NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/08/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Ibope: protestos derrubam credibilidade das instituições
População brasileira perdeu confiança não só em partidos e políticos, mas até em bombeiros
José Roberto de Toledo - Estadão Dados
Todas as principais instituições perderam boa parte da confiança dos brasileiros após os protestos de junho. Mas, entre elas, nenhuma perdeu mais do que a presidente da República: três vezes mais do que o resto. É o que mostra uma pesquisa nacional do Ibope, chamada Índice de Confiança Social. Feita anualmente desde 2009, a edição de 2013 foi divulgada nesta quinta-feira.
Entre 2012 e julho passado, todas as 18 instituições avaliadas pelo Ibope se tornaram menos confiáveis aos olhos da opinião pública. É um fato inédito nas cinco edições da pesquisa. O índice de confiança nas instituições caiu 7 pontos, de 54 para 47, e, pela primeira vez, ficou na metade de baixo da escala, que vai de 0 a 100. Na primeira edição, em 2009, marcava 58.
"É uma crise generalizada de credibilidade. Está refletindo o momento do país, os protestos de rua. Já havia uma queda leve nos anos anteriores, mas agora a perda de confiança se acentuou", diz a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari.
Nenhuma instituição passou incólume pela onda de protestos. Dos bombeiros aos partidos políticos, das igrejas aos sindicatos, todas as instituições se tornaram menos confiáveis para a população - inclusive os meios de comunicação, governo federal, prefeituras, Congresso e Judiciário. Uns mais, outros menos.
A confiança na instituição "presidente da República" foi a que mais sofreu. Perdeu 21 pontos em um ano. É três vezes mais do que a perda média de confiança das 18 instituições pesquisadas. Em 2010, com Lula no cargo, a Presidência era a 3º instituição mais confiável, atrás apenas dos bombeiros e das igrejas.
No primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, seu índice de confiança caiu de 69 para 60. Recuperou-se para 63 no ano seguinte, e despencou agora para 42 - uma nota "vermelha". Em um ano, saiu da 4ª posição no ranking para a 11ª. Nenhuma outra instituição perdeu tantas colocações em tão pouco tempo.
O grau de desconfiança em relação à Presidência varia regionalmente. A queda foi pior no Sudeste, onde a instituição desabou de 60 para 34 pontos em um ano. Menos ruim foi no Nordeste, onde caiu de 68 para 54 pontos. Há diferenças entre as classes de consumo: 36 pontos na classe A/B contra 54 na D/E.
Para Marcia Cavallari, "a Presidência cai mais por conta da personificação dos protestos". Segundo a diretora do Ibope, havia uma grande expectativa na economia que não se realizou. "Isso acaba se refletindo mais na instituição Presidência".
O resultado é ainda mais preocupante para o Congresso e para os partidos políticos. Mesmo sendo os piores do ranking de confiança das instituições, caíram ainda mais: de 36 para 29 pontos, e de 29 para 25, respectivamente. Mantêm-se nos dois últimos lugares da classificação desde 2009.
A confiança no sistema público de saúde sofreu a terceira maior queda, de 42 para 32, e segue na 16ª posição. Daí candidatos de oposição que sonham disputar a sucessão presidencial em 2014 começarem a articular suas candidaturas em torno do tema.
A confiança no Judiciário também caiu, de 52 para 46 pontos, mas como as outras instituições caíram ainda mais, a Justiça foi da 11º para a 10º posição no ranking. "O Judiciário havia se recuperado em 2012 por causa do julgamento do mensalão", lembra a CEO do Ibope. Sinal de que nem toda queda é irreversível.
"Reversível sempre é, desde que ocorram mudanças perceptíveis, concretas para que essa credibilidade seja recuperada", avalia.
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Gaviões capturam quero-queros no Aeroporto de Joinville
Aves de rapina ajudam a evitar colisões com aeronaves que podem colocar em risco as operações e a vida de passageiros
Leandro S. Junges
Três gaviões-asa-de-telha se revezam desde a tarde da última terça-feira na captura de aves que ameaçam pousos e decolagens no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville. A ameaça é representada especialmente por quero-queros que fazem seus ninhos no gramado em volta da pista. Há pelo menos 150, segundo o biólogo Paulo Vinícius Davanço, da Infraero.
O trabalho com os gaviões é uma das alternativas para espantar ou capturar as aves. A direção do terminal está colocando em prática o plano de manejo da fauna que começou a ser estudado em 2011 e deve culminar com a implantação de várias técnicas, que envolvem cães, aves de rapina, o corte da vegetação e até explosões controladas. Tudo para minimizar os riscos das colisões que ameaçam as operações e, em última instância, os passageiros das aeronaves.
O Aeroporto de Joinville é tricampeão de ocorrências de colisões entre aves e aviões. A estatística, reunida pelo Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mostra, no ano passado, a média de ocorrências a cada 10 mil voos foi de 53,2 acidentes. Só este ano, em números absolutos, já foram registrados 30 colisões.
— É um problema que afeta todos os aeroportos do mundo. E o nosso trabalho é minimizar os riscos — disse ontem à tarde o superintendente Rones rubens Heidemann.
Nas primeiras horas de trabalho com os gaviões, foram capturados 22 quero-queros. Eles serão identificados com anilhas e, depois, soltos nos campos acima da Serra do Mar, em Campo Alegre.
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Anac autoriza governo a usar drone brasileiro para fiscalizar mineração
Avião não tripulado da Universidade de Brasília será usado pelo DNPM. Este é o 2º certificado de voo emitido para vant privado produzido no país.
Tahiane Stochero - Do G1, em São Paulo
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização de voo para um drone produzido pela Universidade de Brasília (UnB) para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). É a segunda autorização emitida pela agência para um veículo aéreo não tripulado (conhecido como vant) privado e de fabricação nacional operar no Brasil.
Em 29 de maio, um modelo da empresa XMobots foi autorizado a operar para pesquisa e desenvolvimento. Até então apenas a Polícia Federal possuía certificação para vants civis – são dois aviões comprados de Israel. Já a Força Aérea possui 4 unidades, também israelenses, mas que, como são militares, não precisam de validação da Anac.
O avião do DNPM começou a ser desenhado há quatro anos pelo departamento de engenharia civil e ambiental da UnB e já recebeu aporte de R$ 700 mil, segundo o professor Lenildo Silva.
“Estávamos trabalhando com muita expectativa em torno da certificação. Já treinamos pilotos que irão trabalhar para o DNPM na fiscalização de irregularidades da mineração”, afirma Silva.
O avião tem 1,90 metro de envergadura, pesa 2,5 quilos e é movido a bateria de lítio, com autonomia média de 90 minutos. Dependendo das condições do tempo, pode atingir uma distância de até 4 km e altitude de 150 a 300 metros. O objetivo é facilitar pousos em locais de difícil acesso ou terreno argiloso.
“Ele possui duas câmeras, um para navegação, que nos mostra sua localização, e outra que transmite em tempo real as imagens captadas. Possuímos uma frequência, autorizada pela Anatel, para o link de transmissão. É um sistema seguro e autônomo. Se o avião tiver algum problema, ele retorna sozinho para a base”, explica o professor.
Segundo a Anac, o vant do Departamento Nacional de Produção Mineral teve o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) assinado na quarta-feira (31), mas a só passa a valer quando os responsáveis recebem por correio o documento.
Em abril, o G1 divulgou com exclusividade que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para emprego comercial destas aeronaves. Eles desempenham funções que antes dependiam de aviões e helicópteros, como a captação de imagens aéreas, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança. Desde então, a indústria pressiona a agência a regulamentar a questão.
“Iremos usar o vant para apoiar vistorias de áreas de mineração, fiscalizar possíveis irregularidades. Começaremos usando em cinco estados: Goiás, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro e Pará”, diz Waltudes Medeiros, um dos integrantes da equipe do DNPM que participou do projeto.
A pesquisadora do DNPM Cristina Bicho fez testes com o avião para fiscalização de lavras irregulares no Cariri, no Ceará. “É uma ferramenta que nos permite visualizar a situação em áreas distantes, de difícil acesso, em que não é possível a equipe chegar por terra”, afirma ela.
“A maioria dos projetos de vant que existem no Brasil são de aeronaves operadas pelos próprios fabricantes, que contam com pilotos dedicados aos projetos. Este é o primeiro órgão da administração pública a obter o Cave (a autorização da Anac). Além disso, estamos com uma equipe própria de fiscais e pilotos, que foi treinada pela UNB e que não possuía nenhum conhecimento prévio em aeronáutica”, diz.
Conforme a Anac, o Departamento Nacional de Produção Mineral terá que cumprir algumas limitações operacionais para garantir a segurança do drone, como só fazer voos em áreas remotas e com condições meteorológicas visuais diurnas. Também é necessário que o piloto tenha contato visual com o avião.
A Aeronáutica terá de ser avisada anteriormente, para que o controle de tráfego possa evitar colisões com aviões e helicópteros.
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Seripa registra 12 acidentes aéreos na Amazônia somente em 2013
Número de acidentes chega a 83 quando contabilizados últimos dez anos. Laudo dos acidentes costuma demorar devido a processos da investigação.
Nos últimos dez anos, o 7º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos (Seripa), órgão instalado em Manaus, contabilizou 83 acidentes aéreos na Amazônia ocidental, englobando quatro estados: Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. Somente este ano, 42 ocorrências, sendo 12 acidentes já foram computados.
Os relatórios de oito destes casos já foram encaminhados pelo Seripa ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos (Cenipa) e quatro ainda aguardam o laudo do acidente. Alguns resultados são considerados demorados. No entanto, o chefe do 7º Seripa, tenente coronel Arthur Rangel, informou que o processo geralmente dura mais de um ano devido à investigação.
"Primeiramente o Seripa precisa recolher o material e demora a acontecer muitas vezes para chegar até o local. Esse material é trazido para Manaus, onde é preciso que se agende uma abertura e análise para laudo técnico em oficinas, sendo que algumas delas são no exterior. Depois deste laudo técnico, que pode levar alguns meses, o Seripa tem que fazer uma análise própria e depois emitir as conclusões para o Cenipa, que toma providências junto a Anac ou fabricante", explicou Arthur Rangel.
O acidente mais recente ocorreu há cerca de duas semanas, quando um avião modelo bimotor que iria para o município de Apuí, distante 453 km de Manaus, caiu poucos minutos após a decolagem em uma mata próxima ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste da capital. A aeronave pegou fogo. O capitão Daniel Amâncio, aviador do Seripa, esteve no local após o acidente para o início da investigação. Segundo ele, era impossível respirar sem os equipamentos de proteção. "Com as câmeras de monitoramento do aeroporto, nós podemos constatar que após a perda do controle direcional e do impacto o incêndio foi imediato", disse o capitão.
Dos seis passageiros, três morreram na hora. Os outros foram internados em estado grave no Hospital 28 de Agosto, em Manaus, mas também não resistiram.
Como a aeronave não possui caixa-preta, a investigação será feita através dos dois motores do avião. Como não há especialistas para a abertura destes equipamentos, eles serão encaminhados a cidade de Sorocaba, em São Paulo.
O Seripa acredita que não há somente uma causa para os acidentes aéreos na Amazônia ocidental. De acordo com o órgão, o principal fator, com 67,5% das causas de acidentes, seria a falta de um gerenciamento eficaz por parte das companhias de táxi aéreo. Em segundo lugar com 55%, o julgamento do piloto, e em terceiro com 50%, a falta de manutenção periódica das aeronaves.
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Aeronáutica encerra inscrições para 662 vagas de nível superior
São 41 especialidades para diversas localidades do país. O candidato deve ter menos de 45 anos.
A Aeronáutica encerra nesta sexta-feira (2) as inscrições do concurso para 662 vagas em 41 especialidades para diversas localidades do país para profissionais com nível superior no Quadro de Oficiais Convocados (QOCon).
No site da Aeronáutica, é possível ler o edital (acesse o edital).
O QOCon destina-se a preencher, em caráter temporário, vagas não supridas pelos quadros de oficiais de carreira, pertinentes às áreas profissionais de nível superior necessárias ao Comando da Aeronáutica.
A inscrição para o processo seletivo será efetivada mediante a entrega dos documentos que comprovem as condições para a participação e dos documentos necessários à avaliação documental durante o período de inscrições, nos locais divulgados no anexo B do edital, podendo ser realizadas pessoalmente ou por intermédio de procuração com firma reconhecida em cartório. As inscrições devem ser feitas até o dia 2 de agosto.
O candidato deve ter menos de 45 anos até o dia 31 de dezembro do ano previsto para a incorporação e ter concluído com aproveitamento curso superior de graduação (bacharelado ou licenciatura plena), em área de formação.
Entre as áreas com vagas estão arquitetura, arquivologia, biblioteconomia, biologia, educação física, enfermagem, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica, engenharia metalúrgica, física, fisioterapia, fonoaudiologia, história, língua espanhola, língua inglesa, língua portuguesa, matemática, nutrição, pedagogia e química.
A seleção será constituída das seguintes etapas: avaliação documental, concentração inicial, inspeção de saúde, concentração final e habilitação à incorporação.
Após as etapas da seleção, os aprovados realizarão o Estágio de Adaptação Técnico (EAT), com inicio no dia 21 de outubro de 2013 e duração de 64 dias, sendo declarados aspirantes-a-oficial na respectiva especialidade.
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Aeroportuários decidem manter paralisação
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (Sina) decidiu ontem manter a paralisação iniciada na quarta-feira em 63 aeroportos no país. De acordo com Samuel Pessoa, da diretoria do Sina, a paralisação seguirá pelo menos até terça-feira, quando está marcada, para 14 h, uma reunião de conciliação entre a empresa e os funcionários no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com a mediação do ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Pessoa afirmou que a categoria respeitará as determinações da liminar expedida ontem pelo TST - manutenção de 100% dos empregados de controle de tráfego aéreo em atividade, de 70% daqueles locados nas áreas de segurança e operações e percentuais mínimos de 40% entre os demais empregados. O sindicato da categoria avalia, porém, que a obrigatoriedade de manter todos os funcionários de tráfego aéreo trabalhando fere o direito de greve.
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Portal Tele.Síntese (SP)
CPqD apoiará evolução do sistema de comunicações do controle do tráfego aéreo
CPqD também terá a função de dar suporte à implantação de um Laboratório de Qualificação de Sistemas e Elementos de Rede VoIP ATM
O CPqD assinou nesta quinta-feira (1) um contrato com o Comando da Aeronáutica para a prestação de serviços de engenharia, visando a evolução do sistema de comunicações do controle do tráfego aéreo brasileiro. De acordo com o contrato, com cinco anos de duração, o CPqD dará suporte à Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) no projeto destinado a implantar no país uma moderna Rede de Telecomunicações Aeronáuticas (ATN Nacional), que vai viabilizar a interligação das aplicações e recursos que apóiam a prestação dos serviços de controle do tráfego aéreo.
“O projeto da ATN Nacional possibilitará o compartilhamento de recursos e aplicações que suportam a prestação do serviço de controle do tráfego aéreo no Brasil, resultando em grande flexibilidade operacional e técnica. Ele permitirá, por exemplo, a implantação de centros de controle de contingência e de um centro de gerência técnica nacional”, explica o Major Brigadeiro do Ar Carlos de Aquino, presidente da CISCEA. Para isso, o CPqD realizará um trabalho de verificação e validação do novo sistema de comunicação de dados e voz a ser implantado pelo projeto ATN Nacional, a fim de garantir sua perfeita aderência às necessidades operacionais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e às normas da Organização da Aviação Civil Internacional.
“Estamos oferecendo nosso conhecimento e experiência em redes de telecomunicações para ajudar na evolução do controle do tráfego aéreo do país, que vai permitir atender ao aumento da demanda nessa área”, afirma Hélio Graciosa, presidente do CPqD.
O contrato com a CISCEA estabelece, entre outros requisitos, que as especificações dos equipamentos para a ATN Nacional estejam de acordo com os mais atuais padrões internacionais fixados pela EUROCAE (European Organization for Civil Aviaton Equipment). Para atender esse requisito, o CPqD participará dessa entidade como membro associado - o que lhe dará direito a efetuar contribuições técnicas para a evolução desses padrões.
Outra atividade importante é o suporte à implantação de um Laboratório de Qualificação de Sistemas e Elementos de Rede VoIP ATM (Air Traffic Management). “Será um novo laboratório, com a função de realizar ensaios e testes nos elementos de rede VoIP a serem integrados à Rede ATN Nacional”, revela Everton Corrêa, da Gerência de Defesa e Segurança do CPqD. “No Brasil, não existe um laboratório como esse que será montado no CPqD, com capacitação para realizar esses tipos de testes”, acrescenta.
“Ao encarregar o CPqD da construção e operação desse laboratório, a CISCEA tem a intenção de propiciar ao país o acesso ao conhecimento e domínio da tecnologia envolvidos, em benefício não só do projeto da Rede ATN como também de outros projetos de missão crítica de interesse do Ministério da Defesa”, enfatiza o Major Brigadeiro do Ar Aquino.
Além disso, o contrato firmado com a CISCEA prevê o suporte do CPqD na realização dos projetos das redes digitais necessárias para a implantação da ATN Nacional, onde se destaca o backbone nacional.
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