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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/08/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


 

Tentando separar o joio do trigo

John Kerry faz esforço diplomático para que espionagem não atrapalhe negócios dos Estados Unidos com Brasil

Edla Lula

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu ontem que o Brasil não misture as denúncias de espionagem, feitas pelo seu governo, com as agendas bilaterais. Como pano de fundo, entre os vários interesses comerciais dos dois países, está a delicada negociação para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, onde os Estados Unidos, através da Boeing, estariam ganhando a preferência da presidente Dilma Rousseff. Porém, depois do episódio da espionagem, a presidente teria revisto sua posição favorável ao negócio com os EUA — estimado em R$ 15 bilhões.
Em coletiva, após encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, Kerry ignorou o apelo do chanceler brasileiro para que cesse a investigação e afirmou que os EUA vão continuar monitorando conversas de cidadãos por todo o mundo.
Ao falar sobre a parceria estratégica que vem sendo traçada entre Brasil e Estados Unidos, Patriota foi incisivo ao afirmar que, caso as implicações do episódio não sejam resolvidos de maneira satisfatória, "corre-se o risco de se projetar uma sombra de desconfiança sobre o nosso trabalho". O ministro brasileiro lembrou que não só o Brasil, mas todos os países do Mercosul adotaram a postura de levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU. "É uma preocupação legítima com práticas que possam ser atentatórias à soberania dos estados e aos direitos dos indivíduos", afirmou Patriota. Parcerias, disse o ministro, têm que ser feitas de forma transparente "e quando há desconfiança do método adotado, não é mais possível manter a confiança".
"Eu devo ser muito claro, não posso discutir aqui as questões operacionais", disse, por sua vez, o secretário Kerry, ao afirmar que por causa dos atentados de 11 de setembro o Congresso dos EUA aprovou a criação de um programa, supervisionado pelo Judiciário, que permite aos Estados Unidos fazerem as investigações seguindo padrões legais. "Nosso serviço de inteligência protege nossa nação, assim como acontece com outros povos. Por isso, vamos continuar fazendo", afirmou.
Depois, o secretário pediu que se separe um tema do outro. "Peço ao povo brasileiro que se concentre nas realidades importantes entre os nossos países, que compartilham valores democráticos", disse, citando programas nas áreas de educação, meio ambiente, ciência e tecnologia e comércio exterior. "Vamos nos esforçar para que esse problema (espionagem) não interfira sobre todas essas coisas", apelou.
A Presidente Dilma Rousseff deve decidir ainda este ano entre a americana Boegin F-18E/F, a francesa Dassault a Rafale F3 e a sueca Saab Gripen NG. Segundo o Itamaraty o assunto não seria tratado na visita de Kerry, mas fontes do governo afirmam que a presidente, que estava fortemente propensa a optar pela Boeing, ficou com o pé atrás desde as denúncias de espionagem foram divulgadas e deve colocar o tema na reunião que terá com Barack Obama em outubro, nos Estados Unidos.
Ontem, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do ar Juniti Saito, disse, em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que a escolha da presidente Dilma terá como base não apenas questões técnicas, mas também geopolíticas. Saito se recusou a manifestar sua preferência, "já que primeiro é preciso ouvir a decisão da presidente".
O comandante informou que a decisão sairá "no curto prazo", o que deve acontecer até o fim deste ano, porque os atuais Mirage 2000 serão desativados até dezembro. "Tenho muita expectativa de que a presidente anuncie a decisão no curto prazo", disse, informando ainda que em constantes reuniões das quais participa, com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, "a presidente Dilma tem sinalizado diversas vezes que também está preocupada".
A compra dos caças vem se arrastando desde 2001, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu substituir os Mirage III BR. As negociações foram paralisadas em 2005, por razões econômicas, e retomadas em 2008. Em 2010, quando o governo Lula estava para se definir por comprar os Rafale da França, o negócio parou novamente.


LUTO - FAB chora a perda do herói Major-Brigadeiro Rui Moreira Lima

Aviador cumpriu 94 missões de combate na Segunda Guerra Mundial e foi autor do livro Senta a Pua

O homem se fez mito. O mito grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito-herói. O herói-homem. Em cada linha do rosto com suas impressões do tempo, cabiam mais de mil histórias. Mas, história não morre. Herói não morre. Mito não morre. Nele, havia mais. Havia o olhar brasileiro, daqueles guerreiros da Nação que são lembrados indefinidamente. Se é certo que será sempre momento de evocar a sua memória, é fato também que, neste dia 13 de agosto de 2013, a Força Aérea Brasileira chora, consternada, a perda do herói Major-Brigadeiro Rui Moreira Lima, aos 94 anos de idade, no Rio de Janeiro. Ele morreu às 3h30 no Hospital Central da Aeronáutica, onde estava internado havia dois meses. Herói da 2ª Guerra Mundial como piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, foi responsável por realizar 94 missões com a aeronave P-47 no front de combate.
O corpo do lendário oficial-general será velado a partir das 11h30 no auditório do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no Rio de Janeiro. O sepultamento está previsto para as 16 horas no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo. Era casado com Dona Julinha.
A dor do momento não sobrepuja a alegria da existência desse homem. Sempre tão lúcido, costumava desfilar sua memória impecável com detalhes sobre fatos ocorridos há seis décadas. O senso de observação diferenciado transformou feitos em histórias recontadas com minúcias.
Disfarçava não ser um protagonista. “Rui, que foi um dos mais destacados combatentes nos céus da Itália , fala de tudo e de todos, mas pouco dele mesmo, ou das 94 missões que executou sobre as tropas alemãs”, disse certa vez o patrono da aviação de caça do Brasil, Brigadeiro Nero Moura.
O Major-Brigadeiro Rui foi autor do livro Senta a Pua!, que inspirou também um documentário do mesmo nome. No livro e no filme fez ecoar a incrível trajetória dos militares brasileiros na campanha vitoriosa durante a batalha. Era preocupado em não deixar se apagar a epopéia que ele e seus colegas viveram. Sua obra transformou-se em leitura de referência e palavras que provocavam lágrimas e sorrisos por onde passava. Não ter sua presença física amanhã naquelas palestras que arrancavam aplausos empolgados deixa silêncio, mas não o vazio.
O luto da Força Aérea Brasileira tem um som mais alto. Agora, diferente de todos os outros momentos, cabe a honra de se prestar a tradicional saudação Adelphi dos caçadores ao Major-Brigadeiro Rui.
“-1,2,3...
- Palmas!
- Adelphi!”
É impossível não ouvir a melodia de “Carnaval em Veneza” e a voz do Brigadeiro Rui, vibrante com a história que ajudou a construir, trazendo os amigos consigo. Em entrevistas para veículos de comunicação da FAB, o herói lembrava características pessoais e profissionais dos seus colegas na guerra. “Viramos irmãos”, dizia.
Retratou todos os “irmãos” com seus brilhos singulares. Nunca fez questão de falar de si mesmo e denotava a alma modesta que guerreiros e heróis têm. Dizia-se inspirado pelo exemplo do pai. Palavras do desembargador Bento Moreira Lima, contidas em uma carta escrita em 1939, eram o seu “vade-mécum da vida militar”. Na carta está que “Obediência aos teus superiores, lealdade aos teus companheiros, dignidade no desempenho do que te for confiado...”. O filho seguiu o conselho. Virou guerreiro e herói. Foi além. O legado sobrevive forte e sempre tão lúcido.
94 missões na 2ª Guerra e uma volta para casa emocionante
Durante a 2ª Guerra Mundial, o então Tenente Rui Moreira Lima fez nada menos do que 94 missões, por isso considerado herói brasileiro no front. A primeira missão ocorreu no dia seis de novembro de 1944 e a última no dia 1º de maio de 1945. Sempre sob o fogo cerrado da artilharia alemã. “Em cada missão, eram mais de duas horas e meia no combate ao inimigo. Foi bastante difícil para todos”, comentava.
Cada dia na Itália foi registrado em uma caderneta que o Brigadeiro guardava em casa como uma verdadeira relíquia. Também na caderneta está o voo mais emocionante de sua vida, o de volta para o Brasil após a vitória no combate.
“Quando fui para a guerra, deixei minha mulher grávida. Ao pisar no chão brasileiro, fui direto ao encontro de minha mulher e minha filhinha que já havia nascido”, relembrou o Brigadeiro em entrevista à Aerovisão. No reencontro, e emoção e a maior recompensa que poderia imaginar, o sorriso da filha. Foi uma grande vitória do herói.
Desde 1939 - O maranhense da cidade de Colinas nasceu em junho de 1919. Aos 20 anos de idade, já era cadete da escola militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Ingressou na Força Aérea Brasileira assim que a instituição foi criada, em 1941. Costumava repetir que atuar no Correio Aéreo Nacional foi um grande aprendizado para os pilotos de caça que iriam participar da guerra. “No Brasil, aprendemos a voar em situações bastante adversas. Quando chegamos na guerra, os americanos ficaram impressionados conosco”.
O Brigadeiro Rui falava sempre com muita tristeza a respeito dos companheiros do Grupo de Caça que foram abatidos nas linhas inimigas. Considerava-os heróis e ficou obstinado por contar as histórias na guerra bastante difundidas no meio militar e pouco conhecidas por toda a sociedade. “Temos que gritar Senta a Pua!, cantar o Carnaval em Veneza, encenar a Ópera do Danilo. Essa é a nossa história”, bradava o herói. Histórias que ficaram muito mais conhecidas por causa do Brigadeiro-do-Ar Rui Moreira Lima. As canções entoadas, a partir de agora, também glorificarão o legado desse homem histórico.
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Itamaraty agiliza processo para readequar salários de diplomatas no exterior à determinação do TCU

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que agiliza o processo para a readequação dos salários de alguns diplomatas à ordem do Tribunal de Contas da União (TCU) de modo que todos, inclusive os que estão no exterior, recebam, no máximo, o teto do funcionalismo público, que é R$ 28.059,28. Segundo o Itamaraty, há 14 embaixadores que recebem acima da quantia definida pelo TCU.
Porém, a medida causa algumas dificuldades no Itamaraty, como o desejo de diplomatas de servir em países cujo custo de vida é elevado e a alegação de que é necessário receber compensações salariais. Internamente, a ordem do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, é corrigir eventuais distorções e erros.
Nas conversas com assessores, Patriota costuma dizer que não se pode deixar uma carreira de Estado, como é a de diplomata, refém de situações que esbarram em suspeitas de irregularidades. Na linguagem diplomática, o chanceler deu uma instrução clara: corrigir erros.
A determinação do TCU para limitar os salários foi dada no último dia 7. Os ministros decidiram que a base de cálculo deve ser o salário base, a gratificação por tempo de serviço no exterior e o chamado fator de correção cambial, que corrige diferenças cambiais com base no custo de vida em cada país.
A única exceção na base de cálculo é a indenização de representação no exterior (Irex), que ficou fora, porque na interpretação do TCU é indenizatória e não remuneratória. A correção cambial da Irex está suspensa por 120 dias. O tribunal deu prazo de quatro meses.


Governo deve comprar caças este ano

A novela da compra dos caças, que já dura 18 anos, e atravessa os governos de três presidentes diferentes, deve ser concluída ainda este ano. Ao menos é isso o que espera o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), ele afirmou que a compra ainda não aconteceu por “questões orçamentárias”.

“A presidente já sinalizou, mais de uma vez, e disse que tomará a decisão no curto prazo. Ela também está preocupada. É preciso ter Forças Armadas bem equipadas”, disse Saito. “Não acredito que o governo prevarica com essa extensão do prazo. O Brasil é um país em desenvolvimento e precisa de recurso para saúde, para educação. É uma questão de prioridades”, afirmou o comandante da Aeronáutica. Mas por conta da dificuldade do governo em bater o martelo sobre o programa FX-2, de reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB), a Aeronáutica já vislumbra a possibilidade de deslocar os caças táticos F-5 para substituir a frota de 12 caças de interceptação Mirage 2000, que será desativada em 31 de dezembro.
A estratégia tampão para substituir os Mirage deverá durar até que seja definida a compra dos 36 caças do programa FX-2. Mas, mesmo que a decisão seja, de fato, tomada até o fim deste ano, ainda levará entre oito e 12 meses até que o contrato seja assinado. E a primeira aeronave só será entregue ao Brasil entre quatro e cinco anos depois da assinatura. Estão no páreo o Super Hornet F-18, da americana Boeing, o sueco Gripen NG, da Saab, e o francês Rafale, da Dassault. Por conta de um contrato de confidencialidade com as três concorrentes, o governo brasileiro não pode revelar qual das empresas tem a maior chance de vencer a disputa. A discussão sobre a compra dos caças começou em 1996, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Desde então, o processo já gerou 28 mil páginas de documentos e consumiu 26 mil horas de trabalho.
Foguetes vetados em Formosa

Treinamentos de tiros em campo militar da cidade goiana foram suspensos depois que o avião presidencial teria sido obrigado a desviar a rota. Agora, serão no Campo de Provas da Marambaia, no Rio de Janeiro

RENATO ALVES

O lançamento de foguetes no Campo de Instrução de Formosa, a cerca 100km de Brasília, está proibido há 10 meses. A medida cancelou o exercício anual com a artilharia antiaérea, que começaria segunda-feira passada e iria até sexta-feira. Oficialmente, a assessoria de comunicação social do Exército informou ao Correio que o treinamento foi transferido para 19 a 27 de outubro, no Campo de Provas da Marambaia, no Rio de Janeiro. "A mudança ocorreu tendo em vista a dificuldade da interdição do espaço aéreo na área (em Formosa)", apontou a nota enviada à reportagem.
Nos bastidores militares, entretanto, a ordem para suspender o lançamento dos foguetes partiu do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e travou, pelo menos por ora, um projeto de R$ 1,2 bilhão, que deverá criar 6,6 mil empregos diretos e indiretos em Goiás e São Paulo, onde serão construídos os armamentos. Em nota, a Presidência disse não ter informações sobre o tema.
Os militares ouvidos pelo Correio disseram que a medida foi tomada em outubro do ano passado, após o avião presidencial que transportava Dilma Rousseff ser obrigado a desviar a rota. Naquele momento, o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha realizava exercício com artilharia de campanha, incluindo sistemas de mísseis terra-ar, em Formosa. Treinamento previamente programado e alertado ao controle de voo do aeroporto de Brasília.
Desde então, militares não disparam um tiro real de artilharia naquela região. Com a continuidade da proibição, cancelaram o exercício de tiro da artilharia antiaérea programado para esta semana. Chamado de Escola de Fogo, ele é realizado anualmente pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, na cidade goiana, e participam também empresas brasileiras e estrangeiras para apresentar seus materiais.
Unidade poderosa
Com quase 1,2 mil km², o Campo de Instrução de Formosa é a maior e melhor área para exercícios de tiro de artilharia e foguetes do Exército Brasileiro. Inclusive foi aquartelada lá, para possibilitar a realização de seu treinamento de tiro, a mais poderosa unidade de artilharia de foguetes do Exército e da América do Sul, o 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de foguetes (GLMF), equipada com o Sistema Astros II, fabricado pela empresa brasileira Avibras.
A própria Presidência da República aprovou o Projeto Astros 2020, desenvolvido pela Avibras. Ele prevê a instalação de mais um grupo de mísseis e foguetes em Formosa, com a criação de um grande complexo de artilharia e foguetes, batizado de Forte Santa Bárbara, contando com as condições do campo para realizar seus treinamentos.
Por ora, os militares não sabem quando voltarão a atuar em Formosa. Com a transferência para o Campo de Marambaia, porém, aumentam os riscos ao tráfego aéreo. Lá circulam aeronaves para os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, além de helicópteros para as operações off-shore.
Rui Moreira Lima, 94, major-brigadeiro do ar

O major-brigadeiro do ar Rui Moreira Lima, 94 anos, veterano da Segunda Guerra Mundial, morreu na madrugada de ontem, em decorrência de uma parada cardíaca sofrida às 4h30. Ele estava internado havia 47 dias na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Central da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, por causa de um acidente vascular cerebral. O corpo do aviador foi velado no Instituto Histórico da Aeronáutica e enterrado no Cemitério São João Batista.
Herói da Segunda Guerra Mundial, na qual cumpriu 94 missões como piloto de combate da esquadrilha verde no 1° Grupo de Aviação de Caça (GAvCa), Rui Moreira Lima foi autor do livro Senta a pua, sobre a participação dos aviadores brasileiros no conflito. Ele também se destacou na luta pelo restabelecimento da democracia e foi perseguido pelo regime. Lima fundou a Associação Democrática e Nacionalista dos Militares (Adnam), entidade formada logo após o golpe de 1964, que reunia integrantes das Forças Armadas nacionalistas e de esquerda.
Em outubro do ano passado, o oficial prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), e sua história motivou a criação do grupo de trabalho dedicado a militares perseguidos. Na abertura da sessão de ontem do grupo, o consultor Paulo Ribeiro da Cunha lamentou a morte, e disse que o militar era uma pessoa extraordinária, que inspira o processo de luta pela verdade. “Hoje (ontem), nossos trabalhos serão permeados pela emoção dessa perda.”
“Artilharia alemã”
Nascido em 12 de junho de 1919, em Colinas, no Maranhão, aos 20 anos já era cadete da escola militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Ingressou na Força Aérea Brasileira (FAB) assim que a instituição foi criada, em 1941. O major-brigadeiro atuou em missões na Itália durante a 2ª Guerra Mundial. “A primeira missão ocorreu no dia seis de novembro de 1944 e a última no dia 1º de maio de 1945. Sempre sob o fogo cerrado da artilharia alemã”, relatou a FAB, em homenagem publicada ontem no site da corporação.
Na volta ao Brasil, chegou a ser comandante da Base Aérea de Santa Cruz (RJ), mas foi perseguido pelos militares a partir de 1964, por ter se negado a apoiar o golpe.Chegou a ser preso três vezes. Na última, seu filho, Pedro Luiz Moreira, foi detido como forma de chegar a ele. Na segunda-feira, Pedro prestou depoimento na CNV e na Comissão Estadual da Verdade fluminense, contando que a perseguição ao pai se estendeu a toda a família.
A FAB divulgou nota de pesar ontem. No documento, a corporação destaca o major-brigadeiro como “mito grandioso, magnânimo, extraordinário”. “Em cada linha do rosto com suas impressões do tempo, cabiam mais de mil histórias. Mas história não morre. Herói não morre. Mito não morre. Nele, havia mais. Havia o olhar brasileiro, daqueles guerreiros da Nação que são lembrados indefinidamente”, relatou o texto. Em homenagem, a FAB publicou, no site da Força, um vídeo com imagens da carreira de Lima.


Frota aérea

Caças F-5 serão usados enquanto governo não escolhe novo modelo

DE BRASÍLIA - O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ontem que caças F-5 americanos serão modernizados para substituir até o fim do ano a frota de Mirage-2000, de origem francesa. Segundo Saito, a Aeronáutica conseguiu estender a vida útil dos Mirage até o fim do ano, enquanto o governo não escolhe seu novo caça -- entre o Boeing F-18 (norte-americano), o Dassault Rafale (francês) e o Gripen NG (sueco). A compra pode ficar de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões.
"Com a desativação dos Mirage em dezembro deste ano, vamos trazer um F-5 modernizado. Não é o ideal, é o melhor possível", afirmou Saito em audiência no Senado.
O F-5 é um caça tático idealizado para combate aéreo. O Mirage tem funções de caça e de interceptador, papel ao qual o F-5 terá de ser adaptado. O Brasil tem mais de 46 aeronaves F-5 -- boa parte em vias de aposentadoria -- e 12 Mirage. Não se sabe quantos F-5 serão modernizados.
Decisão dos caças deve sair até o fim do ano, diz comandante da Aeronáutica

FILIPE COUTINHO

O comandante da Aeronáutica Juniti Saito disse nesta terça-feira (13) em audiência no Senado que a presidente Dilma Rousseff decidirá no "curto prazo" sobre a compra de 36 caças ao custo estimado de R$ 15 bilhões.
A decisão está parada na presidência desde 2010, quando a Aeronáutica concluiu os estudos técnicos e deu parecer sobre qual seria a melhor compra entre os americanos da Boeing, os suecos da Saab e os franceses da Rafale. Saito disse que o "curto prazo"seria até o fim do ano. Ele sinalizou, contudo, que isso não deve ocorrer antes de setembro, quando os concorrentes devem renovar a proposta.
Segundo Saito, desde 2010 as três empresas fizeram novas propostas com melhorias, "principalmente a Boeing".
"O nosso ministro tem dado esforços e a presidente já sinalizou mais de uma vez e já disse que vai tomar a decisão no curto prazo. Ela também está preocupada. É preciso ter Forças Armadas bem equipadas e, por que não dizer, bem remuneradas", disse Saito.
Segundo o general, a compra ainda não foi acertada em razão de questões orçamentárias. "O governo não está prevaricando na extensão da decisão. O Brasil é um país em desenvolvimento precisa de recurso párea educação e saúde, é questão orçamentária, de prioridade", afirmou.
Saito explicou aos senadores que uma das preocupações é garantir a transferência tecnológica para a fabricação de novos caças. "Tem ofertante que diz que vai abrir toda a caixa preta, tem ofertante que diz que vai abrir parcialmente. O foco principal não é só comprar um avião, é desenvolver junto com o parceiro uma tecnologia avançada. A gente consegue fazendo junto, é assim que a gente aprende", disse.
O comandante, contudo, não falou qual foi a preferência da Aeronáutica e disse que a presidente poderá uma decisão não só técnica, mas também "geopolítica". "Antes do anúncio pela autoridade competente, não podemos divulgar a preferência da Força Aérea. Com certeza a presidente vai levar em consideração o parecer técnico e também o ponto de vista geopolítico", disse.
Juniti Saito disse que, quando a decisão for tomada, ainda levarão entre 8 e 12 meses para a assinatura do contrato. Ele disse ainda que o primeiro avião seria recebido em quatro ou seis anos e que uma das empresas aceitou receber pagamento somente após a entrega. "Temos condições de assimilar dentro do nosso orçamento", afirmou.

Defesa: Escolha dos novos caças será feita a 'curto prazo'

A presidente Dilma Rousseff vai anunciar a escolha do novo caça de múltiplo emprego da FAB "em curto prazo", segundo o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica. O oficial falou ontem na audiência pública da Comissão de Defesa do Senado, presidida pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). A decisão acumula 17 anos de atraso. Em 31 dezembro os 12 caças Mirage 2000 da Força serão desativados.


Empresa gaúcha fatura R$ 1 milhão por ano com fabricação de drones

Resultado só não melhor por causa das restrições da Anac, diz empresário. Uso em propriedades rurais e de mapeamento industrial são o foco do setor.

Daniel Bittencourt - Do G1 RS

O que era apenas um hobby para o engenheiro mecânico Ulf Bogdawa, de 51 anos, virou um negócio inovador e com um faturamento anual de pouco mais de R$ 1 milhão. Sua paixão pelo aeromodelismo fez surgir a SkyDrones, empresa dedicada ao desenvolvimento, fabricação, comercialização e prestação de serviços técnicos de microvants, mais conhecidos como drones. Localizada em Porto Alegre, a empresa de base tecnológica foi criada dentro da incubadora Tecnosinos, da Unisinos, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
No início, em 2009, a empresa era focada na construção e programação de drones. A partir de 2012, ampliou o leque de atuação e começou a prestar treinamento para pessoas que queiram operar as máquinas. Atualmente, é referência no país e trabalha em conjunto com empresas de tecnologia de fora do Brasil.
“Ficamos um ano pesquisando. Eu e meu sócio Carlos Henning somos empreendedores natos. Pelo convívio com o mercado interno e externo, temos essa facilidade. E a ideia surgiu naturalmente”, explica ao G1 Bogdawa.
A empresa que começou pequena já cresceu, mas não como os sócios vislumbravam. A utilização civil e comercial dos vants ainda é proibida pela Agencia Nacional de Aviação (Anac), o que dificulta a vida dos empresários e de todo o segmento. Para Bogdawa, a indefinição da Anac trava o setor. “Nosso faturamento não é mais alto por causa das restrições. É por isso que fizemos uma proposta em janeiro deste ano para que em 2014 a gente possa ter alguma luz no fim do túnel. Há uma demanda grande no agronegócio e no mapeamento geológico. A Anac tem entendido estes problemas e estamos em tratativas”, afirma.
Em nota, a assessoria de comunicação da Anac afirma que a tendência é que o desenvolvimento de tecnologias e técnicas venha a fornecer comprovações que permitam efetiva utilização dos drones. Mesmo não existindo restrição à compra de um drone por um cidadão, instituição ou empresa, sua operação depende de autorização específica da Anac.
O certificado de autorização de voo experimental (Cave) só é concedido após comprovações por parte do interessado, com o objetivo de zelar pela segurança na aviação. A licença, no entanto, permite apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas, ou seja, não permite operações com fins lucrativos nem operações em áreas urbanas.
Para o uso comercial de drones, a Anac libera autorizações dependendo de cada caso, desde que o requerimento destaque as características da operação pretendida e do projeto do drone. Ainda em nota, a Anac afirma que até o fim de 2013 será desenvolvida uma proposta de regulamentação para operações não experimentais de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas civis em áreas segregadas. Será feita uma audiência pública ainda sem data marcada para discutir o caso.
Agronegócio e empresas de energia são o foco do setor

Enquanto aguarda a regulamentação, o setor busca formas alternativas para se manter. No caso da SkyDrones, os equipamentos desenvolvidos são basicamente para fotografia industrial e uso em forças públicas, como a polícia e o Exército. Estes equipamentos são multirotores quadricópteros e hexacópteros que pesam entre 300g a 4kg. São usados para captar imagens de pontos de interesse local como em passeatas ou para levantar informações topográficas.
“Sobrevivemos basicamente de projetos feitos em parceria com universidades e instituições de ensino. O mercado hoje praticamente não existe. Já participamos junto à Defesa Civil em alagamentos e em parques públicos para identificar focos de incêndio e para monitorar atos de vandalismo em reservas. Também já atuamos em testes de monitoramento dentro de estádios e em vistorias de navios atracados em portos”, explica Bogdawa.
Mas a expectativa para o futuro é de crescimento. A atuação em inspeções industriais e no agronegócio continuam sendo o foco. O último projeto, que está em fase final do desenvolvimento, é um vant agrícola chamado Zangão, que capta imagens de plantações ou construções. As imagens são transformadas em mapas georreferenciados, que podem ser usados para ajudar na admistração da lavoura, para saber onde pode ser feita a colheita ou onde é necessário o uso de pesticidas, por exemplo.
“Para alavancar o negócio, sempre buscamos investimentos, mas é preciso que as pessoas enxerguem o mercado de maneira positiva", explica.
A SkyDrones têm alianças com empresas da Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Suécia e China para fornecer tecnologia aviônica e componentes para produzir e comercializar sua atual e futura linha de produtos.
Morre herói da FAB que foi piloto de caça na 2ª Guerra Mundial

Brigadeiro Rui Moreira Lima cumpriu 94 missões de combate na Itália. Ele integrou grupo de pilotos do Brasil que tinha como lema 'Senta a Pua!'.

Do G1, em São Paulo

Morreu no Hospital Central da Aeronáutica, na manhã desta terça-feira (13), o major-brigadeiro Rui Moreira Lima, de 94 anos, considerado o herói da Força Aérea Brasileira na 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Ele cumpriu 94 missões como piloto de caça nos fronts de combate na Itália.
O brigadeiro estava internado havia dois meses no hospital e será velado a partir das 11h30 no auditório do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, no Rio. O enterro será às 16h no Cemitério São João Batista, em Botafogo, informou a FAB.
Moreira Lima, que era natural de Colinas (MA), ficou conhecido após ir para a guerra na Itália em 1944, quando era tenente da Aeronáutica. A primeira missão ocorreu em 6 de novembro daquele ano, quando teve que desviar de tiros da artilha alemã pilotando sempre um P-47 do Brasil.
Ele integrou o Grupo de Caça que tinha como lema “Senta a Pua!” e relembrava com tristeza a morte de outros colegas na guerra. “Em cada missão, eram mais de duas horas e meia no combate ao inimigo. Foi bastante difícil para todos”, relatou ele sobre a experiência, segundo a FAB.
O embarque ocorreu quando a mulher do oficial estava grávida e, ao retornar ao Brasil após a última missão, que foi realizada em 1º de maio de 1945, foi direto conhecer a filha.
O oficial ingressou na FAB aos 20 anos de idade e atuou também no Correio Aéreo Nacional, o que considerou um aprendizado para a guerra. “No Brasil, aprendemos a voar em situações bastante adversas. Quando chegamos na guerra, os americanos ficaram impressionados conosco”. 
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FAB substituirá caças mais potentes por modelo inferior, diz comandante

Mirage 2000 será aposentado 2 anos após fim do prazo; F-5 será provisório. Substituição ocorre devido à indefinição sobre novas aquisições para FAB.

Felipe Néri - Do G1, em Brasília

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, afirmou nesta terça-feira (13) em audiência pública no Senado que o governo brasileiro irá substituir as aeronaves Mirage 2000, as mais potentes das Forças Armadas, pelo modelo F-5, de menor potência, a partir do próximo ano.
Os 12 caças Mirage 2000 que pertencem ao Brasil serão aposentados em 31 de dezembro de 2013. Os jatos, que ficam na base aeronáutica de Anápolis (GO), são responsáveis, principalmente, pela defesa do espaço aéreo da capital federal. O modelo F-5, mais antigo, já pertence à FAB e hoje tem como base Canoas (RS), Santa Cruz (RJ) e Manaus (AM).
Com a desativação do Mirage nesse ano, vamos trazer para cá os F-5 modernizados - com míssil compatível com a defesa aérea - e fazer a defesa área da melhor maneira possível. [...] Claro que não é o ideal, mas vamos fazer da melhor forma possível”, disse o comandante da FAB.
A medida tomada para substituir os Mirage estava indefinida, motivo pelo qual o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, decidiu convocar audiência pública para esclarecer o tema. Os Mirage foram comprados em 2006 e a validade inicial prevista era de cinco anos.
Desde o ano passado, apenas metade dos Mirage estava em operação. Com o fim do prazo de validade, em 2012 seis dos caças passaram a servir apenas de suprimento para os modelos que estavam funcionando, sendo usados por exemplo quando havia necessidade de substituição de peças.
O Mirage 2000 é o mesmo que em julho de 2012 quebrou vidraças do Supremo Tribunal Federal durante voo rasante na cerimônia de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo a Força Aérea, o Mirage F2000 pode atingir 2,2 vezes a velocidade do som, que é de mais de 330 metros por segundo.
Substituição provisória

A substituição provisória dos Mirage permanecerá pelo menos até que haja uma definição da compra de 36 aeronaves pela FAB com o intuito de modernizar a Aeronáutica. A compra é parte do programa FX-2, reequipamento e modernização da FAB. Apesar de ter sido lançado em 2008, o programa ainda não saiu do papel e não há um prazo determinado para as novas aquisições.
Juniti Saito negou que o governo federal esteja deixando de cumprir com a sua tarefa no projeto. “Não acredito que governo esteja prevaricando quando há extensão do prazo [das aquisições]. O Brasil é um país em desenvolvimento e precisa aplicação de recursos em educação, por exemplo. É questão orçamentária, de prioridade”, disse o comandante.
O Brasil analisa três diferentes propostas para a compra dos novos caças. A norte-americana Boeing é uma das fábricas concorrentes que quer vender caças para o programa brasileiro FX-2. As outras empresas que estão na disputa são a francesa Dassault e a sueca SAAB.

Sem novo avião, FAB 'canibaliza' 6 caças para manter voos em 2013

FAB anuncia aposentadoria do Mirage, obsoleto e com mísseis vencidos. Menos potente, F-5 é o 'tampão'; Brasil fica vulnerável, dizem especialistas.

Tahiane Stochero - Do G1, em São Paulo

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A falta de recursos e a indefinição do governo federal sobre o novo caça brasileiro obrigaram a Aeronáutica a parar de operar e a “canibalizar” (termo que os militares usam para a retirada de partes de uma aeronave) seis dos 12 Mirage 2000-C que possui, os mais potentes e velozes do Brasil, para manter em operação em 2013 a outra metade da frota.
 Os Mirage, comprados em uma estratégia “tampão” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva já usados da França, em 2005, serão aposentados oficialmente em 31 de dezembro, dois anos após o previsto, anunciou o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, em audiência no Senado nesta terça-feira (13).
Os aviões estão sucateados e sem armamento, pois os mísseis "já estão vencidos ou vencerão até o fim do ano", disse Saito.
 A decisão preliminar da FAB é de substituir provisoriamente os Mirage, que ficam na base aérea de Anápolis (GO), por outras 6 unidades F-5, que possuem velocidade e alcance inferior e menor potencial de reação em caso de interceptação de invasores.
 "Os Mirage foram comprados em 2005 para voar, cada aeronave, mil horas de voo. Esta meta foi atingida em 2011 e fizemos um esforço muito grande para mantê-los voando até 2013. É uma plataforma até que não temos mais armas. Elas estão vencidas ou vão vencer agora no fim do ano", disse o brigadeiro Saito no Senado.
"Não precisamos de um avião para fazer sobrevoo em desfile. Precisamos de avião para defesa", acrescentou o oficial. Foi um Mirage que, em um rasante, destruiu os vidros da fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) em julho.
Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que ao menos quatro fatores que ficam prejudicados pela indefinição: 1) a proteção dos recursos naturais, principalmente da Amazônia e do pré-sal; 2) a busca por projeção internacional e por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU; 3) dissuasão de tentativas de invasão ao território brasileiro e de contrabando e tráfico e armas com aeronaves; e 4) desprestígio internacional e fragilidade de defesa para a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, de 2016. (leia mais abaixo)
“Com o término de operações do Mirage, haverá uma redução na capacidade de proteção do país. O Mirage é bissônico (voa duas vezes a velocidade do som, que é de 1.200 km/h), enxerga e intercepta um alvo a uma distância muito maior que os F-5”, afirma o brigadeiro da reserva Teomar Quírico, que tem mais de 2 mil horas de voo e comandou esquadrões de caça da FAB.
A estratégia de deslocamento dos F-5, considerada como um novo “tapa buraco”, preocupa os pilotos do 1º Grupo de Defesa Aérea, que pilotam os Mirage em Anápolis e que são responsáveis por proteger o Planalto. Eles temem até o fechando da unidade, colocando em risco o espaço aéreo brasileiro - a FAB tem a missão de defender 22 milhões de km² – área superior à da América Latina.
Oficiais afirmam ainda que os Mirage não poderão nem ser revendidos ou aproveitados. “Devem virar peça de museu ou serem expostos em uma praça”, brinca um piloto. Além disso, os próprios F-5 já passaram por um processo de modernização e deverão começar a deixar de operar a partir de 2017.
“Infelizmente, esta é mais decisão tampão e lenga lenga continua”, acrescenta o brigadeiro Quírico, que é instrutor de combate aéreo e participou da criação do primeiro projeto para substituir o caça brasileiro, em 1998, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso. “Estava tudo pronto para o FHC assinar o projeto FX em 2001, quando foi adiado, passado para o Lula, e a história se prolonga até hoje”, explica.
Projeto está em R$ 11,3 bilhões

Apesar do ministro da Defesa, Celso Amorim, ter dito em várias ocasiões que seria divulgado ainda em 2013 o substituto do Mirage no projeto FX-2, um corte de R$ 4 bilhões em investimentos na área, anunciado pelo governo em julho, deve adiar novamente uma definição.
O que nos preocupa não é só a falta de um novo modelo, pois no cenário externo, nossos vizinhos, como Colômbia, Chile e Venezuela, estão muito melhor equipados. Mas principalmente porque são 12 caças a medos. Nossa supremacia aérea, que impede que ninguém queira invadir o país, fica questionável, afirma um oficial da FAB.
Os F-5 foram comprados pelo Brasil em sucessivos lotes desde 1974. 46 deles já passaram por um processo de modernização na Embraer desde 2000, ao custo de R$ 650 milhões. Contudo, casos dda queda canopy (peça que cobre a cabine) em pleno ar, após decolagens realizadas na base aérea de Canoas deixaram os pilotos preocupados e expuseram a fragilidade das infraestruturas do modelo. Oficiais ouvidos pelo G1 afirmaram, contudo, que se tratou de um caso pontual de erro na fixação, que já foi solucionado. Oficialmente, a FAB não se pronunciou.
 Desde 2011, outros 11 F-5, comprados usados da Jordânia, passam por um processo de modernização, que os garantirá em funcionamento por mais 15 anos. Os modelos que serão levados para Anápolis serão retirados de Canoas (RS), Rio de Janeiro e Manaus (AM).
Os caças Mirage, apesar de serem de alta tecnologia e terem sido usados nas guerras do Golfo e Afeganistão, já estão defasados e os modelos brasileiros são de projetos antigos. Isso demonstra a situação de obsolescência do Brasil em relação aos parceiros regionais, como a Venezuela, que comprou recentemente caças russos, afirma Manuel Nabais da Furriela, mestre em direito internacional e coordenador do curso de relações internacionais das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). 
“A indefinição de um novo caça coloca o Brasil em desprestígio no cenário internacional. Ainda bem que não temos inimigos, somos uma potência ‘soft’. Mas o que preocupa é a possibilidade de, no futuro, outros países questionarem nossa soberania sobre o pré-sal ou a biodiversidade amazônica. Se não tivermos condições de proteger estes recursos, pode haver debate sobre o direito jurídico de exploração”, diz o professor Furriela.
O Brasil não está preparado para se defender. Os F-5 não são operativos em termos de combate aéreo para fazer frente a países como Bolívia, Peru e Paraguai. Internacionalmente, estamos mostrando fracasso. Quem não tem capacidade de defender a si próprio não pode participar do Conselho de Segurança da ONU, acredita diretor do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais, Marcelo Suano.

Com o término de operações do Mirage, haverá uma redução na capacidade de proteção do país. O Mirage é bissônico, enxerga e intercepta um alvo a uma distância muito maior que os F-5"Teomar Quírico,
Brigadeiro da reserva. A FAB faz interceptações diárias de socorro de aviões com suspeita de pane e também de aviões que podem estar trazendo drogas e armas. Um caça é o diferencial nestas situações”, afirma o brigadeiro Quírico.
Na década de 80, durante a Guerra das Malvinas e ainda no regime militar, aviões ingleses e cubanos foram interceptados por caças brasileiros e obrigados a pousar, por estarem circulando sobre os céus do país sem autorização.
Concorrentes mantêm esperança

As empresas concorrentes ainda acreditam, porém, em uma definição do FX-2. Havia especulações de que, durante a visita que fará aos EUA em outubro, a presidente Dilma anunciasse a Boeing como a vencedora. Donna Hrinak, presidente da companhia no Brasil negou. Você já viu algum presidente fazer um anúncio importante para a defesa do seu próprio país no exterior? Não fomos informados de nada oficialmente. Mas temos certeza que a nossa proposta será a vencedora, afirma ela.
Já a Saab acha que tem mais chances de levar a concorrência por oferecer o diferencial do Gripen ser produzido em parceria com técnicos brasileiros. Propusemos o financiamento de 100% do valor do contrato. O primeiro pagamento do Brasil só seria 6 meses após a entrega do último avião. O F-18 tem que ser pago à vista, afirma Bengt Janer, diretor da companhia sueca.
Em 2009, o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, em visita ao Brasil, disse que o modelo da Dassault seria adquirido após Lula demonstrar preferência pelo caça francês. Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil, ainda aguarda a decisão. Infelizmente para nossos concorrentes, o Rafale se mostrou um excelente caça múltiplo, de ataque e defesa e mudando de missão ainda durante o voo comprovando sua eficácia nos conflitos no Mali e na Líbia, afirma ele.
Correndo por fora da licitação oficial, a Rússia ofereceu ao Ministério da Defesa 24 caças Su-35, com transferência de tecnologia. O governo brasileiro tem estreitado laços com o russo no setor: em fevereiro, foi assinado uma intenção de compra de uma bateria antiaérea de médio alcance, necessária para a Copa do Mundo. Já a FAB recebeu em maio o penúltimo lote de 12 helicópteros russos de ataque AH-2 Sabre, que serão usados para interceptação de aeronaves a baixa altura sobre a Amazônia.
 O polêmico projeto para aquisição de um caça supersônico para defender as fronteiras está estimado em mais US$ 5 bilhões (R$ 11,3 bilhões) e teve como finalistas os modelos Rafale, da francesa Dessault, o F-18, da norte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.
Em épocas diferentes, as três concorrentes foram as preferidas Especialistas acreditam até que, até o final de 2014, possa ser feito um novo projeto: “o F-X3 da Dilma”.

Comandante diz que caças chegarão em até seis anos e avisa: Aeronáutica “faz o possível” para vigiar País

Audiência pública discutiu aquisição de 36 aeronaves e transferência de tecnologia para a FAB

Em meio ao atraso na compra dos caças pelo governo brasileiro para a FAB (Força Aérea Brasileira), o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse nesta terça-feira (13), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, que as aeronaves chegarão entre quatro e seis anos após a compra e avisou que a entidade “faz o possível” para fazer a vigilância do território brasileiro.
Saito informou que a Aeronáutica busca a compra de caças modernos desde 1995. Ele afirmou que os adiamentos no processo têm mais a ver com a questão orçamentária e negou que a Aeronáutica faça pressão sobre o governo.
— Quem controla o espaço e faz defesa aérea dá proteção ao País.
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O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), manifestou preocupação com o que chamou de “fragilidade do espaço aéreo” brasileiro.
— Essa situação coloca o país em um iminente apagão aéreo.
O projeto FX-2, explicou o senador, começou em 2008 e consiste na aquisição de 36 aeronaves de caça “de múltiplo emprego”, incluindo itens como os simuladores de voo correspondentes, a logística inicial e a transferência de tecnologia “necessária para a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro no desenvolvimento de um caça de quinta geração”.
Saito ainda informou que os Mirage 2000, que serão retirados de uso no fim do ano, deveriam ter sido desativados já em 2011, por conta das horas de voo, e informou que a Aeronáutica vai receber caças F-5 modernizados. Apesar disso, Saito foi categórico ao dizer que a situação não é a ideal.
Apesar disso, o comandante da Aeronáutica afirmou que o País possui equipamentos compatíveis para fazer face às necessidades da defesa nacional. Ele ressaltou, porém, que o projeto FX-2, que vai comprar as 36 aeronaves, complementaria a segurança do País.
Saito lembrou que o monitoramento de defesa do Brasil chega a 22 milhões de metros quadrados, considerando as regiões de tratado internacional.
Sobre os modelos selecionados, Saito acrescentou que a Presidência da República já tem as informações sobre as preferências da Aeronáutica e já estaria em condições de tomar uma decisão sobre a compra dos caças. Segundo Saito, Dilma Rousseff tomará a decisão “em curto prazo”.
Ainda de acordo com Juniti Saito, o relatório sobre a compra dos aviões foi entregue ao Ministério da Defesa no início de 2010. O comandante admitiu que a análise da Aeronáutica é mais técnica, enquanto a do governo é mais política. Ele negou, porém, que exista conflito com o Ministério da Defesa.
 

Secretário-geral da ONU diz que drones devem estar sujeitos à lei

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou nesta terça-feira em um ato durante seu primeiro dia de visita oficial ao Paquistão que as ações dos polêmicos aviões não tripulados, os drones, devem respeitar a legislação internacional.
"Os drones armados devem estar sujeitos ao direito internacional, e especialmente aos direitos humanos", afirmou Ban em seu discurso, que insistiu que essa é uma posição "muito clara" das Nações Unidas sobre o uso militar de aviões não tripulados.
Ban fez essas afirmações sobre um dos temas mais sensíveis na agenda do país asiático durante um ato em uma universidade local no qual estava presente o chefe do Exército paquistanês, Ashfaq Pervez Kiyani. Na chegada a Islamabad na última madrugada, Ban fez afirmações parecidas que foram divulgadas pela agência estatal de notícias do país asiático, APP.
O Paquistão vem buscando apoio internacional há alguns anos para suas queixas públicas sobre a ação de drones americanos em seu território, mesmo após a divulgação da informação de que esse programa começou com o consentimento das autoridades paquistanesas.
No passado, os responsáveis da ONU quase não demonstraram oposição às operações dos drones dos EUA contra supostos terroristas em países como o Iêmen e o Paquistão, que não têm respaldo judicial e causam a morte de civis. "É preciso fazer todos os esforços possíveis para evitar a morte de civis" na ação dos drones, afirmou hoje Ban, em um momento de seu discurso que foi muito aplaudido pelas autoridades locais presentes, entre elas muitos militares.
No entanto, Ban alertou os vários representantes da hierarquia militar que "os orçamentos nacionais devem refletir as prioridades das pessoas, como a educação e os direitos humanos". O secretário-geral fez seu discurso diante de muitos membros de um Exército que consome mais de um terço do orçamento do Paquistão, dez vezes mais que a verba destinada à educação.
Ban participa hoje em Islamabad das celebrações em favor da educação universal que começaram no mês passado por causa do dia internacional de Malala, a adolescente paquistanesa que sobreviveu a um ataque talibã por reivindicar o direito das mulheres à educação em seu país. Amanhã, o secretário-geral da ONU deverá se reunir com o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, e com o presidente, Asif Ali Zardari, nas comemorações do Dia da Independência do Paquistão.
Após 10 anos, valor da pensão das vítimas de Alcântara é questionado

Perto de completar 10 anos da tragédia de Alcântara, o governo federal questiona o cálculo da pensão das vítimas da explosão que matou 21 pessoas em 2003. Caso aprovado o recálculo, os parentes das vítimas poderiam ter que devolver parte dos valores recebidos.
Segundo o advogado José Roberto Sodero, que atende 19 das 21 famílias, a pensão varia muito conforme o plano de carreira da vítima na época da explosão. "Passados 10 anos, qualquer alteração que eles queiram fazer já "caducou". Nós chamamos prescrição", diz o advogado, que afirma que ainda não teve acesso ao processo.
A Terra vista do espaço: astronauta registra nascer do Sol Além da pensão, cada família recebeu R$ 100 mil do governo federal, mas também pediu indenização na Justiça. Como cada processo é individual, eles estão em diversos estágios - alguns já se encontram na última instância, enquanto outros estão mais "atrasados". "Nenhum dos processos ainda terminou. Cada família entrou com um processo."
O terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS) que seria lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, explodiu na rampa de lançamento e matou 21 pessoas. Todos os mortos eram técnicos civis do Centro de Tecnologia da Aeronáutica (CTA), que fica em São José dos Campos.
Questionado sobre o reajuste do valor, o Ministério do Planejamento, em conjunto com a Aeronáutica, afirma que o problema é com uma gratificação, que deveria, por lei, ser de 50%, mas as famílias recebem 100%. Veja nota do governo:
O Comando da Aeronáutica informou a abertura de processos individuais, com a finalidade de serem promovidos os acertos no pagamento da Gratificação de Desempenho de Atividade em Ciência e Tecnologia, com vistas ao ajuste do percentual da GDACT para 50%, conforme previsto em lei, referentes às pensões dos servidores falecidos em atividade, instituídas após 29 de junho de 2000 e que tenham percebido a referida gratificação por menos de 5 (cinco) anos. Tal medida se faz necessária para cumprimento da Lei 9.784/99 e em obediência ao princípio da ampla defesa e do contraditório.
Como forma de subsidiar as medidas a serem promovidas nas situações dessa natureza, a Secretaria de Gestão Pública editou a Orientação Normativa nº 05, de 21/02/2013, definindo os procedimentos a serem adotados pelos órgãos integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal – SIPEC para ressarcimento ao erário de valores recebidos indevidamente por servidores, aposentados e beneficiários de pensão civil.
A redução diz respeito somente à gratificação GDACT, sem afetar o vencimento básico, que continuará sendo pago na integralidade.
 

Negócios no ar

Virgínia Silveira

Em 2012 a aviação executiva conectou 33 aeroportos brasileiros com mais de 3,6 mil aeródromos nacionais e internacionais, gerando 769 mil voos. Mesmo com a desaceleração da economia, o setor registrou crescimento de 4,7% em relação a 2011, segundo dados da nova edição do Anuário Brasileiro de Aviação Geral. "O país continua sendo o maior mercado do mundo para novos negócios na aviação executiva", diz o vice-presidente de Operações da Embraer, Marco Túlio Pellegrini. "Existe uma retração pontual em 2013, mas enxergamos o mercado ao longo de dez anos, onde a expectativa é de retomada."
Nesse horizonte, segundo o executivo, o mercado nacional deve movimentar cerca de US$ 8,4 bilhões, com a aquisição de 532 jatos executivos. A participação de mercado da empresa, quando medida pela receita, aumentou de 5,9% em 2011 para 7,3% em 2012. Dos jatos entregues no Brasil no ano passado, a marca Embraer representou 38%.
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A deficiência de atendimento da aviação regular, que hoje cobre 122 dos 5.570 municípios do território nacional, é vista pelos principais fabricantes de jatos executivos como dado incontestável do potencial de crescimento do mercado brasileiro. A idade média da frota brasileira também confirma a tendência. Segundo o anuário, 5.248 aeronaves no país têm mais de 30 anos de uso.
Para o presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Eduardo Marson, os principais fabricantes mundiais continuam enxergando o Brasil como um local de crescimento, a taxas de 10% ao ano, tanto para aeronaves turboélices e jatos quanto para helicópteros.
Os organizadores da Labace (Latin America Business Aviation Conference & Exhibition), que começa hoje em São Paulo e é considerada o segundo maior evento de negócios para o setor no mundo estão otimistas e estimam vendas entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões na feira, com crescimento de 6% em relação à edição de 2012.
No ano passado, a frota de aviação executiva cresceu 6,7%, totalizando 13.965 aeronaves. Os jatos representaram 5% da frota, com 724 unidades registradas. Das 878 aeronaves que foram incorporadas ao sistema, 253 são novas e 625 usadas. Para Pellegrini, os números são sinal de amadurecimento do mercado, na medida em que os empresários brasileiros estão cada vez mais convencidos de que esse ativo representa uma poderosa ferramenta para os seus negócios.
O anuário da Abag registra crescimento de 6,7% no segmento aéreo privado, para 8,9 mil unidades, mostrando uma tendência das empresas de atuação nacional de substituir o táxi aéreo por aeronaves próprias.
No primeiro semestre deste ano a aviação executiva da Embraer gerou receita de US$ 544,9 milhões, com a entrega de 41 jatos - alta de 32 % em relação ao mesmo período de 2012. O faturamento maior no primeiro semestre de 2013, segundo a empresa, também se deve ao mix de entregas, com mais modelos de maior valor agregado.
Representante da fabricante americana Cesnna no Brasil, empresa que detém a maior frota de jatos executivos no país, com 340 unidades, o presidente da TAM Aviação Executiva, Fernando Pinho, diz que 2013 estará em linha com 2012 em termos de vendas. "A nossa percepção é de que o mercado tem demorado mais tempo para converter seus pedidos em compras firmes, porque ainda existe uma desconfiança em relação ao futuro do sistema econômico brasileiro e mundial."
Em 2012, segundo Pinho, a venda de aeronaves Cessna no Brasil, entre turboélices e jatos, somou US$ 200 milhões. A receita da TAM AE no ano passado foi de US$ 100 milhões e envolveu a parte de manutenção de aeronaves, serviços aéreos, treinamento e comissionamento sobre vendas de aeronaves, tanto para a Cesnna quanto para a Bell Helicópteros, que a empresa também representa.
Apesar da alta do dólar, a canadense Bombardier, dona da segunda maior frota de jatos executivos do Brasil, espera um afluxo de clientes maior em 2013 do que em 2012. "O número de confirmação de pedidos que tivemos e as projeções de visitantes para a Labace este ano são um indicativo de que o interesse pelos nossos produtos continua", comenta o vice-presidente regional de vendas da Aviação Executiva da Bombardier Aerospace, Fábio Rebello.
De 2008 pra cá, a Gulfstream Aerospace Corporation aumentou em quatro vezes o número de aeronaves vendidas no Brasil. A frota da companhia na América Latina passou de 149 em 2011 para 176 no primeiro semestre, sendo que o Brasil abriga 39 dessas aeronaves segundo o presidente da Gulsfstream Aerospace, Larry Flynn.
"A forte presença da marca na Labace, com oito aeronaves e os contínuos investimentos da empresa na expansão do nosso suporte ao produto na região, é uma indicação do otimismo da Gulfstream no mercado brasileiro."

Embraer planeja acelerar produção na China

Virgínia Silveira

Com a entrega do primeiro Legacy 650 fabricado na China sendo entregue no fim do ano, a Embraer planeja acelerar a produção de jatos executivos no pais, disse o vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
A participação da Embraer no mercado de aviação executiva atingiu em 2012 cerca de 15%. Em termos de receita, essa participação saltou de 4,2% em 2008 para 7,3% no ano passado.
"É uma marca importante tendo em vista que competimos com empresas do porte da americana Cessna, que está há 90 anos no mercado", disse Pellegrini. A Cessna obteve participação de 10% na receita total do mercado de aviação executiva em 2012, à frente da Embraer em apenas 2,7 pontos percentuais, segundo o executivo.
Pellegrini tem uma avaliação positiva para o segundo semestre, quando tradicionalmente as vendas e entregas são mais expressivas. "Acreditamos que haverá mudança no perfil da crise e mais confiança do investidor, aumentando a possibilidade de um segundo semestre melhor que o primeiro para a aviação executiva".
A Embraer estima atingir este ano o piso da meta de entregas de jatos executivos de grande porte, algo entre 25 e 30 aeronaves. Na categoria de jatos leves, a companhia acredita que cumprirá a meta de 80 a 90 aeronaves. A receita do segmento deve ficar em torno de US$ 1,4 bilhão. A empresa prevê demanda de 490 a 530 jatos executivos no mercado brasileiro nos próximos 10 anos, um potencial de negócios de US$ 2,4 bilhões.


O TEMPO (MG)

Sepultado em MG corpo de capitão da Força Aérea vítima de acidente aéreo em SP

Avião da Esquadrilha da Fumaça caiu na manhã dessa segunda-feira; os dois chegaram a ejetar os assentos, mas morreram no local
MÁBILA SOARES

Foi sepultado na manhã desta terça-feira (13) o corpo do capitão da Força Aérea Brasileira (FAB) Fabrício Carvalho, de 31 anos, vítima de um acidente aéreo em São Paulo. A cerimônia foi no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado, onde nasceu o capitão. Fabrício e um colega de profissão, João Igor Silva Pivovar, que tinha a mesma idade, morreram em Pirassununga, interior paulista, depois que o avião em que eles estavam caiu.
Fabrício nasceu em Conselheiro Lafaiete e ingressou na Força Aérea em 1998. Houve um cortejo na cidade mineira em direção ao cemitério e centenas de pessoas compareceram ao local.
Nesta terça, a Força Aérea fez uma homenagem às vítimas na página da instituição no Facebook. "A equipe Esquadrilha da Fumaça lamenta o acidente ocorrido com dois de nossos integrantes. "Um rastro de fumaça branca jamais se apaga", dizia o texto.
Relembre o acidente

O avião da Esquadrilha da Fumaça caiu na manhã dessa segunda-feira (12). Os dois chegaram a ejetar os assentos, mas morreram no local. A aeronave, um Super Tucano A-29, caiu às 9h10 próximo à pista.
Em nota oficial, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que os dois estavam em treinamento. O brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, informou que o comando da Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar as causas do acidente.
No domingo (11), durante a homenagem ao Dia dos Pais na cidade, a Esquadrilha da Fumaça nem chegou a fazer apresentações devido à troca das aeronaves T-27 para A-29.

O LIBERAL (PA)

Pais de estudantes do colégio Rêgo Barros fazem manifestação hoje (13/08)

Pais de alunos da Escola Tenente Rêgo Barros (ETRB) fazem, a partir das 7 horas de hoje, uma manifestação em frente ao colégio, na avenida Júlio César. Eles apoiam a coordenação do Primeiro Comando Aéreo Regional (Comar I), responsável pela administração da escola, e também reforçam os pedidos de melhorias na estrutura física e pedagógica da instituição, levantados pelos professores durante mobilização feita pela categoria na semana passada. Sem atrapalhar o andamento das aulas, os pais se posicionarão em frente à escola e ocuparão as vias da avenida durante o período de travessia dos pedestres.
A prrofessora Cíntia Cardoso é mãe de aluno e explicou que o principal objetivo é abrir um canal de comunicação. “Queremos ouvir os docentes e a direção para entender melhor os problemas da escola e de que forma podemos contribuir”, afirmou. Ela acrescenta que uma comissão de responsáveis foi formada e deverá acompanhar mais de perto o planejamento escolar. Na última sexta-feira, professores paralisaram as atividades por ocasião do Dia Nacional de Luta dos Servidores Civis dos Colégios Militares. A mobilização foi contra o assédio moral praticado em instituições de ensino militar de todo o país.
No entanto, o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica-Seção Pará (Sinasefe) e o Comar I ressaltaram que nenhuma denúncia de assédio moral ocorrida na ETRB foi registrada nas duas entidades. Dentre as reivindicações da classe estavam melhor infraestrutura, melhor distribuição da carga horária e formação continuada, ou seja, apoio à realização de cursos de especialização, mestrado e doutorado.
Em nota, o Comando informou que a escola possui um total de 144 professores para 1.545 alunos, sendo que 28 estão afastados para cursos de elevação de nível e outros três integram a diretoria, resultando em uma média de 13,7 alunos por professor. “A estrutura da ETRB contém quadras, laboratórios, biblioteca e 46 salas de aula, das quais 23 com ar-condicionado e 23 com ventiladores. Já está sendo feito o redimensionamento da carga elétrica para a instalação dos equipamentos de refrigeração, que serão licitados tão logo haja disponibilidade orçamentária, pois hoje o dinheiro arrecadado está retido”, complementou o órgão, em relação às queixas sobre a infraestrutura.
Ainda segundo o Comar I, a escola não tem características de uma escola federal e a receita é proveniente da contribuição dos pais, cujos valores são diferenciados conforme o vínculo ou não com o Comando da Aeronáutica e a patente. “Atualmente, os valores variam de R$ 70 para cabos, soldados e taifeiros da Aeronáutica a R$ 245 para civis sem vínculos com a FAB. Todo o dinheiro arrecadado é utilizado na manutenção da escola, como pagamento de água, luz, telefone (materiais de consumo) e contratação de firma de limpeza”, detalha a nota divulgada.
Uma das preocupação dos pais é o possível fechamento da escola, mencionado pelos representantes do Comando durante uma reunião com os responsáveis dos alunos. O órgão não se pronunciou oficialmente sobre o assunto e vai aguardar o contato dos pais para esclarecer o assunto. “A mobilização busca fortalecer a relação entre coordenação, professores e pais, que também buscam maior participação na instituição e confiam na tradição do colégio”, frisou Cíntia Cardoso.
TERRA

Dilma definirá compra de caças "em curto prazo", diz comandante da FAB

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, afirmou nesta terça-feira, durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, que a presidente da República, Dilma Rousseff, já declarou que definirá a conclusão do Projeto FX-2 "em curto prazo". O programa, iniciado em 2001, prevê a aquisição de 36 aeronaves de caça estrangeiras, com transferência de tecnologia para o Brasil. As informações são da Agência Senado.
O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), explicou que o chamado Projeto FX-2 da FAB começou em 2001, tendo esse primeiro processo se encerrado em 2005 - por conta da conjuntura econômica nacional - sem a compra definitiva de caças. Ferraço contou que foi adotada uma posição paliativa, com a compra de caças usados. Ele lembrou que os aviões de caça Mirage 2000 serão aposentados no último dia de 2013 e manifestou preocupação com o que chamou de "fragilidade do espaço aéreo" brasileiro. "Essa situação coloca o país em um iminente apagão aéreo", afirmou o senador, acrescentando que o Congresso Nacional confia na Aeronáutica.
Para Ferraço, a aquisição de aeronaves é importante para a posição estratégica do Brasil, que é uma liderança na América Latina, tem projeção mundial e almeja mais protagonismo na Organização das Nações Unidas (ONU). A nova fase do Projeto FX-2, explicou o senador, começou em 2008 e consiste na aquisição de 36 aeronaves de caça "de múltiplo emprego", incluindo itens como os simuladores de voo correspondentes, a logística inicial e a transferência de tecnologia "necessária para a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro no desenvolvimento de um caça de quinta geração".

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