NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/07/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Avião “padrão Fifa” só para as autoridades
Todo
brasileiro tem direito a pegar "carona" nos aviões da FAB. Mas
governantes voam de jatos executivos e cidadãos comuns embarcam em
aeronaves de carga
Constança Rezende e Larisa D'Almeida
Não são apenas as autoridades
brasileiras que podem viajar de graça em aviões da Força Aérea
Brasileira (FAB). Qualquer cidadão tem o "mesmo" privilégio que os
presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), que provocaram polêmica ao usar aeronaves para
compromissos pessoais. Com diferenças. Enquanto os políticos podem
cruzar o país em um confortável jatinho VC-99 Legacy, o contribuinte
comum só viaja quando há vaga em modelos de carga, como o C-130
Hércules.
Para visitar a família em Salvador, na
Bahia, a secretária Gildete Luz, de 26 anos, usou o serviço diversas
vezes. “A gente chegava na base aérea e se inscrevia. Às vezes, tinham
previsão de voos no ato da inscrição, mas era difícil”, relembra a moça,
que fez mais de 10 viagens com a mãe e o irmão. “Uma vez fomos em um
avião pequeno bem desconfortável. As poltronas eram tipo uma rede” conta
a secretária, que embarcava junto com militares e seus parentes em
modelos menos rústicos.
Enquanto isso, para ir ao casamento da
filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) — no dia 15
de junho em Porto Seguro — o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), acompanhado da mulher, solicitou a carona no jatinho VC-99B.
Para Calheiros, a vigem de graça é rotina.
Já a designer, Níbia Cardoso, 37,
precisou ir até São Paulo, em 2007, e ficou surpresa ao saber que
poderia fazer a ponte aérea sem mexer no bolso. “Um amigo militar
residente em Campinas me informou sobre essa possibilidade. Liguei para o
Correio Aéreo Nacional (CAN) do Galeão na época e vi que era verdade”.
Com sorte, conseguiu voo um dia após a inscrição. “Atrasou mais de uma
hora, porque os mecânicos estavam realizando alguma manutenção”,
relembra. Para voltar não foi tão fácil. “Só consegui confirmar em cima
da hora. Acabei desistindo, porque não daria tempo de retornar a
Guarulhos e voltei de ônibus mesmo”, conta.
O decreto N° 4.244, de 22 de maio
de 2002, regulamenta o uso de aeronaves para autoridades por razões de
segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para
o local de residência permanente. Mas a FAB não exige comprovação da
finalidade da viagem, apenas atende à solicitação.
COMO SE INSCREVER
Para ter acesso ao benefício, o
público deve comparecer pessoalmente a um posto CAN, preencher uma ficha
e anexar cópia da identidade e comprovante de residência. A viagem vai
depender da disponibilidade de voos e tipo de missão da FAB para o
destino desejado. Os horários de atendimento são de segunda a sexta, das
8h às 16h. A inscrição é feita na Base Aérea do Galeão.
Senador vai devolver R$ 32 mil
Renan Calheiros anunciou ontem que
iria desembolsar R$ 32 mil para pagar a despesa da viagem que fez no
avião da FAB. Na quinta-feira, Renan insistiu: “O avião da FAB usado por
mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado
sempre, na representação como presidente do Senado.” Em nota oficial
divulgada ontem, a Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
admitiu que o uso do avião era “objeto de dúvidas levantadas pelo
noticiário”.
Ainda nesta sexta, o ministro da
Previdência, Garibaldi Alves, também decidiu devolver aos cofres
públicos o valor gasto — não informado —, por viagem do Ceará para o
Rio. A Procuradoria da República abriu investigação para apurar se o
presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), cometeu irregularidade
ao viajar em um avião da FAB para o Rio no domingo. Alves já cobriu o
gasto com a viagem.
Senador mineiro chama uso de aviões de "lamentável"
No Rio nesta sexta, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) chamou de “lamentável” o uso de aviões da FAB por autoridades
em atividades extraoficiais. “A classe política, principalmente, tem
que compreender que existe um Brasil novo, reivindicante, surgindo, e
ela deve estar muito atenta a esse clamor, se não, ela será expelida”,
disse o parlamentar, depois de participar de encontro do Instituto
Teotônio Vilela, no Leblon.
Sobre a Reforma Política, Aécio disse
que, na terça-feira, o partido fará reunião para tratar do assunto:
“Defenderei o voto distrital misto, o fim das coligações proporcionais e
o mandato de cinco anos sem reeleição”.
O ex-governador de Minas deu sinais de
que a aliança com o DEM fluminense pode estar perto de sair do plano das
ideias. Depois de explicar que, no momento, “não descartamos nada”,
passou a elogiar o vereador Cesar Maia, candidato virtual do DEM a
governador em 2014.
“O Cesar Maia é um grande companheiro. O
Democratas tem sido um aliado nosso na resistência oposicionista depois
que se instalou no Brasil o governo de cooptação”, disse. Por e-mail,
Cesar Maia foi econômico ao comentar os elogios do ‘companheiro’:
“Quando o PSDB quiser, a agenda será deles. Ainda estamos na fase de
avaliações. Candidaturas só no final do ano, após as definições de
domicílio partidário”.
LEARJET VU-35 FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Fabricante:
Gates Learjet Corporation Missão: Avião de reconhecimento fotográfico e transporte executivo Tripulação: 3 Comprimento: 14,83 m Envergadura: 12,04 m Altura: 3,73 m No transporte de autoridades e no reconhecimento fotográfico, o Learjet demonstra sua versatilidade. Um dos mais populares jatos executivos de todos os tempos. HÉRCULES C-130 FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Fabricante:
Lockheed Martin Missão: Transporte aéreo Passageiros: Mais de 90 pessoas Comprimento: 39m Envergadura: 40,4 m Altura: 11,6 m São missões do C-130 na FAB o transporte de carga, transporte de tropas, apoio ao programa antártico brasileiro, lançamento de paraquedistas e busca e salvamento. |
Força Militar: Hospital da Base Aérea de Santa Cruz segue fechado
Informações dão conta de que a parte que já está concluída precisará de reparos porque está se deteriorando com o tempo
Bruno Dutra
Os
militares da Base Aérea de Santa Cruz vão continuar sem atendimento
médico especializado dentro da unidade. Isso porque a FAB ainda não tem
prazo determinado para concluir as obras do prédio que, de acordo com
fontes da coluna, está com os trabalhos parados.
Além disso, informações dão conta
de que a parte que já está concluída precisará de reparos porque está se
deteriorando com o tempo — resultado do descaso que deve gerar ainda
mais despesas para os cofres públicos. Fontes que servem na base afirmam
que muitas rachaduras se espalham pelas estruturas que estão
completamente abandonadas.
O projeto do novo hospital foi
contratado em 2006 no valor total de R$ 9,9 milhões, de acordo com dados
da Força Aérea Brasileira (FAB). A falta de informações sobre a
inauguração tem preocupado os militares, principalmente os que moram na
Zona Oeste do Rio e precisam se deslocar para conseguir atendimento
médico em outras unidades da cidade. Muitos afirmam à coluna que elas
estão sempre lotadas ou sem médicos.
Questionada sobre a polêmica
construção que se arrasta em meio a embargos e problemas contratuais, a
FAB, mais uma vez, destaca que não existe informação sobre a conclusão
das obras do hospital que melhoraria o atendimento à corporação.
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Ministro também usou avião da FAB para ver “Clássico dos Sonhos”
Trem
da Alegria
Assim como Eduardo Alves e Joaquim Barbosa, Garibaldi Alves
(Previdência) também viajou ao Rio com recursos públicos para assistir
jogo do Brasil
O ministro Garibaldi Alves
Filho (Previdência Social) também usou um avião da Força Aérea
Brasileira para viajar até o Rio de Janeiro e assistir ao “Clássico dos
Sonhos” entre Brasil e Espanha na final da Copa das Confederações no
Maracanã. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, o ministro saiu de
Brasília na manhã de sexta-feira com destino a Fortaleza para cumprir
agenda oficial na cidade de Nova Morada, no interior cearense. À tarde,
em vez de retornar a Brasília, pediu que o Learjet 35 da FAB, onde cabem
dez pessoas, o levasse até a capital fluminense, onde desembarcou por
volta a 17 horas. À Folha o ministro disse ter dado uma carona ao amigo e
empresário Glauber Gentil.
O ministro ganhou o ingresso do
Ministério do Esporte e disse ter se sentido “no direito” de ser levado
aonde “quisesse ficar". A justificativa, segundo ele, é que, caso
contrário, pegaria fila no aeroporto.
A reportagem lembrou que existe um decreto que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades. Os
jatos, segundo o decreto 4244/2002, autoriza o uso dos jatos quando
houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e
deslocamentos para o local de residência permanente". Não era o caso de
uma partida de futebol. O ministro disse que retornou para Brasília em
voo comercial.
O caso de Garibaldi não foi o
único. No começo da semana foi publicado que o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) - primo de Garibaldi - havia usado um
outro avião da FAB para levar amigos e parentes para ver o jogo no Rio.
Após a divulgação do episódio, ele
prometeu ressarcir os cofres públicos. Diferente do que fez o presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que usou um avião da FAB para ir
ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso, na
Bahia. Ele disse ter participado do compromisso como presidente do
Senado e, como chefe de Poder, tem direito ao uso da aeronave oficial.
Portanto, segundo ele, não deve nada aos cofres públicos.
Quem também viajou às custas dos
cofres públicos foi o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Joaquim Barbosa. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, ele foi até o Rio
de Janeiro assistir, em 2 de junho, ao amistoso preparatório para a
Copa das Confederações entre Brasil e Inglaterra. A viagem, de acordo com a reportagem, “foi paga com a cota que os ministros têm direito”.
Barbosa, que não tinha compromisso
oficial no Rio, acompanhou o jogo no camarote do casal de apresentadores
Luciano Huck e Angélica. Pouco depois, soube-se que o filho do ministro
havia sido contratado pra trabalhar na produção do programa “Caldeirão
do Huck”, da Rede Globo.
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Renan apoia pedido de informação sobre voos de autoridades em aviões da FAB
"Quero, de pronto, dizer que eu defendo e apoio a aprovação do requerimento", disse Renan
O presidente do Senado, Renan
Calheiros, leu no Plenário na noite desta segunda-feira (8/7) um
requerimento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) que pede esclarecimentos
ao ministro da Defesa, Celso Amorim, sobre o transporte de autoridades
em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), entre os anos de 2010 e
2013.
Renan indicou o senador Flexa
Ribeiro (PSDB-PA) como relator do requerimento, que será analisado pela
Mesa do Senado. Ele lembrou que os voos da FAB são custeados com
dinheiro do contribuinte e, por isso, é importante que sejam dadas as
explicações que a sociedade brasileira está cobrando. "Quero, de pronto,
dizer que eu defendo e apoio a aprovação do requerimento", disse Renan.
A imprensa tem questionado o uso de aviões da FAB por autoridades dos Três Poderes em compromissos não oficiais. |
Missão de resgate
Apesar do risco de queda, piloto da FAB usa rotor de helicópetero para cortar árvores, aterrissar no hospital e salvar gestante
Blumenau já não tem mais ruas
centrais. Para locomoção, bateiras são exclusividade, mas poucas têm
motor, o que dificulta o percurso diante da correnteza. Atravessar o Rio
Itajaí-Açu é uma aventura quase impossível. Caminhões do Exército pouco
podem fazer diante de tanta água. Voar é a única forma para socorrer a
população. Começam a circular os primeiros helicópteros da Força Aérea
Brasileira (FAB). De cima, militares da base aérea de Santa Maria (RS)
têm noção do trabalho que há pela frente. Neste dia, serão 14 horas de
jornada e nove e meia de voo.
Comandando
a missão em Blumenau, piloto e militar experiente no atendimento à
população em situação de enchente, Sergio Pedro Bambini faz, com a
equipe, um sobrevoo de reconhecimento nos hospitais. Vê que em nenhum
deles é possível pousar. A decisão conjunta com o comandante do 23º
Batalhão de Infantaria, Antonio Bascherotto Barreto, que lidera o
socorro feito pelos militares, é de levar os doentes para hospitais de
Itajaí, Florianópolis ou Joinville. Mas não contam com os imprevistos que a enchenteirá impor.
É em Blumenau que Bambini fará o pouso
mais arrojado da carreira. Ao amanhecer de amanhã, para salvar uma
mulher em complicado trabalho de parto, enfrentará a neblina e a chuva
forte, voará baixo, entre os prédios, até a Itoupava Norte, onde está a
gestante. Para conseguir pousar no Hospital Santa Catarina, a única
chance de salvar aquelas duas vidas, ele precisa cortar parte das
palmeiras com o próprio rotor e colocar em risco o helicóptero UH-1H e a
tripulação. Apesar da força com que os galhos batem na fuselagem, o
pouso é feito. Bambini só saberá o destino da mulher e da criança 21
anos depois, quando voltará à cidade para ser condecorado Cidadão
Blumenauense e conhecerá o bebê que ajudou a salvar.
Em condições semelhantes às vividas
por Bambini, militares da FAB, Marinha e civis farão, até o início de
agosto, 1.497 horas de voo socorrendo as populações atingidas pelas
cheias dos rios Itajaí e Iguaçu, no Paraná.
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Após usar avião da FAB, Calheiros defende transparência sobre voos oficiais
Gabriela Guerreiro
Depois de usar um avião da
Força Aérea Brasileira para ir ao casamento da filha do senador Eduardo
Braga (PMDB-AM) na Bahia, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu
nesta segunda-feira (8) maior "transparência" na divulgação das
informações dos voos oficiais pela Aeronáutica.
No plenário do Senado, Renan
defendeu a aprovação de pedido de informações ao Ministério da Defesa,
de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para que o órgão
divulgue os dados referentes aos voos.
No requerimento, o tucano pede que o
ministério divulgue quantas viagens foram feitas pelas autoridades
públicas desde 2002 em aviões da FAB. O senador também solicita as datas
e nomes das autoridades que solicitaram os voos, assim como as rotas
cumpridas pelas aeronaves, horários de chegada e partida e nomes de
eventuais acompanhantes.
Segundo Renan, os brasileiros têm direito
às informações sobre os voos porque eles são custeados com dinheiro
público. "Eu concordo, defendo a aprovação do requerimento. Os voos da
FAB são custeados com recursos públicos. É importante que o contribuinte
tenha nesta hora as explicações que a sociedade brasileira está
cobrando. O senador Aloysio Nunes tem absoluta razão", disse Renan.
No requerimento, o tucano critica a ação
de Renan e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de
utilizarem as aeronaves para viagens de compromissos que não foram
aceitos pela opinião pública como oficiais.
"A confusão entre o público e o privado
parece não ter limites, mas, no caso reportado, há regras claras
devidamente normatizadas", disse o senador ao citar o decreto que
autoriza os pedidos das aeronaves somente nos casos de segurança e
emergência médica, viagens a serviço ou deslocamento para o local de
residência permanente.
"Tais hipóteses são taxativas, não sendo o
caso de arguir-se subjetividade do conteúdo normativo desse decreto",
disse Aloysio Nunes. O requerimento tem que ser aprovado pela Mesa
Diretora da Casa para que o ministério encaminhe as informações ao
Senado.
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Dilma considera caso de espionagem 'violação de soberania e de direitos humanos'
TAI NALON, BRENO COSTA, FLAVIA FOREQUE e JOHANNA
A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (8) que o
episódio de espionagem no país "é violação de soberania e de direitos
humanos".
A fala foi após a cerimônia de lançamento
do programa de ampliação do número de médicos no país, no Palácio do
Planalto. O anúncio faz parte da série de "pactos" estabelecidos como
prioridade pela presidente em resposta às recentes manifestações pelo
país.
"Mas temos que ver sem precipitação, sem
prejulgamento. Mas a posição do Brasil é clara. Não concordamos com
interferências dessa ordem não só no Brasil", disse a presidente.
Segundo o jornal "O Globo" publicou nesta
segunda, pelo menos até 2002, funcionou em Brasília uma das estações de
espionagem nas quais funcionários da Agência de Segurança Nacional dos
Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e agentes da CIA trabalharam em
conjunto.
O texto de "O Globo" também mostra que
existe um conjunto de documentos da NSA, datados de setembro de 2010,
cuja leitura pode levar até a conclusão de que escritórios da Embaixada
do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em
Nova York, teriam sido alvos da agência em algum momento. O jornal,
porém, diz que não foi possível confirmar a informação e nem se esse
tipo de prática continua.
Tais documentos da NSA foram
vazados pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou para a
CIA durante os últimos quatro anos. Em junho, o jornal britânico "The
Guardian" publicou reportagens com as primeiras revelações de Snowden
sobre o monitoramento de milhões de telefones e de dados de usuários de
internet em todo o mundo.
O governo brasileiro enviou neste fim de
semana ao embaixador brasileiro nos Estados Unidos e a seu semelhante no
Brasil um pedido de explicações. Também decidiu, segundo ela,
encaminhar uma discussão na União Internacional de Telecomunicações
pedido para tomar medidas que assegurem a segurança cibernética.
"E, ao mesmo tempo, vamos apresentar
proposta junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU, uma vez que um dos
preceitos fundamentais é a garantia da liberdade de expressão, mas
também de direitos individuais, principalmente o da privacidade --aliás
garantido na nossa Constituição Federal."
"Se houver participação de outros
países e outras empresas que não aquelas brasileiras, seguramente é
violação de soberania, sem dúvida. Como é violação de direitos humanos",
disse a presidente.
Dilma também citou que o governo
terá como prioridade aprovar na Câmara e posteriormente no Senado o
marco civil da internet. A legislação pretende regular o uso de internet
no Brasil, mas encontra-se parada na Câmara após uma série de votações
malsucedidas no fim do ano passado.
"Vamos dar uma revisada porque uma das
questões que devemos observar é onde se armazenam os dados. Porque
muitas vezes os dados são armazenado fora do Brasil, principalmente o do
Google. Queremos obrigatoriedade de armazenamentos de dados de
brasileiros no Brasil. E fazer revisão para ver o que pode garantir
melhor a privacidade", disse a presidente.
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Saab começa a produzir na Suécia caça que ofereceu ao Brasil
Diretor afirma que 'ainda dá tempo' de FAB participar do desenvolvimento.
Fabricantes do F-18 e do Rafale dizem ainda esperar decisão presidencial.
Tahiane Stochero
A empresa Saab começou a
produzir em sua fábrica em Linköping, na Suécia, o caça Gripen NG, que
ofereceu à Força Aérea Brasileira. A proposta da Saab, que disputa com o
F-18, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault, para
ser o novo caça da FAB, prevê a participação do Brasil na produção.
As três aeronaves são as finalistas do
projeto F-X2 para reequipamento e modernização da aviação de caça
brasileira, que aguarda decisão presidencial desde 2006. O valor das
propostas está entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões, para 36 aeronaves.
Segundo a Saab, a montagem da fuselagem dianteira da aeronave de modelo teste começou na semana passada.
Bengt Janer, diretor da Saab no
Brasil, disse ao G1 que o início da produção não impede o Brasil de
participar do desenvolvimento, já que os governos da Suíça e Suécia
decidiram que o Gripen será o caça que será usado pelos países nos
próximos 30 anos.
“Já temos o pedido para 88 aeronaves,
sendo 60 para a Suécia, que serão entregues entre 2013 e 2026. A Suíça
fechou um pedido em dezembro de 2012 de uma aeronave que passará por uma
reformulação. Ainda há tempo para o Brasil participar do programa desde
o início se a decisão pelo caça ocorrer em breve”, disse Janer.
O Gripen foi definido como o “preferido”
pela FAB em um relatório concluído em 2010 por prever que técnicos
brasileiros acompanhassem o processo de criação do modelo, uma versão
aperfeiçoada do Gripen E/F, que já está em operação na Suécia, Reino
Unido, Índia e Suíça.
F-18 e Rafale na disputa
A divulgação do início da fase de montagem do Gripen ocorre após rumores de que a presidente Dilma Rousseff poderia anunciar, em uma visita marcada para os Estados Unidos em outubro, o F-18 como o futuro caça brasileiro. A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, disse que ainda não foi comunicada de nenhuma decisão, mas acredita na vitória. “Nossa oferta é a melhor, em vários sentidos. O F-18 é o caça com mais experiência em combate”, argumenta.
Em 2009, o então presidente da França,
Nicolas Sarkozy, em visita ao Brasil, disse que o modelo da Dassault
seria adquirido após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrar
preferência pelo caça francês. Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio
Rafale no Brasil, ainda aguarda a decisão. “Infelizmente para nossos
concorrentes, o Rafale se mostrou um excelente caça, comprovando sua
eficácia nos conflitos no Mali e na Líbia”, afirma ele.
O Ministério da Defesa diz que ainda não há uma definição sobre o escolhido.
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Aeronáutica abre 80 vagas para médicos
O curso de adaptação será ministrado no Ciaar, em Belo Horizonte.
O concurso aceita candidatos de ambos os sexos.
A
Aeronáutica abriu concurso para 80 vagas para o Exame de Admissão ao
Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica do ano de 2014 (EA Camar
2014). O concurso aceita candidatos de ambos os sexos.
No site da Aeronáutica, é possível ver o edital (acesse o edital).
As inscrições devem ser feitas de
10 de julho a 13 de agosto pelos sites http://www.fab.mil.br e
http://www.ciaar.com.br. A taxa é de R$ 120.
As vagas são para as especialidades de
anestesiologia, anatomia patológica, cancerologia, cirurgia cardíaca,
cardiologia, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia torácica, cirurgia
geral, clínica médica, cirurgia vascular-periférica, dermatologia,
geriatria, ginecologia e obstetrícia, mastologia, medicina intensiva,
medicina do trabalho, neurocirurgia, oftalmologia, otorrinolaringologia,
ortopedia pediatria, pneumologia, psiquiatria, radiologia e urologia.
O curso de adaptação será ministrado no
Ciaar, em Belo Horizonte, com duração aproximada de 17 semanas, e
abrangerá instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado, a
partir de 27 de janeiro de 2014. Ao ser matriculado no curso, o
candidato será declarado primeiro-tenente estagiário e, ao concluir o
curso e ser aprovado, será designado primeiro-tenente médico.
O concurso terá prova escrita, em 29 de
setembro, a partir das 9h40; inspeção de saúde, de 28 de outubro a 14 de
novembro; exame de aptidão psicológica, de 28 de outubro a 14 de
novembro; prova prático-oral, de 28 de outubro a 14 de novembro; teste
de avaliação do condicionamento físico, dias 9 e 10 de dezembro;
habilitação à matrícula (análise e conferência dos critérios exigidos e
da documentação prevista para a matrícula no curso). O curso começa em
27 de janeiro de 2014.
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Laudo de pouso forçado de aeronave em Icém, SP, pode demorar um ano
Helicóptero fez um pouso forçado em uma fazenda na cidade no domingo.
Oficiais da aeronáutica analisaram o que sobrou do helicóptero.
Peritos
da Polícia Científica e do Seripa, o Serviço Regional de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, ligado ao Cenipa (Centro de
Investigação da FAB), estiveram na tarde desta segunda-feira (8) em Icém
(SP), onde um helicóptero fez um pouso forçado no fim de semana.
Segundo o Seripa, não há prazo para que o laudo da perícia seja
concluído. A investigação pode durar até um ano e meio.
O
laudo da perícia deve indicar o que aconteceu com a aeronave. A área da
fazenda foi isolada por policiais militares. Os peritos fizeram fotos e
analisaram os destroços da aeronave. Algumas peças foram parar a até 50
metros de distância do local do pouso. A perícia apura o que aconteceu
durante o voo: um problema mecânico ou falha do piloto.
Os oficiais da aeronáutica
analisaram o que sobrou do helicóptero. A partir de agora um relatório
sobre o que teria provocado a queda deverá ser concluído por eles. A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas do acidente.
Como as investigações ainda estão no
início, nenhum perito quis dar entrevista. O helicóptero caiu no domingo
(7). Além do piloto, estavam à bordo três passageiros e o piloto. Um
funcionário da fazenda viu o momento em que a aeronave apresentou
problemas. “Estava em casa vendo televisão e ouvi um barulho muito
estranho. Quando vi era o helicóptero, ele subiu e depois caiu de volta.
Daí foi uma correria e fui lá socorrer as vítimas”, afirma Cleuber de
Souza Santos.
Segundo a polícia, a aeronave é de um
empresário de São José do Rio Preto (SP). Ele teria emprestado o
aparelho para um grupo de amigos de São Paulo, que passava o fim de
semana na região. O piloto disse aos policiais que tinha decolado de um
rancho, na divisa com Minas Gerais, faria uma parada em Rio Preto para
abastecer e depois seguiria viagem até a capital. Os feridos receberam
atendimento no pronto-socorro de Icém e foram liberados. Um deles
quebrou o braço e todos passam bem.
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Feira Internacional de Aeronáutica tem início dia 11 em São José
Em sua 16ª edição, Expo Aero Brasil terá recorde de aviões em exposição.
Evento segue até domingo (14) nas instalações do DCTA.
São
José dos Campos sediará entre os dias 11 e 14 a Feira Internacional de
Aeronáutica que será realizada nas instalações do Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Em sua 16ª edição, a Expo Aero
Brasil terá este ano um número recorde de aviões de pequeno porte e
experimental em exposição para vendas.
Segundo o organizador do evento, Décio Correa, serão cerca de 80 aeronaves.
“Outra novidade deste ano é o layout da feira. Mudamos toda a
distribuição dos estandes para ampliar o espaço e melhorar a
visualização dos aviões”, disse. O acesso ao evento será pelo portão do
MAB pela avenida Brigadeiro Faria Lima.
Diferente dos anos anteriores, neste ano não haverá show da Esquadrilha da Fumaça.
“Mas terão outros shows aéreas diariamente”, disse Correa. Os
organizadores estimam um público de cerca de 20 mil pessoas durante os
quatro dias de evento. A Expo Aero Brasil acontece das 9h às 18h e as entradas custarão R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e serão vendidas na bilheteria.
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Natal ganha Comissão da Memória, Verdade e Justiça
Sanção da lei foi publicada no Diário Oficial deste sábado (6).
Objetivo é examinar e esclarecer as violações de direitos humanos.
A
Prefeitura de Natal criou a Comissão da Memória, Verdade e Justiça no
âmbito municipal. A lei foi sancionada pelo prefeito Carlos Eduardo
(PDT) e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) deste sábado (6).
A lei leva o nome de Luiz Ignácio Maranhão Filho.
A Comissão terá como finalidade
examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas
no período fixado no art. 8° do ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição Federal, a fim de efetivar o direito à
Memória, à Verdade, à Justiça e a reconstituição histórica que envolveu
cidadãos natalenses.
O período fixado no artigo 8º do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal vai de
18/09/1946, data da promulgação da Constituição de 1946, até a
promulgação da Constituição atual, 05/10/1988, guardando observância ao
disposto na Lei 12.528, de 18/11/2011, que criou a Comissão Nacional da
Verdade.
A Comissão da Verdade será integrada por
sete membros, designados pela Prefeitura Municipal de Natal, sendo um
representante da Câmara Municipal, os outros componentes serão
escolhidos entre brasileiros de reconhecida idoneidade e conduta ética,
identificados com a defesa da democracia, bem como com o respeito aos
direitos humanos no âmbito do Município de Natal.
Nome
Luiz Ignácio Maranhão Filho foi militante
do Partido Comunista Brasileiro, deputado estadual, advogado,
jornalista e professor universitário. No dia 3 de abril de 1974 foi
preso em São Paulo e nunca mais foi visto. Em 1996, sua esposa Odette
Roselli Garcia Maranhão recebeu a certidão de óbito do marido.
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Líder do PSDB pede detalhes sobre uso de avião da FAB
Ricardo Brito
O líder do PSDB no Senado,
Aloysio Nunes Ferreira (SP), apresentou nesta segunda-feira requerimento
de informação ao ministro da Defesa, Celso Amorim, para detalhar o
transporte de autoridades em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo o tucano, nos últimos dias a imprensa divulgou "a malversação do
uso do dinheiro público em mais uma modalidade de serviço público".
O líder tucano pede que o
ministério responda a sete perguntas. Entre elas, quantos voos com
aviões da FAB foram realizados com base no Decreto 4.244/2002 (que
disciplina o uso de aeronaves oficiais), quais os destinos e quais
autoridades estiveram nesses voos.
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Risco de protestos leva Jornada Mundial da Juventude a reforçar segurança
Forças
Armadas preparam aumento de efetivo para garantir a proteção do papa
Francisco e dos fieis entre os dias 23 e 28 deste mês, no Rio de Janeiro
A onda de protestos por todo o
Brasil já impõe mudanças no planejamento da segurança da visita que o
papa Francisco fará ao país, entre os dias 23 e 28 deste mês, para a
Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013). As Forças Armadas devem
mobilizar 9.700 militares, em vez dos 8.500 previstos inicialmente, como
informa reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda-feira. A
preocupação principal é com manifestações que prejudiquem os eventos com
a aparição pública do pontífice, principalmente em Copacabana e em
Guaratiba, locais que têm previsão de reunir cerca de 2 milhões de
fieis. Nos dois locais, não haverá controle de acesso, o que facilita o
trabalho de quem quer promover protestos – e dificulta o das forças de
segurança.
A previsão feita inicialmente era
de um total de 12.000 homens na segurança do papa e dos fieis – entre
eles policiais militares, civis, federais e integrantes das Forças
Armadas. Todas as instituições envolvidas estão reavaliando seus
contingentes. A Polícia Militar ainda não fechou seu
planejamento, mas, de acordo com O Globo, o comando da PM trabalha com
uma estimativa de 6.500 policiais destacados para atuar durante a
jornada. Entre eles estariam também PMs em regime adicional de serviço,
com remuneração.
Além das queixas da população que
alimentam os protestos até agora, há posições da igreja que podem atrair
manifestantes. Entre elas, principalmente, a condenação ao aborto, ao
uso da camisinha e o casamento gay.
O impasse do momento na organização da
JMJ, como mostrou reportagem do site de VEJA, é o planejamento de saúde.
Na última segunda-feira foi publicado um aviso de edital de licitação
para a contratação, pelo município do Rio, de empresas para montar e
operar os centros de saúde da jornada. Inicialmente, isso ficaria a
cargo da igreja e da empresa DreamFactory, contratada para cuidar da
organização da jornada. O Ministério Público do estado do Rio acompanha o
processo para averiguar se há irregularidades na licitação e na
transferência, para o município do Rio, das despesas de 7,8 milhões de
reais.
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JORNAL O VALE (São José dos Campos-SP)
ITA projeta reformulação com R$ 1 bilhão em investimentos
Uma das principais escolas de
engenharia do país vai passar por mudanças nos próximos 10 anos que
incluem a expansão física da estrutura para receber mais alunos e a
renovação do quadro de professores
Chico Pereira - São José dos Campos
O ITA (Instituto Tecnológico de
Aeronáutica) vai passar por uma reformulação geral nos próximos dez
anos, com investimentos que podem atingir R$ 1 bilhão, o que
transformará por completo a instituição, considerada uma das principais
escolas de engenharia do país.
O pacote de projetos em fase de estudo e execução contempla não apenas a expansão física da escola o aumento de vagas nos cursos de graduação e do corpo docente, que são os planos mais divulgados.
Reitor do ITA, Carlos Américo
Pacheco, afirmou a O VALE que a intenção é aproveitar o momento para
promover uma reformula-ção geral na instituição, com mudanças em
diversos setores, sem alterar a missão para a qual ela foi criada há 62
anos.
“A missão da escola permanece a
mesma, formar engenheiros para o setor aeronáutico, em particular para
atender a FAB (Força Aérea Brasileira)”, disse Pacheco.
Ele destacou outros pontos do pacote:
criação de um polo de inovação com o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia, convênios de cooperação com cinco universidades
federais, parcerias com instituições de ensino e pesquisas do exterior,
parceria para a formação de novos professores, implementação do Centro
de Inovação, fortalecimento do cluster aeroespacial brasileiro, entre
outros.
“A ideia é colocar todos esses projetos em prática nos próximos dez anos”.
Obras
Este ano começa o plano de expansão física da escola, que vai consumir R$ 300 milhões nos próximos cinco anos. Pacheco disse que foram lançados editais para a construção de alojamento para alunos, biblioteca, e uma vila residencial com 300 unidades para os novos professores que serão contratados."A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda este ano”, afirmou. Mais adiante, estão previstos também a construção de novos laboratórios, salas de aula e reforma geral nas edificações do campus.
Desafio
Para o reitor, no entanto, o maior desafio do ITA será a contratação de novos professores. “O pior fator crítico de todo o plano de expansão é o recrutamento de uma nova geração de professores”, afirmou. Atualmente a escola possui 140 docentes. O quadro será aumentado para 300. Na avaliação de Pacheco, não existem professores no mercado. “Falta engenheiro no mercado e professor mais ainda.”
A solução proposta é formatar parcerias com instituições de ensino no exterior para um processo de transição.
Por isso, o ITA não trabalha com a possibilidade de preencher as vagas de uma vez só.
“Fizemos um acordo com a Capes para convidar jovens doutores para ficarem na escola como bolsistas e enviar para o exterior um contingente expressivo de alunos para fazer doutorado de modo a ir preparando a nova geração de professores para o ITA. Isso leva tempo”, disse. Contratação será de forma gradual O preenchimento das novas vagas de professores autorizadas pelo governo federal para o ITA será de forma gradual. A intenção é contratar uma média de 20 a 30 professores por ano, mas ainda não há definição de quando o processo de seleção será disparado. No momento, o ITA realiza concurso para preencher 13 vagas abertas por aposentadoria de docentes.
Recursos são da Educação e Defesa
A verba para a ampliação física do ITA será disponibilizada pelos ministérios da Defesa e da Educação, segundo o reitor da escola, Carlos Pacheco. Parte dos projetos será elaborada pelos técnicos do DCTA e parte contratada. A construção das novas edificações e a reforma completa do campus ocorrerá de forma gradual, ao longo de cinco anos. |
GAZETA DO POVO (PR)
Aviação por controle remoto
Antes restritas ao uso militar,
aeronaves não tripuladas já são empregadas no mapeamento de áreas
agrícolas e na fiscalização de construções
Rafael Waltrick
Criados para servirem como olhos e ouvidos de militares em missões ultrassecretas, os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) aos poucos também têm se tornado parceiros de engenheiros, cartógrafos, arquitetos e publicitários. A possibilidade de controlar uma aeronave à distância – ou mesmo deixar que ela voe por conta própria – fomenta projetos civis em universidades e empresas país afora.
A
facilidade na operação dos veículos não tripulados chamou a atenção do
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR), que, há duas
semanas, faz testes para utilizar os Vants na fiscalização de obras em
Curitiba. Com apenas 60 centímetros de diâmetro, os equipamentos enviam
em tempo real fotografias e filmagens para uma base de operações. Como
as informações são georreferenciadas, os fiscais podem cruzar as
imagens com os dados de alvarás disponibilizados pela prefeitura e os
registros das obras emitidos pelos arquitetos – facilitando, assim, a
descoberta de construções irregulares ou clandestinas.
A necessidade de otimizar o
trabalho e evitar riscos a bordo de aeronaves “de verdade” – ou
tripuladas, em outras palavras – também guia um projeto desenvolvido
pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com o
Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). As duas
instituições trabalham em conjunto desde 2004 para desenvolver dois
Vants que vão inspecionar as linhas de transmissão da Companhia
Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) em todo o Nordeste brasileiro.
A companhia é responsável por 20 mil
quilômetros de linhas e, atualmente, a inspeção das torres e redes de
energia é feita por helicópteros, sendo que seis funcionários verificam a
área com binóculos e depois analisam em solo fotografias tiradas no
percurso. As duas aeronaves projetadas e já testadas irão mais longe –
poderão voar a apenas 40 metros de distância das linhas de transmissão,
inspecionar trechos de até 350 quilômetros e transmitir imagens
detalhadas em tempo real. E o mais prático: basta registrar o percurso
antes da decolagem que os Vants viajam por conta própria.
Mercado civil “As utilidades e aplicações dos Vants são diversas e há um grande potencial para o mercado civil no Brasil. Não só na inspeção de redes elétricas, mas também de dutos de petróleo e gás, por exemplo”, diz o coordenador do projeto dos Vants no ITA e professor de Engenharia Eletrônica, Geraldo Adabo. No final do mês passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu o primeiro certificado de voo para um Vant 100% brasileiro. Um olho no céu, outro no computador Após se formar em Engenharia Aeronáutica na Universidade de Taubaté (Unitau), o londrinense Carlos Eduardo Campos, de 25 anos, voltou à cidade natal pensando alto – literalmente. Ao trabalhar na Embraer e em empresas de consultorias aeronáuticas, logo se deu conta do potencial de mercado para os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants). Decidiu montar uma empresa para trabalhar com as pequenas aeronaves, principalmente na área de monitoramento e mapeamento.
O engenheiro desenvolve atualmente com
tecnologia norte-americana um multicóptero, apelidado de GB-X1. O
“multi” vem das diversas hélices e motores que tornam o Vant mais
estável no ar, o que facilita a captação de imagens e vídeos com melhor
qualidade. O aparelho vem com um upgrade interessante: o operador
acompanha o voo em solo com um óculos de realidade virtual, que
transmite as imagens por telemetria.
“O Vant faz todo o serviço de uma aeronave convencional com um custo mais baixo e um tempo de trabalho menor. Pode ajudar no levantamento de IPTU, por exemplo, ou até na publicidade, com tomadas aéreas e fotografias”, destaca. |
DEFESANET
Ministério da Defesa lança programa de incentivo à pesquisa em defesa nacional
O Ministério da Defesa (MD) e a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
iniciaram a divulgação da terceira edição do Programa de Apoio ao Ensino
e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa).
O projeto incentiva ações
colaborativas entre instituições civis e militares para implantar
pesquisas na área de defesa nacional. As inscrições podem ser feitas até
o dia 22 de julho por pesquisadores, professores e estudantes de todo o
país. O Pró-Defesa é voltado a instituições públicas e privadas que
possuam programas de pesquisa na área.
O prazo de execução dos projetos será de
48 meses para exercício orçamentário e de 60 meses para a execução das
atividades. O valor do financiamento é de até R$ 60 mil por ano em
recurso de custeio, totalizando o máximo de R$ 240 mil por projeto.
Serão concedidas até três bolsas de estudo em nível de mestrado, duas em nível de doutorado e uma de pós-doutorado por projeto.Os resultados preliminares serão divulgados no dia 20 de agosto e o resultado final será definido em setembro.
Os projetos devem ser enviados pelo correio, em duas vias, para o endereço:
Programa Pró-Defesa 3
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes Coordenação de Programas de Indução e Inovação – CII Setor Bancário Norte Quadra 2 Bloco L Lote 6 – 9º andar 70040-020-Brasília-DF |
DEFESANET
Brasília abrigou base de espionagem dos EUA até 2002, diz "O Globo"
Brasília foi sede de uma base da
Agência Nacional de Inteligência (NSA) e da Central de Inteligência dos
Estados Unidos (CIA) para a espionagem mundial através de satélites, que
operou pelo menos até 2002, informou nesta segunda-feira o jornal "O
Globo".
A publicação carioca revelou alguns
documentos obtidos em meio ao escândalo gerado pelas revelações do
ex-técnico da NSA e da CIA, Edward Snowden, indicando que os EUA tinham
uma rede de 16 bases similares no mundo e que em Brasília operava a
única da América Latina.
"O objetivo era obter sinais de
inteligência captados no exterior" por agentes dos Estados Unidos que
operavam sob a fachada de "diplomatas" e analisavam as informações
compiladas pelas redes de satélites, que operavam inclusive na área
comercial.
"Os satélites comerciais são usados no
mundo inteiro por governos estrangeiros, organizações militares,
empresas, bancos e indústrias", diz um dos documentos obtidos pelo
"Globo" e acrescentou que, com essas redes, os Estados Unidos conseguiam
informações de "inteligência considerável sobre comunicação de
lideranças".
O jornal afirmou que, segundo os
documentos, essa base operou pelo menos até 2002 em Brasília, mas
admitiu que não existem provas de que ela tenha continuado a funcionar
depois desse ano.
No último domingo, "O Globo" revelou que a
rede de espionagem global denunciada por Snowden também esteve voltada
para o Brasil, entre muitos outros países do mundo.
Snowden, procurado pela justiça americana, está na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo em Moscou há duas semanas.
Na capital russa, o ex-técnico pediu
asilo a mais de 20 países, inclusive o Brasil, que na semana passada
confirmou ter recebido a solicitação, mas explicou que "não pretende
respondê-la".
Após ter tomado conhecimento das
primeiras informações publicadas pelo "Globo" sobre a base e os
documentos vazados por Snowden, o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota disse que pediu explicações aos Estados Unidos sobre o assunto.
Patriota afirmou que o governo de
Dilma Rousseff recebeu com "grave preocupação" a notícia de que os EUA
também espionaram cidadãos brasileiros.
O ministro afirmou também que o
Brasil pretende promover uma iniciativa nas Nações Unidas com o objetivo
de "proibir abusos e impedir a invasão de privacidade" dos usuários de
internet, e que se estabeleçam "normas claras de comportamento dos
Estados" no setor das telecomunicações.
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DIÁRIO DO LITORAL - SANTOS
Dilma critica voos em jatinhos da FAB: ‘isso não é sério’
Foi a presidente quem determinou ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, a divulgação na internet de todos os dados sobre uso de aviões oficiais pelo Executivo
A presidente Dilma Rousseff disse a
interlocutores que não quer mais nem ouvir falar em uso de aviões da
Força Aérea Brasileira por ministros e outras autoridades fora do
serviço e das normas legais. "Isso não é sério", afirmou Dilma. "Não dá para deixar essa situação assim."
Foi a presidente quem determinou ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, a divulgação na internet de todos os dados sobre uso de aviões oficiais pelo Executivo. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, e os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros, foram flagrados recentemente fazendo uso particular dos aviões da FAB. Reveladas as viagens, decidiram ressarcir os cofres públicos.
Foi a presidente quem determinou ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, a divulgação na internet de todos os dados sobre uso de aviões oficiais pelo Executivo. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, e os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros, foram flagrados recentemente fazendo uso particular dos aviões da FAB. Reveladas as viagens, decidiram ressarcir os cofres públicos.
Jorge Hage, da CGU, disse que o
decreto 4.244, de 2002, limitando o uso de aeronaves oficiais, sofrerá
mudanças e será mais detalhado. "Vamos abrir tudo o que é caixa
preta", avisou Hage. "É um processo que não tem retorno." Atualmente, os
aviões da FAB podem ser requisitados apenas por "motivo de segurança e
emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de
residência permanente".
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