NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/06/2013

Após 14 horas de voo, a primeira aeronave tripulada movida exclusivamente por energia solar pousou na madrugada de domingo (16/06) no aeroporto internacional de Dulles, perto da capital dos Estados Unidos, Washington DC. O avião pilotado pelo suíço Bertrand Piccard cruzou os Estados Unidos de costa a costa.

A missão Across America 2013, que foi dividida pelos criadores do avião, Bertrand Piccard e André Borschberg, em cinco partes, começou no início de maio em São Francisco, Califórnia. Em julho, será concluída a última etapa da missão quando o avião chegará ao aeroporto JFK, em Nova York.

O protótipo Solar Impulse funciona com 12 mil células fotovoltaicas, que produzem eletricidade suficiente para carregar a sua bateria de lítio de 400 quilos. O avião pode voar de dia e de noite, possui 1,6 tonelada de fibra de carbono, com envergadura de 63,4 metros, pode alcançar 8.230 metros de altitude e uma velocidade cruzeiro de 70 quilômetros por hora.

O projeto vem sendo desenvolvido há dez anos e teve o seu primeiro voo realizado em junho de 2009. Piccard e Borschberg pretendem dar a volta ao mundo em 2015 com uma versão melhorada do protótipo.

Depois de arrebatar parte da imprensa especializada europeia na segunda-feira, quando anunciou a renovação de sua família de aviões comerciais E-jet, a Embraer anunciou ontem, em Paris, um acordo estratégico com a Boeing para divulgação e venda de seu novo produto, o cargueiro militar KC-390. O avião de transporte "multimissão", que está em fase de desenvolvimento pela companhia brasileira, deve ser lançado em 2015 e cobrirá uma lacuna dentre os produtos da americana.

O anúncio foi feito na 50ª edição do Paris Air Show, o salão de Aeronáutica de Le Bourget. Em entrevista coletiva, dirigentes das duas empresas confirmaram que a Boeing será a responsável pelas vendas, pelo marketing e pela manutenção do cargueiro em três mercados considerados chave: EUA, Reino Unido e Oriente Médio.

O acordo firmado marca também o aprofundamento da relação entre as duas companhias, que colaboram desde 2012 em, áreas como pesquisa e desenvolvimento, segurança e desenvolvimento de biocombustíveis aeronáuticos. A parceria deve ser reforçada com o primeiro voo do KC-390, previsto para 2014, "Nosso vínculo com a Embraer continua crescendo e demonstra nosso apego ao Brasil" disse Chris Raymond, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Boeing Defesa.

A perspectiva da Embraer é de que o cargueiro se encaixe em um mercado de aviões de transporte de médio porte, o que abriria a perspectiva de venda de 700 aparelhos ao longo de uma década, entrando na disputa com o C-130 Hercules, da americana Lockheed Martin, concorrente da Boeing no mercado local. A nova parceria entre a Embraer e a Boeing gerou preocupações em Paris sobre as chances da Dassault Aviation no FX-2, o processo de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), do qual a companhia francesa participa com o Rafale, Seu maior rival é o americano F-18 Super Hornet, da Boeing.

O indígena Josiel Gabriel Alves, 34 anos, internado há quase duas semanas por conta do tiro que levou em uma fazenda de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, saiu da Santa Casa de Campo Grande às 17h50 e seguiu para o aeroporto nesta terça-feira (18). O paciente embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira e segue para Brasília.

Conforme a Fundação Nacional do Índio (Funai), a vítima deverá ser internada em um hospital da Rede Sarah no Distrito Federal. Inicialmente, a transferência estava prevista para segunda-feira (17), mas não foi feita porque o médico responsável pelo indígena solicitou uma aeronave melhor equipada para o procedimento.

De acordo com a FAB, uma UTI móvel foi encaminhada para fazer o transporte nesta terça. A decolagem foi feita pontualmente às 19 horas (horário de MS) e o voo tem duração de uma hora.

Tiro

Josiel Alves foi baleado nas costas, no dia 4 de junho, em uma fazenda localizada em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, região de conflito entre produtores rurais e indígenas. Em entrevista anterior, o diretor-técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura, disse que Alves pode ficar com sequelas neurológicas. “Com certeza a lesão primária vai deixar sequelas, mas o nível dessa sequela, só o tempo irá dizer”, disse ao G1.

A pedido dos familiares e do próprio paciente, o médico não detalhou o estado de saúde do paciente e não foi informado se ele consegue movimentar as pernas.

Pajelança

Índios terena da aldeia Buriti, em Sidrolândia (MS), fizeram uma pajelança em frente à entrada da Santa Casa de Campo Grande, na tarde deste domingo (16). Em grupo, os indígenas oraram pela saúde do terena Josiel Gabriel Alves, 34 anos, que está internado há quase duas semanas por conta do tiro que levou em uma fazenda de Sidrolândia.

Os índios cantaram hinos católicos na língua terena. A pajelança é um ritual para pedir proteção à Deus ou como forma de agradecimento.

A família de Alves participou da roda de orações e espera que ele seja transferido para o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Esse hospital é uma referência na reabilitação de pessoas que perderam algum movimento do corpo por causa de um trauma.

Josiel Gabriel Alves foi baleado na coluna cervical em uma fazenda que fica na região em disputa entre índios e produtores rurais.

O Ministério da Justiça informou em nota nesta terça-feira (18) que efetivos da Força Nacional de Segurança serão enviados para cinco das seis cidades-sede da Copa das Confederações. Segundo a pasta, a pedido dos respectivos estados, policiais já começaram a desembarcar nesta terça em Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro.

Somente o governo de Pernambuco ainda não havia solicitado o envio de efetivo para Recife. O ministério diz que o auxílio permanecerá disponível para atender o estado em caso de necessidade e se for pedido pelo governador, Eduardo Campos.

Ainda segundo a assessoria de imprensa da pasta, a disponibilidade da Força Nacional de Segurança já estava prevista no plano de segurança firmado há mais de um ano na organização do evento e não se relaciona com a onda de protestos que se alastrou por diversas capitais na última semana.

Alegando motivo de segurança, a pasta não informou o efetivo que será enviado para cada uma das cidades, nem o cronograma de desembarque dos policiais.

Nesta terça pela manhã, em Brasília, o governador de Minas, Antonio Anastasia, pediu apoio da Força Nacional diretamente à presidente Dilma Rousseff para ajudar a conter os protestos em Belo Horizonte. De acordo com a assessoria de imprensa do governo estadual, 150 policiais já chegaram à capital mineira.

Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), no primeiro trimestre deste ano, avaliou o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) como o pior do Brasil na categoria médio porte. O terminal, que fica em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebe entre cinco e 15 milhões de passageiros por ano.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que a pesquisa foi realizada pela Anac. O erro foi corrigido às 16h05)

Foram avaliados aspectos como o acesso ao terminal, “check-in”, instalação aeroportuária e ambiente. O aeroporto ficou abaixo da média nacional em 33 dos 41 pontos analisados.

As opiniões dos usuários vão ser usadas para direcionar o leilão de concessão, que deve ocorrer no fim do ano.

Nesta segunda-feira (17), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou uma Audiência Pública em Belo Horizonte, registrada sob numeração 05/2013, para ouvir sugestões da comunidade. Até as 18h do dia 30 de junho a população poderá opinar sobre as condições do terminal. As minutas do Edital do Leilão e do Contrato de Concessão e seus Anexos, assim como os documentos e o formulário eletrônico para contribuições estão disponíveis no site da Anac.

Embraer e Boeing fecharam ontem uma parceria para a promoção e venda do cargueiro militar KC-390 em desenvolvimento pela companhia brasileira, ampliando as possibilidades de negócios adicionais nesse segmento.

Luis Carlos Aguiar, presidente de Embraer Defesa & Segurança, disse que, pelo acordo, a Boeing vai liderar as campanhas de vendas, suporte e treinamento do cargueiro nos Estados Unidos, Reino Unido e mercados "selecionados" do Oriente Médio.

A Embraer vai fabricar a aeronave de transporte militar de médio porte e reabastecimento aéreo, e colaborar nas vendas e outras atividades nesses mercados. Em outros países, a empresa continua sozinha a comercializar o produto.

O interesse comum é claro: a Embraer amplia oportunidades de venda e a Boeing coloca esse tipo de cargueiro em seu portfólio. As estimativas iniciais do mercado potencial para o KC-390 são de aproximadamente 700 aeronaves, mas esse número poderá aumentar com a inclusão de novos mercados, segundo Embraer.

Embraer e Boeing já tem acordo técnico assinado no ano passado. O passo dado ontem pode ajudar na entrada do KC-390 também nos EUA no futuro.

O Pentágono, o maior comprador militar do mundo, não fixou requisito para um cargueiro médio. Para isso, os americanos têm usado o aparelho C-130, fabricado pela Lockheed Martin. Mas está agora prevista uma revisão nos planos americanos e eventual licitação para cargueiro pode ser definido em julho, e a primeira encomenda a ser feita no ano que vem.

A expectativa é de o cargueiro brasileiro fazer seu primeiro voo no ano que vem e entregar o primeiro aparelho em 2016. "O principal foco de desenvolvimento é o cargueiro", disse Aguiar. A Embraer Defesa & Segurança projeta aumento de receita de 25% este ano, para US$ 1,25 bilhão.

O anúncio do entendimento Embraer-Boeing contou com a presença do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito, no Salão Aeronáutico de Paris. Saito disse ao Valor que a FAB comprará 28 cargueiros. Outros sócios do projeto, incluindo Portugal, Argentina e República Checa, também já assinaram carta de intenção de compras.

Chris Raymond, vice-presidente de desenvolvimento da Boeing Defesa, disse que o acordo está concentrado no KC-390 e não tem intenção de influenciar a escolha pela FAB do vencedor da licitação de venda de 36 jatos de combate para a Força Aérea Brasileira. Trata-se do projeto FX, no qual Boeing concorre com seu F/A-18 Super Hornet justamente contra os Rafale, da empresa francesa Dassault, e os Gripen-NG, da sueca Saab.

Indagado sobre quando afinal o governo decidirá pela compra dos jatos, o brigadeiro Saito balançou os ombros e num tom ligeiramente resignado disse: "Continuamos esperando". Depois foi ver apresentações de jatos de combate, incluindo o russo da Sukhoi, que chega a parar no ar.

Já a francesa Dassault diz ter vantagem com a demora do governo brasileiro. Argumenta que tem assegurada a produção por vários anos. Enquanto espera noticias do Brasil, acha que fechará, até o fim do ano, o contrato de US$ 10 bilhões para venda de 126 jatos de combate para a India.

As vendas anuais do avião Super Tucano, de US$ 200 milhões a 300 milhões, poderão ter aumento de 50% nos próximos dois anos, alavancadas pela confirmação do contrato de 20 aparelhos para a Força Aérea dos Estados Unidos. É com esse cenário que trabalha o presidente da Embraer Defensa & Segurança, Luis Carlos de Aguiar, que diz ter notado um novo interesse pelo aparelho militar depois da obtenção final do contrato com a maior Força militar do planeta.

A Embraer está montando a fabrica para os Super Tucanos no norte da Flórida. A montagem da aeronave começa no fim do ano para entrega desde junho. Pela primeira vez, a Embraer expõe o Super Tucano no Salão Aeronáutico de Bourget, em Paris, e por coincidência ao lado do aparelho que derrotou na licitação nos EUA, o AT-6 da americana Beechcraft.

O contrato com a Força Aérea Americana prevê a possibilidade de aumento da encomenda de 20 para 50 aparelhos, o que elevaria o contrato de US$ 427 milhões para cerca de US$ 1 bilhão.

Mas porta-voz da Beechcraft deixou claro ao Valor que a empresa sediada em Wichita, Kansas, está agindo agora junto ao Congresso para limitar a encomenda dos Super Tucanos a 20 unidades e impedir a compra de mais aparelhos. Beechcraft insiste que o avião da Embraer é mais caro e diz não entender como foi escolhido. Para a empresa, "é hora de o Congresso intervir e pôr fim a este processo de aquisição falho e limitar a compra da aeronave brasileira".

Por sua vez, Aguiar diz que o Super Tucano foi confirmado pelo Pentágono por ser o melhor. É um avião contra insurgência, que vai ser usado no Afeganistão para dar um suporte às tropas terrestres. Ele nota que nove Forças Aéreas já usam o Super Tucano. E a chancela do Pentágono ampliou o interesse. (AM)