NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/06/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
País precisa investir em defesa cibernética, diz Amorim
ELEONORA DE LUCENA - DE SÃO PAULO
A descoberta de um sistema de megaespionagem nos EUA preocupa o Brasil e é preciso investir em "defesa cibernética". Quem faz o alerta é o ministro da Defesa Celso Amorim. Ele próprio desconfia que pode ter sido alvo de escutas telefônicas no passado.
O ministro advoga o desenvolvimento de um pensamento de defesa para a região, que priorize os recursos naturais. "O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. E esses recursos naturais podem ser objeto de cobiça", afirma. Para ele, é necessário criar uma base industrial de defesa comum na América do Sul.
Nesta entrevista, concedida em São Paulo, Amorim, 71, trata da Comissão da Verdade e comenta as manifestações pelo país, que, na sua visão, refletem o distanciamento entre as estruturas de governo e a população.
O que está acontecendo no Brasil?
Não é só no Brasil. Isso é um tipo de enigma que temos que decifrar. Há uma pluralidade de agentes, gente ligada e não ligada a partidos. Tem pessoas reclamando especificamente da passagem de ônibus, onde começou tudo. Não é só no Brasil. Nós aqui não temos problema de desemprego entre os jovens como ocorre na Europa. Há, talvez, um desejo de maior participação. Não é nesse governo ou no anterior. É uma coisa genérica que aflora de tempos em tempos afloram. É preciso entender as razões desse mal estar.
Onde está esse mal estar?
Sempre se tem uma coisa para reclamar, alguma razão para um mal estar. As estruturas de governo em geral acabam levando a um certo distanciamento entre a população e o poder, qualquer que seja o poder. Quando a economia está crescendo muito ou há um projeto novo sendo realizado, isso às vezes se dissolve um pouco. Mas volta e meia reaparece. A atitude da presidente Dilma --eu sou suspeito para falar porque sou do governo-- é muito positiva ao dizer que respeita o direito de se manifestar. A defesa do direito de se manifestar é o primeiro passo para se ter um diálogo e se poder entender. As razões podem ser difusas. É preciso entender esse desejo de participação mais direta da população. Não de se criar uma democracia direta, como é na Suíça, onde tudo tem referendo. Mas há esse desejo participativo.
Quais são as consequências políticas desse movimento?
Talvez isso acentue a necessidade de uma reforma política que de alguma maneira aproxime todas as estruturas de poder dos cidadãos e dos jovens em geral. Todos temos que desenvolver mecanismos, canais de comunicação para que essas inquietações sejam expressas. Não vejo consequência negativa para o partido A ou B.
As Forças Armadas podem ser chamadas?
Não vejo isso acontecer. Os órgãos de segurança pública tem perfeito controle da situação. A questão é saber se agem com maior rigor ou com maior comedimento. É um equilíbrio às vezes delicado, mas acho que isso é encontrável.
Como o sr. analisa essa megaespionagem envolvendo governo e empresas privadas descoberta nos EUA?
Vou fazer uma brincadeirinha. Fiquei até decepcionado que em 2009 eles se interessaram pela Turquia, África do Sul, pela Rússia e não se interessaram pelo Brasil. É porque falamos tudo com muita clareza, talvez. Em 2009 não participei da parte financeira, mas estava lá. Tive uma reunião com o ministro das relações exteriores inglês. Não sei se a nossa reunião não foi gravada também.
Mas como essa megaespionagem afeta o Brasil?
Isso faz parte desse mal estar não só no Brasil, mas no mundo. Essa ideia de que há um controle total sobre a vida dos cidadãos, que a liberdade é permanentemente cerceada. No Brasil, que eu saiba, não ocorre nada parecido. Mas de um modo geral isso cria um clima de mal estar com as estruturas políticas e poder no mundo inteiro. Sempre tem que encontrar um equilíbrio. Se você tem uma ameaça muito premente, talvez em certos momentos...
Mas os brasileiros que estão conectados não podem estar sendo espionados?
Podem também, é óbvio. Mas o que se conhece é mais das agências norte-americanas. Agora saiu sobre a britânica. Não me consta que nada tenha saído sobre as agências brasileiras. Mas brasileiros podem ser sim [espionados]. É uma coisa especulativa. Pessoas que estão em posições-chave podem ser objeto de uma vigilância mais constante. Vou dizer francamente. Em dois momentos eu achei que o meu telefone não aqui no Brasil, um deles até aqui no Brasil não sei por qual agência, que os meus telefones estavam sendo gravados. Um, quando meu morava nos EUA e era embaixador na ONU. Cuidava de três comissões sobre a questão do Iraque. Meu telefone começou a fazer um ruído muito estranho, e, quando acabou a comissão sobre Iraque, acabou o ruído também. Alí havia um foco óbvio.
O sr. pediu alguma investigação?
Não, porque o que eu falava lá, falava em público. Curiosamente, quando eu saí do governo Lula mas continuei com muitas atividades sobre a questão nuclear, a questão do Irã e recebia telefonemas de embaixadas, também achei estranho meu telefone particular aqui no Brasil, no Rio. Mas também já sumiu. Descobriram que eu sou ministro da Defesa, ficaram mais... Eu não sei quem. Foram duas situações que eu suspeito, mas nem tenho certeza. Nem da onde partiu, nem o que foi. Pode ter sido coincidência, mas a gente desconfia das coincidências.
Do ponto de vista da defesa, isso preocupa o Brasil?
Claro, por isso temos que ter a defesa cibernética. Para evitar que entrem nos nossos sistemas, que saibam o que a gente está planejando. Por isso criamos um centro de defesa cibernética no Exército, com recursos não se comparam com o que eu acho que seriam necessários. Deve ser mais ou menos um terço do que gasta a Inglaterra em defesa cibernética, cerca de R$ 70 milhões.
Isso garante?
Não, é um passo, pois não se tinha nada. É uma estrutura de defesa cibernética que tem se concentrado em grandes eventos. Ninguém vai se tronar totalmente invulnerável. Leio que a maior ameaça aos EUA é o ataque cibernético. E eles são o país que tem as estruturas mais bem protegidas.
O sr. falou de recursos orçamentários insuficientes. É preciso aumentar os gastos em defesa?
A área de defesa em sido razoavelmente bem tratada dentro desse contexto de dificuldades. O fundamental é a sociedade passar a considerar a defesa como uma coisa importante. Quanto mais o Brasil se projeta no mundo, mais importante isso se torna. É razoável pretendermos um aumento progressivo. Hoje em dia temos 1,5% do PIB em gastos com defesa. A média dos Brics é 2,5%. Em 10 anos deveríamos chegar a 2%.
As pessoas se perguntam por que queremos um submarino nuclear. Queremos porque o Brasil tem a maior costa atlântica do mundo e provavelmente a maior reserva de petróleo no fundo do mar no mundo. Isso exige um tipo de defesa que equipamentos mais tradicionais não são capazes de dar. O submarino é de propulsão nuclear, não terá armas. A vantagem é que permite ficar mais tempo submerso, dá mais autonomia para ficar submerso e não ser detectado, e, portanto capaz de defender.
Quando se pensa em defesa, se pensa em novas ameaças, que são reais: pirataria, narcotráfico, terrorismo. Mas não podemos estar seguros de que as chamadas velhas ameaças não se reproduzirão. O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. E esses recursos naturais podem ser objeto de cobiça. Pode até se conceber que conflitos entre terceiros países tenham reflexos no nosso. Até para eu isso não aconteça, temos que mostrar que temos uma certa capacidade. Aí entra o submarino nuclear, a defesa antiaérea, que aviões, sistema de comunicação nas fronteiras. Temos quase 17 mil km de fronteira com outros países, É muita coisa. Dez vizinhos. Oito mil km de litoral, o maior litoral atlântico do mundo. Hoje em dia, o Brasil está fazendo cada vez mais parte dos clubes que tomam decisões no mundo. Então, tem que tomar conta da sua própria defesa.
Falando em ameaças convencionais, a criação da quarta frota norte-americana na região preocupa? Ela está relacionada com essa cobiça estrangeira que o sr. mencionou?
Não quero fazer um discurso de que estão todos querendo aqui. Não é bem assim. Não acho que a quarta frota foi feita por isso. Ela existiu, foi desativada e reativada. A quarta frota é, na realidade, uma frota virtual. O que não quer dizer que... Os americanos dizem que estão preocupados com narcotráfico, a pirataria. O fato é que isso, em certas situações, pode representar um incomôdo para o Brasil.
Mas o anúncio da reativação da quarta frota mais ou menos coincidiu com o anúncio o Pré-Sal, não?
Mais ou menos. Coincidiu com isso, com outras situações na região. Também com certos problemas na África. É motivo, sim, de preocupação. Ainda que sua existência seja de forma virtual, o fato de eles colocarem um olhar para cá. Não é por serem os EUA. Se fosse a China, a Rússia ou da Inglaterra, a preocupação seria idêntica. Nós queremos é manter o Atlântico Sul como uma zona de paz e cooperação, livre de armas nucleares. Nós não sabemos o que esta quarta frota pode conter, que navios seriam chamados. Digamos que aja um problema que não seja conosco. Mas que navios portadores de armas nucleares façam parte de uma mobilização. Que problemas podem provocar? Existe essa preocupação em manter o Atlântico Sul como uma zona de paz. Mas para isso nos temos que cuidar da nossa defesa. Temos que ter uma cooperação com outros países, tanto na América do Sul, quanto da África. Temos trabalhado nesse sentido, intensificado nossa colaboração com países africanos.
A questão das bases dos EUA no continente preocupa?
O caso mais concreto foi na Colômbia e isso foi discutido. Acordos dos EUA com a Colômbia passaram a incluir cláusula especifica de respeito à integridade territorial dos Estados e soberania. Temos uma relação de muita confiança dentro do conselho de defesa sul-americano. Falo de qualquer base estrangeira. Qualquer aproximação mais forte, com presença física dentro do território sul-americano, claro que será motivo de preocupação.
O poder norte-americano está cadente no continente?
Os EUA são a maior potência do mundo. Não só econômica, mas cultural. 70% dos programas de entretenimento, se não for novela, são americanos. Esse poder não vai terminar de uma hora para outra. Não é contra ninguém. No conceito novo de defesa se pensa em capacidades, em ter capacidade, o que já serve de dissuasão para quem quer que seja. Aquela grande insegurança, quando houve a polêmica bases dos EUA na Colômbia, arrefeceu. Houve medidas de confiança. As forças armadas estão se falando mais na América do Sul, têm havido reuniões periódicas, temos trabalhado com transparência, até fazendo operações conjuntas.
Além disso, temos que, paulatinamente, criar uma base industrial de defesa comum. É uma coisa de muito longo prazo, que pode levar, 30, 40 anos, mas tem que começar. Como o Brasil é o mais aditado hoje na indústria de defesa, alguns projetos nasceram aqui. É o caso desse avião cargueiro que, no Brasil, vai substituir o Hércules. A argentina participa dele, a Colômbia estuda participar, além de países de fora da região. Outro exemplo: aprovamos no conselho de defesa sul-americano um avião treinador básico. É uma ideia argentina, mas estamos ajudando no projeto. Precisávamos de lança patrulha robusta para combater narcotráfico na Amazônia. Resolvemos comprar da Colômbia. Poderíamos ter comprado da Suécia ou de outros países. Da mesma maneira, vendemos supertucanos para a Colômbia. Entendo que não é vender, mas contribuir para o desenvolvimento da indústria local.
Temos, assim, várias dimensões: criação de confiança; indústria de defesa e criar um pensamento sul-americano comum, que leve em conta as hipóteses que são mais prováveis para nós. Valorizo nossa cooperação com EUA e Canadá. Os problemas deles não são os nossos. Nós temos que combater o terrorismo como em qualquer lugar do mundo, mas não temos uma guerra global contra o terror, como identificação quase que religiosa. Temos que ver os nossos problemas. Quando olho para a América do Sul e nossos problemas comuns, o principal deles vai ser a defesa dos nossos recursos naturais. A América do Sul é grande produtora de alimentos, grande detentora de recursos de energia, maior detentora de água, grande detentora de biodiversidade. A especificidade sul-americana é a defesa dos recursos naturais. A nossa prioridade tem que ser a América do Sul e tem que haver um pensamento sul-americano em função dos nossos problemas. Não é um pensamento único, tem que admitir uma pluralidade de situações, mas com elementos comuns. O principal é a questão da defesa dos recursos naturais.
Depois do desmonte nos anos 1990, a indústria bélica no país entrou em processo de desnacionalização. Isso preocupa?
Não sou contra qualquer associação. O problema é saber como se maneja as associações. Aconteceu com uma empresa brasileira que produzia um componente essencial para o combustível de lançadores de satélite. Era uma petroquímica, foi comprada por uma petroquímica maior, e a petroquímica foi vendida para a Alemanha. Outro dia quisemos comprar esse combustível da Alemanha e disseram que não vendem porque é estratégico. Temos que voltar a desenvolver, e estamos tratando disso. Isso aconteceu há 20, 15 anos. Há essa preocupação. Acabamos de inaugurar, na Iveco, uma linha de fabricação do Guarani, em função de encomenda do Exército. A Fiat é uma empresa europeia, mas está no Brasil há muitos anos e a patente do veículo é do Exército brasileiro. No caso do submarino nuclear jamais poderíamos fazer sozinhos. No caso da aviação temos a Embraer. Na defesa antiaérea, vamos comprar um sistema russo, mas não vamos comprar ele pronto. Vamos usar radares brasileiros. Há empresas como a Avibras. Por outro lado, criamos uma legislação muito importante para empresas estratégicas de defesa. Exige valor agregado no país, controle decisório no país. O Brasil tem que fazer valer o seu poder de barganha. Os países que têm potencial de crescer na área de defesa são os emergentes, porque suas necessidades de defesa vão aumentar. Isso nos dá um enorme poder de barganha. Queremos ter certeza de que a absorção de tecnologia vai ocorrer. A presidente Dilma está muito preocupada com isso.
Sobre a novela dos caças, qual a perspectiva de decisão?
Não cheguei ao ponto de poder dizer assim: últimos capítulos. Estamos chegando perto dos últimos capítulos. Não tenho bola de cristal. A parte minha já foi feita. Estamos num processo ativo de análise que permita a presidente tomar uma decisão. Creio eu que possa ser tomada neste ano.
O fato de a Embraer ter ganho uma concorrência nos EUA de alguma maneira influencia a decisão?
É uma resposta que eu prefiro nem dar, porque qualquer resposta que eu dê vai dar uma leitura errada,
A Comissão da Verdade pede documentos e alguns integrantes defendem a revisão da lei da Anistia. As Forças Armadas dizem que eles não existem e resistem a admitir a tortura. Como desatar esse nó?
Temos buscado cooperar o máximo com a Comissão da Verdade. Obviamente não vou dizer que seja um processo fácil. Mandei uma quantidade enorme, mais de 500 mil documentos, e as pessoas têm que ir lá pesquisar. Inclusive cinquenta volumes encadernados do antigo EMFA. Não sei se tem o que a Comissão da Verdade está procurando, mas há vários documentos de várias naturezas que eram secretos e que foram mandados também para o arquivo nacional. Pessoalmente estive sempre muito empenhado em facilitar o diálogo e a comunicação entre a comissão e as forças. Até promovi um almoço com membros da Comissão e comandantes das Forças. Para possibilitar esse diálogo criamos mecanismos para que isso continue. Temos respondido às perguntas.
Os documentos existem? Não tenho nenhuma razão para não crer no que me dizem os comandantes. O que eles dizem é que o que tinha foi destruído. Acho até que isso tem uma certa lógica, independentemente do ponto de vista sobre o fato. Não estou discutindo a legitimidade ou legalidade da destruição. Alegam que a legislação da época permitia. Não me pronuncio sobre isso. Eles dizem que foi destruído e que não tem. Se alguns da reserva levaram para casa, isso é outra questão. A maneira como a Comissão da Verdade tem prosseguido, inclusive com audiências públicas, vai contribuir para que se saiba mais proximamente, com o grau de precisão possível, o que aconteceu. Haverá sempre insatisfação, mas tenho trabalhado com o máximo de abertura. Estou convencido que os comandantes têm procurado cooperar também.
A revisão da lei da anistia não está na agenda do governo. O momento histórico que estamos vivendo é esse. A lei que criou a Comissão da Verdade, por praticamente unanimidade no Congresso, se baseia em certos pressupostos. Ela reafirma a vigência da Lei da Anistia. Esse é o quadro legal que existe.
O sr. sente polarização, ressentimento?
O interesse do Brasil é conhecer a verdade. Quanto mais a gente reforça essa ideia de dois lados, mais difícil fica conhecer a verdade plenamente e passar para o futuro. A Comissão da Verdade é para apurar os fatos. E os fatos falam por si só uma vez apurados.
Como as Forças Armadas acompanham esse processo. Reavivou feridas?
Não vejo. As palavras, às vezes aqui ou ali, podem causar incômodo. Um ou outro procedimento. Mas percebem que o momento histórico do Brasil exige uma cooperação efetiva com a comissão que está encarregada de apurar os fatos. Acho que têm cooperado e reafirmado decisão de cooperar. É preciso que essa confiança se crie, se desenvolva. Tenho confiança nisso.
Vai sempre haver interpretações do que os fatos foram, sempre vai haver alguma diferença. Com o tempo, a sociedade brasileira vai formar sua visão histórica e vai compreender melhor. O importante é apurar os fatos e fazer com que eles apareçam. Mais tarde haverá interpretações diferentes. Tem gente que até hoje interpreta a revolução francesa. Tem gente que acha que foi um grande avanço, tem gente que não. Isso é coisa para os historiadores. O importante é que os fatos sejam apurados na sua maior integralidade e nós estamos cooperando com isso.
Qual a diferença entre Lula e Dilma?
Um pensador disse que diz o estilo é o homem. Agora o estilo é uma mulher. As posições básicas são muito parecidas, mas cada momento apresenta seus próprios desafios. Eu me sinto bem nos dois governos.
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Sob os louros
Criada sob a inspiração de um instituto de engenharia modelar, a Embraer deu os primeiros passos em 1969. O seu produto inicial foi o turbo-hélice Bandeirante.
Antes dela diferentes empresários se lançaram no mundo da construção de aeronaves. A Neiva, a Aerotec e outras já ocuparam seu espaço na indústria Aeronáutica. Todas tendo o então Ministério da Aeronáutica como incentivador.
Sob a sombra do governo, a nossa estatal caminhou por aproximadamente 20 anos. Sempre que ocorria um descompasso entre as receitas e despesas, o Ministério da Aeronáutica a socorria. E ajudava adquirindo seus produtos. A incorporação das aeronaves Sêneca na frota da Força Aérea Brasileira (FAB) ocorreu naquela época.
Quando Fernando Collor de Melo assumiu a Presidência da República, as missões de socorro amiudaram e a direção da estatal passou por apertos.
Ainda que tivesse nos seus arquivos um projeto promissor, a Embraer quase encerrou a sua produção.
Ela foi salva pela privatização, tão execrada pelos seguidores do Partido dos Trabalhadores.
Privatizada, os seus acionistas resolveram ingressar no mundo da construção de aeronaves de forma efetiva e os produtos começaram a aparecer. O projeto do Embraer 145 foi desengavetado e sobre ele se construiu a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo.
O grande projeto veio com a família de jatos de 70 a 120 assentos, os bem-sucedidos E-Jets.Uma análise de mercado bem elaborada, um conhecimento dos pontos fortes e fracos da concorrência e ousadia trouxeram para o mundo da aviação o produto deque ele estava precisando.
A seleção do nicho foi tão acertada que acabou gerando concorrentes canadense, russo e (mais recentemente) chinês. Na aviação isso é comum.Por ter partido na frente, a posição da Embraer foi favorecida e isso justifica os quase mil modelos entregues em 47 países, para 65 empresas.
Sob os louros do êxito, a Embraer não adormeceu e, por não encontrar uma brecha no mercado de aeronaves maiores, resolveu ficar no segmento daquelas com corredor único e quatro assentos, procurando entregar um novo produto até 2018.
As iniciativas dos canadenses, dos russos e dos chineses determinaram a decisão da empresa de mexer nos seus produtos.
Uma série de inovações está sendo introduzida na futura linha dos E-Jets, denominada EV (Evolution). O investimento teve início em 2012 e a empresa incorporou 200 engenheiros no seu quadro de 3.500 profissionais, sendo que destes 3 mil trabalham na planta de São José dos Campos (SP).
Uma nova aeronave já está em fase de fabricação.
Recentemente a Embraer anunciou os fornecedores da segunda geração dos E-Jets. Já foram selecionados os fornecedores do sistema de combustível, do módulo eletrônico, de parte da fuselagem e das superfícies móveis e fixas da cauda da aeronave.
Com uma nova motorização, sistemas mais modernos, asas de aerodinâmica avançada e comando de voo fly-by-wire, é esperada uma economia de dois dígitos no consumo de combustível, um custo menor em manutenção, menor emissão de poluentes e redução do ruído. O seu primeiro voo de teste está previsto para 2016, tendo então o início do processo de certificação pela Anac.
A segunda geração dos E-Jets está em curso para que a Embraer mantenha a liderança neste segmento do mercado.
Uma vez mais a empresa se pauta numa análise de mercado, que prevê para os próximos 20 anos a necessidade de 7 mil novas aeronaves com capacidade de até 120 assentos, e a meta é manter a sua fatia de 43% de participação no mercado, fornecendo 3 mil novos E-Jets.
Número significativo a ser alcançado por quem não adormeceu sob os louros do êxito.
BIRUTINHAS
A350 O mais novo produto da Airbus realizou o seu primeiro voo no dia 14. A empresa estima que nos próximos 20 anos 5 mil unidades serão adquiridas pelo mercado e deseja abocanhar 50% do total. A nova aeronave incorpora melhorias para redução do consumo de combustível, diminuição da emissão de poluentes e redução do nível de ruído. O A350 terá capacidade entre 270 e 350 assentos e alcance de 15 mil quilômetros.
PODEROSA A Singapore Airlines anunciou a assinatura de contratos para a aquisição de 60 aeronaves, sendo 30 Airbus A350-900 e 30 Boeings 787-10X. O contrato com a Airbus ainda inclui opção de compra de outras 20 aeronaves A350-1000. Um negócio de US$ 17 bilhões é de deixar qualquer fabricante com água na boca.
S&P A Standard & Poor"s, a agência de análise de risco que rebaixou o Brasil, ameaçando o seu grau de investimento, elevou a classificação da Embraer de BBB- para BBB. A estabilidade e a eficiência operacional determinaram a melhora. Fico imaginando qual seria o seu grau se estivesse nas mãos da "companheirada".
OFFSHORE No período de 11 a 14, foi realizada na cidade de Macaé (RJ) a feira Brasil Offshore, que ocorre a cada dois anos. A edição de 2013 contou com a participação da Air France e KLM, que ofereceram o cartão Flying Blue Petroleum. Como todo programa de empresa aérea, ele possibilita acumular pontos e usá-los nos deslocamentos entre as localidades sedes de atividades petrolíferas.
BONANZA A aeronave com linha de produção mais longeva, o Bonanza G-36 atingiu a marca de 4.000 unidades comercializadas. A sua fabricação teve início em 1947. A Beechcraft anunciou a sua entrega a um cliente norte-americano e por pouco a unidade não foi comercializada no Brasil, já que a de número 4.001 foi adquirida por um cidadão brasileiro.
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AERONAUTAS
Cerca de cem aeronautas fizeram manifestação no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Eles exibiram cartazes com frases cobrando diálogo com a Agência Nacional de Aviação Civil, criticaram mudanças no tráfego aéreo durante a Copa das Confederações e distribuíram panfletos pedindo melhorias na infraestrutura aeroportuária.
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Achei que meus telefones estavam sendo gravados
MINISTRO DA DEFESA SUSPEITA TER SIDO MONITORADO NOS ESTADOS UNIDOS E DIZ QUE SISTEMA AMERICANO DE ESPIONAGEM PREOCUPA
ELEONORA DE LUCENA - DE SÃO PAULO
A descoberta de um megasistema de espionagem nos Estados Unidos preocupa o Brasil e é preciso investir em "defesa cibernética". Quem faz o alerta é o ministro da Defesa, Celso Amorim. Ele próprio desconfia que possa ter sido alvo de escutas telefônicas no passado.
O ministro advoga o desenvolvimento de um pensamento de defesa para a região, que priorize os recursos naturais. "O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. Esses recursos podem ser objeto de cobiça." Para ele, é necessário criar uma base industrial de defesa comum na América do Sul.
Nesta entrevista, concedida na última terça-feira em São Paulo, Amorim, 71, também comenta as manifestações pelo país --que, na sua visão, refletem o distanciamento entre as estruturas de governo e a população.
Folha - O que está acontecendo no Brasil? Celso Amorim - Não é só no Brasil. É um enigma que temos que decifrar. Não temos problema de desemprego entre os jovens como ocorre na Europa. Há, talvez, um desejo de maior participação. Não é nesse governo ou no anterior. É uma coisa genérica que aflora de tempos em tempos. É preciso entender as razões desse mal-estar. As estruturas de governo em geral acabam levando a um certo distanciamento entre a população e o poder, qualquer que seja o poder. As razões podem ser difusas. Talvez isso acentue a necessidade de uma reforma política que aproxime as estruturas de poder dos cidadãos em geral.
Como o sr. analisa essa megaespionagem envolvendo governo e empresas privadas descoberta nos EUA?
Vou fazer uma brincadeirinha. Fiquei até decepcionado que, em 2009, eles se interessaram pela Turquia, África do Sul, Rússia e não se interessaram pelo Brasil [risos]. É porque falamos tudo com muita clareza, talvez. Em 2009, tive uma reunião com o ministro das Relações Exteriores inglês. Não sei se a nossa reunião não foi gravada também [risos].
Como isso afeta o Brasil?
Isso faz parte desse mal-estar não só no Brasil, mas no mundo. Essa ideia de que há um controle total sobre a vida dos cidadãos, que a liberdade é permanentemente cerceada. No Brasil, que eu saiba, não ocorre nada parecido.
Mas os brasileiros conectados às redes sociais estrangeiras não podem estar sendo espionados por esse esquema?
Podem também, é óbvio. Mas o que se conhece é mais das agências norte-americanas. Não me consta que nada tenha saído sobre as agências brasileiras. Mas brasileiros podem ser, sim. É uma coisa especulativa. Pessoas que estão em posições-chave podem ser objeto de uma vigilância mais constante. Vou dizer francamente: em dois momentos achei que os meus telefones estavam sendo gravados. Um, quando eu morava nos EUA e era embaixador na ONU. Cuidava de três comissões sobre a questão do Iraque. Meu telefone começou a fazer um ruído muito estranho e, quando acabou a comissão sobre o Iraque, acabou o ruído também. Ali havia um foco óbvio.
O sr. pediu investigação?
Não, porque o que eu falava lá falava em público. Curiosamente, quando saí do governo Lula, continuei com muitas atividades, participei de simpósios sobre a questão nuclear, a questão do Irã, e recebia telefonemas de embaixadas. Também achei estranho meu telefone particular aqui no Brasil, no Rio. Mas também já sumiu. Descobriram que sou ministro da Defesa, ficaram mais... Eu não sei quem. Foram duas situações que eu suspeito, mas nem tenho certeza. Nem de onde partiu, nem o que foi. Pode ter sido coincidência, mas a gente desconfia das coincidências.
Do ponto de vista da defesa, isso preocupa o Brasil?
Claro, por isso temos que ter a defesa cibernética. Para evitar que entrem nos nossos sistemas, que saibam o que a gente está planejando. Por isso criamos um centro de defesa cibernética no Exército, com recursos que não se comparam com o que eu acho que seria necessário. Deve ser mais ou menos um terço do que gasta a Inglaterra em defesa cibernética, cerca de R$ 70 milhões.
O sr. falou de recursos insuficientes. É preciso aumentar os gastos em defesa?
A área de defesa tem sido razoavelmente bem tratada dentro desse contexto de dificuldades. É razoável pretendermos um aumento progressivo. Hoje em dia temos 1,5% do PIB em gastos com defesa. A média dos Brics é 2,5%. Em dez anos, deveríamos chegar a 2%. Quando se pensa em defesa, se pensa em novas ameaças: pirataria, narcotráfico, terrorismo. Mas não podemos estar seguros de que as chamadas velhas ameaças não se reproduzirão. O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. Esses recursos podem ser objeto de cobiça. |
Com nova linha de jatos, Embraer ganha terreno contra Bombardier
Na semana da principal vitrine do mercado de aviões do mundo, a Embraer ganhou terreno na guerra que trava com a canadense Bombardier pela liderança no seguimento de jatos para companhias aéreas regionais.
Após o lançamento da nova geração dos seus E-Jets, a Embraer informou na Paris Air Show que já tem 150 encomendas consolidadas do E2, família de jatos que concorre com os C-Series da Bombardier. A canadense não registrou novos pedidos.
Encomendas em feira de aviação de Paris superam US$ 100 bilhões
Com Boeing, Embraer quer ganhar mercado para cargueiro militar
O E2 foi lançado na última segunda em três versões (88, 106 e 132 assentos) com preços de catálogo que variam de US$ 46,8 milhões a US$ 60,2 milhões de dólares.
Somente os modelos maiores do E2 concorrem diretamente com a família C-Series (110 a 135 lugares) e custam entre US$ 58,3 e 66,6 milhões.
PEDIDOS
A companhia aérea americana SkyWest foi a primeira a anunciar a compra do E2. Fez um pedido firme --que é a maneira como o setor chama as encomendas consolidadas-- de cem unidades com a opção de compra de outras cem.
A ILFC (International Lease Finance Corporation) fechou 50 pedidos firmes com mais 50 opções de compra. Este último negócio foi particularmente comemorado pelos brasileiros porque é a primeira vez que companhia de leasing encomenda aviões da fabricante de São José dos Campos.
De acordo com a Embraer, somados, os pedidos firmes destas duas companhias representam US$ 7,53 bilhões (R$ 16,8 bilhões). A fabricante diz que há outras 65 encomendas em negociação.
ESTRATÉGIA
Consultor especializado no mercado aeroespacial, o vice-presidente de análises do Teal Group, Richard Aboulafia, diz que a dianteira da Embraer sobre a Bombardier se deve à estratégia que cercou o E2.
"A Embraer é simplesmente muito mais agressiva comercialmente. A Bombardier tem um jato muito bom, mas isso não quer dizer muita coisa, se eles não estiverem preparados para ser agressivos em termos de preço", disse Aboufalia à Folha.
A geração E2 é uma atualização dos E-Jet com novos componentes e motor. O CSeries é um projeto iniciado a partir de um novo design e promete economia de 20% no combustível.
O investimento da Bombardier no novo avião foi US$ 3,4 bilhões -o dobro do valor que a Embraer pretende injetar para desenvolver o E2.
"Quando você faz a reengenharia de um produto já existente, você tem custos mais baixos e pode ser mais flexível em preço. O jato da Bombardier tem maior alcance e capacidade, mas também é mais caro que o E2 para ser construído e depois operado", comparou.
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Força militar faz a segurança do Planalto
Roberto Godoy
Fuzileiros Navais, tropa do grupamento de Brasília, foram convocados para a garantia do prédio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, que esteve bem próximo de ser invadido por manifestantes. Homens de elite são integrantes da treinada força de intervenção rápida da Marinha, peritos em tiro, artes marciais, uso de lâminas, e enfrentamento direto. Até agora, esse é o maior - entretanto, não o único - envolvimento da Defesa nos protestos.
Na noite de segunda-feira, toda a iluminação do Palácio do Planalto foi reduzida. Em seguida, o prédio foi cercado por soltados da Polícia do Exército, bem armados e sob proteção de escudos. Na segunda linha, nais combatentes, levando cães treinados. No salão inferior aguardava outro grupo, de reserva. Agentes de segurança foram distribuídos pelos demais pavimentos, vigiando gabinetes e certas instalações estratégicas, como as centrais eletrônicas de comunicações. Na retaguarda, um esquadrão de infantaria e veículos blindados, tipo Cascavel EE-9, com canhão de 90mm, e Urutu EE-11.
A manifestação rolava na rampa do Congresso, bem perto dali e ameaçava avançar. Um motivo suficiente para que o Gabinete de Segurança Interna, o GSI, ativasse um plano de contingência que prevê a defesa e a preservação da sede do governo.
A presidente Dilma Rousseff, já havia ido para casa. Mantido em alerta, um dos helicópteros presidenciais, provavelmente o grande e moderno EC-725, recebido em julho do ano passado, estava pronto para levar a chefe para um local seguro em caso de ameaça extrema. "Não passou nem perto disso, felizmente", analisava, ontem, um oficial ouvido pelo Estado.
A aeronave, da Helibras, leva dez passageiros, mais três tripulantes e tem capacidade para cobrir distâncias no limite dos mil quilômetros. Não precisaria de tudo isso: bastaria chegar à Base aérea, onde um jato estaria pronto para decolar. O esquema existe há mais de 35 anos. Foi acionado pela primeira vez em outubro de 1977, quando o então presidente Ernesto Geisel demitiu seu ministro do Exército, Silvio Frota, deflagrando uma crise de governo. Temendo a ação de militares descontentes, o chefe do Gabinete Militar, Hugo Abreu, planejou uma escalada de medidas de segurança que incluía o resgate de Geisel por paraquedistas.
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Manifestação atrasa voos em Cumbica
Cerca de 5 mil manifestantes interditaram ontem a Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, impedindo que passageiros e tripulantes chegassem ou saíssem do local. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 62 voos domésticos (25,5%) estavam atrasados até as 21 horas. Outros 17 foram cancelados.
A interdição da rodovia começou a ser montada por volta das 17 horas e seguia até as 21h30. Muitos passageiros que ficaram presos no bloqueio desceram dos carros e tentaram seguir a pé pela via para não perder voos. Alguns foram hostilizados por manifestantes. Por volta das 19 horas, as portas do saguão principal do aeroporto foram fechadas por policiais federais e o sistema de alto-falante orientou os passageiros que estavam do lado de dentro a fazer 0 check-in e seguir o mais rápido possível para os portões de embarque. Pessoas foram orientadas a ficar longe de portas e janelas de vidro que dessem visão para o lado de fora, mas os manifestantes não chegaram a se aproximar do aeroporto. No Terminal 4, a Tropa de Choque e policiais federais fizeram um cordão de isolamento com cães. Alguns manifestantes tentaram entrar, mas o acesso ao terminal só foi permitido àqueles que iriam viajar - aiden-tificação ficou a critério dos policiais. Os manifestantes vaiaram os PMs, mas não houve confrontos até as 21 horas. A operadora GRU Airport informou no início, da noite que o aeroporto “operava normalmente para voos e decolagens”. Segundo o Estado testemunhou de dentro do terminal internacional, porém, vários aviões estavam parados na pista na frente dos portões, incapacitados de decolar por falta de tripulantes. O terminal estava lotado de passageiros, e funcionários das empresas aéreas iu formavam que nãõ havia hoi i rio previsto.para decolagens. Isenção» A TAM informou às 21 horas que “por causa das restrições de acesso ao aeroporto” isentaria seus passageiros de taxas de remarcação e reembolso de passagens nos voos agendados para ontem à noite. Do lado de fora, os manifestantes protestavam por diversas causas, como o fim da corrupção, melhorias na saúde e no transporte público. Muitos usavam camisetas do Brasil ou portavam a Bandeira Nacional. Um outro grupo de manifestantes fechou também a Via Dutra, rodovia que dá acesso ao aeroporto, na altura do km 122. |
Militares da Base Aérea arrecadam arroz para vítimas da chuva, em RR
Meta inicial da campanha era conseguir mil quilos, segundo comandante. População e parceiros contribuiram para ajudar famílias carentes.
Do G1 RR
Em Roraima, militares da Base Aérea de Boa Vista arrecadaram mais de cinco toneladas de arroz para a campanha "Patrulha da Chuva", coordenada pela prefeitura municipal. No período de chuvas, centenas de famílias sofrem as consequências dos alagamentos e da cheia do Rio Branco, que deixam muitas delas desabrigadas.
Com a "Patrulha da Chuva", as áreas de risco são monitoradas e as famílias atingidas recebem assitência dos órgãos públicos e de pessoas físicas. Neste ano, mil quilos de arroz foram solicitados aos militares da Base Aérea e eles iniciaram começaram uma campanha de incentivo para que a meta inicial fosse ultrapassada.
"O sucesso dessa arrecadação foi fruto da conscientização de todo o efetivo para esta importante causa que é ajudar o próximo", afirmou o tenente-coronel Mauro Bellintani, comandante da Base. Eles conseguiram arrecadar mais de cinco mil quilos de arroz, coletados pela prefeitura no dia 17 de junho.
A secretária municipal de Gestão Social, Edileusa Barbosa Gomes Lóz, ressaltou que a Base Aérea sempre participa desse tipo de ação. "Graças à solidariedade da população e aos parceiros, podemos oferecer o mínimo de condições para que essas famílias sejam acolhidas e tenham uma alimentação saudável", afirmou.
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Conectados a bordo
Em breve, o uso de equipamentos eletrônicos durante pouso e decolagem em voos nos Estados Unidos poderá ser liberado. O órgão que regulamenta a aviação americana, a Administração Federal de aviação (FAA, na sigla em inglês), deve reduzir as restrições à utilização de alguns aparelhos. A informação consta de um projeto de recomendação preparado por um conselho consultivo formado sobre o assunto.
Para passageiros, a mudança na regulamentação significaria o fim das instruções para desligar todos os aparelhos eletrônicos, comuns no começo e fim de cada voo. A proibição para receber chamadas telefônicas, no entanto, deverá continuar.
Alguns dispositivos, como e-readers, poderiam ser usados em todas as fases do voo, se a FAA seguir as atuais recomendações do projeto.
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RONDONIA DINAMICA.COM (RO)
Marinha consegue autorização para recuperar o aeroporto de Guajará
Sempre com o apoio do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a deputada Marinha participou de várias audiências
A deputada federal Marinha Raupp (PMDB-RO) conseguiu na quinta-feira (20) junto ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, uma autorização para tomada dos trabalhos de recuperação do Aeroporto de Guajara-Mirim, que havia sido interditado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC).
Para que fossem executadas as obras de recuperação da pista e a devida sinalização seria necessário a emissão do Notam - documento emitido pela aeronáutica.
Sempre com o apoio do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), a deputada Marinha participou de várias audiências em Brasília visando conseguir os recursos para as obras de recuperação do referido aeroporto.
A deputada esteve, inclusive, em audiência na ANAC com o diretor presidente, Marcelo Guranys, quando pediu o devido empenho para que o aeroporto de Guajara-Mirim retornasse às suas operações de pousos e decolagens. Com a liberação do Notam, ficou decidida a desinterdiçäo para início dos trabalhos.
Quando a ANAC interditou o aeroporto de Guajara-Mirim, o custo para recuperação passava de R$ 4 milhões. Houve uma audiência com o presidente da ANAC, Marcelo Guaranys e sua equipe com as presenças do Secretário de Saúde de Rondônia, Williames Pimentel e do Rubens Nascimento, da Fecomércio para sensibilizar o órgão a desinterditar o aeroporto.
“Solicitamos que fossem feitas as ações emergenciais da recuperação da pista, pois o operador do governo de Rondônia/DER não tinha o aporte de recursos para cumprir as exigências”, informou a deputada.
A ANAC concordou que fizessem uma lama asfáltica e a sinalização da pista pelo operador/governo de RO/DER. A Prefeitura de Guajará caberia designar um servidor para acompanhar pousos e decolagens, depois da desinterdição.
“Para nossa surpresa, ainda seria necessário uma autorização chamada Notam. Protocolamos oficio ao Brigadeiro que autorizou de imediato a emissão da autorização esperada”, afirmou a deputada Marinha Raupp.
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ISTO É .COM
Ricardo Boechat
Protestos - Ordem (bem) desobedecida
A violência da repressão aos movimentos de rua no Brasil surpreende não é de hoje. Ao entrevistar Sérgio Macaco (do Caso Parasar) para compor a letra de "Capitão" (musicada por Fernando Brant), Joyce diz ter ouvido do ex-Militar que a ordem superior que recebeu no quartel não era só para explodir o gasômetro, no Rio de Janeiro. Incluía jogar fluido Napalm nas pessoas. "Se você tivesse feito isso, eu teria morrido. Vivia em manifestos contra a ditadura Militar", disse a artista. A canção se eternizou em dueto com Chico Buarque.
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