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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/07/2013

HMD


 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



O efeito dos protestos na visita de Francisco

Governo minimiza alerta da Abin sobre riscos de ameaça ao papa, mas novas manifestações aumentam o clima de tensão no Rio de Janeiro

Julia Chaib

A quatro dias da chegada do papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os discursos e as iniciativas sobre a segurança do pontífice por conta dos protestos ocorridos no Brasil no último mês se mostram contraditórios. Ontem, 24 horas depois de a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertar sobre a grande possibilidade de manifestações cruzarem o caminho dos fiéis, o ministro-chefe da Secretaria-Ge-ral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que "a principal segurança do papa é o entusiasmo, a tradição de paz e de fraternidade do povo brasileiro". Mas, ao fim ,do dia, no momento em que um grupo de manifestantes protestavam nas imediações da residência do governador do Rio, Sérgio Cabral, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, discutia com o próprio governador e com agentes da guarda do Vaticano alterações no plano de segurança da visita do papa.
Na Praia do Leblon (Zona Sul), em frente ao prédio onde mora o governador, cerca de 600 pessoas atearam fogo em bonecos e entoaram palavras de ordem. Mais cedo, moradores da Favela da Rocinha, a maior do Rio, protestaram contra o desaparecimento de uma pessoa da comunidade durante uma operação da polícia pacificadora. No início da noite, as duas manifestações se encontraram no Leblon. Foi quando a Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto. Houve corre-corre e uma agência bancária e uma banca de jornais foram depredadas.
Os protestos e o anúncio da revisão do plano de segurança do papa deram outro tom às expectativas do governo. Pela manhã, a intenção era minimizar o risco das manifestações apontado pela Abin. "Nós não estamos efetivamente preocupados", disse, em Brasília, Gilberto Carvalho. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, seguiu na mesma linha: "Em todas as manifestações religiosas do país, jamais tivemos qualquer tipo de conflito. Não acredito que interesse a quem quer que seja criar problemas".
Mas a reunião de Cardozo, à tarde, foi ao encontro do alerta da Abin. "A agência mostra as possibilidades justamente para os órgãos policiais se prepararem", comentou o antropólogo, especialista em segurança pública e ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Paulo Roberto Storani. "A questão central não são os danos físicos que podem ocorrer com o papa. Não acho que, se houver protestos, tentarão atacar o pontífice. Mas é preciso garantir paz ao redor dele.
O problema é que, nessas manifestações, as pessoas podem se aproveitar para chamar atenção ao movimento, praticar atos de vandalismo. Qualquer coisa que acontecer com o papa, nesse momento de exposição, pode mostrar a vulnerável estrutura do país e a incapacidade do governo em garantir segurança ao pontífice", opina Storani.
Agenda mantida
Mesmo com o alerta da Abin, o Vaticano garante que a agenda do papa não será mudada. O percurso de Francisco inclui encontros com grandes públicos na Praia de Copacabana, na missa em Guaratiba (Zona Oeste) e na comunidade de Varginha — uma das favelas do Complexo de Manguinhos na zona portuária. Oito integrantes da Gendarmeria, a Guarda do Vaticano, estiveram na manhã de ontem na Varginha. Eles percorreram os locais em que o papa estará, como a capela da comunidade e o campo de futebol, onde será montado um palanque. Em deslocamentos longos, o pontífice deve usar helicóptero ou carro fechado, mas, em trechos curtos, deve optar pelo papamóvel, que não deve ter vidros blindados. A Força Aérea Brasileira vai usar dois aparelhos não tripulados (drones) para monitorar as áreas por onde o papa vai passar. Na missa da Basílica de Aparecida (SP), não há previsão de protestos populares. (Colaborou Karla Correia)

A mulher de César

Sílvio Ribas

Corrupção é uma palavra muito feia, daquelas que chegam a incomodar os ouvidos mais sensíveis. Apesar disso, corruptos e corruptores fazem parte de nossas conversas diárias, das capas dos jornais e, às vezes, do nosso convívio. Com tanto malfeito país afora, protagonizado por pessoas de todas as ideologias, os mais prudentes nos lembram de tomar sempre o cuidado para não generalizar a coisa.
Eles temem que defensores do patrimônio público, jornalistas e outros atores independentes coloquem o rótulo de malfeitor em quem apenas exibe indícios de estar negligenciando a ética. Concordo que excessos podem até ocorrer de quem investiga ou apenas zela pelo interesse coletivo. Mas é bom ressaltar que o necessário cuidado para não atacar reputações com bases frágeis também não pode levar à inibição da não menos necessária vigilância republicana.
Assim como ensina a máxima sobre o comportamento da mulher de César, não adianta mais às autoridades e aos agentes públicos apenas ser honestos. Eles também precisam parecer honestos. Por esse motivo é que a ampla transparência — causadora de escândalo poucas décadas atrás, quando associada ao vestiário feminino — deve ser uma regra em tudo o que envolve dinheiro do povo.
Só a transparência e a apuração justa podem separar o joio da real improbidade daquilo que é somente desaconselhá-vel. De toda forma, mais vale o rigor extremo do que uma explicação dada para tentar provar que o erro aparente não foge do aceitável. Bom exemplo foi dado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) quando governava seu estado. Diante da insistência feita por um comandante da polícia gaúcha da justeza de se promover um filho dele, apesar da subordinação hierárquica, Simon, que havia vetado a promoção, respondeu assim: "Então, é simples, renuncie você".
Pensar nas implicações de um ato até justo na essência, mas péssimo na aparência, poderia ter evitado muita saia justa e até CPIs. Não estou falando de erros grosseiros, como os linchamentos da Escola de Base e do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), mas dos imbróglios que tomaram a Força Aérea Brasileira (FAB) a agência de viagens oficiosa de autoridades e agregados. Ou de agentes usando carro oficial para uso pessoal apenas por achar que "não tinha nada a ver".


Bolívia admite erro na revista de avião da FAB

AFP

O governo boliviano admitiu nesta quarta-feira que no final de 2011 agentes da polícia antinarcóticos revistaram na Bolívia um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), mas garantiu que a medida não teve relação com o senador asilado na embaixada do Brasil em La Paz. 
"A vezes os (agentes) da Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico cometem algumas infâmias porque não sabem se é um avião VIP ou não. Houve uma reclamação (do Brasil) e esclarecemos isto", assinalou o chefe da diplomacia boliviana, David Choquehuanca, em entrevista à AFP.
Choquehuanca respondeu nestes termos um comunicado emitido na terça-feira pelo ministério da Defesa do Brasil sobre o incidente envolvendo o avião militar a serviço do ministro Celso Amorim, que não estava no aparelho.
Segundo Brasília, "no segundo semestre de 2011 ocorreram ações por parte das autoridades bolivianas que configuraram violações da imunidade das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), incluindo o avião que levou o ministro da Defesa em viagem oficial a La Paz no final de outubro de 2011".
O governo brasileiro destacou que esta revista "jamais" foi autorizada por Amorim e advertiu que "tais procedimentos abusivos levarão à aplicação do princípio de reciprocidade".


Bolívia admite erro em revista

LA PAZ - O governo boliviano admitiu ontem que no final de 2011, policiais antinarcóticos revistaram na Bolívia um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em uma ação qualificada de infame por La Paz, mas garantiu que a medida não tem relação com o senador asilado na embaixada do Brasil em La Paz.
"Às vezes os agentes da Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico cometem algumas infâmias porque não sabem se é um avião ‘VIP’ ou não. Houve uma reclamação (do Brasil) e esclarecemos isto", assinalou o chefe da diplomacia boliviana, David Choquehuanca, em entrevista à Agência France-Presse.
Choquehuanca respondeu nestes termos um comunicado emitido na terça-feira pelo ministério da Defesa do Brasil sobre o incidente envolvendo o avião militar a serviço do ministro Celso Amorim, que não estava no aparelho. Segundo Brasília, "no segundo semestre de 2011 ocorreram ações por parte das autoridades bolivianas que configuraram violações da imunidade das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), incluindo o avião que levou o ministro da Defesa em viagem oficial a La Paz no final de outubro de 2011".
O governo brasileiro destacou que esta revista "jamais" foi autorizada por Amorim e advertiu que "tais procedimentos abusivos levarão à aplicação do princípio de reciprocidade". O chanceler boliviano destacou que a revista no avião da FAB "não teve o objetivo de encontrar o senhor (senador Róger) Pinto", asilado há mais de um ano na embaixada Brasileira em La Paz, mas sem salvo-conduto para sair da Bolívia.
Choquehuanca revelou que o Brasil "fez chegar uma nota verbal sobre procedimentos ‘infames’ que as vezes acontecem no aeroporto", e destacou que "ele mesmo, que tem passaporte diplomático", já foi interpelado devido à falta de conhecimento dos policiais dos protocolos internacionais. "Alguns funcionários não conhecem bem as normas internacionais e cometem alguns atropelos, é preciso capacitá-los".
A oposição boliviana aproveitou a notícia do incidente com o avião do Brasil para assinalar que o governo de Evo Morales tem dois pesos e duas medidas: revista as aeronaves estrangeiras e fica indignado quando lhe pedem para seguir procedimentos similares, como ocorreu com o avião presidencial há duas semanas, sobre a Europa, sob suspeita de transportar o ex-analista de inteligência dos Estados Unidos Edward Snowden.

O poder nas nuvens

A degradação ética no Brasil não melhora. Disso poucos têm dúvida, bastando acompanhar o noticiário das falcatruas, abusos, negociatas, comissões e, nos anos mais recentes, dos escândalos e denúncias envolvendo ministros da República, sem falar no famigerado mensalão do governo Lula. A representatividade política parece ter perdido qualquer imperativo moral, como se a certeza da impunidade ampliasse o escudo de imunidades de vossas excelências, no exercício de seus cargos.
Ou seria mais exato dizer - no desfrute do poder? Foi de provocar verdadeira repulsa nos brasileiros, mesmo depois da onda de manifestações no País, ver figuras de destaque na hierarquia federal flagradas em privilégios que apenas corroboram a indignação popular. O uso de aviões da FAB para fins nada oficiais, muito pelo contrário, para necessidades particulares, foi exemplo crasso de mau comportamento, de desvio da função pública e de uso indevido do dinheiro dos impostos dos cidadãos.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, reconheceu o erro depois que a informação foi divulgada, e declarou que devolveria quase R$ 10 mil aos cofres da União por ter levado sete familiares, de Natal, para a final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro, em jatinho da FAB. O grupo aproveitou para passar o final de semana na cidade. O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu de Maceió a Porto Seguro, para um casamento, e de lá retornou a Brasília, usando jatinho das Forças Armadas. O ressarcimento é mais pesado: R$ 32 mil, mas o senador, depois de considerar normal, voltou atrás e disse que iria pagar. "Sou chefe de poder, como a presidente Dilma, e fui cumprir compromisso como presidente do Senado", Renan chegou a afirmar, o que piorou a situação. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, por sua vez, deu carona ao sócio do seu filho, também para ver a seleção no Maracanã. Depois da repercussão negativa, resolveu pagar R$ 2,5 mil pela viagem de graça.
Levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo em abril mostrou que, somente no governo Dilma, o primeiro escalão do Executivo, do Legislativo e do Judiciário fez quase seis mil voos nesses aviões, ao custo estimado de R$ 44 milhões.
De acordo com um decreto de 2002, a frota oficial é reservada para deslocamentos à residência permanente das autoridades, ou em casos de segurança e emergência médica. Nada relacionado a eventos esportivos ou casamentos. O nome dos caroneiros não é divulgado, porque é comunicado à FAB apenas a quantidade de passageiros, e não as suas identidades. Pelo abuso que vem sendo observado há anos, a transparência seria uma providência oportuna, pois a partir de agora todo voo da FAB com integrantes do governo ou do Congresso estará tacitamente sob suspeita. As regras de uso devem ser claras e rígidas. Enquanto o poder se refastela nas nuvens, no chão fica a sensação de um distanciamento cada vez maior dos ocupantes das aeronaves com a realidade.


Brasil mobiliza 15 mil militares e R$ 70 mi

Pouco mais de 10 mil estarão no esquema de defesa e os outros permanecerão em alerta; plano foi concluído ontem

Roberto Godoy

O esquema do Ministério da Defesa para a atuação durante a visita do papa Francisco é grande: 10.266 militares estarão envolvidos na operação. Outros 4 mil permanecerão em alerta, elevando o dispositivo para perto de 15 mil – cerca de 7 mil homens e mulheres das Forças Armadas a mais que o estimado há apenas duas ou três semanas.
O custo de toda a movimentação, de acordo com a estimativa oficial para os grandes eventos, está na faixa dos R$ 70 milhões. O total de investimentos cobrindo desde a conferência ambiental da ONU, a Rio+20, até a Olimpíada, em 2016, vai bater em R$ 710 milhões – a metade da previsão inicial, de 2010.
O papa Francisco poderá escolher para seu deslocamento mais longo, do Rio a São Paulo, um dos dois aviões presidenciais VC-2, a versão especial do Emb-190 da Embraer. O grande jato tem uma ala reservada, com sanitário completo e camarote privativo, área isolada para reuniões e uma seção separada, com 36 lugares em classe executiva. As comunicações são protegidas. Há telas de LED e cristal líquido em todas as dependências com recepção digital.
É uma oferta – o jesuíta Bergoglio, com seu estilo próprio, pode optar por fazer toda a viagem de helicóptero. E, nesse caso, terá à sua disposição seis deles, entre os quais o moderno Super Cougar EC-725, da Helibras, entregue faz menos de um ano para uso da Presidência. A viagem será na quarta-feira, dia 24.
A versão final do plano da Defesa ficou pronta ontem à tarde. A Aeronáutica ativou 600 oficiais e soldados. Vai tratar dos deslocamentos do papa e da segurança do espaço. Caças supersônicos F-5M, turboélices Super Tucano, aeronaves de transporte de passageiros, helicópteros e dois veículos aéreos não tripulados (Vants) permanecerão no ar durante todo o tempo em que Francisco estiver no País. Durante as celebrações públicas, em Guaratiba e Copacabana, a área vetada ao sobrevoo será de 100 quilômetros.
A Marinha criou um grupo especial para a missão – serão ativados1.924 militares e uma força tarefa que pode movimentar até 30 diferentes navios, liderados por uma fragata classe Niterói, embarcações diversas, quatro ou cinco helicópteros, perto de 150 veículos e ao menos dois blindados pesados tipo Clanf, o mesmo empregado na ocupação do Complexo do Alemão.
O Exército, com 7,5 mil militares, terá a incumbência mais ampla. Vai cuidar das estruturas estratégicas, 20 delas, como estações de abastecimento de água, sistemas de transporte,centros de geração de energia e de telecomunicações.

Evo, o travesso

A diplomacia companheira trata a Bolívia como aquele irmão menor que, por mais inconveniente que seja, deve sempre ser perdoado por suas traquinagens. Resultado: Evo Morales, o menino travesso, sente-se cada vez mais à vontade para afrontar o Brasil. Em sua última pirraça, o governo boliviano mandou seus agentes vistoriarem três aviões da Força Aérea Brasileira que estavam no aeroporto de La Paz - uma das aeronaves estava a serviço do ministro da Defesa, Celso Amorim, em viagem oficial. Todos os casos ocorreram em 2011 - dois em outubro e um em novembro - e só agora vieram a público. Em nenhum desses episódios os agentes bolivianos pediram autorização a representantes do governo brasileiro. Simplesmente invadiram os aviões, em busca sabe-se lá de quê - os agentes eram da divisão antinarcóticos, mas há suspeitas de que as autoridades bolivianas estivessem à procura do senador Roger Pinto Molina, opositor que há mais de um ano está refugiado na Embaixada do Brasil em La Paz.
Tais atos de violência teriam tido uma resposta à altura se o país ofendido fosse governado por dirigentes cientes de suas atribuições primárias. Mas o Brasil sob o lulopetismo é um País prisioneiro da fantasia ideológica bolivariana, que manda fechar os olhos para o comportamento irresponsável autoritário e errático de governantes como Evo Morales e o venezuelano Nicolás Maduro, para ficar somente nos personagens latino-americanos que mais amiúde frequentam o noticiário por seus atentados contra a democracia e as boas relações internacionais.
A diplomacia nacional limitou-se a advertir a Bolívia, em dezembro de 2011, de que poderia adotar o "princípio da reciprocidade" caso houvesse nova vistoria em aviões brasileiros. Foram necessárias nada menos que três violações de soberania - porque é disso que se trata - para que o Brasil governado por Dilma Rousseff afinal se abalasse a reagir.
Quando o fez, porém, usou o mesmo tom complacente adotado nas crises anteriores, nas quais Evo Morales, de peito estufado, bradou que suas decisões, mesmo as flagrantemente ilegais, só diziam respeito à Bolívia.
Os exemplos dessa assimetria se multiplicam. Em 2006, pouco tempo depois de ter assistido à ocupação militar boliviana de uma instalação da Petrobrás, e ainda ouvir Evo acusar a empresa de "atividades ilegais", sendo esta apenas uma entre tantas bravatas anti-Brasileiras na ocasião, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vez de reagir com firmeza à humilhação pública, pediu orações à Bolívia, "um país muito pobre, que precisa de ajuda".
A genuflexão do Brasil não comoveu Evo. Ao contrário: estimulou-o a acreditar que teria sempre o respaldo do "irmão mais velho". No caso do senador Molina, o presidente Evo Morales negou permissão para que o opositor saia do país e ainda acusou o embaixador brasileiro, Marcel Biato, de trabalhar para a oposição boliviana.
Em vez de reagir, o governo brasileiro trocou de embaixador, segundo informa o jornal Valor. Além disso, o mesmo Evo que não pede permissão de ninguém para inspecionar aviões oficiais brasileiros foi objeto de ruidosa solidariedade do Mercosul por ter tido seu avião oficial retido na Europa, por suspeita de que estivesse transportando Edward Snowden, procurado nos Estados Unidos após vazar informações confidenciais.
A imagem altiva da diplomacia lulopetista - aquela que vive a dizer que seus diplomatas não se submetem a revistas nos aeroportos dos Estados Unidos - não condiz com a humilhação de ver cães farejadores bolivianos fuçando num avião oficial do governo brasileiro.
Agora que a imprensa revelou o caso, Amorim disse que foi um procedimento "lamentável", mas o entrevero estava sendo mantido em sigilo certamente para não expor em público mais um exemplo do mau comportamento do presidente boliviano, aquele que é um dos símbolos da chamada "revolução bolivariana".

Embraer fecha encomenda de US$ 2,85 bi

Reuters e Agência Estado

A Embraer e a International Lease Finance Corporation (IL- FC) assinaram um acordo final para a encomenda firme de 50 jatos da segunda geração da fa­bricante brasileira, com um va­lor estimado de US$ 2,85 bi­lhões a preços de tabela.
Segundo comunicado divulga­do pela Embraer ontem, o con­trato, que foi firmado por meio de uma carta de intenções du­rante a Paris Air Show, em ju­nho, também considera opções para outras 50 aeronaves adicio­nais, elevando o potencial do pedido para até cem aviões.
O pedido firme envolve 25 unidades do E190 da segunda geração e outras 25 do E195.
A Embraer lançou a segunda geração de seus aviões comer­ciais E-Jets em junho, na Paris Air Show, quando também di­vulgou encomendas potenciais de centenas de jatos estimadas em US$ 18 bilhões.
Na ocasião, a empresa esti­mou a entrada em serviço do E190-E2 no primeiro semestre de 2018, com o E195-E2 inician­do voos comerciais em 2019 e o terceiro avião, o E175-E2 em 2020.
A Embraer divulgou, na últi­ma segunda-feira, que entregou 22 jatos para o mercado de avia­ção comercial e 29 para o de aviação executiva durante o se­gundo trimestre deste ano, com um total de 51 jatos.
Em 30 de junho, a carteira de pedidos firmes a entregar totali­zava US$ 17,1 bilhões, incremen­to de US$ 3,8 bilhões sobre o va­lor de março, chegando ao maior valor de nível desde o ter­ceiro trimestre de 2009.

Para ministro, segurança do papa é o povo brasileiro

A cinco dias da chegada do papa Francisco ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude e em meio ao temor de protestos, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu ontem que faltam detalhes para fechar a agenda papal

Marcelo Gomes / Débora Bergamasco / Rafael Moraes

Sem roteiro 100% fechado, governo diz que a segurança do papa é o "povo"
A cinco dias da chegada do pa­pa Francisco ao Rio para a Jor­nada Mundial da Juventude, o governo federal admite que seu roteiro não está 100% fe­chado e ainda passa por adap­tações. Segundo um dos mi­nistros, a segurança do pontí­fice está nas mãos "do povo".
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu on­tem que faltam alguns pontos para fechar a agenda papal, mas sem dar detalhes. Cardozo e seu colega da Defesa, Celso Amorim, participaram de duas reuniões no Rio com o secretá­rio de Segurança, José Mariano Beltrame, além de representan­tes da Gendarmaria (a polícia do Vaticano) e da prefeitura.
Democracia. "Protestos que possam haver fazem parte da democracia. O papa tem se mostrado tão aberto, tão plural na sua concepção, que eu tenho certeza de que ele vai saber entender que isso é parte da saúde democrática de um País. Saberemos conviver sem problema e espero, pacificamente, com toda forma de manifestação" Gilberto Carvalho
MINISTRO

Os Ministérios da Justiça e da Defesa são os responsáveis pela segurança pessoal do papa e evento. "Tudo o que diz respei­to à presença do papa foi discuti­do, e nós estamos fazendo as adaptações, ouvindo sugestões do Vaticano, e eles ouvindo as nossas. Justamente para que possamos ter um plano de segu­rança exitoso", disse Cardozo.
O governo brasileiro está tão preocupado com a possibilida­de de manifestações populares na próxima semana que já comunicou oficialmente a equipe do papa Francisco sobre possí­veis protestos. A Agência Brasi­leira de Inteligência (Abin) vê seis "fontes de ameaça" à reali­zação da Jornada Mundial da Ju­ventude (JMJ) no Rio: inciden­tes de trânsito, crime organiza­do, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalida­de comum. O maior nível de preocupação - o alerta verme­lho - é com os chamados "gru­pos de pressão", como são caracterizadas manifestações di­fusas, sem líderes específicos.
Mas o chefe da Igreja Católi­ca não demonstra nenhuma apreensão com o assunto. "Eles já foram avisados, mas o papa é assim, quer matar a gente do coração indo pas­sear de carro aberto na comuni­dade da Rocinha", diz o minis­tro da Secretaria Especial da Presidência da República, Gil­berto Carvalho. O uso de um papamóvel não blindado, pela primeira vez desde 1981, preo­cupa as autoridades, que ainda avaliam o risco.
O estafe de Carvalho está em contato direto com a Gendarmeria do Vaticano, acertando os detalhes da visita. "A princi­pal segurança do papa será o en­tusiasmo, a tradição de paz e de fraternidade do povo brasilei­ro. Não estamos efetivamente preocupados, a não ser, claro, com aquilo que é a nossa obrigação oferecer: apoio logístico e de segurança a um chefe de Esta­do que é o que o papa represen­ta e é", disse o ministro a jorna­listas, após participar de reu­nião do Conselho de Desenvol­vimento Econômico e Social, em Brasília. "Em todas as mani­festações religiosas já feitas no País jamais tivemos nenhum ti­po de conflito. Não acredito que interessa a quem quer que seja criar problemas, cada um saberá respeitar o seu espaço."
Mudanças. Apesar de as autori­dades negarem qualquer mu­dança de roteiro de última hora, um dos temas discutidos on­tem foi justamente a possibili­dade de trocar o local da soleni­dade de boas-vindas ao pontífi­ce, inicialmente previsto para ocorrer no Palácio Guanabara na segunda-feira, para a Base Aé­rea do Galeão. Francisco se en­contrará no Palácio com a presi­dente Dilma Rousseff.
A sede do governo foi palco de um violento confronto entre manifestantes e policiais na se­mana passada. Foram usadas pedras e rojões, pelos ativistas, e tiros de borracha e bombas de gás, pelos PMs. Ainda ontem, o Comitê Organizador Local e o governo do Estado negaram qualquer mudança no roteiro já previsto. Cardozo, no entanto, admitiu que ainda haverá ou­tras reuniões para fechar o rotei­ro completo e o esquema de segurança do pontífice.
COLABOROU WILSON TOSTA

COLUNA SONIA RACY

Curiosidade

O interesse por saber quem do poder público viaja - e pa­ra onde - fez dobrar a visuali­zação do site da FAB.
Desde a liberação dos dados de voos oficiais, segunda, o aces­so de internautas saltou de 15 mil por dia para... 30,5 mil.


Drones da FAB vão vigiar peregrinos durante missa do Papa em Guaratiba

Aviões voarão a 2,7 km de altura para filmar todos os passos de Francisco. Eles vão decolar de Santa Cruz e mandar imagens do Campo da Fé ao RJ.

Tahiane Stochero

Imagem A Força Aérea vai usar dois drones – veículos aéreos não tripulados (vants, na sigla em português) - para monitorar os peregrinos e fazer a segurança do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorre no Rio de Janeiro de 22 a 28 de julho.
Segundo o coronel Donald Gramkow, comandante do Esquadrão Hórus, a tropa da Aeronáutica que voa com os drones no Brasil, os dois aviões voarão ininterruptamente, juntos, sobre o Campo da Fé, em Guaratiba, onde está prevista a reunião de entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas no domingo (28), quando será o encerramento do evento.
“Os aviões ficarão na base aérea de Santa Cruz, que é próxima, a cerca de 14 km do campo de Guaratiba, e enviarão imagens em tempo real para os centros de controle e segurança”, afirma o coronel.
A FAB opera quatro drones do modelo Hermes, da Elbit, com autonomia média de 16 horas e peso de 450 kg. Na operação, porém, apenas dois são empregados. Eles conseguem chegar a uma distância de até 200 km.
“Vamos voar a baixa altitude, cerca de 9 mil pés (cerca de 2,7 km), para não interferir no tráfego aéreo do Rio. Vai depender das nuvens. Naquela região, não podemos subir muito, pois é caminho para todos os aeroportos da região para aeronaves que chegam aos aeroportos da cidade”, pondera o oficial.
Os dois drones voarão ao mesmo tempo, mas em altitudes diferentes, como foi na abertura da Copa das Confederações, durante a partida de Brasil x Japão no estádio Mané Garrincha, em Brasília, dia 15 de junho.
“Um fica em cima, monitorando as pessoas e, o outro, orbitando ao redor, visualizando estradas, peregrinos que se aproximam. A partir que o evento começa, as equipes de segurança nos pedem imagens do que é mais importante”, diz o coronel. Durante a abertura da Copa das Confederações, os drones da FAB filmaram o gol de Neymar sob o México.
As imagens da chegada dos fiéis ao local e da movimentação durante a missa são transmitidas ao Centro de Coordenação de Defesa de Área do Rio de Janeiro, montado pelo Exército no Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, onde as autoridades estarão reunidas para decidir o que fazer em caso de risco.
As atividades do papa Francisco na cidade do Rio estão sob responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça, e dos órgãos de segurança públicas estaduais. Já em Guaratiba, a segurança é das Forças Armadas.
A Sesge e a Polícia Federal informaram que não está no planejamento inicial o emprego dos drones da PF, que são de um modelo concorrente ao da FAB, o Heron, durante a Jornada Mundial da Juventude. Um momento que preocupa é o percurso que o Pontífice fará na orla de Copacabana, onde os jovens estarão reunidos durante dois dias para uma Via Sacra. Isso porque, ao contrário do planejado, o papa Francisco escolheu um papamóvel simples, sem proteção lateral, para se deslocar pela orla da praia e ter mais contato com os fiéis.


FAB cria capacete com mira para piloto enxergar melhor fora da aeronave

HMDPiloto de caça da FAB (Força Aérea Brasileira) usa capacete com mira, que usa a tecnologia conhecida pela sigla em inglês HMD (Helmet Mounted Display). A mira instalada no capacete permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a sua dependência em relação aos instrumentos do painel.


Roteiro do papa no Rio pode passar por mudanças

Guilherme Serodio

Após reunião com alto comando de Forças federais, estaduais e municipais de segurança, e com representantes da segurança do Vaticano, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que está em estudo possíveis modificações no roteiro do papa Francisco durante sua passagem ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). "A coordenação de segurança ainda está avaliando", disse quando questionado se haveria mudanças no roteiro do papa em sua estadia no Rio de Janeiro.
Participaram da reunião o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, Cardozo, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, além de representantes das Forças Armadas e Polícia Federal.
A JMJ, que é realizada a cada dois anos a três anos, começa na semana que vem, e reúne jovens católicos de todo mundo. "Estamos pensando em adaptações, ouvindo sugestões do Vaticano, e eles estão ouvindo as nossas, justamente para que possamos ter um plano de segurança que seja exitoso", afirmou.
A preocupação também abrange os líderes sul-americanos que, porventura, venham ao país, atendendo o convite da presidente Dilma Rousseff. Os convites, enviados na última semana pelas respectivas embaixadas, se referem à missa de encerramento do evento, no dia 28 de julho. A expectativa do governo brasileiro é de uma presença importante de chefes de Estado da região. (Colaboraram Maíra Magro e Bruno Peres, de Brasília)


Rede Amazônica

Aeronáutica apura causas da queda de avião em Manaus

A Aeronáutica deu início às investigações sobre as causas da queda do avião que caiu onte em Manaus nesta terça-feira (16), logo após a decolagem, no Aeroporto Eduardo Gomes. Em razão do acidente, três pessoas morreram e outras três ficaram feridas em estado grave. O avião seguiria em direção ao município de Apuí, a 400 quilômetros de Manaus.
Pedaços da fuzelagem e outras partes do avião que estavam espalhadas ao lado da pista foram recolhidas pela Aeronáutica. As peças farão parte da primeira parte do trabalho de apuração do acidente. Como o modelo de avião não possui caixa preta, a investigação será feita por meio dos destroços.
Na queda, morreram os passageiros: Piloto do avião, Élcio Miguel Carneiro da Silva, empresário Messias Alencar Neto e o fiscal do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas Aurélio Simonetti.
No último boletim médico sobre o estado de saúde dos passageiros que estão internados em razão da queda do avião, o Hospital 28 de agosto informou que os passageiros Edsom Oliveira Pavão está em estado crítico, com 90% do corpo queimado. A advogada Vanessa Guedes Aguiar permanece em estado grave com 50% do corpo queimado. Já o terceiro passageiro Adonay Campos, com 60% do corpo queimado, também segue em estado grave.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou em nota que a aeronave e o piloto estavam com a documentação em dia. Não há data prevista para a conclusão das investigações.



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