dos franceses é muito cara e não confio em transferência de tecnologia”, justificou o prefeito de São Bernardo.
“Se comprar (o governo federal) o norte-americano, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) terá uma ilusão de ganhar com isso. Acho que é ilusão. Os norte-americanos estão oferecendo em tese o mercado para os produtos da Embraer. Eles dizem que transferem tecnologia, mas tenho muita dúvida. A manutenção dos franceses é muito cara e não confio em transferência de tecnologia”, justificou o prefeito de São Bernardo.
PROJETO
A sinalização para aquisição dos modelos foi feita ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, e desde então se arrasta, principalmente pelo preço: as propostas variam de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões.
A FAB (Força Aérea Brasileira), em 2010, emitiu documento em que também inclina favoritismo para a Saab. A empresa começou a produzir os caças Gripen em julho e diretores garantem que ainda há tempo para inclusão do Brasil no processo de desenvolvimento da aeronave.
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