NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 16/08/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Pouso Alegre está na rota de aeroporto
Cidade do Sul de Minas deve ganhar 1º terminal privado do país, com investimento de R$ 400 mi e destinado a carga
Pedro Rocha Franco
O primeiro aeroporto privado
do Brasil pode ser instalado em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Apesar de
a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) já ter
assinado duas autorizações para a instalação de unidades particulares no
interior de São Paulo, o entendimento entre a prefeitura e o grupo
multinacional B. Square está em patamar mais adiantado, faltando apenas o
aval do governo federal para que a empresa tire do papel o projeto de
um aeroporto de carga, orçado em R$ 400 milhões.
Apresentado em fevereiro para a cúpula da
prefeitura, o aeródromo deve ocupar 4 milhões de metros quadrados de
terreno adquirido pela empresa às margens da BR-381 (Fernão Dias) –
pouco mais de um quarto do complexo aeroportuário de Confins, na Grande
BH. Para a instalação do aeroporto, no entanto, a prefeitura deve
encaminhar à Câmara um projeto que revisa o plano diretor de Pouso
Alegre, transformando-o em zona de empreendimento de porte (ZPE).
Segundo o secretário municipal de
Desenvolvimento Econômico, Rafael Prado, a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) analisa desde março a requisição para construção do
aeroporto em Pouso Alegre. A tramitação, segundo ele, está próxima de
ser encerrada. A expectativa é de que, no mais tardar, a liberação seja
dada em novembro. Pelo cronograma de implantação, as obras devem ser
iniciadas no primeiro semestre do ano que vem, com previsão para ser
concluído entre os últimos meses de 2016 e os primeiros de 2017. No
período, 1 mil empregos diretos devem ser gerados. "Hoje existe
congestionamento aéreo em Guarulhos e Viracopos. O governo precisa criar
alternativas para desafogar", afirma o secretário.
A B. Square também foi responsável pela
construção do aeroporto de Dubai e da reforma do de Miami. Segundo
Prado, o diretor-geral do grupo esteve esta semana em Pouso Alegre para
discutir pontos do projeto, e inclusive estaria nos planos a construção
de um condomínio logístico. As empresas ali instaladas poderiam
aproveitar o terminal para distribuir cargas para outros estados e
países. Nos próximos meses, a Unilever deve inaugurar na cidade o maior
centro de distribuição da empresa na América Latina. Um fator importante
para facilitar a distribuição a partir de Pouso Alegre é sua
localização. A cidade está distante pouco mais de 200 quilômetros de São
Paulo e a 390 quilômetros de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.
Apesar da proposta de construção de novo
aeroporto, Pouso Alegre já possui outro terminal. A unidade, no entanto,
não recebe voos comerciais regulares, ficando restrito a pousos e
decolagens de aeronaves particulares. Sobre o andamento do processo, em
nota, a Anac, diz que "o processo já foi analisado e está aguardando o
atendimento das pendências apontadas".
AUTORIZAÇãO - Em dezembro, um decreto da
SAC deu autorização para que empreendedores privados construíssem
aeroportos pela modalidade de outorga. Pelo modelo, os aeroportos têm
uso público, mas são cobradas tarifas. Pela regra, a empresa fica
responsável pela construção, manutenção e segurança da unidade. De lá
para cá, a secretaria deu autorização para que duas unidades sejam
construídas em São Paulo. O primeiro será em Parelheiros, na Zona Sul da
capital paulista. O outro em São Roque, às margens da rodovia Castelo
Branco.
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Ferraço lamenta morte de piloto da 2ª Guerra
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) lamentou a morte de Rui Moreira Lima, piloto de combate na 2ª Guerra Mundial. O militar integrou o 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e participou de 94 missões na Itália.
— É fundamental reverenciarmos aqueles que honraram o povo brasileiro na 2ª Guerra — disse Ferraço.
Rui Moreira Lima foi um opositor ao regime militar de 1964. Seu depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 2012, levou à apuração de violações de direitos humanos sofridas por militares. |
FAB chora a perda do herói major-brigadeiro Rui Moreira Lima
Coluna Turismo S/A
O homem se fez mito. O mito
grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito herói. O
herói homem. Em cada linha do rosto com suas impressões do tempo, cabiam
mais de mil histórias. Mas, história não morre.
Herói não morre. Mito não morre. Nele,
havia mais. Havia o olhar brasileiro, daqueles guerreiros da Nação que
são lembrados indefinidamente. Se é certo que será sempre momento de
evocar a sua memória, é fato também que, em 13 de agosto de 2013, a
Força Aérea Brasileira chora, consternada, a perda do herói
major-brigadeiro Rui Moreira Lima, aos 94 anos de idade, no Rio de
Janeiro. Ele morreu às 3h30 no Hospital Central da Aeronáutica, onde
estava internado havia dois meses. Herói da 2ª Guerra Mundial como
piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, foi responsável por realizar 94
missões com a aeronave P-47 no front de combate.
O corpo do lendário oficial-general foi
velado no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no Rio
de Janeiro e depois veio o sepultamento no Cemitério São João Batista,
no bairro de Botafogo. O brigadeiro era casado com Dona Julinha.
A dor do momento não sobrepuja a alegria
da existência desse homem. Sempre tão lúcido, costumava desfilar sua
memória impecável com detalhes sobre fatos ocorridos há seis décadas. O
senso de observação diferenciado transformou feitos em histórias
recontadas com minúcias.
Disfarçava não ser um protagonista. “Rui,
que foi um dos mais destacados combatentes nos céus da Itália , fala de
tudo e de todos, mas pouco dele mesmo, ou das 94 missões que executou
sobre as tropas alemãs”, disse certa vez o patrono da aviação de caça do
Brasil, brigadeiro Nero Moura.
O major-brigadeiro Rui foi autor do livro
Senta a Pua!, que inspirou também um documentário do mesmo nome. No
livro e no filme fez ecoar a incrível trajetória dos militares
brasileiros na campanha vitoriosa durante a batalha. Era preocupado em
não deixar se apagar a epopeia que ele e seus colegas viveram. Sua obra
transformou-se em leitura de referência e palavras que provocavam
lágrimas e sorrisos por onde passava. Não ter sua presença física amanhã
naquelas palestras que arrancavam aplausos empolgados deixa silêncio,
mas não o vazio.
O luto da Força Aérea Brasileira tem um som mais alto. Agora, diferente de todos os outros momentos, cabe a honra de se prestar a tradicional saudação Adelphi dos caçadores ao Major-Brigadeiro Rui.-1,2,3... - Palmas! - Adelphi!”
Brigadeiro Rogério G.Veras, quando
comandava a Base Aérea de Fortaleza como coronel aviador, recebeu o
major brigadeiro Rui Moreira Lima, na foto com o jornalista José Mário
Pinto, do O POVO
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Capelão da FAB afastado por ter filho não pode voltar ao trabalho no RN
Decisão do juiz Ivan Lira manteve o afastamento do ex-militar.
Arcebispo do Ordinariado Militar exonerou capelão em fevereiro de 2011.
Do G1 RN
Exonerado do cargo de capelão
da Aeronáutica após admitir ter um filho, um padre teve o pedido para
voltar ao trabalho negado pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte.
Na decisão, o juiz Ivan Lira manteve o réu afastado de suas funções. O
entendimento do magistrado foi que se o ex-militar não tinha os
requisitos básicos para ser capelão, que é ser padre, não poderia
permanecer no exercício. O G1 tentou contato com o homem pela
Arquidiocese de Natal, mas ele preferiu não se pronunciar sobre o
assunto.
Apesar de ter sido afastado do
ministério sacerdotal pelo arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil em
fevereiro de 2011, o padre ainda tem direito de celebrar missas nas
paróquias da Arquidiocese de Natal. No relato feito na ação, o
ex-militar disse que ingressou na Aeronáutica em 2002 como
Segundo-Tenente do Quadro de Oficiais Capelães do Corpo de Oficiais da
Ativa da Aeronáutica. Ele tentou argumentar que “a penalidade aplicada é
injusta, pois o nascimento do seu filho ocorreu antes do seu ingresso
nos quadros da Aeronáutica”.
O juiz Ivan Lira analisou que “o afastamento do sacerdote foi motivado, não apenas pela necessidade de se tutelar os direitos do filho menor de idade do padre, mas também para se prevenir escândalos durante o Processo Administrativo Criminal em curso na sede Arquiepiscopal”.
O magistrado também destaca que “há de se
considerar que o demandante, na condição de padre da Igreja Católica e
de capelão militar, deve se subordinar às normas do Direito Canônico, no
que tange ao exercício da atividade pastoral, conforme dispõe o artigo
IX do Acordo entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil sobre
assistência religiosa às Forças Armadas”, observou o magistrado.
O juiz Ivan Lira ressaltou que o afastamento do padre da Força Aérea ocorreu em caráter preventivo, portanto, sem configurar uma penalidade administrativa. |
Ministros do Brasil, Colômbia e Equador participam de evento no AM
Eles acompanharam apresentação de navio que vai mapear rios.
Além disso, discutiram sobre monitoramento da Amazônia em seminário.
O
ministro da defesa, Celso Amorim, esteve nesta quinta-feira (15) em
Manaus, para participar da apresentação de um navio que vai ajudar a
fazer um mapa de navegação dos rios da Amazônia. Celso Amorim esteve na
abertura de um seminário internacional que discute a colaboração entre
países sul-americanos no monitoramento de áreas sensíveis.
Representantes de 10 países
sul-americanos discutem em Manaus a colaboração em sistemas de
monitoramento de áreas especiais, como a floresta amazônica. Eles vieram
conhecer o sistema usado pelo Brasil para vigilância da Amazônia, que
emprega aviões equipados com sensores capazes de obter imagens mesmo com
céu encoberto ou terrenos acidentados.
Além de Celso Amorim, dois
ministros da defesa participaram a cerimônia, Juan Carlos Pizon, da
Colômbia, e a equatoriana Maria Fernanda Espinosa. "A questão do
monitoramento dos recursos naturais, dos ilícitos e até o
desenvolvimento agrário da região podem ser monitorados. Temos muito o
que aprender uns com os outros neste seminário", disse Celso Amorim.
Após a abertura do seminário, Celso
Amorim teve encontros bilaterais com representantes do Equador e da
Colômbia. Em seguida, o ministro participou da incorporação do navio Rio
Negro.
O comandante da Marinha almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto participou da solenidade.
O navio tem 25m de comprimento e é o quarto a ser entregue à Marinha,
para atuar no levantamento de dados para a produção de cartas de
navegação.
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Olimpíadas 2016: Barbacena está na disputa para receber delegações
Cidade
está apta a receber equipes de esgrima e judô. Caso seja escolhida,
treinamentos serão na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar)
Graças
ao Centro de Treinamento da Escola Preparatória de Cadetes do Ar
(Epcar) a cidade de Barbacena é candidata a receber delegações nas
Olimpíadas de 2016. A cidade está na disputa nas modalidades de esgrima e
judô.
- Nós já fazemos parte de um guia, que foi formulado a partir das visitas realizadas. Esse guia foi distribuído nas Olimpíadas de Londres. Agora, nós estamos à disposição do Ministério da Defesa e vamos preparar as instalações para receber possíveis delegações - explicou a tenente Isabela Milagres, chefe da Epcar. A primeira fase da reforma do Centro de Treinamento está em fase final. O espaço ganha nova cobertura, e a piscina será aquecida. A segunda etapa prevê ainda a troca do piso, vestiários mais modernos e a implantação de uma arquibancada portátil. Obras que já estavam previstas, mas que deixam a Epcar mais próxima de receber delegações estrangeiras que vão disputar as Olimpíadas, no Rio de Janeiro. O ginásio principal da instituição pode receber atletas da esgrima e do judô. A esgrima é um dos esportes em que a Epcar se destaca, sendo referência no Brasil em desempenho e estrutura. - A esgrima é uma modalidade rara, não se vê praticantes em todos os lugares. Então, nós damos a oportunidade para os alunos terem contato com a modalidade e participarem de competições - disse a tenente. Para apoiar a participação de Barbacena na fase de preparação dos Jogos Olímpicos de 2016, foi criado o Comitê Olímpico Municipal. Ele é composto por representantes da aeronáutica, da sociedade e da prefeitura. |
Senado aprova projeto que prioriza investigação da FAB nos acidentes aéreos
Proposta deve ajudar a esclarecer acidentes como o do avião da Gol com o jato Legacy
O plenário do Senado aprovou nesta
quarta-feira (14) projeto de lei que muda as regras para investigação de
acidentes aéreos. Pelo substitutivo aprovado, de autoria do senador
Pedro Taques (PDT-MT), o Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos) terá prioridade nas investigações de acidentes
podendo, inclusive, analisar os destroços do avião para fazer a sua
própria perícia.
O Sipaer, que é ligado à FAB (Força
Aérea Brasileira), ficará encarregado de conduzir as investigações em
caso de acidentes com aviões civis, por meio de uma comissão. Ela deverá
comunicar às autoridades policiais os indícios de crime no acidente. No
caso de aviões militares, o comando responsável é que vai apurar os
fatos.
O projeto de lei é originário da Câmara e
foi apresentado junto com o relatório da Comissão Parlamentar de
Inquérito do Apagão Aéreo. A proposta visa a contribuir para a melhor
prevenção e esclarecimento de acidentes como o que envolveu o avião da
Gol e o jato Legacy, na Amazônia, em 2006, matando mais de 100 pessoas. Como foram feitas alterações, a matéria retorna para última análise na Câmara dos Deputados.
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Brasil conquista 18 medalhas em competições de matemática
Estudantes brasileiros ficam com dois ouros, 14 pratas e dois bronzes em eventos realizados na Bulgária e em Moçambique
São Paulo – O Brasil conquistou 18
medalhas em dois torneios internacionais de Matemática realizados
recentemente na Bulgária e em Moçambique.
A 20ª Competição de Matemática para
Estudantes Universitários (IMC, sigla em inglês), ocorrida na Bulgária,
reuniu 321 estudantes representando 72 instituições de ensino superior
de todo o mundo.
Henrique Gasparini Fiúza do
Nascimento, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi o melhor
colocado entre os brasileiros e recebeu a medalha de ouro da competição. Os brasileiros ainda conseguiram outras 11 medalhas de prata e duas de bronze nesse evento.
A delegação contou com representantes do ITA, do Instituto Militar de Engenharia (IME),
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de São
Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS).
Na Olimpíada de Matemática da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa, ocorrida em Moçambique e voltada ao
ensino médio, o Brasil alcançou, pela terceira vez, a primeira posição
na competição geral, obtendo quatro medalhas (uma de ouro e três de
prata).
Gabriel Toneatti Vercelli, de São Paulo,
conquistou a medalha de ouro. João César Campos Vargas, de Minas Gerais,
Lucca Morais de Arruda Siaudzionis, do Ceará, e Lucas Pereira Galvão de
Barros, de São Paulo, ganharam prata.
Nesse torneio, os alunos submeteram-se a
duas provas individuais e resolveram exercícios de álgebra, teoria dos
números, geometria e combinatória.
O Brasil seleciona seus representantes
para os torneios internacionais de Matemática na Olimpíada Brasileira de
Matemática (OBM), competição anual realizada nas escolas públicas e
privadas do país que reúne mais de 200 mil estudantes e seus
professores.
A relação completa dos vencedores e mais informações sobre as competições podem ser conferidas no site.
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Ministros conversam sobre Escola Sul-Americana de Defesa
Um
dos objetivos da escola é o melhor controle da região amazônica para
combater conjuntamente a mineração ilegal, o narcotráfico e o tráfico de
armas
Rio de Janeiro - Os
países sul-americanos aproveitaram um seminário sobre vigilância de
áreas especiais organizado nesta quinta-feira pelo Brasil na cidade de
Manaus para avançar nas negociações para a criação da chamada Escola
Sul-Americana de Defesa, informaram fontes oficiais.
"Queremos uma escola de defesa
regional que reflita nosso ângulo de ver o mundo e este seminário é
parte disso", afirmou o ministro de Defesa, Celso Amorim, em declarações concedidas para jornalistas após a instalação do Seminário Sul-Americano de Vigilância de Áreas Especiais.
Além de Amorim, também compareceram à
reunião os ministro de Defesa do Equador, María Fernanda Espinosa, e da
Colômbia, Juan Carlos Pinzón, que tiveram reuniões paralelas, assim como
representantes de alto nível dos demais países sul-americanos.
O ministro brasileiro disse que nas
conversas foi abordada de novo a criação de uma escola de defesa para a
região que reflita a visão e necessidades da América do Sul.
Segundo Amorim, o objetivo é contar com
uma escola que permita que a América do Sul "desenvolva um pensamento
unificado para a defesa do que temos em comum e para melhorar nossas
próprias relações, com iniciativas para a criação de confiança e
operações como as que promovemos em nossas fronteiras e para as quais
convidamos nossos vizinhos".
Em referência à "Escola das Américas",
hoje uma questionada iniciativa dos Estados Unidos para a formação de
oficiais de toda América Latina, o ministro afirmou que, "respeitando
outras iniciativas do passado que podem ter sido úteis em determinada
época", a América do Sul necessita de uma escola de defesa que reflita
sua visão.
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Boeing está otimista com licitação dos caças da FAB
Sérgio Lamucci | De Washington
A presidente da Boeing Brasil,
Donna Hrinak, disse ontem acreditar que o resultado da licitação dos 36
caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) será definido "por seus
próprios méritos", avaliando que as denúncias de que os EUA espionaram
e-mails e telefonemas de brasileiros não deverão influenciar a decisão
do governo brasileiro. A Boeing é uma das finalistas do processo
que se arrasta há anos, ao lado francesa Dassault e da sueca Saab, num
negócio que envolve mais de US$ 4 bilhões. Para Donna, fatores como a
qualidade do produto, o pacote de transferência de tecnologia e as
necessidades do Brasil nas áreas de defesa, inovação e competitividade é
que serão decisivos para a escolha final.
Embaixadora no Brasil entre 2002 e 2004,
Donna disse que o caso envolvendo a Agência Nacional de Segurança (NSA,
na sigla em inglês) é muito sério para o Brasil, e também para muito
cidadãos americanos. "Mas acho que o governo brasileiro deixou claro que
essa é uma relação complexa, com interesses diferentes, e que se deve
separar esse assunto do resto da relação, para que se faça progressos em
outras áreas enquanto se resolve isso".
Para ela, isso é sinal de maturidade na
relação. Donna lembrou que, quando era embaixadora no Brasil e Rubens
Barbosa era o embaixador em Washington, os dois conversavam sobre a
importância de não transformar toda questão comercial num grande
problema da relação bilateral. "Acho que nós chegamos ao ponto em que
vamos abordar as alegações sobre a NSA sem que isso afete a relação ou
coloque obstáculos a ela."
Questionada sobre se a decisão
poderia ser anunciada durante a visita de Estado da presidente Dilma
Rousseff aos EUA, em outubro, Donna limitou-se a dizer que isso depende
da presidente brasileira. "Ela vai tomar a decisão quando for certo para
o Brasil." Na quarta-feira, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito,
disse na Comissão de Relações Exteriores do Senado que a decisão deve
sair no curto prazo. No fim do ano, os caças Mirage 2000 serão retirados
de uso.
No governo Lula, os franceses eram os
grandes favoritos. Há informações, contudo, de que o jogo teria mudado
no governo Dilma, e os aviões da Boeing tenderiam a ser os escolhidos. Um
dos trunfos da Boeing são as parcerias com a Embraer. A empresa
brasileira venceu neste ano uma licitação para vender 20 Super Tucanos
para a força aérea americana, num contrato de US$ 427 milhões, que pode
chegar a quase US$ 1 bilhão. A colaboração entre a Embraer e a Boeing na
área de sistema de armas é um dos fatores que pode ter pesado na
decisão dos EUA.
Donna disse ver potencial de crescimento
no mercado brasileiro de aviação, apesar dos desafios enfrentados pelas
empresas do setor. Segundo ela, no Brasil, os gastos com combustível
representam cerca de 40% dos custos operacionais das companhias aéreas,
acima da média de um terço nos outros países, devido ao peso dos
impostos. A Boeing estima que a América Latina deverá precisar de 2,5
mil aviões comerciais nos próximos 20 anos, dos quais 40% no Brasil. Donna disse que deverá inaugurar o seu Centro de Pesquisa e Tecnologia, em São José dos Campos, em novembro ou dezembro.
A executiva disse que continua otimista
quanto às perspectivas do país, mesmo num cenário de crescimento mais
fraco. "Eu digo que sou otimista em relação ao Brasil desde quando isso
não era chique", brincou ela, para quem a euforia de alguns anos atrás
era exagerada, assim como é exagerado o pessimismo que marca algumas
análises atuais sobre a economia brasileira. Donna observou que o país
continua a receber volume expressivo de investimentos estrangeiros
diretos, ainda que mais concentrado em alguns setores.
As manifestações que ocorreram em várias
cidades brasileiras a partir de junho não mudam os planos da Boeing no
Brasil, disse ela. "A Boeing não vai alterar os seus projetos no Brasil
por causa dos protestos, e acho que a maior parte das empresas com um
histórico no Brasil também não."
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TCU aponta paralisações e atrasos em obras de aeroportos da Infraero
André Borges | De Brasília
O
Tribunal de Contas da União (TCU) acaba de concluir um diagnóstico
preocupante sobre a evolução de obras tocadas pela Infraero nos 67
aeroportos que a estatal administra em todo o país. A auditoria do
tribunal, a qual Valor teve acesso exclusivo, foi realizada em junho. De
acordo com os auditores, dez aeroportos da Infraero estão com contratos
paralisados: Santarém (PA), Porto Alegre (RS), Macaé (RJ), Santos
Dumont (RJ), Goiânia (GO), Vitória (ES), Marabá (PA), Macapá (AP),
Salvador (BA) e Aracaju (SE).
Essas paralisações têm causas diversas,
mas, invariavelmente, a origem dos problemas está em deficiências graves
verificadas em projetos de engenharia, atrasos na execução do objeto
contratado, descumprimento de cláusulas contratuais e superfaturamento.
Das dez paralisações levantadas, duas
tiveram relação com medidas tomadas pelo TCU, por conta de
"significativo prejuízo na aplicação de recursos públicos". São os casos
de Goiânia e Vitória, onde foram constatados sobrepreços de R$ 37,5
milhões e R$ 44 milhões, respectivamente, além de falhas nos projetos
básico e executivo de engenharia.
Com as determinações do TCU para retenção
cautelar de pagamentos, os contratos acabaram rescindidos. Nos demais
casos, as paralisações foram provocadas por diversos motivos, como
interrupção injustificada da execução contratual e atuação da própria
Infraero, devido à identificação de falhas na execução das obras.
A auditoria do TCU tomou por base 218
contratos de obras firmados pela Infraero desde 2009, que ainda estão
vigentes, ou que foram encerrados. Os aeroportos de Goiânia e Vitória,
que tiveram contratos firmados antes de 2009, são as únicas exceções
incluídas na lista, por conta da complexidade de seus projetos. Como
linha de corte, o TCU se concentrou em um total de 150 contratos que têm
valor superior a R$ 1 milhão.
O diagnóstico feito pelo tribunal também
envolveu a análise dos aditivos de contratos aplicados nas obras
aeroportuárias. A relação de aditivos inclui casos como o do aeroporto
de Rio Branco (AC), onde o aditivo de um contrato para execução de
serviços de reparação da pista de pouso e decolagem, pistas de táxi e
pátio de aeronaves resultou no acréscimo de 46 meses ao prazo original
da obra, fazendo com o tempo previsto para conclusão praticamente
quadruplicasse. O custo subiu 22%, com o repasse adicional de R$ 6,245
milhões.
No aeroporto do Galeão, a execução de
obras e serviços de engenharia para alargamento de pista e recuperação
de pátio teve seu prazo de conclusão dobrado, com o acréscimo de 27
meses para entrega do empreendimento. O custo subiu em R$ 12,9 milhões,
acréscimo de 20% sobre o preço original. Em mais de 90% dos contratos
aditivados, aponta o TCU, a causa está relacionada à necessidade de
alteração técnica do projeto, ou das quantidades previstas.
"Os dados retratam o cenário
invariavelmente encontrado por este tribunal na fiscalização de obras
públicas: projetos básicos deficientes ou incompletos, que não atendem
integralmente à finalidade para a qual foram concebidos e, como
consequência, demandam modificações substanciais", afirma a ministra Ana
Arraes, relatora do processo. "Os aditivos, que deveriam ser exceção,
acabam sendo regra nas contratações públicas."
O levantamento também faz um alerta sobre
os prováveis atrasos de obras contratadas pela Infraero. A partir das
informações enviadas pela estatal, o TCU verificou que, atualmente, a
Infraero conta com 46 contratos de obras - todos de valor superior a R$ 1
milhão e firmados a partir de 2009 - com previsão de serem concluídos
até o fim deste segundo semestre. Segundo o tribunal, porém, a execução
orçamentária verificada em cada um desses contratos não ultrapassava,
até junho, a marca de 20%.
Somados, esses contratos totalizam R$ 733
milhões em investimentos. "Esses dados indicam que é alta a
probabilidade de diversos empreendimentos não serem concluídos na data
esperada", alertam os auditores.
O levantamento do TCU aponta que,
atualmente, a Infraero possui um total de 218 contratos de obras em
execução, se incluídos aqueles com valores inferiores a R$ 1 milhão.
Desses contratos, o tribunal já fiscalizou 23, o que equivale a 11% do
total. Seis contratos (3%) foram alvo de determinações do órgão de
fiscalização, que podiam levara a paralisações. Se considerado o valor
dos contratos investigados, as auditorias do TCU atingiram 67% (R$ 2,742
bilhões) do total de R$ 4,106 bilhões.
Procurada pelo Valor, a Infraero informou
que "mantém constante diálogo com o Tribunal de Contas da União, sempre
colaborando com o trabalho de fiscalização dos órgãos de controle, de
forma a aprimorar os processos da empresa".
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Estados ignoram programa federal
Estados
e municípios de todo o país têm ignorado aportes federais que poderiam
ser utilizados para melhorar a infraestrutura de seus aeroportos. O
Tribunal de Contas da União (TCU) fez um levantamento sobre a utilização
de recursos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa).
Esse programa, criado em 1992, se propõe a
financiar a reforma e expansão de aeroportos e aeródromos de interesse
estadual ou regional. Para ter acesso aos recursos é necessário que
sejam formalizados convênios entre os governos estaduais e municipais e o
órgão federal gestor do programa, atualmente representado pela
Secretaria de aviação Civil (SAC). Passados 21 anos desde a sua criação, o programa nunca foi usado.
Segundo o TCU, existem atualmente 39
convênios vigentes no âmbito do Profaa, os quais somam R$ 413 milhões
para obras e reformas de aeroportos, além de aquisição de carros de
combate a incêndio. Nada saiu do papel. A SAC informou ao TCU que
os convênios não tiveram execução física e financeira, porque estão em
fase de análise ou revisão de projetos por parte da secretaria ou dos
Estados que solicitaram os recursos.
Alguns convênios já foram aprovados, mas
aguardam a realização da licitação das obras pelos Estados. A SAC
informou ao TCU que os carros de combate a incêndio estão sendo
licitados por meio de registros de preços realizados pela própria
secretaria.
Os motivos para a falta de execução
físico-financeira do Profaa, segundo a SAC, devem-se a deficiência dos
projetos básicos apresentados pelos Estados e municípios, planilha
orçamentária sem compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), atraso nas licitações, demora na apresentação dos documentos e
atraso na adequação dos projetos básicos. Procurada pelo Valor, a SAC
não se pronunciou sobre o assunto.
O processo de concessões de aeroportos
iniciado no ano passado, com a entrega de Guarulhos, Viracopos e
Brasília para a iniciativa privada, levou à criação de outro plano para
apoiar a aviação regional. O governo federal instituiu o Fundo Nacional
de aviação Civil (Fnac), que também prevê aportes na aviação regional. A
escolha dos projetos será feita pela SAC. A secretaria está em fase
final de celebração de um acordo com o Banco do Brasil para a definição
das responsabilidades, rotinas e procedimentos para o acompanhamento e
monitoramento das ações previstas no programa. Como esse processo não
foi concluído, ainda não há obra em execução com recursos desse
programa. (AB)
|
SPORTV
Após altos e baixos, Bárbara Leôncio tenta dar a volta por cima no Rio-2016
Depois de ser campeã mundial júnior
nos 200m rasos aos 15 anos, atleta busca retomar a trajetória de sucesso
para chegar forte nas Olimpíadas
Bárbara Leôncio apareceu para o mundo em 2007, quando foi campeã mundial júnior dos 200m rasos aos 15 anos, tornando-se uma grande esperança para o atletismo brasileiro, com a marca de 23s50. Dois anos depois, ela representou o futuro do esporte brasileiro na candidatura do Rio de Janeiro a sede das Olimpíadas de 2016. Porém, os resultados não vieram como o esperado. Seu tempo nos 200m rasos não melhorou e, em 2013, sua melhor marca foi 24s41. O baixo rendimento foi atribuído a uma lesão crônica na coxa. Além disso, ela também operou o joelho, foi excluída do Time Rio, que é um projeto do Comitê Olímpico Brasileiro de apoio a atletas, rompeu com o ex-técnico Paulo Servo, que a descobriu aos nove anos, perdeu patrocínios e teve que lidar com críticas de que o sucesso havia subido à cabeça. Mas ela garante que não se abalou e espera estar no seu auge em 2016, quando terá 24 anos.
- Sempre costumo sentir, aí tem que parar
treinamento, às vezes perde uma semana ou duas para tratar e voltar.
Transformo (as críticas) em motivação, não liguei para isso. Sei que
tenho uma cabeça boa. Se eu não tivesse e não quisesse ser atleta eu nem
entra na pista mais para treinar. Está faltando mesmo sair da casca,
como dizem. Porque eu estou treinando muito bem e quando chega na
competição eu ainda não estou fazendo o que eu faço em treino.
Atualmente, aos 21 anos, Bárbara
treinana equipe do medalhista olímpico Arnaldo de Oliveira, em um espaço
cedido pela aeronáutica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Novamente com
patrocínios, ela recebe salário como sargento do Exército. Para seu treinador, Gustavo Gomes, ela tem chances, inclusive, de conquistar medalha nos Jogos Olímpicos de 2016.
- Ela ficou um pouquinho para baixo com
essas lesões e com essa mudança de metodologia e de técnico, mas ela
está se adaptando e está com uma cabeça super boa, treinando muito bem.
Ela é uma das esperanças do Brasil não só de estar nas Olimpíadas, mas
de chegar a uma final e até de medalhar. Ela tem talento de sobra para
isso - concluiu.
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Portal Tele.Síntese (telesintese.com.br)
Marina Pita
CPqD irá desenvolver tecnologia de Rádio Definido por Software para área de defesa nacional
Entidade recentemente fechou alguns projetos nessa área, como o acordo para desenvolvimento de Rádio Definido por Software (RDS)
O CPqD inaugurou nesta quinta-feira
(15) um Núcleo de Desenvolvimento de Tecnologias de Defesa, que marca a
entrada definitiva do instituto de pesquisa e desenvolvimeno nesta
área, após uma sequência de iniciativas voltadas para essa área. O
Núcleo de Desenvolvimento de de Tecnologias de Defesa conta com 30
colaboradores do CPqD e mais 20 do Centro Tecnológico do Exército
(CTEx).
"Queremos dar uma contribuição grande
nessa área de defesa, com projeto de desenvolvimento de soluções de
segurança enorme. A partir deste ano, entramos como entidade relevante e
nossa expectativa é ampliar este núcleo a partir do sucesso das
iniciativas iniciais", afirmou Hélio Graciosa, presidente do CPqD.
A expectativa de Graciosa é compartilhada
por Everton Corrêa, da Gerência de Defesa e Segurança do CPqD, ainda
mais porque o governo está sensibilizado para a questão de segurança
nacional após a série de denúncias de espionagem pelo governo dos
Estados Unidos de cidadãos americanos ou não, com a conivência de
grandes empresas do setor de tecnologia e utilizando as redes de
telecomunicações. Entre as iniciativas em estudo pelo CPqD para a área
de defesa está o desenvolvimento de terminais de rádio.
Projeto em andamento
Desde janeiro, por exemplo, a
entidade vem trabalhando para desenvolvimento da tecnologia de Rádio
Definida por Software (RDS) em parceria com o CTEx. O projeto RDS, um
projeto do Ministério da Defesa, deve receber R$ 30 milhões em
investimento durante três anos e começar a entregar resultados em dois
anos.
"Uma vez desenvolvida, essa tecnologia
tem um enorme potencial de aplicação, que poderá ser recurso para a
indústria. No exército, por exemplo, é importante para o novo sistema de
vigilância de fronteiras. Hoje temos um piloto em execução na região do
Mato Grosso que vai exigir esse tipo de tecnologia", afirmou o general
Sinclair James Mayer, durante o evento de inaguração do núcleo, na sede
do CPqD, em Campinas.
O RDS permitirá, por exemplo, que
Exército, Marinha e Aeronáutica possam se comunicar diretamente, sem que
para isso tenham de recorrer aos meios de comunicação civis, o que
aumenta a segurança das conversas, facilita a logística das operações e
garante maior flexibilidade para estruturação do uso das frequências
para a área de defesa.
"A diferença básica dessa tecnologia é
que ela abstrai as funções de modelar as formas de onda, a remove do
hardware e leva para a camada do software", explica Fabrício Lira
Figueiredo, gerente de sistemas sem fio do CPqD. Segundo ele, ao
transferir para o software a modelagem das ondas, é possível definir
comportamentos que funcionem nas diversas frequências, atendendo as
necessidades, requisitos e especificidades distintos de cada uma das
forças e ainda assim unificar o sistema de comunicação da Marinha,
Exército e Aeronáutica quando for o caso.
Outro benefício do RDS almejado pelo
sistema de defesa brasileiro é a simplificação do processo de evolução
tecnológico. "Ao introduzir a inteligência no software, é possível
evoluir sem necessariamente mudar o hardware. Claro que os equipamentos
têm limitação, mas trabalha-se com uma outra lógica", detalha
Figueiredo. Ainda, com a introdução da transmissão de radiofrequência
digital, o país pode passar a trabalhar com modelos criptografados
bastante complexos.
O projeto do RDS está dividido em cinco
módulos distintos: forma de onda, segurança, ferramental (que vai servir
para desenvolver uma plataforma que permita aos engenheiros conceber
novas formas de onda e incoporá-las nessa ferramenta), conversão
analógica-digital e uma última voltada para padronização utilizando a
Software Communication Architecture (SCA).
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Aviation International News (ainonline.com)
Kirby J. Harrison and Richard Pedicini
Brazil’s
business aviation community convened for its 10th annual LABACE show in
São Paulo yesterday in the belief that their government is finally
paying attention to their crying need for access to the right
infrastructure. But in a keynote address here at Congonhas Airport,
Eduardo Marson, chairman of industry group ABAG, warned that the sector
is still under pressure from the threat of being squeezed by commercial
airline activity.
One of ABAG’s key allies, Brazilian civil
aviation minister Moreira Franco, was unable to be present as planned
for the LABACE 2013 opening ceremony due to last-minute political
commitments. But Marcelo Guraranys, president of national civil aviation
agency ANAC, was present and he claimed that the authorities do now
have a more positive view of business aviation. “For us, business
aviation is what propels aviation, and in the coming years we are
focusing our efforts at a change in paradigm,” he told AIN.
Marson outlined the threat posed to
business aviation by recent moves to usurp long-standing occupancy of
key airport locations by charter operators, maintenance providers and
other general aviation users. He was quick to praise Franco for standing
up for ABAG’s members in this regard, pointing to a recent victory in
overturning plans by airport agency Ifraero to open up occupancy of
hangar and ramp space to new bidders.
“He received us in his office with his
team and accepted a joint statement signed by ABAG and [air taxi
syndicate] SNETA suggesting that the use of airport space be [guaranteed
for business aviation users] for a 25-year period, renewable for 10
years if investment were required by the user and 10-plus-10 years if
not, with preference given to the current occupant,” explained Marson.
“To our great happiness, the next day Infraero’s plan to put the spaces
out to public bid was suspended.”
Despite the promise of new business
airports in Brazil, Marson insisted that business aviation must continue
to have assured access to the country’s main airports. “I’m happy that
these initiatives are receiving approval from the Secretariat of Civil
Aviation,” he said. “But the central airports are part of the aviation
system, and general aviation is part of the system, too, and needs
access to the central airports, just like it does in other countries.”
The ABAG leader also called on ANAC to
change its structure to be more responsive to the needs of general
aviation users. In particular, he called for a new system to allow
operators and other companies to track the status of formal requests
they have made to the agency.
The construction of privately operated
business aviation airports is a prominent topic at this year’s LABACE
show. The exhibition hall features an enormous model of the new Catarina
Executive Airport in nearby São Roque, which received federal approval
yesterday. The model is being displayed by developer JHSF, and several
São Roque local officials have come to the show to see business aviation
first-hand. The Aerovale Airport that is proposed to be built near São
Jose does Campos, home to Brazil’s business jet builder Embraer, also
is at LABACE in model form.
São Paulo state finance secretary Andrea
Calabi told the LABACE opening session that he is pressing hard for
clearance to announce a date to issue a privatization process for five
airports and he said authorities are eager to see more public/private
partnerships on airports. He indicated that aviation can expect to see a
significant uptick in infrastructure investment.
This year’s ABAG prize awarded for
“dedication, professionalism and actions advancing general aviation” was
given to Air Force Commandant Brigadier Juniti Saito yesterday. Marson
praised him for being a regular LABACE participant and for standing up
for aviation’s corner at government meetings.
Brigadier Saito proclaimed his
faith in general aviation and its importance to Brazil. He pointed out
that the country has more than 700 airports, of which only 150 are
served by commercial flights. “General aviation provides the system’s
access to hundreds of outlying areas,” he declared.
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