NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 07/07/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Eixo Capital
Carona do bem
Em tempos de escândalos envolvendo o deslocamento de autoridades em aviões da FAB, a deputada Érica Kokay (PT) vai embarcar hoje em uma aeronave da FORÇA AÉREA, mas é por uma boa causa: ela viaja para Coari, no Amazonas, com integrantes da CPI da Pedofilia, presidida pela parlamentar do DF. O grupo vai aprofundar as apurações de denúncias contra o prefeito do município, Adail Pinheiro (PRB), acusado de envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.
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Formosa lucra na terra e no céu
Cidade goiana se transformará, até 2018, no maior centro de lançamentos de foguetes bélicos do Brasil. As obras começam neste semestre, ao custo de R$ 1,2 bilhão, e prometem impulsionar ainda mais o setor da construção civil no município
Renato Alves
Formosa começou a ser ocupada por pequenos comerciantes no século 18, quando era ponto de passagem para tropeiros. Quase 300 anos depois, a cidade goiana, distante 75km de Brasília, é um grande celeiro de grãos. E, depois das mulas dos viajantes, do gado dos grandes fazendeiros do século passado e das máquinas agrícolas de hoje, objetos voadores identificados começam a fazer parte do cenário. Abandonado por décadas, o aeródromo local está ficando pequeno para tantos helicópteros e aviões de pequeno porte vindos do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek em decorrência das altas taxas e da falta de hangares. Se não bastasse, o município de 102 mil habitantes vai se transformar no maior e mais moderno centro de lançamentos de foguetes bélicos do país.
Em Formosa, fica o 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de foguetes e Campo de Instrução do Exército Brasileiro (6º GLMF). Nas dependências da unidade, serão construídas outras duas, especializadas em mísseis e foguetes e destinadas a operar o Astros 2020, uma das sete prioridades estratégicas no processo de modernização da força terrestre do Exército (leia Para saber mais). Chamada de Forte de Santa Bárbara, a nova base receberá o avançado míssil AV-TM, de fabricação nacional, com alcance de até 300 quilômetros e lançado por terra, de blindados. As obras, segundo o Exército, começam neste semestre, com conclusão prevista para 2018 e um custo total de R$ 1,246 bilhão.
O projeto vai criar 6,6 mil empregos diretos e indiretos em empresas instaladas no estado de São Paulo, onde será desenvolvida a tecnologia e fabricado o foguete. O Exército também estima que cerca de 1,5 mil empregos diretos e indiretos serão gerados na área da construção civil em Formosa, com a ampliação da unidade de lançamento de foguetes e a edificação de vilas militares na área urbana. Quando tudo estiver pronto, haverá um acréscimo de 1,5 mil militares no efetivo do 6º GLMF, que atualmente tem pouco mais de 200. Sonhando com esses números, empresários locais e de Brasília, principalmente do setor imobiliário, já fazem grandes investimentos no município goiano.
Hotéis e lotes
Dono de dois motéis em Formosa, Lenine José Godinho, 53 anos, agora constrói seu primeiro hotel na cidade para onde se mudou há 18 anos. Erguido a toque de caixa, o prédio terá 61 suítes. Previsto para ser concluído no próximo ano, será o maior e mais moderno do município. “Formosa tem um deficit enorme de quartos e de qualidade em seus hotéis. Os empresários e representantes das firmas do setor agrícola que têm clientes aqui, muitas vezes, preferem se hospedar em Brasília, mesmo com a distância. Por isso, não temo em colocar boa parte do meu dinheiro nesse empreendimento”, afirma. Ele aposta que a demanda vai aumentar muito mais com os investimentos do Exército e de indústrias nacionais e multinacionais, como uma fábrica de cimento prestes a abrir uma unidade em Formosa.
Até a década passada, não havia edifícios no centro da cidade goiana. As maiores construções não passavam de colégios e lojas com um ou dois andares. Agora, casas têm vindo ao chão para dar lugar a prédios, como o hotel de Lenine. “Formosa entrou em um processo de verticalização sem volta, pois, praticamente, não há mais lote no centro. Dessa forma, a cada anúncio de investimento, como o do Exército, os preços só disparam. O metro quadrado de um terreno chega a custar R$ 1,8 mil. É pouco, se comparado a Brasília, mas é o dobro da maioria das cidades do Entorno”, conta Jaime Gonçalves, dono de uma das maiores imobiliárias do município e de vários loteamentos.
Armas em três anos
Só o desenvolvimento do míssil e do novo foguete balístico guiado AV-40, com 40km de raio de ação, vai custar R$ 235 milhões, dos quais R$ 195 milhões só para o AV-TM. O lote inicial será recebido em 2016.
Apartamentos
A fim de abrigar os militares, o Exército já anunciou a construção de uma vila militar no Bairro Laguna 2, com três blocos de apartamentos para 74 famílias. O empreendimento está orçado em R$ 16 milhões. O dinheiro já está disponível.
Prédios e veículos
O projeto prevê a instalação de bateria de busca de alvos, paióis de munições e a revitalização do quartel de Formosa. As unidades terão um comando e estado-maior, uma bateria de comando e três baterias de lançamento. Cada conjunto operacional contará com 15 veículos: seis carretas disparadoras, seis remuniciadoras e viaturas blindadas para o comando, a estação meteorológica e o apoio técnico.
Para saber mais
Líder no mercado
Astros 2020 é uma versão evoluída do Astros 2, sucesso de vendas da estatal Avibrás Aeroespacial, sediada em São José dos Campos (SP). Exportado para diversos países, o Sistema Astros é considerado líder no pequeno, seleto e competitivo grupo de concorrentes internacionais. Com a plataforma, o Exército espera ter apoio de fogo de longo alcance com elevados índices de precisão e letalidade.
A navegação do AV-TM é feita por uma combinação de caixa inercial e um GPS. O míssil faz acompanhamento do terreno com um sensor eletrônico, corrigindo o curso em conformidade com as coordenadas armazenadas a bordo. Seu alvo é uma instalação estratégica — refinarias, usinas geradoras de energia, centrais de telecomunicações, concentrações de tropa, depósitos, portos, bases militares e complexos industriais.
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O Brasil que mais cresce
Capital da aviação, São José cresce com empuxo da Embraer Estrangeiras se instalam na cidade para fornecer à empresa, que ganhou contratos em todo o mundo Companhias de engenharia da cidade também se beneficiam do crescimento; salário alto é preocupação
CLARA ROMAN
Se alguns economistas afirmam que a vocação do Brasil está na agricultura, São José dos Campos (SP) está aí para provar o contrário. Na contramão da indústria nacional, a cidade no interior paulista cresce junto com a sua principal empresa, a Embraer, de aeronáutica e defesa.
A empresa conseguiu ganhar concorrências internacionais (a mais famosa foi a dos aviões Super Tucano pelas Forças Armadas dos EUA), além de encomendas da aeronáutica brasileira, e teve crescimento de 133% em seu lucro operacional em 2012. Com isso, atraiu pequenas e grandes da aviação.
Boeing e a EADS, controladora da Airbus, já anunciaram centros de pesquisa na cidade. "A gente viu o potencial de inovação do Brasil", afirma Al Bryant, vice-presidente do centro de pesquisa e tecnologia da Boeing no Brasil. A empresa firmou uma parceria com a Embraer para o desenvolvimento de biocombustíveis.
Para Sebastião Cavali, secretário de desenvolvimento econômico de São José dos Campos, a Boeing foi atraída pelo projeto do KC-390, cargueiro militar desenvolvido pela Embraer e que tem a intenção de substituir o avião Hercules, um dos mais usados pelas Forças Armadas. Além disso, o anúncio do governo brasileiro que vai reequipar a FAB (Força Aérea Brasileira) com a compra de aeronaves militares pode ter influenciado a decisão da empresa, afirma.
A italiana Magnaghi é outra que veio ao país, por meio da união com a Friuli, empresa fundada na década de 1980 por Gianni Cucchiaro Bravo, 48. Até então, era voltada para a execução de peças. Com a fusão, passou a atuar na concepção de conjuntos do KC-390, com engenheiros italianos e brasileiros. Cerca de 80% das operações está ligada à Embraer. Com os novos contratos, a produção da Magnaghi Friuli cresceu 15%.
As margens de lucro, no entanto, são apertadas. "Você tem que conceber 8% do reajuste na mão de obra, mas o preço do avião não reajusta", afirma.
A Akaer é outra que, criada em São José dos Campos, trabalha com projetos de aeronáutica. Seu principal cliente também é a Embraer, mas participa de projetos no exterior, como o da confecção do caça Gripen, da Suécia, segundo o presidente César Augusto da Silva. Em 18 meses, pretende triplicar o faturamento da empresa, de R$ 17 milhões para R$ 50 milhões.
GM
Além da Embraer, São José abriga empresas como Ericsson, Petrobras e GM. No último ano, a automobilística havia anunciado que não era mais viável, devido ao custo salarial, investir na cidade, cuja unidade tem cerca de 6.000 funcionários.
Depois de acordo sindical, São José voltou a figurar entre as candidatas a receber investimento de cerca de R$ 2,8 bilhões em uma nova fábrica. O piso salarial será abaixo do praticado hoje, segundo o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos.
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FAB: novas regras para voos
POLÊMICA Ministro Jorge Hage avalia que decreto que regulamenta o uso das aeronaves da FAB pelas autoridades deve ser alterado
BRASÍLIA - Depois de anunciar a divulgação na internet de dados sobre voos oficiais, o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), avalia que o decreto que regulamenta o uso das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) pelas autoridades deve passar por mudanças. Em entrevista ontem, Hage observou que o decreto 4244, de 2002, foi preparado em meio ao escândalo de viagens de ministros do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o arquipélago de Fernando de Noronha.
"O decreto poderia ser mais detalhado. A norma veio daquela esteira de escândalos. De lá para cá se passaram dez anos", justificou Hage.
O ministro disse que é possível "sem dúvida" fazer mudanças no decreto. "Se há necessidades, vamos propor", destacou ele. Hage disse que, num primeiro momento, o governo decidiu abrir as informações sobre voos previstas no decreto, como o nome da autoridade do Executivo que solicitou a viagem, o local de embarque e destino, o motivo do deslocamento e o número de passageiros.
O texto atual do decreto não prevê os nomes dos passageiros convidados pela autoridade. Essas informações, ressalta Hage, podem ser solicitadas por meio da Lei de Acesso à Informação aos ministérios que pediram para usar as aeronaves da Aeronáutica.
"Se alguém quiser essas informações deve solicitar ao ministério, e não à FAB", disse.
Na avaliação de Hage, as mudanças nas regras para garantir transparência no governo devem ser contínuas. "Tudo que é caixa preta estamos abrindo. É um processo que não tem retorno e não tem fim, pois a transparência é igual cidadania. Quanto mais se tem, mais se cobra e mais se amplia", afirmou o ministro. Ele disse que a tendência é o governo tornar regra pedidos individuais, por meio da Lei de Acesso à Informação, que têm grande demanda.
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Governo vai divulgar dados sobre uso de jatos
Serão publicados na internet nomes das autoridades do Poder Executivo que usarem aviões da FAB, motivo da viagem e número de passageiros
Leonencio Nossa / Fábio Fabrini
O governo federal decidiu divulgar na internet dados sobre o uso de aviões oficiais por autoridades do Executivo. A medida foi tomada após a revelação de que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, utilizaram aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a um jogo da seleção brasileira no Rio e a uma festa de casamento na Bahia.
O ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), disse ontem ao Estado que avalia que o decreto que regulamenta o uso das aeronaves da FAB pelas autoridades deve passar por mudanças. Segundo ele, o decreto 4244, de 2002, foi elaborado em meio ao escândalo de viagens de ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para o arquipélago de Fernando de Noronha. "O decreto poderiasermais detalhado",ob-servou. "A norma veio daquela esteira de escândalos. De lá para cá se passaram dez anos."
Para o ministro é possível fazer mudanças no decreto. "Se há necessidades, vamos propor", ressaltou Hage.
Num primeiro momento, o governo decidiu abrir as informações sobre voos previstas no decreto, como o nome da autoridade do Poder Executivo que solicitar a viagem, o local de embarque e destino, o motivo do deslocamento e o número de passageiros na aeronave.
O texto atual do decreto não prevê os nomes dos passageiros convidados pelaautoridade. Essas informações, afirma Hage, podem ser solicitadas por meio da Lei de Acesso à Informação aosministérios que pedirem para usar as aeronaves da Aeronáutica. "Se alguém quiser essas informações, deve solicitar ao ministério e não à FAB."
Na quarta-feira, o presidente da Câmarainformou que iria ressarcir os cofres públicos R$ 9,7 mil por ter levado seis pessoas em jato oficial para ver a vitória do Brasil sobre a Espanha por três a zero,no Maracanã. A Procuradoria da República abriu investigação paraapurar seAlves praticou improbidade administrativa. Após dizer que não iria devolver recursos públicos, Renanvol-tou atrás e prometeu ressarcir o erário em R$ 32 mil decorrentes do uso de avião oficial para ir ao casamento da filha do líder do PMDB na Casa, Eduardo Braga (AM),em Trancoso,no sul daBa-hia. A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Garibaldi Alves também vai ressarcir o erário pelos gastos com o uso do jato que o transportou para o Rio, onde assistiu à final da Copa das Confederações.
Transparência. O ministro da CGU afirmou que as decisões para dar transparência ao uso dos aviões da FAB, em meio à onda de pressão da sociedade, são novos passos dados na área do controle dos gastos do governo.
"Começamos dando transparência aos gastos, despesas e receitas, com a divulgação no portal da Controladoria. Passamos a incluir convênio e transferências de recursos para Estados e municípios, depois faturas de cartões de pagamentos", disse. O ministro citou ainda a divulgação de votos das reuniões do Comitê de PolíticaMonetária (Co-pom) do Banco Central.
Conforme Hage, nas etapas seguintes do processo de transparência, a tendência é reduzir os motivos que ainda restringem a divulgação de dados. Questionado sobre o argumento de autoridades de que a divulgação de dados implica em problemas de segurança, o ministro disse que a "tendência é reduzir isso ao mínimo necessário".
"Caixa-preta"
Jorge Hage disse que o governo vai abrir "tudo que é caixa-preta". "É um processo que não tem retorno, pois a transparência é igual cidadania. Quanto mais se tem, mais se cobra e mais se amplia." |
Traslado do corpo de goiano morto no Caribe pode ser definido segunda
Governo aguarda orçamento de custos para trazer corpo ao Brasil. Eurico Barbosa Martins morreu ao tentar entrar ilegalmente nos EUA.
A família do goiano Eurico Barbosa Martins, de 37 anos, que morreu no mar Caribe ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos, na última segunda-feira (1º), continua aguardando parecer sobre o traslado do corpo da vítima de volta ao Brasil. Um orçamento sobre os custos do procedimento deve ficar pronto na próxima segunda-feira (8), de acordo com gerente para Assuntos Consulares e Diplomáticos da Secretaria de Assuntos Internacionais de Goiás, Adauto Brahuna Neto.
O Ministério das Relações Exteriores enviou um representante para a ilha de Saint Martin, onde o corpo do goiano aguarda liberação. “Com certeza teremos uma boa notícia para a família em breve”, afirmou Neto.
Uma lei de Goiás garante que todas as despesas com o traslado das cinzas da vítima para o país sejam pagas pelo governo. Porém, a família não aceita a cremação. Neste caso, a mesma lei determina que apenas parte das despesas pode ser custeada pelo governo.
O técnico em radiologia Sérgio Salazar, cunhado de Eurico, informou em entrevista ao G1 que a angústia da família ainda é grande. “Temos expectativas de que consigamos trazer o corpo e não apenas as cinzas, mas não temos dinheiro para custear metade do traslado”, disse. “Estamos em busca de alguém que nos ajude financeiramente para cobrir a parte dos custos que o governo não pagar”, explicou o técnico em radiologia.
Segundo Salazar, a espera por uma resposta sobre o traslado abala ainda mais o emocional da família, especialmente de Mônica Martins, a viúva do goiano. “Ela está na minha casa com a filha dos dois. Chora sem parar e mal consegue ficar de pé. Está sendo muito difícil”, contou.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais de Goiás, Elie Chidiac, existe a possibilidade de a Força Aérea Brasileira (FAB) fazer o traslado do corpo ao Brasil. Um avião da FAB que está em missão e deve retornar ao país nos próximos dez dias pode ter a rota desviada para a Ilha de Saint Martin. Porém, o desvio depende de aprovação dos governantes da Ilha.
Naufrágio
O goiano está entre as vítimas do acidente com um bote, que virou na madrugada do último dia 1º no mar do Caribe. Eurico e outros imigrantes que tentavam entrar nos Estados Unidos foram enganados e roubados pelos chamados coiotes, que levam pessoas ilegalmente para o território norte-americano. O bote virou em alto-mar próximo à Ilha de Saint Martin, território francês e holandês no Caribe.
O corretor morava em Aparecida de Goiânia e saiu de Goiânia há 15 dias. Falou com a mulher pela última vez na sexta-feira (28) e disse que estava indo para os EUA. Ele já havia morado no país, de 1998 a 2008, quando trabalhou na construção civil. Da primeira vez, ele entrou ilegalmente por terra, pelo México. Dessa vez, decidiu ir pelo mar.
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Perícia é realizada em helicóptero que caiu em Corumbá de Goiás
Investigador afirma que objetivo não é encontrar culpados pelo acidente. Quatro pessoas estavam na aeronave; elas tiveram ferimentos leves.
Uma perícia foi realizada na manhã deste sábado (6) no helicóptero modelo Robinson R44, prefixo PR-DCM, que caiu na última quinta-feira (4) na zona rural de Corumbá de Goiás, a 108 km de Goiânia. Agentes do 6º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão ligado à Força Aérea Brasileira, tiraram fotos, fizeram a marcação do terreno e anotações sobre os danos na aeronave.
Segundo o investigador Daniel Peixoto, o objetivo da perícia não é encontrar culpados pelo acidente. “Queremos descobrir as causas para evitar que situações semelhantes ocorram novamente”, afirmou.
Ainda de acordo com Peixoto, ainda não é possível apontar os motivos da queda. “Nesse momento estamos fazendo apenas a coleta de informações para que possamos descobrir o que motivou o acidente. Por isso, qualquer afirmação será precipitada”, explicou o investigador do Seripa VI.
Como a queda aconteceu em uma área de difícil acesso, um trator foi usado para abrir uma estrada na mata para que o caminhão com os investigadores pudesse chegar até o local. Após o término da perícia, o helicóptero será levado para uma oficina mecânica, credenciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em Goiânia, onde os danos serão avaliados e será feita a devolução para o proprietário.
Acidente
O helicóptero caiu na tarde de quinta-feira (4), na área rural de Corumbá de Goiás. Ao cair, a aeronave bateu em algumas árvores e ficou com a hélice e alguns vidros destruídos. Além do piloto, mais três pessoas estavam a bordo. Todos foram resgatados por uma unidade do Corpo de Bombeiros e sofreram apenas ferimentos leves. Por precaução, uma delas foi levada para o Hospital Nossa Senhora da Penha, que fica na cidade, mas já foi liberada e passa bem.
O helicóptero, que partiu de Cocalzinho de Goiás com destino a Corumbá, chegou a pousar na cidade. No entanto, quando o piloto tentou decolar outra vez, perdeu o controle e caiu em uma propriedade rural.
De acordo com a Polícia Militar, a aeronave está em nome de uma empresa de alimentos de Goiânia, o piloto tinha licença para voar e estava com a habilitação em dia. Ele foi levado a uma delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso e foi liberado.
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Grana devolvida por Renan e Alves após caronas em avião da FAB paga mais de 400 bilhetes aéreos SP-Rio
Presidentes da Câmara e do Senado ressarciram quase R$ 42 mil aos cofres públicos
O volume de recursos devolvido pelos presidentes da Câmara, Henrique Alves (PDMB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aos cofres públicos na semana passada, após uso indevido de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), é suficiente para comprar 439 bilhetes da ponte-aérea entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Juntos, eles devolveram R$ 41,7 mil aos cofres públicos.
Para o cálculo, a reportagem do R7 considerou os preços praticados pela empresa aérea Gol, em simulação de compra feita neste sábado (6), com viagem prevista para o dia 14 de agosto, uma quarta-feira. O valor da tarifa é de R$ 94,90, preço que não inclui a taxa de embarque. O R7 comparou preços da TAM, Gol e Azul para encontrar o valor mais barato.
Após utilizar em 15 de junho um jato, do modelo C-99, para fazer o trajeto entre Maceió (AL) e Porto Seguro (BA), onde participou da festa de casamento da filha de um colega senador, Renan anunciou que devolveria R$ 32 mil aos cofres públicos. Renan estava acompanhado da mulher e, de Porto Seguro, voltou a Maceió com a aeronave da FAB.
Pouco depois de Renan, o presidente da Câmara usou um jato da FAB para viajar de Natal (RN) ao Rio de Janeiro (RJ) ao lado de sete familiares no dia 28 de junho, uma sexta-feira. No domingo (30), o grupo assistiu à final do Brasil contra a Espanha, pela Copa das Confederações, e retornou a Natal por volta das 23h na mesma aeronave. Alves admitiu o erro e devolveu R$ 9.700 à União como forma de ressarcimento do uso irregular da aeronave.
Além dos dois parlamentares, que devolveram valores parciais ou totais dos custos das viagens, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, também prometeu ressarcir os cofres públicos após uso irregular de aeronave da FAB. Ele também assistiu à final da Copa das Confederações no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
Garibaldi, que é primo de Henrique Alves, saiu de Brasília às 6h da sexta-feira (28) com destino a Fortaleza (CE) para cumprir uma agenda oficial na cidade de Nova Morada (CE). Em seguida, optou por usar o avião para ir ao Rio para passar o fim de semana e assistir ao jogo da seleção, quando, segundo as regras, deveria ter pousado na capital federal.
No último sábado (6), a revista Veja mencionou suposto uso particular do helicóptero do Estado do Rio de Janeiro pelo governador, Sérgio Cabral (PMDB). O político teria usado a aeronave para levar a família, aos finais de semana, do Rio para sua casa de praia. Segundo cálculos da publicação, o custo mensal do helicóptero é de R$ 312 mil.
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Visita ao templo e ao seminário Bom Jesus
D. Damasceno, também presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), receberá Francisco no Rio e será seu anfitrião em Aparecida. Depois da missa e da bênção na praça do santuário, o papa irá de papamóvel (um dos dois veículos trazidos de Roma em avião da Força Aérea Brasileira) para o Seminário Bom Jesus, a cerca de um quilômetro de distância, na saída para Guaratinguetá. No fim da tarde, voltará de papamóvel até o santuário, onde embarcará num helicóptero de volta ao Rio
O programa no Seminário Bom Jesus será discreto: Francisco almoçará com sua comitiva de uns 40 membros, bispos da Província Eclesiástica de Aparecida, padres e seminaristas. Fará um repouso nos aposentos da Pousada Bom Jesus, onde se hospedaram João Paulo II em 1980 e Bento XVI em 2007, e receberá religiosas de três mosteiros de clausura da arquidiocese. Essas freiras vivem fechadas em suas comunidades, dedicadas à oração e à contemplação, mas terão permissão especial no dia 24 para sair e ver o papa.
“Compreendo que o papa quisesse visitar Aparecida como um peregrino devoto de Nossa Senhora, com uma agenda discreta e quase anônimo, mas isso não é possível em seu caso”, comentou d. Damasceno, ao justificar a atenção dada a Francisco, que é chefe da Igreja e chefe de Estado. O papa já conhece Aparecida, pois passou três semanas na cidade em maio de 2007, durante a 5.ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Era então o cardeal Bergoglio arcebispo de Buenos Aires e foi o presidente da comissão de redação do documento final da reunião
D. Damasceno torce para que tudo corra bem durante a visita do papa, mas admite a possibilidade de haver manifestações, provavelmente não em Aparecida, mas na Via Dutra ou em cidades vizinhas. “Para quem já estiver no Rio, é aconselhável não vir a Aparecida, porque não se sabe como poderá voltar”, disse o arcebispo, ao comentar que o cardeal d. Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, não virá à cidade porque tem compromissos na Jornada Mundial da Juventude.
O arcebispo e d. Darci esperam mais de 200 mil pessoas no dia 24, mas temem que o afluxo seja menor, “se a imprensa for alarmista, como ocorreu na visita de Bento XVI”, quando se falou muito sobre dificuldades de acesso pela Via Dutra. Cerca de 120 mil assistiram então à missa celebrada pelo papa no pátio do santuário. D. Damasceno voltou a afirmar, com havia declarado em Roma na semana passada, que o papa Francisco não está preocupado com as manifestações e protestos, pois considera que isso é normal numa democracia.
Obras na cidade
O prefeito Márcio Siqueira informou que o governo do Estado liberou verba de pouco mais de R$ 1 milhão para asfaltamento de ruas e praças de Aparecida por causa da visita do papa. A prefeitura mobilizará 200 funcionários para orientação dos romeiros. A colaboração de Guaratinguetá, segundo o prefeito Francisco Carlos dos Santos, será permitir e providenciar a remoção de uma estátua de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, de um trevo na entrada da cidade para o Seminário Bom Jesus, onde será benzida pelo papa.
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