NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/07/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Grupo interministerial vai investigar monitoramento eletrônico do Brasil pelos EUA
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo
brasileiro formou hoje (9) um grupo técnico interministerial com o
objetivo de analisar, sob os aspectos técnicos e jurídicos, as denúncias
de monitoramento das comunicações eletrônicas e telefônicas por parte
do governo americano no Brasil. A decisão foi tomada durante reunião dos
ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Celso Amorim;
das Relações Exteriores, Antonio Patriota; das Comunicações, Paulo
Bernardo; e do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito.
“Com esse grupo, alcançaremos uma posição
segura sobre o caso, na busca por um diagnóstico preciso sobre o
ocorrido, de forma a subsidiar e embasar as decisões do governo
brasileiro”, disse Cardozo após a reunião. Segundo ele, o grupo contará,
também, com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação, a fim de agregar “substrato técnico” às decisões.
Dessa forma, o governo pretende criar
mecanismos que garantam a aplicação dos direitos de inviolabilidade de
correspondências pessoais garantidos pelo Artigo 5° da Constituição
Federal. Perguntado sobre se o país conta ou não com algum órgão que
atue preventivamente nesse sentido, Cardozo limitou-se a apontar
instituições que, como a Polícia Federal e as ligadas ao Sistema
Brasileiro de Inteligência (Sisbin), atuam no âmbito de repressão a
práticas já identificadas ou suspeitas.
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Servidores que trabalham na fronteira podem ter indenização
Auditores da Receita e
policiais federais e rodoviários federais que trabalham na fonteira
brasileira poderão ter direito a indenização estabelecida em projeto de
lei (PLC 47/2013) aprovado nesta terça-feira (9) pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE). A medida, de acordo com a exposição de
motivos encaminhada pela Presidência da República, estabelece mecanismo
de compensação pecuniária de caráter indenizatório, capaz de minimizar a
evasão de servidores de regiões vitais para as políticas de segurança
nacional.
A proposta, que será examinada agora pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), atribui a ato do Poder Executivo a definição de localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão de "delitos transfronteiriços". Será exatamente a lotação nessas localidades que dará ao servidor o direito de receber a indenização. Para o governo, o "fenômeno da variação da mancha criminal" justifica a necessidade de não colocar na lei as localidades onde os servidores serão contemplados com a indenização. Além disso, conforme exposição de motivo que acompanha o projeto, também pode sofrer variação o grau de dificuldade de fixação de servidores por parte do Departamento de Polícia Federal, do Departamento de Polícia Rodoviária Federal e da Receita Federal do Brasil. O relator da matéria na CAE foi o senador Ivo Cassol (PP-RO), que pediu sua inclusão na pauta da comissão diante da importância para o combate aos delitos na fronteira. |
Dilma critica voos de autoridades em jatinhos da FAB
"Não dá para deixar essa situação assim", afirmou a presidente a interlocutores
Brasília - A presidente Dilma
Rousseff disse a interlocutores que não quer mais nem ouvir falar em uso
de aviões da Força Aérea Brasileira por ministros e outras autoridades
fora do serviço e das normas legais. "Isso não é sério", afirmou Dilma.
"Não dá para deixar essa situação assim."
Foi a presidente quem determinou ao
ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, a divulgação
na internet de todos os dados sobre uso de aviões oficiais pelo
Executivo.
O ministro da Previdência, Garibaldi
Alves, e os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan
Calheiros, foram flagrados recentemente fazendo uso particular dos
aviões da FAB. Reveladas as viagens, decidiram ressarcir os cofres
públicos.
Jorge Hage, da CGU, disse que o decreto
4.244, de 2002, limitando o uso de aeronaves oficiais, sofrerá mudanças e
será mais detalhado. "Vamos abrir tudo o que é caixa preta", avisou
Hage. "É um processo que não tem retorno."
Atualmente, os aviões da FAB podem
ser requisitados apenas por "motivo de segurança e emergência médica, em
viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência
permanente".
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No Brasil, governo sofre um ataque por hora
FERNANDA ODILLA - DE BRASÍLIA
As redes do governo federal brasileiro sofreram, em média, um ataque virtual a cada hora nos primeiros três meses deste ano.
Relatório da Presidência da
República indica que 61% das 3.320 notificações registradas no primeiro
trimestre estão relacionadas a ameaças à segurança das redes e sistemas
do governo federal.
O documento é o mais recente e foi produzido em abril por um órgão ligado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
O restante das notificações diz respeito a registros sem gravidade, como spams e mensagens não solicitadas.
A maioria dos ataques está relacionada ao
abuso de sites (desconfiguração, vulnerabilidade de códigos e de
servidores), "phishing" (fraude eletrônica para "pescar" dados como
senhas) e "malwares" (programas que se infiltram como vírus).
O governo brasileiro identificou ainda
tentativa de vazamento de informação, mas em menor número: 1,14% dos
2.027 incidentes registrados.
No relatório da Presidência, constam
apenas cinco incidentes pendentes. Os solucionados, contudo, não
significam necessariamente identificação de invasores, mas tratamento
das falhas.
A fragilidade da rede do governo já foi
alvo de alertas do Tribunal de Contas da União, em 2010. O governo diz
que vem aprimorando os mecanismos de controle.
DEFESA
Na tentativa de proteger redes
nacionais, o recém-criado CDCiber (Centro de Defesa Cibernética)
brasileiro corre para montar laboratórios virtuais e intensificar
parcerias com a academia.
Também tenta desenvolver um
antivírus nacional, o DefesaBR, e um hardware para as Forças Armadas
para se preparar contra ataques e, até mesmo, o cyberterrorismo antes da
Copa ano que vem e da Olimpíada em 2016.
Portaria publicada em dezembro passado
determinou que o Ministério da Defesa, com auxílio das Forças Armadas, é
responsável por coibir o uso criminoso da internet.
Diferente dos Estados Unidos, o modelo
nacional será descentralizado e o "cérebro" do sistema, hoje com um
terço da mão de obra prevista, terá 150 pessoas até 2016.
O Brasil criou um ano antes dos EUA o Centro de Defesa Cibernética. A diferença está no orçamento.
"Somente com a Microsoft, o governo dos
EUA tem contrato de US$ 1,5 bilhão, valor dez vezes maior que nosso
orçamento", afirmou em fevereiro o comandante do CDCiber, general José
Carlos dos Santos, ponderando que a realidade brasileira justifica
investimentos menores.
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Renan Calheiros apoia pedido de informações sobre voos da FAB
Renan Calheiros leu em Plenário
requerimento de Aloysio Nunes (PSDB-SP) que pede esclarecimentos ao
ministro da Defesa sobre transporte de autoridades em aeronaves da Força
Aérea Brasileira (FAB). Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi indicado relator.
— Quero, de pronto, dizer que defendo e apoio a aprovação do requerimento — disse.
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Aeroporto: O bairro marcado pelo barulho das turbinas das aeronaves
De instante em instante, o som das
turbinas toma conta do bairro. É esse o preço pago quando se tem como
vizinho o Aeroporto Internacional Pinto Martins. Porém, os moradores
dizem que o tempo faz com que os ouvidos se acostumem aos ruídos. “Nem
menino novo se acorda mais”, brinca o pintor Francisco Rodrigues, 63,
que mora no bairro há mais de duas décadas.
O bairro Aeroporto é o maior entre os que
compõem a Secretaria Executiva Regional (SER) IV, com 7,2 km².
Paradoxalmente, é o que tem menos moradores. O que é perfeitamente
explicável. Quase todo o território é ocupado pelo Aeroporto Pinto
Martins e pela Base Aérea de Fortaleza. As residências ficam espremidas
entre a avenida Lauro Vieira Chaves e o muro que delimita as pistas de
pouso - nas proximidades do antigo aeroporto.
Nas casas com piso superior, é possível
ver toda a movimentação de aeronaves na pista. A proximidade rendeu até
cenas inusitadas. A dona de casa Maria Laurizita Freitas, 52, conta que,
antes, as aeronaves em procedimento de pouso manobravam próximas à
residência dela. O vento forte das turbinas ia direto para as
residências. “Teve um dia que levantou um bocado de telha”, lembra. Já o
garçom Daniel Marcelo, 21, conta que, às vezes, os passageiros dão até
tchau para os moradores pelas janelas das aeronaves.
A moradora Viviane Rodrigues, 36, diz que
antes a região era “só mato”. Aos poucos, os moradores foram chegando e
ficam cada vez mais próximos ao aeroporto. O que explicaria a falta de
planejamento é que o bairro é formado, majoritariamente, por vielas que
se estreitam e alargam a partir da localização das casas e calçadas
(quando existem).
O aeroporto
A história do Aeroporto Pinto Martins
começa na década de 1930, quando foi construída a pista do “Alto da
Balança” (hoje Base Aérea). Durante a 2ª Guerra Mundial, Fortaleza
servia de apoio para as aeronaves norte-americanas. Com isso, duas novas
bases foram construídas: a do Pici (1942) e a do Cocorote (1943).
Segundo o livro “Cronologia Ilustrada de Fortaleza”, de Miguel Ângelo de
Azevedo (Nirez), o local abrigava o “antigo sítio Cocorote”.
Em maio de 1951, o aeroporto passa a se
chamar, oficialmente, Salgado Filho. Três meses depois, foi publicado o
editorial do O POVO com o título: “Aproximemos o Cocorote”. O texto
defendia a construção de um novo aeroporto para aviação civil em
Fortaleza, localizado mais próximo ao Centro.
O editorial explicava que “o nosso
aeroporto é uma base militar. Na sua construção (...) os engenheiros
norte-americanos escolheram o lado sul do campo para as edificações ali
existentes, tendo em vista que quanto mais distantes da cidade, menos
comprometida ficaria a zona residencial em caso de ataque aéreo”.
Em 1953, o aeroporto muda novamente de
nome, passando a se chamar Pinto Martins. Trata-se de uma homenagem ao
piloto cearense Euclydes Pinto Martins (1892-1924), natural de Camocim.
Ele participou do primeiro voo entre Nova York (EUA) e Rio de Janeiro
(RJ), de setembro de 1922 a fevereiro de 1923, a bordo de um hidroavião.
Segundo a Empresa Brasileira de
Infraestrutra Aeroportuária (Infraero), o primeiro terminal de
passageiros foi construído em 1966. Hoje, o local é conhecido como
“aeroporto velho”. Em 1998, foi inaugurado um novo terminal, no lado
oposto da pista e, até hoje, utilizado como aeroporto internacional, com
capacidade para transportar 6,2 milhões de passageiros/ano.
INFRAESTRUTURA
EM ALTA
AREJADO Por causa da vizinhança com a Lagoa do Opaia e com o aeroporto, o bairro é bem ventilado e tem clima arejado
EM BAIXA
BURACOS A maioria das ruas do bairro estão esburacadas. A Regional IV informa que uma equipe vai ao local avaliar a situação
RONDA
O bairro Aeroporto não possui uma viatura exclusiva do Ronda do Quarteirão para atender a área. Em caso de emergência, ligue 190
8 MIL Habitantes
O bairro Aeroporto possui 8.618 moradores, distribuídos em 7,275 km². O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,422.
AEROPORTO
Aeroporto Pinto Martins. O atual terminal de passageiros está localizado na avenida Senador Carlos Jereissati e foi oficialmente inaugurado em fevereiro de 1998. Segundo a Infraero, 5,9 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto em 2012. |
Oposição vai pedir deslocamentos dos helicópteros de Cabral à Anac
Cirilo Junior - Direto do Rio de Janeiro
A oposição vai solicitar à
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na tarde desta terça-feira toda
a movimentação das aeronaves que atendem o governo do Rio de Janeiro,
depois de denúncias de que o governador Sérgio Cabral (PMDB) vem usando
helicópteros para uso particular, nas horas de folga. Segundo
reportagem da revista Veja, Cabral se desloca com frequência, nos finais
de semana, para sua casa em Mangaratiba, no interior do Estado,
utilizando as aeronaves pagas com dinheiro público.
“Estamos entregando um requerimento
de informação às autoridades aéreas. Queremos saber, com base na Lei de
Acesso à Informação, quais são as aeronaves do governo, quem as
utiliza, que deslocamentos elas fazem”, afirmou o deputado estadual
Marcelo Freixo (Psol-RJ).
Ao lado do também deputado estadual Paulo
Ramos (PDT-RJ), Freixo esteve na manhã desta terça-feira no Ministério
Público estadual para entregar representação pedindo investigação de
Cabral por improbidade administrativa. Ontem, eles já haviam entregue ao
Ministério Público Federal denúncia contra o governador por peculato,
ou seja, uso de bem público para interesse privado. “Abriu-se uma ação
civil, que pode ir à Justiça, para que o governador seja investigado”,
explicou Freixo.
Além disso, os deputados deram entrada,
na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com denúncia contra
Cabral por crime de responsabilidade. A intenção é fazer com que o
episódio seja investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI). Isso só poderá ser definido em agosto, quando acabar o recesso
parlamentar.
Pelo histórico recente, a investigação
contra Cabral não deverá ter muita receptividade na Alerj. O governador
detém maioria absoluta, e a base aliada vem barrando tentativas de
instalação de CPIs para investigar a conduta do peemedebista. Foi assim
no caso das fotos em Paris que revelaram relações próximas entre Cabral e
secretários de seu governo com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono
da construtora Delta, acusado de relações com o esquema do bicheiro
Carlinhos Cachoeira. Dificuldade semelhante foi encontrada quando
tentou-se investigar o uso, por parte de Cabral, do avião particular do
empresário Eike Batista.
“Não tem sido possível investigar como se
deve o Executivo. Há cumplicidade entre as instituições. Nunca se
consegue colocar em votação, na Alerj, nada para investigar o governo.
Existe uma proteção no Legislativo”, comentou Ramos.
Denúncias semelhantes foram feitas também
ao MP. Algumas foram arquivadas, e outras nem foram à frente, lembra
Marcelo Freixo. “Fizemos denúncias ao MP para investigar o governo desde
os tempos em que o Eike era rico”, observou Freixo.
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Segurança da JMJ terá supercâmeras e tropa de 10.000 policiais
Reunião
na noite de segunda-feira, em Brasília, estimou maior necessidade da
presença da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária
Federal na Jornada
Cecília Ritto
Terreno em Guaratiba é preparado para receber vigília e missa celebrada pelo papa Francisco - Marcos Tristão/Agência O Globo
Uma reunião entre integrantes da
secretaria de Grandes Eventos, em Brasília, na noite desta
segunda-feira, definiu o efetivo de policiais a ser empregado durante a
Jornada Mundial da Juventude: 10.000 homens, entre policiais militares,
federais, rodoviários federais e Força Nacional de Segurança. Esse
número não inclui as Forças Armadas, que só serão usadas em Guaratiba,
onde o papa Francisco celebrará a missa final. Uma das estrelas
do esquema de segurança será uma câmera com visão noturna e térmica
acoplada em helicópteros. A secretaria de Grandes Eventos comprou 36
dessas câmeras norte-americanas para a Copa do Mundo ao custo aproximado
de 90 milhões de reais.
No Rio, serão usadas três aeronaves com a
tecnologia, que consegue filmar com nitidez um alvo a 15 quilômetros de
distância. Uma câmera semelhante foi usada na caça ao terrorista que se
escondeu em um barco depois de causar uma explosão na maratona de
Boston, em abril. A câmera, comprada juntamente com o software,
transmite as imagens diretamente para os centros de operações móveis,
que serão instalados na praia de Copacabana durante os eventos com a
participação do papa. Outra novidade será a presença de hastes ao longo
da praia de Copacabana, fincadas na areia, com câmeras na ponta para
filmar a multidão que irá à Avenida Atlântica assistir aos eventos com a
presença do papa.
O pedido do Exército para que a Polícia
Militar esteja presente em Guaratiba, área que ficará sob o comando do
Ministério da Defesa, fez com que a secretaria de Grandes Eventos
tivesse que aumentar o efetivo da Força Nacional. Como serão descolados
PMs para reforçar a segurança da área onde haverá a vigília e a missa
final da JMJ, o esquema de segurança do Ministério da Justiça,
responsável por resguardar o resto da cidade, teve de suspender folgas,
criar escalas extras e não permitir que policiais em cargos de chefia
saíssem de férias.
O número de policiais rodoviários também
aumentou porque, agora, a secretaria considerou não só os batedores e
escoltas do papa Francisco, como a escolta de todos os 20.000 ônibus
previstos para chegar ao Rio através das rodovias do país. A Polícia
Federal, que antes incluía apenas os homens que farão a segurança do
papa, agora também entrou no quantitativo do atendimento ao turista e
dos aeroportos.
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Autoridades de segurança não se entendem sobre a Jornada Mundial da Juventude
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Papa dará indulgência durante JMJ
Os fiéis que participarem da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 e 28, receberão do papa
Francisco indulgência dos pecados, desde que confessem, comunguem e
rezem em intenção dele. O decreto foi assinado no dia 2, no Vaticano.
Embora não sejam rotineiras, indulgências são concedidas a grupos de
fiéis em ocasiões especiais para a Igreja Católica.
Em dezembro de 2007, o papa Bento XVI
concedeu o chamado perdão fora dos sacramentos (porque não substitui o
obtido na confissão) por ocasião do 150º aniversário da aparição da
Virgem Maria em Lourdes, na França. Receberam indulgência os fiéis que
fizeram peregrinações à cidade ao longo de 2008. Na Idade Média, a venda
de indulgências, em que se obtinha o perdão de um pecado em troca de
dinheiro, foi o estopim da insatisfação do padre alemão Martinho Lutero,
que deu início à Reforma Protestante.
Francisco estará seguro, afirma ministro
O chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem que a visita do
papa Francisco ao Rio ajudará o país nesse "momento de efervescência
democrática". Carvalho também assegurou que Francisco estará "seguro" no
Brasil.
– (O Papa estará) Tranquilamente
seguro, não é nem pelas Forças Armadas, é pelo nosso povo, pelo caráter
do povo brasileiro, pela nossa democracia, pelo carinho que vem
despertando como uma esperança nova para a humanidade, as mensagens que
tem emitido – disse Carvalho.
De acordo com o chefe da
Secretaria-Geral da Presidência da República, a presidente Dilma
Rousseff deverá receber Francisco na Base Aérea do Galeão e, em outra
ocasião, no Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Rio. A
presidente também deverá ir à Missa de Envio, no bairro Guaratiba.
– O Papa vai ajudar a gente nesse momento
de efervescência democrática. Estamos esperando de braços abertos o
nosso papa e sabemos que vai ser um evento que vai marcar o nosso País
por um longo tempo – afirmou Carvalho.
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América Latina foi alvo de espionagem
EUA implantaram escutas, além do Brasil, em países como México e Colômbia
Depois
do vazamento de informações sobre escutas realizadas nos Estados
Unidos, na Europa e no Brasil, agora são diversos países da América
Latina que se descobrem como alvo – e o Brasil já defendeu, ontem, um
protesto formal do Mercosul. De acordo com o jornal O Globo, os
EUA têm programas de espionagem e rastreamento funcionando também em
países como México, Colômbia, Venezuela, Argentina e Equador.
Dos documentos da Agência de Segurança
Nacional (NSA, na sigla em inglês) obtidos por O Globo, entende-se que
há, por trás das escutas, interesse comercial – e não apenas militar,
como era seis décadas atrás, quando o organismo foi criado, em plena
Guerra Fria. Exemplos: petróleo e aquisições militares na Venezuela e
energia em geral no México. Na Colômbia, o alvo são as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o narcotráfico, além do petróleo.
Depois do Brasil, México e Colômbia são
os mais investigados nos últimos anos. A documentação abrange desde 1988
até março deste ano.
Também foram espionados – embora com
menor intensidade – Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Paraguai,
Chile, Peru e El Salvador.
No Equador, ontem, o chanceler Ricardo
Patiño até relacionou a descoberta de um microfone na embaixada do país
em Londres, no mês passado, a parte do plano de espionagens americano.
No prédio, está refugiado Julian Assange, o fundador do portal
WikiLeaks.
– O microfone espião que colocaram no
escritório de nossa embaixadora em Londres, eu acredito que pode ter
algum tipo de relação (com a espionagem americana) porque isto é
inaceitável. Todos, inclusive os aliados mais próximos, foram espionados
pelos EUA – disse Patiño.
Para se proteger, país terá antivírus 100% nacional
O governo brasileiro, também ontem,
decidiu montar um grupo de trabalho com a participação de diferentes
ministérios para ter um "diagnóstico preciso" sobre a interceptação de
dados pelos EUA.
A ordem é fechar um relatório "o mais
rápido possível", nas palavras do ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, sobre as denúncias de espionagem. O objetivo é subsidiar as
próximas ações do governo brasileiro.
– O grupo técnico vai trabalhar sob a
ótica jurídica para termos uma avaliação sobre o que aconteceu, para que
possamos ter um diagnóstico preciso – disse Cardozo.
A denúncia de que o Brasil foi alvo
de espionagem com uso de satélite e diferentes programas de
computadores foi tema de debate numa reunião entre os ministros Cardozo
(Justiça), Celso Amorim (Defesa), Paulo Bernardo (Comunicações), José
Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional) e Antonio Patriota
(Relações Exteriores). Questionado se ainda há dúvida sobre a
ilegalidade do ato dos EUA, Cardozo disse que a Constituição brasileira é
clara em classificar como crime interceptação de dados e que a
investigação será feita sob sigilo. Já o ministro da Defesa, Celso
Amorim, afirmou que, para garantir a própria soberania na área virtual, o
Brasil está sendo desenvolvido um antivírus 100% nacional.
A Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), enquanto isso, anunciou oficialmente ontem que vai analisar os
contratos entre operadoras brasileiras e estrangeiras que permitem aos
clientes do Brasil usar o celular no Exterior para verificar se alguma
cláusula facilita a quebra do sigilo telefônico dos usuários.
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