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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/07/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Famílias de bombeiros e policiais mortos poderão receber indenização

Da Redação

Famílias de policiais e bombeiros mortos em decorrência de sua atividade profissional poderão receber uma indenização do governo. Essa compensação está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 27/2013, do senador Cícero Lucena (PSDB-PB). Apresentada em maio, a PEC tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda a escolha de relator.

De acordo com a PEC, leis da União e dos estados instituirão a indenização, cujo valor será de pelo menos dezoito vezes a remuneração do policial ou bombeiro morto.

Segundo o senador, todos reconhecem que a atividade profissional dos policiais e bombeiros os expõe a riscos permanentes. Os riscos assumidos para proteger os cidadãos impõem ao Estado garantir aos profissionais de segurança direitos compatíveis com a profissão.

Para ele, a indenização garantirá mais tranquilidade aos policiais e bombeiros. “Trata-se, aqui, de permitir que os policiais e bombeiros possam exercer as suas funções com tranquilidade, sabendo que suas famílias terão condições de conduzir a sua vida, na hipótese de serem mortos em serviço”, disse, na justificação da proposta.

Outra justificativa apresentada pelo senador é a dificuldade que esse tipo de profissional tem de contratar seguros de vida, dado o alto risco a que estão submetidos.

Congresso discute espionagem

O escândalo de espionagem entrou na agenda das disputas partidárias em Washington e abriu outra frente de atrito entre o governo de Barack Obama e o Congresso. Um representante da oposição republicana levou ontem a votação, na Câmara dos Deputados, uma proposta que impediria a Agência de Segurança Nacional (NSA) de continuar a monitorar indiscriminadamente os dados sobre telefonemas dentro dos Estados Unidos. Esse foi o primeiro programa de vigilância revelado pelo americano Edward Snowden, ex-funcionário da agência retido desde 23 de junho em um aeroporto de Moscou. A situação criou um impasse diplomático, e a Casa Branca pediu explicações a Moscou sobre informações de que Snowden teria recebido asilo temporário e deixaria em breve o terminal.
A iniciativa, do deputado Justin Amash, foi derrubada por 217 votos contra 205. Ela determinava que a NSA pudesse invocar a Lei Patriota — aprovada depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 — apenas para obter informações reservadas sobre pessoas que sejam objeto de investigação. Trata-se do primeiro esforço do Congresso para restringir a atuação da agência desde que Snowden denunciou os programas de espionagem da telefonia e da internet. A Casa Branca contra-atacou antes mesmo de o projeto ir a votação. O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, afirmou em comunicado que a emenda "desmantelaria uma ferramenta crítica na luta contra o terrorismo".
Na frente diplomática, a Casa Branca trava há semanas uma queda de braço com a Rússia. Ontem, a imprensa russa noticiou que Snowden se preparava para deixar a área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, depois de ter recebido do advogado, Anatoly Kucherena, um documento que lhe permitiria circular por áreas determinadas pelas autoridades de segurança.
Questionado por um batalhão de jornalistas, depois de se encontrar com Edward Snowden, Kucherena afirmou que o documento seria entregue apenas "nos próximos dias". O defensor levou para o americano uma muda de roupas e um exemplar de Crime e castigo, romance clássico de Fiódor Dostoiévski. Ao tomar conhecimento da situação, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, telefonou para o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, para pedir explicações.
Brasil
O Brasil enviará uma equipe interministerial aos EUA para obter esclarecimentos sobre as operações da NSA no país. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a missão deve se reunir com representantes americanos em duas etapas. "A ideia é que haja uma primeira conversa mais técnica e, depois, uma mais abrangente, que podemos descrever como mais política ou diplomática."
53%
Porcentagem dos americanos que reprovam a conduta de Edward Snowden e defendem que ele seja levado à Justiça, segundo pesquisa do jornal The Washington Post


Aldo e a agenda de parentes em Cuba

BRASÍLIA - O ministro Aldo Rebelo (Esporte) distribuiu nota ontem para reafirmar que esteve em Cuba em missão oficial, mas não explicou os compromissos que sua mulher e seu filho tiveram na capital Havana.
Aldo usou avião da FAB (Força Aérea Brasileira) no Carnaval deste ano para ir a Cuba com assessores, a mulher e o filho.
O ministro estava em missão oficial e disse que levou os parentes em avião da FAB sob a justificativa de que eles foram a convite de Cuba.
A agência Folhapress tentou falar com a mulher do ministro, Rita, na secretaria da Mulher do governo do DF, onde trabalha, mas a assessoria disse que ela está em férias. O filho do ministro não foi localizado.
Apesar de a mulher e o filho terem ido em avião oficial, Aldo não explicou na nota o que fizeram lá.
À agência Folhapress o ministério disse apenas que os dois cumpriram programação definida pelo protocolo cubano.
Após a divulgação da nota no site do Ministério do Esporte, a reportagem mais uma vez questionou o ministro sobre a agenda da mulher e do filho, mas não houve resposta. Na nota, Aldo relatou apenas sua agenda da missão oficial.
"Não fui passear em Cuba. Fui trabalhar, como mostra a agenda", disse ele.
Questionado, o ministro não disse se devolverá o valor das passagens de seus familiares.
A Folhapress cotou preços para duas pessoas, em viagem de ida e volta entre Brasília e Havana na aviação civil. Na primeira semana de agosto, duas viagens de ida e volta custariam mais de R$ 5.500. Para novembro, o valor cai para R$ 3.600.
Outras autoridades, depois de flagradas usando o avião da FAB para ir a uma festa e ao jogo da Copa das Confederações, devolveram o dinheiro relativo ao trecho voado.

Ministério investiu em empresa

Débora Duque

A empresa Ideia Digital recebeu recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2008. Na época, a pasta estava sob o comando de Sérgio Rezende, indicado pelo PSB para suceder o governador Eduardo Campos (PSB), que ocupou o cargo em 2004 e 2005. A empresa foi contemplada com uma verba de R$ 512.618,04 dentro do Programa de Promoção da Pesquisa e do Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
A despesa foi classificada como "Inversões financeiras - concessão de empréstimo e financiamento". O repasse foi feito pela Financiadora de Estudos e Projetos, órgão subordinado ao Ministério. No inquérito da Polícia Federal, a empresa é apontada como beneficiária de contratos superfaturados firmados com a Prefeitura de João Pessoa no ano seguinte, 2009. Na época, o município era gerido pelo ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB), atual governador da Paraíba. Lá, a contratação da Ideia Digital foi paga com dinheiro repassado pelo próprio Ministério da Ciência e Tecnologia e, segundo a PF, foi desviado para cobrir gastos com publicidade durante a campanha de Coutinho ao governo, em 2010.
Após participar da abertura do Fórum do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, na segunda-feira (21), o ex-ministro Sérgio Rezende alegou desconhecer o caso da empresa e sua relação com a pasta que foi comandada por ele. O Ministério da Ciência e Tecnologia, no entanto, não foi o único órgão federal a contratar a Ideia Digital. Levantamento realizado pelo JC, no Portal da Transparência, no intervalo de 2004 a 2013, identificou, no total, dez pagamentos à empresa, que totalizam um montante de R$ 5.228.878,20
Ainda em 2008, a Ideia Digital recebeu R$ 7.950 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Em 2005, a pasta também efetuou um repasse à empresa no valor de R$ 1.980. Já o Ministério das Comunicações firmou contratos mais volumosos. Em 2009, foram gastos R$ 302 mil na modernização da estrutura da informática do Ministério. Em 2011, foram empregados mais R$ 187 mil.
O maior repasse identificado pela reportagem foi feito pelo Ministério da Defesa, também em 2011. Naquele ano, houve um gasto de R$ 3,9 milhões na implantação da infra-estrutura tecnológica dos "Jogos Mundiais Militares". No mesmo ano também houve contratos com o Ministério da Fazenda (R$ 56,6 mil) e o da Educação (R$ R$ 155 mil). Em 2012, esta última pasta destinou R$ 14.500 à empresa para modernização da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em Pernambuco, a Ideia Digital firmou contratos, no valor de R$ 77,5 milhões, com a secretarias estaduais de Educação e a de Ciência e Tecnologia. As contratações estão sedo auditadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Engano e tumulto à beira-mar de Goiana

ILUSÃO DE ÓTICA Transporte de equipamento gigantesco no mar criou a sensação de que avião estava afundando e denúncias provocaram uma grande mobilização na praia

Mariana Araújo

Uma grande confusão gerou uma megaoperação do Corpo de Bombeiros no final da tarde de ontem, entre as praias de Catuama e Pontas de Pedra, no Litoral Norte do Estado. A corporação recebeu diversos chamados sobre um avião de médio porte que teria caído no mar, a cerca de 6 km da costa. Na verdade, tratava-se de uma peça chamada queimador, que será instalada na plataforma P-62, atracada no Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape. O navio que reboca a peça chegará hoje ao porto. Segundo a assessoria de imprensa de Suape, outras peças semelhantes também serão levadas ao estaleiro.
O helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) e outro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobrevoaram a área por cerca de uma hora e não encontraram nenhum indício de aeronave. "Entre as informações que recebemos, ninguém confirmava que viu o avião caindo, nem tamanho, nem cor. Só viram o objeto boiando na água, parecido com um avião, como se tivesse feito um pouso forçado", disse o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Francisco Cantareli. Também foram mobilizados para a praia duas ambulâncias, duas caminhonetes, dois carros de salvamento e um bote, além de 20 homens da Polícia Militar.
O bombeiro informou, ainda, que manteve contato com um pescador que estava em alto-mar. "Ele disse que viu apenas um navio e algo parecido com uma plataforma, que não avistou nenhum avião caindo", acrescentou o tenente-coronel.
A assessoria de imprensa do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em Brasília, afirmou que não houve registro de nenhum evento no espaço aéreo do Recife nem pedido de socorro de nenhuma aeronave. "Só faremos novas buscas se tiver alguma confirmação, como parentes de possíveis vítimas ou informações do Cindacta", disse o assessor de imprensa da PRF, inspetor Eder Rommel.
A praça conhecida como Calçadão de Pontas de Pedra ficou repleta de curiosos. "Ouvi um estrondo e corri para ver. Avistei o avião na água e depois ele afundou", relatou a dona de casa Luciene Areco Garcete, 29 anos, que passa férias em Catuama. O marinheiro Osmar José, 29 anos, trabalha em uma marina em Catuama e, quando soube da possível queda da aeronave, pegou uma lancha e entrou no mar. "Só vi um navio e uma plataforma. Não consegui chegar muito perto, pois estava muito distante, mas deu para ver que não era um avião", declarou.


Aldo leva mulher e filho em voo da FAB para missão em Cuba

Ministro do Esporte e familiares embarcaram em jatinho para a ilha do Caribe durante o carnaval deste ano.

Tânia Monteiro / Brasília

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, aproveitou viagem que fez a Cuba, em missão oficial, no carnaval deste ano, para levar a mulher e o filho a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira. Em nota oficial, Aldo confirmou a viagem, mas disse que não foi passear", e sim "trabalhar, como mostra a agenda".
A oposição criticou não só o uso de avião da FAB para viagens ao exterior, mas também a carona a familiares. Lembrou ainda que os voos ficariam muito mais baratos se fossem feitos em aeronaves comerciais.
O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que a Comissão de Ética da Presidência da República "tem de examinar este procedimento", que classificou como "injustificável". Ele pediu ainda a regulamentação rigorosa para o uso dos aviões da FAB e devolução aos cofres públicos do dinheiro referente às passagens dos familiares do ministro.
Já existem regras para o uso dos jatinhos da FAB por autoridades. Elas foram criadas a partir do Decreto 4.244, de 2002, em meio ao escândalo de viagens de ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
A solicitação de jatos da FAB têm de seguir os seguintes critérios, nesta ordem de prioridade: "segurança ou emergência médica", "serviço" ou "deslocamento para o local de domicílio". No caso de Rebelo, tratou-se de viagem oficial. As regras não são claras quanto às caronas dadas por autoridades - no caso, ao filho e à mulher do ministro.
O uso de avião da FAB na viagem do ministro e com familiares a Cuba foi revelado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo.
Rebelo afirma que tanto sua mulher quanto seu filho tinham convite do governo cubano para participar das programações.
O jato Legacy da FAB saiu de Brasília no sábado de carnaval, dia 9 de fevereiro, fez escala em Boa Vista, Roraima, e só voltou ao Brasil na quarta-feira de Cinzas, dia 13.
Outros casos. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou avião da FAB para levar a noiva e filhos de Natal ao Rio de Janeiro, para ver a final da Copa das Confederações. O presidente do Senado, Renam Calheiros (PMDB-AL), pediu um jatinho da FAB para pegá-lo em Maceió para ir a uma festa na Bahia, justificando que estava, indo cumprir agenda oficial O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, foi de avião da FAB de Fortaleza para o Rio também para assistir a um jogo da seleção Brasileira. Todos acabaram ressarcindo a FAB.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse que "é preciso acabar de uma vez por todas com este uso indevido de aviões da FAB".
Em nota divulgada à imprensa, Rebelo listou todos os seus compromissos em Havana, justificando que foi recebido pelo vice-presidente do Conselho de Ministros da República de Cuba, Miguel Diaz, e pelo vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Rogério Sierra, além de se reunir duas vezes com o presidente e diretores do Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação (INDER) e com a direção da empresa Cubadeportes.
Além disso, acrescentou que visitou a Universidade das Ciências, Cultura Física e Deporte Manuel Fajardo. Ainda, de acordo com a nota do ministro, nestes encontros foi acertada a criação de grupos de trabalho e intercâmbio entre Brasil e Cuba para preparação dos atletas brasileiros e da infraestrutura esportiva do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Cobrança
"É preciso acabar de uma vez por todas com este uso Indevido de aviões da FAB"
Rubens Bueno
Líder do PPS na Câmara
Autoridade do jato público
Aldo Rabelo
O ministro do Esporte foi a Cuba no carnaval a fim de participar de um evento oficial do governo. Levou com ele mulher e filho.
Garibaldi Alves
O ministro da Previdência viajou de Fortaleza ao Rio para ver o Jogo da seleção na final da Copa das Confederações. Levou com ele o filho e um empresário.
Renan Calheiros
O presidente do Senado voou de Alagoas para a Bahia a fim de ir a um casamento alegando se tratar de uma "agenda oficiar".
Henrique Eduardo Alves
O presidente da Câmara dos Deputados viajou do Rio Grande do Norte ao Rio também para ver a partida da seleção na final da Copa das Confederações.

Se o governo ajudar, não há vácuo de oferta

Jorge Leal Medeiros
Engenheiro aeronáutico e professor da Escola Polit

O Brasil possui uma das maiores frotas de aviação geral do mundo, resultado de sua extensão territorial e de sua atividade econômica. São Paulo, sede de muitas empresas nacionais e multinacionais, tem uma grande frota de aviação geral (28% da frota nacional), que demanda infraestrutura aeroportuária. Mas os aeroportos disponíveis possuem sérias limitações à atividade .da aviação executiva.
De fato, Congonhas tem apenas quatro de seu limite de 34 pousos e decolagens horários dedicados a esta aviação, e já se pensa transferi-los para os voos regulares, Guarulhos tem sérias restrições à permanência de aviões executivos. E Marte não possibilita operações por instrumentos, além de interferir com a operação de Guarulhos. Assim, não são coincidências os investimentos privados para a aviação executiva que já ocorrem em heliportos particulares, e, mais recentemente, também em aeroportos.
Finalmente agora, o governo do Estado, que há poucos anos considerou a concessão dos 31 aeroportos sob sua administração em cinco blocos, toma uma iniciativa louvável: por meio de seu departamento aeroviário, o Daesp, vai licitar cinco desses aeroportos, periféricos a São Paulo. Certamente a iniciativa privada terá mais agilidade em ampliá-los e promovê-los, oferecendo melhores serviços. De fato, com demanda saudável - o Brasil possui a segunda maior frota de aviação geral do mundo, crescendo acima de 5% ao ano não há vácuo de oferta por parte do capital privado, mais ainda com a ajuda do governo. A preocupação é que é quase nula a experiência do governo na administração destas novas concessões. Os usuários têm apenas o governo para defendê-los, em termos de segurança e de qualidade de serviços, e espera-se que não apenas a Anac e a SAC, mas agora também o governo do Estado, garantam condições de bom atendimento ao público usuário.
São Paulo vai privatizar 11 aeroportos

Luiz Guilherme Gerbelli

O governo de São Paulo vai iniciar um processo de concessão de cinco aeroportos administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). No primeiro lote, destinado para a aviação executiva, estão os aeroportos de Campinas (Amarais), Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaém e Ubatuba.
As concessões terão prazo de 30 anos. Todo o processo burocrático deve ser concluído até novembro, de acordo com o governo paulista. A intenção é que os contratos sejam assinados no fim de 2013 ou no máximo no início de 2014. A mudança no sistema aeroportuário do Estado também deve incluir a adoção da Parceria Público-Privada (PPP) de, no mínimo, outros seis aeroportos estaduais, voltada à aviação comercial. O Daesp administra 27 aeroportos.
"A decisão da concessão é passar para a iniciativa privada uma atribuição que não faz mais parte do Estado. Essa parte de infraestrutura aeroportuária, a exemplo do governo federal, tem de passar para a iniciativa privada. Isso ajuda a alavancar novos investimentos e também há uma questão de melhora na gestão", disse Ricardo Volpi, superintende do Daesp.
PPP. O processo de concessão era discutido no Programa Estadual de Desestatização (PED) desde 2011, primeiro ano da nova gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Todos os aeroportos foram estudados e, a partir daí, foi possível definir em quais unidades era mais vantajosa a concessão ou a PPP. "Para concessão comum como essa, a conta fecha para o (investidor) privado. No caso da PPP, na verdade, os aeroportos dão resultado negativo. Daí a concessão para uma PPP", afirmou Volpi.
Nos últimos anos, o Daesp chegou a ter prejuízo, apesar do aumento do número de passageiros nos aeroportos. Em 2010, o déficit foi de R$ 17 milhões e caiu para R$ 6 milhões no ano seguinte. Em 2012, houve superávit, de R$ 3 milhões. "A receita aumentou bastante no ano passado e este ano está estabilizada", afirmou Volpi. Segundo ele, o processo de anuência na Secretaria de aviação Civil da Presidência da República está "praticamente ok".
A transferência de aeroportos para a iniciativa privada marca uma nova fase no sistema do País, segundo o diretor-geral da Associação Brasileira de aviação Geral (Abag), Ricardo Nogueira. "É um momento de mudança no perfil de administração dos aeroportos. Saímos de uma fase onde o Estado era o único provedor. É uma fase que o governo federal já iniciou com os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília", afirmou. "O que se espera é que (essa iniciativa do governo paulista) melhore a qualidade de serviços, porque alguns aeroportos estão carentes."

Cenário: Plano de segurança saiu por R$ 27,5 mi; governo previa mais


O preço final da segurança da visi­ta do papa Francisco e da Jorna­da Mundial da Juventude ficou menor que a estimativa inicial. O go­verno estava preparado para gastar cer­ca de R$ 74 milhões. Vai pagar preço de promoção: não mais de R$ 27,5 milhões, O dinheiro está sendo gasto em treina­mento de pessoal, combustível, trans­porte, alimentação e infraestrutura.
Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, "os principais investimentos visam a modernizar as Forças Armadas e não apenas atender às demandas dos grandes eventos, iniciados em 2012 com a conferência ambiental Rio+20, que só terminam com Olimpíadas de 2o16". Há 14,306 militares envolvidos na Jornada e na agenda do papa no Rio. Em Apareci­da, havia outros 4.040. Além dos soldados, há também médicos, psicólogos, enfermeiros e pessoal de logística.

COLUNA SONIA RACY

Mais dois

Foram oficializadas ontem, no site da Secretaria de Aviação Civil, mais duas permissões: a do aeroporto da JHSF, em São Roque, e a do heliponto do Helicidade, no bairro de Jaguaré


Basílica de Aparecida, em SP, recebe 'Big Brother' para visita do Papa

Órgãos de segurança monitoram evento de mirante por mais de cem câmeras. Francisco chega à cidade durante a manhã de helicóptero e realizará missa.

Rosanne D'Agostino - Do G1, em Aparecida (SP)

É de um ponto privilegiado que órgãos de segurança pública, incluindo as Forças Armadas, querem garantir a segurança durante a visita do Papa Francisco ao santuário de Aparecida, interior de São Paulo, nesta quarta-feira (24). Dentro de um dos mirantes da Basílica, a 16 andares de altura, equipes estão a postos para monitorar, com o auxílio de mais de cem câmeras de segurança, cada passo do pontífice e de quem o segue na peregrinação católica.
ImagemO Centro Integrado de Coordenação e Controle foi instalado na última semana para ser utilizado pelas Forças Armadas e por órgãos de segurança pública, agências que integram a operação, direta e indiretamente, criando um ‘Big Brother’ na cidade santa.
Por meio dos monitores, os agentes têm acesso, em tempo real, a cada movimentação nas ruas e no complexo do santuário.
“Temos um mirante privilegiado, de onde podemos acompanhar a olho nu toda a operação. E também as imagens produzidas por ferramentas de comando e controle que nos permitem desse ambiente conseguir acompanhar qualquer área pela qual esteja passando o santo padre e sua comitiva”, afirma o general Abrahão, do Exército.
São mais de cem câmeras espalhadas por diversos pontos, 34 na cidade de Aparecida, em torno de 10 câmeras proporcionadas pelo santuário, mais uma posicionada em um mirante que capta imagens de toda a frente da Basílica e 44 câmeras ao longo da rodovia Presidente Dutra, por onde devem chegar as caravanas de ônibus e de fiéis que vão caminhando até a Basílica.
Segundo o Exército, as câmeras abrangem o complexo do santuário, o itinerário do santuário para o seminário do Bom Jesus, por onde deve passar o Papa, incluindo seu retorno pelas ruas da cidade. “Tudo está coberto pelas câmeras. Nem todas têm condição de dar um zoom, mas nos permitem, de uma forma geral, uma ideia macro do que está acontecendo. E algumas delas, uma visão mais detalhada”, afirma o general.
“Nós temos imagens da cidade de Aparecida, do interior do complexo do santuário, imagens produzidas por uma ferramenta chamada olho da águia, disponível na aviação do Exército e no comando da Polícia Militar, ambas que estão dando condição de acompanhar qualquer evento que ocorra”, completa.
Os órgãos de segurança também simularam o trajeto do Papa por diversas vezes. Na véspera da chegada, foram dois ensaios, que fecharam as ruas e a ponte que dá acesso à Basílica. Também houve preparação para possíveis protestos em todo o terreno.
São esperadas pelo menos 150 mil pessoas na Basílica, nesta quarta-feira (24), mas apesar da grande expectativa dos fiéis, a visita do pontífice deve ser breve, apenas entre 10h e 16h30, quando Francisco retorna ao Rio e cumpre outros compromissos da sua agenda oficial na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Francisco chegou ao Rio de Janeiro na tarde de segunda-feira (22) e passeou em carro aberto pelo Centro da cidade. Depois de uma cerimônia na sede do governo do Rio, foi para a residência oficial da Arquidiocese, no Sumaré, onde permaneceu até esta terça-feira (23), dia de descanso.
Nesta quarta, a previsão é que o pontífice decole às 8h45 da Base Aérea do Galeão em uma aeronave VC-2 (Embraer 190) da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegue ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, por volta das 9h15. De lá, o Papa deve seguir para Aparecida em um helicóptero H-34 Super Puma, também da FAB. A previsão de chegada do pontífice na Basílica é 10h, um atraso de meia hora em relação ao cronograma divulgado anteriormente.
Ao todo, 5 mil homens farão a segurança do Papa em Aparecida, entre Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Todo o esquema de segurança foi desenvolvido em conjunto com a Guarda Suíça do Vaticano, que também acompanhará os deslocamentos do Papa. Fiéis terão bolsas e mochilas revistadas, e passarão por detectores de metal para a entrada na Basílica e na área em que haverá a bênção do Papa.


Embraer dispara no ano, mas analistas ainda veem ganhos

Por Beatriz Cutait | De São Paulo
Colaborou Daniela Meibak

Com valorização de 47,4% no ano - a maior alta do Ibovespa - e de 65,5% no acumulado dos últimos 12 meses, as ações da Embraer têm chamado atenção na bolsa brasileira. O desempenho dos segmentos comercial e de defesa, a recuperação da economia americana e os novos contratos e encomendas são apontados como fatores responsáveis por impulsionar os papéis da fabricante de aviões, que também tem contado com o elemento câmbio a seu favor.
Mas com uma trajetória tão positiva em um ano em que a bolsa brasileira despenca, ainda há espaço para apreciação? Analistas indicam que sim.
O HSBC iniciou nesta semana a cobertura dos papéis da Embraer com recomendação de compra ("overweight") e preço-alvo de R$ 27,00, o que indica valorização potencial de 27,6% sobre o preço de fechamento do pregão de terça-feira (23). A casa ainda tem preço-alvo de US$ 46,00 para as ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) - que já sobem 34,3% em 2013 - nos próximos 12 meses.
Pelos cálculos do HSBC, pelo critério EV/Ebitda (indicador que mostra o valor da empresa sobre uma medida simplificada de sua geração de caixa e que pode dar uma ideia do prazo de retorno do investimento), os papéis da Embraer estão sendo negociados a 8,1 vezes para este ano, ainda abaixo da média dos últimos dez anos (9,7 vezes), segundo cálculos do Valor Data. Já ao considerar a relação Preço/Lucro (P/L), a projeção para 2013 do HSBC indica que os papéis estão mais caros, ao serem negociados a um múltiplo de 22,6 vezes, acima da média da última década (20,7 vezes).
Ainda de acordo com o banco, levando em conta as projeções para 2014, as ações estão sendo negociadas a múltiplos EV/Ebitda e P/L de 7,3 vezes e 15,2 vezes, respectivamente. Os valores indicam um prêmio em relação à média dos concorrentes, mas que, na visão do banco, é justificado pela sólida carteira de pedidos e pela liderança de mercado na categoria de jatos regionais.
Em relatório assinado por Alexandre Falcão, Ravi Jain e Gustavo Gregori, o HSBC chama atenção para o segmento de defesa e segurança, com a maior contribuição potencial para a geração de valor da companhia, respondendo por 40% do "valuation". "Defesa gera uma margem bruta relativamente alta e exige um capex [investimento imobilizado] mínimo (financiado pelo governo)", afirmam os analistas, que dizem acreditar que, com os novos jatos executivos Legacy 450 e 500, a Embraer está bem posicionada para uma potencial recuperação dos negócios do mercado de aviação.
O HSBC estima uma taxa anual de crescimento de 11% para a receita do segmento de defesa nos próximos cinco anos, elevando sua contribuição para a receita total da companhia de 20% para 25%. "Além disso, a parceria com a Boeing e os pedidos da força aérea americana constroem credibilidade e ajudam a Embraer a penetrar em novos mercados", diz o banco.
Outro ponto importante se refere à influência positiva da depreciação cambial sobre a companhia. "A Embraer se beneficia de um real mais fraco com 85% de suas receitas em dólar e 25% dos custos em reais. Uma análise de sensibilidade indica que uma desvalorização de 10% da moeda brasileira poderia resultar em uma melhoria de 80 a 90 pontos-base da margem operacional", afirmam os analistas do HSBC.
A Embraer seguiu na carteira de ações recomendadas pelo banco para julho, com peso de 10%.
Para Mário Bernardes Junior, analista do BB Investimentos, a própria receita atua como um hedge natural à companhia. "Tanto 2013 quanto 2014 são anos promissores para a Embraer por conta da recuperação do mercado externo, principalmente dos Estados Unidos. O papel da empresa subiu muito, mas ainda há espaço para alta. O desempenho vai depender bastante do que a companhia vai entregar em resultados e contratos", diz.
No primeiro semestre, a Embraer entregou 39 aviões comerciais e 41 executivos. Ao fim de junho, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) totalizava US$ 17,1 bilhões, um incremento de US$ 3,8 bilhões sobre o valor de março e também bem acima dos US$ 12,9 bilhões de um ano antes. Com esse montante, a companhia atingiu o maior valor de "backlog" desde o terceiro trimestre de 2009.
O BB está fazendo a modelagem da companhia para iniciar a cobertura de suas ações. Assim como o HSBC, o analista destaca o segmento de segurança e defesa da Embraer, com um crescimento anual expressivo, e ainda chama atenção para o desenvolvimento da aviação regional no Brasil.
Ontem, o J.P. Morgan elevou a recomendação para as ADRs da fabricante de aeronaves de venda para neutra e aumentou o preço-alvo de US$ 40,00 para US$ 43,00. A alteração levou em consideração a expectativa de revisões de estimativas pelo mercado após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2013, prevista para hoje, após o fechamento do pregão. A recomendação foi para neutra, e não para compra, pela fraca taxa de conversão dos pedidos em caixa esperada no curto e longo prazo.
Entre os riscos citados para a empresa, o HSBC cita a possibilidade de o ciclo de encomendas de grandes jatos regionais nos Estados Unidos estar chegando ao fim e faz menção à decisão estratégica de remodelar jatos da família E-Jets e à fraqueza do mercado de aviação executiva, além de uma redução dos gastos do governo brasileiro com defesa.
Com visão mais pessimista que as demais casas, o Citi tem recomendação de venda para as ADRs e preço-alvo de US$ 32,00. Um dos pontos críticos considerados pela instituição diz respeito à dependência da empresa a uma única companhia aérea. A Embraer, segundo relatório do banco, tem 38% da sua carteira de pedidos firmes na aviação comercial vindos da SkyWest, com grande parte dessas ordens sem geração de receita por pelo menos sete anos. "Sete anos é muito tempo para uma companhia aérea, é quase uma eternidade", diz o Citi.


Quem paga a conta?

Assim como ocorreu na Copa das Confederações, o gasto na visita do papa Francisco ao Brasil é alvo de protestos. Após manifestações próximo ao Palácio Guanabara, no Rio, na segunda-feira, e em frente à Catedral da Sé, em São Paulo, na terça, um novo ato foi convocado pela internet para amanhã, em Copacabana, durante a Via Sacra.
O presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior, critica o gasto para a recepção do Papa no Palácio Guanabara, o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte de papamóveis e os feriados decretados pela prefeitura do Rio por causa da visita do Pontífice.
O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, diz que os governos costumam aplicar recursos em eventos esportivos, culturais e de diversão, e também em situações sociais. Portanto, segundo ele, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não é diferente. Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o investimento público com a visita não é elevado, uma vez que o Papa se trata de um chefe de Estado.
Juntos, governos federal, estadual e prefeitura do Rio gastarão R$ 118 milhões em logística, mobilidade, segurança pública e comunicação. A Igreja deve gastar em torno de R$ 350 milhões.


CAPITALNEWS.COM.BR (MS)

Esquadrão usa óculos de visão noturna para resgate em Corumbá


Uma senhora, que sofreu uma queda, foi resgatada pelo Esquadrão Pelicano da Base Aérea de Campo Grande nesta segunda-feira (22). O resgate só foi possível graças ao uso de óculos de visão noturna que permitiu a localização da vítima.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Base Aérea de Campo Grande, no último domingo, Nilcéia Gomes, de 59 anos, moradora da Fazenda Boa Vista, próxima de Corumbá, na beira do rio Taquari, sofreu uma queda de cavalo e fraturou a bacia. O Esquadrão Pelicano foi acionado por volta das 23 horas, do mesmo dia, mas devido ao mau tempo, o helicóptero do Esquadrão não pode decolar.
No dia seguinte, o Esquadrão não conseguiu decolar devido às más condições do tempo, por volta das 11 horas, houve nova tentativa, frustrada por causa do tempo. Somente por volta das 16 horas da segunda-feira, o Esquadrão conseguiu decolar rumo à Fazenda. Ao chegar ao local, já anoitecendo, os militares foram informados que os familiares da vítima, na tentativa de auxiliar Nilcéia, a colocaram na carroceria de uma pick-up e andaram por cerca de 15 km.
Os militares que estavam no helicóptero traçaram a rota do veículo e conseguiram interceptar perto do rio. Os familiares iriam levar a vítima de barco até Corumbá. Segundo a Base Aérea de Campo Grande, os agentes usaram óculos de visão noturna, um equipamento moderno, norte-americano e que permite visualização com pouca ou nenhuma visibilidade.
O Esquadrão está há quatro nãos treinando o uso dos óculos, e por isso, realiza constantemente manobras à noite nos bairros próximos a Base. O resgate de Nilcéia Gomes foi a primeira missão real de resgate que contou com o auxílio dos óculos de visão noturna.
Segundo a assessoria, este é um resultado positivo dos constantes treinamentos realizados à noite, perto da Base Aérea. Nilcéia pode ser resgatada e levada até o município de Corumbá e passa bem.
SITE CONGRESSO EM FOCO (DF)

Planalto quer “despejar” militares da Esplanada

Comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deveriam ter deixado prédio do Ministério da Defesa ainda no ano passado. Governo cobra espaço para ocupar outras pastas
Eduardo Militão

Enquanto os ministérios alugam prédios inteiros em Brasília por falta de espaço na Esplanada, três edifícios são usados pelas Forças Armadas, resquício dos antigos Ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Em 1999, foi criado o Ministério da Defesa, para coordenar todos os comandos militares, mas até hoje eles ocupam os prédios. A Presidência da República ordenou a saída dos comandos para liberar espaço para novos e antigos ministérios.
Havia a expectativa de que deixassem a Esplanada até o ano passado. Mas isso ainda vai demorar um pouco mais, segundo informou o Ministério da Defesa ao Congresso em Foco. Em agosto deve sair o Comando Militar do Planalto, ligado ao Exército. A sede da força não está mais lá, mas no Setor Militar Urbano.
Já as sedes da Marinha e da Aeronáutica ainda não têm data para saírem da Esplanada, apesar de o processo de transferência estar “em curso”. A Marinha vai ser transferida para terreno ao lado da residência oficial da Vice-presidência, o Palácio do Jaburu. O Ministério da Defesa diz que os marinheiros aguardam autorização para iniciar a construção.
A FAB ainda não sabe onde será sua nova sede. Falta uma decisão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) sobre qual área será utilizada. “A Força Aérea já possui o projeto arquitetônico das novas instalações”, informou o Ministério da Defesa. O croqui será adaptado à área a ser escolhida pela Secretaria de Planejamento da União (SPU).
Despesas
Diversos órgãos da cúpula da administração federal, sobretudo aqueles criados nos dez anos de governo petista, trocaram a Esplanada por prédios alugados em regiões valorizadas da capital do país.
Sem licitação, como prevê a lei, muitos deles tiveram de deixar o tradicional cartão-postal de Brasília em busca de espaço para abrigar seus funcionários. Em alguns casos, o gasto de cada pasta com esse tipo de despesa passa dos R$ 6 milhões por ano. Ainda assim, segundo os ministérios, sai mais barato alugar do que construir ou comprar novos imóveis.
Da Esplanada “paralela” dos Ministérios, fazem parte as pastas da Pesca, das Cidades e da Integração Nacional e a Secretaria da Aviação Civil, também com status de ministério. As duas primeiras foram parar em edifícios no Setor Bancário e no Setor de Autarquias. A Secretaria de Aviação Civil se prepara para deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e ocupar dois andares num luxuoso prédio comercial ao lado do Parque da Cidade, na Asa Sul.
Os ministérios que alugam prédios fora da Esplanada disseram não ser possível, ao menos agora, usar o dinheiro do aluguel para adquirir um imóvel semelhante, o que seria mais vantajoso para o governo federal.
Mídia News - MT

Parentes de vítimas querem cassação da licença de pilotos norte-americanos

Pilotos conduziam o Legacy 600 que colidiu com o avião da Gol, matando 154 pessoas
Hélvio Romero/AE

Representantes dos parentes das vítimas do acidente do voo 1907 da Gol se reuniram na tarde de hoje (23) com o chefe da Secretaria de Aviação Civil, ministro Moreira Franco. Eles querem que o governo tome providências para assegurar a cassação da licença dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Os dois conduziam o Legacy 600 que colidiu com o avião da Gol, matando 154 pessoas. O acidente aconteceu no dia 29 de setembro de 2006, no norte de Mato Grosso. Após a colisão, o Legacy pousou em segurança em uma base aérea no sul do Pará.
Segundo a diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Rosane Gutjahr, o ministro disse que o governo brasileiro vai trabalhar em duas frentes, uma jurídica, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) e outra diplomática, com o Itamaraty para cobrar dos Estados Unidos a cassação da licença.
"A gente realmente está contando que agora, com essa posição do ministro Franco, a gente venha ter uma conclusão, uma resposta à altura do que nós precisamos. À altura do respeito que as vítimas, os parentes e que o próprio Brasil precisa", disse Rosane. "Ele pediu que juridicamente a AGU tomasse as medidas cabíveis para que, realmente, se tomasse uma definição e, no campo diplomático, ele também orientou que se utilizassem todas as medidas, todos os argumentos para que isso [a cassação] também se resolvesse", completou Rosane, que é viúva de uma das vítimas.
Na área administrativa, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aplicou três multas a Joseph Lepore, que estava no comando do Legacy, que somadas chegam a R$ 10 mil. A Anac constatou que os equipamentos anticolisão e o transponder (que informa a posição exata da aeronave aos controladores de voo) do jato estavam desligados durante o voo, contrariando normas de segurança da aviação civil. A agência chegou a enviar um comunicado à Federal Aviation Administration (FAA), que é a autoridade aeronáutica dos Estados Unidos, informando as sanções impostas aos dois pilotos.
Joseph Lepore e Jan Paul Paladino não sofreram punições nos Estados Unidos e continuam pilotando. De acordo com Rosane, a FAA informou que não aplicaria nenhuma sanção, pois, de acordo com a legislação norte-americana, o caso prescreveu. Ela disse que durante a reunião, os representantes dos parentes cobraram o retorno dos questionamentos brasileiros para saber os motivos do não cumprimento pelos EUA das autuações da Anac no processo administrativo.
Os Brasil e os Estados Unidos são signatários da Convenção de Chicago, que regulamenta a aviação civil internacional. Um dos artigos, que trata das regras de tráfego aéreo, determina que os estados- membros da convenção devem se "comprometer a processar todos os infratores dos regulamentos em vigor". "Os Estados Unidos não respeitaram essa decisão, pelas leis americanas deixaram o caso prescrever. Mas isso não tem nada a ver com a lei [de lá], pois o caso ocorreu no Brasil", ressaltou.
Em outubro de 2012, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) condenou os pilotos norte-americanos a pena de três anos, um mês e dez dias de prisão. A decisão alterou a condenação anterior, da Justiça Federal em Sinop (MT), de quatro anos e quatro meses, em regime semiaberto, pena que foi transformada em prestação de serviços comunitários. O Ministério Público Federal e os representantes das vítimas recorreram e aguardam o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fazer novo julgamento.
Clica Brasília

Coluna Gilberto Amaral

 Apoio à vigília
Decidido o aproveitamento dos veículos aéreos não tripulados, pelas forças de segurança, na vigília do Campus Fidei, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, sábado e domingo. A FAB utilizará os dois modelos RQ-450, fabricados em Israel, tanto na vigília quanto na missa de encerramento da jornada.


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