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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/06/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Airbus deve mais que dobrar margem de lucro até 2015

A Airbus deve mais do que dobrar sua margem de lucro até 2015 por meio de maior eficiência e reformas na gestão, afirmou o executivo-chefe da empresa, Fabrice Bregier, que assumiu a função em junho do ano passado.
Em entrevista, ele disse que tem trabalhado para melhorar a forma com a qual a Airbus produz aviões, concedendo mais autonomia aos gerentes das fábricas e introduzindo um "espírito mais empreendedor" na empresa.
Bregier falou de seus planos enquanto a indústria global de aviação se reúne para o Paris Air Show, o maior evento do setor. A Airbus deve anunciar uma série de novos contratos na ocasião.
O CEO disse que as mudanças já estão fazendo efeito. De janeiro a maio deste ano, a Airbus entregou 247 aviões, quase 10% a mais do que nos primeiros cinco meses do ano passado.
A Airbus e sua principal rival, a Boeing, já estão lotadas de encomendas, com o equivalente a cerca de oito anos de produção, então os investidores estão focando mais na lucratividade da produção do que em número de contratos de venda.


Embraer enfrenta grandes expectativas por novos E-Jets em evento do setor

Brad Haynes

PARIS, 16 Jun (Reuters) - A brasileira Embraer, a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, vai para a Paris Air Show com crescentes expectativas para o lançamento de sua próxima geração de jatos regionais, que têm levado suas ações para perto das máximas de 5 anos.
O presidente-executivo da empresa, Frederico Curado, deve anunciar na segunda-feira planos para uma linha de jatos comerciais com novos motores entrando em serviço em 2018, segundo analistas. Após dois anos de estudos, a fabricante de aviões está preparada para revisar os E-Jets, com novas asas, aviônica atualizada, e motores turbo da Pratt & Whitney.
Os motores mais eficientes devem ajudar a Embraer a manter a liderança conquistada recentemente para o segmento de 70 a 120 assentos, afastando novos desafios como o Mitsubishi Regional Jet, e mantendo a pressão sobre versões menores do rival CSeries da Bombardier.
A grande questão é se a Embraer tem as encomendas para lançar sua nova linha com destaque. Na sexta-feira, a empresa anunciou a adição tardia de uma segunda coletiva de imprensa no evento sobre jatos comerciais, alimentando expectativas de que têm novidades para divulgar. A Embraer não quis comentar sobre a especulação.
"Na Paris Airshow você vai vê-los anunciando, provavelmente, os primeiros pedidos firmes para uma família completamente remotorizada de E-Jets", disse Richard Aboulafia, vice-presidente da consultoria de aviação Teal Group.
A decisão da Embraer de defender seu nicho atual é "muito inteligente", disse Aboulafia. "O mercado não quer novas fuselagens ou novas aeronaves, quer novos motores."
As gigantes da indústria Airbus e Boeing Co abriram uma torrente de nova demanda nos últimos dois anos, com aeronaves re-motorizadas, elevando o nível de eficiência de combustível.
A canadense Bombardier, que competiu durante décadas com a Embraer no segmento de jatos regionais, tem como foco os CSeries de 110 a 130 lugares, mas contabiliza apenas 177 encomendas. 
A Embraer também pode competir com o CSeries, elevando o número de assentos do maior E-Jet, o E-195, de 110 a 120 assentos para a faixa de 130 lugares - uma opção que a fabricante chegou a estudar.
A brasileira já colocou a Bombardier na defensiva recentemente com uma campanha agressiva de vendas entre companhias aéreas norte-americanas que renovam suas frotas de aviões regionais com até 76 assentos.
A Embraer tem obtido a maior parte desses contratos ao longo dos últimos sete meses, com 117 pedidos firmes da United Airlines e das operadoras regionais SkyWest e Republic Airways - além de opções adicionais de 247 jatos.
A demanda elevou a carteira de pedidos da Embraer após ter atingido uma mínima de 6 anos e alimentou um rali de 30 por cento de suas ações na Bovespa neste ano, para seu nível mais alto desde o final de 2007.
Da Bombardier o único contrato importante dos EUA no mesmo período veio de um acordo de dezembro, com a Delta Air Lines, com 40 pedidos firmes e 30 opções para seus aviões CJR900.
É provável que a American Airlines assine o último grande contrato nessa categoria por um tempo, disse o presidente-executivo da Embraer à Reuters no mês passado.


Exército ocupa estruturas da Capital

As estruturas estratégicas da Capital cearense já estão sob proteção das Forças Armadas desde a manhã de ontem. Com isso ficam garantidos o abastecimento de água, fornecimento de energia e garantia de que os sistemas de comunicação e de transporte funcionarão plenamente durante a realização da Copa das Confederações.
Um dos pontos ocupados foi a Estação de Tratamento de Água do Açude Gavião (ETA Gavião), da Companhia de Água e esgoto do ceará (Cagece), no bairro do Ancuri. O comandante da 10ª Região Militar (10ªRM), general-de-Divisão, Araújo Lima, informou que a proteção visa evitar, por exemplo, que a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) tenha o abastecimento d´água prejudicado, seja por contaminação ou por estouro da barragem através de explosivos.
Na ETA Gavião, o patrulhamento é feito pelo 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado, de Bayeux-PB, contando ainda com a utilização de blindados. A cobertura aérea é feita com o uso de helicópteros. Lá, estão presentes militares da ´Força Carcará´, unidade de infantaria e pronto-emprego do 23º Batalhão de Caçadores (23ºBC).
Além da água, existe grande preocupação com a linha energética. Dessa forma, as Forças Armadas ocuparam também as estruturas da Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco (Chesf) e Companhia Energética do Ceará (Coelce). Essas duas estruturas são as mais visadas por terroristas, principalmente quando acontecem eventos de grande porte, com presenças de pessoas de vários países, inclusive, chefes de Estado.
Mobilidade
O Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé, o Aeroporto Internacional Pinto Martins, os portos do Mucuripe e Pecém, além das estações do Metrofor e os sete terminais do Sistema Integrado de Transporte (SIT) também recebem atenção das Forças Armadas.
As tropas federais ainda protegem as instalações da Embratel e de outras operadoras de telefonia celular para que nenhum ato terrorista deixe a cidade sem comunicação. "Nossa ação de proteção será feita durante toda a Copa e não somente nos dias de jogo", ressaltou o general Araújo Lima. Ele comandou, pessoalmente, a ocupação militar, na manhã de ontem, no Gavião.


Aeroporto de Cuiabá tem "apagão" por cerca de uma hora

Pane ocorreu no sistema de iluminação da pista

Marília Miragaia

Pousos e decolagens foram suspensos ontem à noite por cerca de uma hora no aeroporto internacional Marechal Rondon, em Cuiabá, Mato Grosso.
Esse foi o tempo que durou uma pane no sistema de iluminação da pista, que impediu o trânsito de aeronaves.
A informação foi comunicada a passageiros por companhias aéreas. A reportagem da Folha aguardou por uma hora o pronunciamento da Infraero no local, mas não obteve uma resposta oficial.
Por causa da falha, um avião com passageiros da Avianca que vinha de São Paulo não pôde pousar. Por razões de segurança, a aeronave teve de ser redirecionada a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
"Deveria estar em casa à meia-noite, mas estamos saindo daqui nesse horàrio", disse Ariana Estevão Dias, administradora, que se dirigia a São Paulo.
O vôo da passageira estava marcado para 19h45, mas por problemas da companhia, foi adiado para 22h30. Depois, foi anunciada a falha no aeroporto. Ao todo, Dias teve que esperar por mais de quatro horas.
"Torço muito pela copa. Mas como vai ser aqui?", diz ela. Cuiabá será uma das cidade-sede a receber jogos da Copa de 2014.


Embraer gera expectativa em Paris

A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, deve anunciar hoje no Paris Air Show, o salão aeronáutico de Le Bourget, na França, a renovação de sua família de jatos E-Jet, com nova motorização, mais assentos e melhor performance. Os rumores vêm circulando há vários meses e se reforçaram às vésperas do início da 50ª edição da feira, na qual a empresa chega fazendo mistério. A expectativa entre analistas europeus é de que a Embraer anuncie oficialmente hoje o lançamento da segunda geração da famílide jatos E-Jet. A reformulação começará pela substituição dos propulsores da General Electric pelos Pratt & Whitney. O objetivo da alteração dos motores é aumentar a economia de combustível em cerca de 5%.
Mas a principal expectativa em Paris é se a Embraer vai de fato confirmar ou não o aumento da capacidade de seus maiores aviões, permitindo por exemplo que o E-195 possa transportar entre 118 e 136 passageiros o que o tornaria o maior avião comercial já projetado no Brasil. A "geração dois" entraria em serviço em 2018.
Ma Europa, o eventual anúncio vem sendo avaliado pela imprensa especializada como a possibilidade de a Embraer consolidar uma vantagem competitiva sobre a japonesa Mitsubishi Regional Jet e, em especial, sobre a canadense Bombardier.
A questão é saber quem levará a melhor como terceiro competidor -além de Boeing e Airbus - no mercado de "corredor único", cuja demanda é estimada em 24 mil aviões. Procurada, a Embraer não quis comentar as especulações, mas reiterou a importância do anúncio que será feito hoje no evento.

PSB quer audiência sobre ação da Abin em Suape

Lider tucano na Câmara pedirá convocação do chefe do Gabinete de Segurança Institucional e de Gilberto Carvalho

O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), vai apresentar requerimento na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado pedindo a convocacão do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general José Elito Siqueira, e do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, por causa da suposta espionagem feita pela Agência Brasileira de Inteligência (abin) no Porto de Suape, em Pernambuco. Sampaio quer que eles expliquem informações divulgadas pela revista Veja, que afirmou em sua edição desta semana que quatro agentes da abin foram presos em Suape. O objetivo dos agentes, segundo a revista, era espionar o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) potencial candidato ao Palácio do Planalto em 2014.
Além de Elito e de Carvalho, o líder do PSDB na Câmara quer convidar também o diretor-geral da abin, Wilson Trezza. As prisões teriam ocorrido no dia 11 de abril Uma semana antes, o Estado revelou que a abin estaria espionando sindicalistas no porto.
“Em contato estabelecido nesta manhã (15 de junho) pela Superintendência da abin, o Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social de Pernambuco (CIIDS) informou desconhecer e não possuir qualquer registro sobre a detenção de agentes da abin no Porto de Suape”, disse o GSI, em nota.
O órgão também declarou que “a abin não faz operações para vigiar movimentos sindicais ou sindicalistas e não há conotação política no exercício de sua competência legal que segue os princípios do Estado Democrático de Direito”.


Aeroporto de Brasília vive caos após abertura da Copa das Confederações

Um dia após os protestos que marcaram a abertura da Copa das Confederações em Brasília, o aeroporto da capital federal viveu uma manhã de caos neste domingo. Por volta das 10h, o movimento no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek já era intenso, com filas para o check-in que chegavam a durar até uma hora e meia, poucas informações disponíveis e passageiros irritados.
No sábado, Brasil e Japão abriram oficialmente a Copa das Confederações no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Antes do jogo, houve um confronto nas imediações do local entre policiais e manifestantes que protestavam contra o valor das obras para o Mundial de 2014.
"Em três anos trabalhando aqui, nunca tinha visto nada parecido", comentou uma funcionária do aeroporto, que não quis se identificar. "Esta é uma imagem de tristeza. Nossos aeroportos já estavam saturados antes e nada foi feito para adequá-los a um evento como esse", afirmou o consultor de empresas de turismo Daniel Bernardes, de 35 anos, enquanto esperava na fila do balcão da TAM para fazer o check-in para um voo a Manaus.
Para Bernardes, que fez questão de cronometrar o tempo que passou na fila (1h10, segundo ele), problemas como esse, se repetidos no ano que vem, poderão afastar os turistas que o país pretende atrair com a realização do Mundial.
A assessora Fernanda Peres, de 33 anos, que aguardava para voltar a Vitória após uma visita de dois dias a Brasília para assistir à abertura da Copa das Confederações, afirmou que esperava uma organização melhor no aeroporto.
"Nós brasileiros já estamos acostumados com essa bagunça, mas para o turista estrangeiro deveria ser mais organizado", disse.
Tratamento preferencial
A demora na fila levou alguns funcionários da TAM a retirar da fila funcionários da Fifa (responsável pela Copa das Confederações), que receberam tratamento diferenciado e prioritário, aumentando a insatisfação entre os passageiros "comuns" que aguardavam.
Em meio à confusão, funcionários passavam também gritando os números dos voos que estavam prestes a sair, para que os passageiros com aqueles destinos pudessem ser atendidos na frente.
"Acho que podia ser um pouco mais organizado, ter mais informação, em vez de ficarem só gritando os destinos dos próximos voos no meio da confusão", observou Diogo Lopes, 33 anos, que aguardava o check-in para voltar a São Paulo após viajar a Brasília para assistir à vitória do Brasil contra o Japão, na véspera.
A administradora de empresas Izalina Alves, 35 anos, disse viajar com frequência de Manaus, onde mora, a Brasília a trabalho, mas que nunca havia visto o aeroporto com tanto movimento.
"Isto é um absurdo. É um pouco caso com o cliente, com o cidadão brasileiro", reclamou. "Sinto uma tristeza grande como brasileira, se é essa a imagem que vamos passar para os turistas estrangeiros", disse.
"Esta é a capital do país, é uma referência. Se fosse lá em Manaus, ainda vai, mas aqui era de se esperar que as coisas funcionassem", afirmou. Para ela, muita coisa ainda precisa ser feita para melhorar a infraestrutura da cidade. "Se não, vai ser um caos na Copa do Mundo", disse. Procurada pela reportagem da BBC Brasil, a Anac não respondeu às ligações.
Questionada sobre o tratamento preferencial dispensado a autoridades da Fifa, a TAM desmentiu a informação e afirmou que seu pessoal em terra pode realocar grupos de pessoas na fila de acordo com os horários de seus voos.
O jogo entre Brasil e Japão, no sábado, foi o único da Copa das Confederações realizado em Brasília, mas na Copa do Mundo do ano que vem o estádio Mané Garrincha, deverá abrigar seis partidas ao todo.


Dinheiro na semana

Os horizontes da Bombardier

Maior concorrente da Embraer no mercado de jatos executivos, a canadense Bombardier investirá US$ 3,4 bilhões no desenvolvimento de seus modelos CSeries, que levantarão voo a partir do segundo semestre de 2014. Na quinta-feira 13, a empresa confirmou que já espera receber 300 encomendas, num total de US$ 19 bilhões, até o próximo ano. Até agora, 177 contratos já foram assinados.


Radar

Bolsa Jatinho
Desde o início do ano, o governo Dilma resolveu dar uma ajudinha àqueles que desejam comprar ou trocar o seu avião particular. Nada mais justo. Um programa do BNDES passou a subsidiar com juros camaradas as vendas de jatos executivos da Embraer. Interessado? São dez anos para pagar, com juro camarada de 3 % ao ano.


Empresas americanas elevam vendas de produtos e serviços de defesa para o Brasil

Sergio Lamucci

As exportações de artigos e serviços de defesa dos Estados Unidos para o Brasil estão em alta, num quadro em que empresas americanas buscam novos mercados para seus produtos, com o fim das guerras no Iraque e no Afeganistão e cortes no orçamento militar.
Em 2012, as vendas para o Brasil totalizaram US$ 633 milhões, 37% a mais que no ano anterior, segundo números do Departamento de Estado, compilados pela seção americana do Conselho Empresarial Brasil-EUA. A proximidade da Copa do Mundo em 2014 e da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 aguça o interesse das companhias americanas, assim como os grandes projetos de vigilância da costa e das fronteiras brasileiras.
Os números mostram que o Departamento de Estado americano tem aprovado cerca de 90% dos pedidos das empresas do país para exportar produtos, serviços e tecnologia militar para o Brasil - no ano passado, a fatia ficou em 89,1%, Foram negadas apenas 0,2% das demandas, que precisa passar pelo crivo do departamento. Os pouco mais de 10% restantes são devolvidos sem definição, em geral porque são casos em que a licença de exportação não é necessária. O número de pedidos de aprovação de exportação de produtos, serviços e tecnologia para o Departamento de Estado ficou em 2,4 mil em 2012, 18% a mais que em 2011. Em 2008, foram 1.004.
Para a diretora-executiva da seção americana do Conselho Empresarial Brasil-EUA, Monique Fridell, o crescimento das exportações americanas para o Brasil de bens e serviços militares e de uso dual, com um percentual muito baixo de recusas dos pedidos para autorização, indica a maior disposição dos EUA em transferir tecnologia na área de defesa. Um executivo de uma grande empresa brasileira que atua na área diz que tem de fato notado "maior flexibilidade" por parte do governo americano nas aprovações. Há, segundo ele, maior disposição em se aproximar dos brasileiros.
Como pano de fundo, há a licitação dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), que se arrasta há vários anos. A Boeing é uma das finalistas, ao lado da francesa Dassault e da sueca Saab, num negócio que envolve mais de US$ 4 bilhões. No governo Lula, os franceses eram os favoritos, mas há relatos de que o cenário mudou na administração da presidente Dilma Rousseff. As parcerias da Boeing com a Embraer - que foi escolhida neste ano para fornecer Super Tucanos para a Força Aérea dos EUA - aumentariam as chances da concorrente americana. Isso influenciaria a disposição do governo em autorizar vendas para o Brasil, parceiro visto como confiável pelos na área de defesa.
Monique destaca que, com o fim das operações de guerra no Iraque e Afeganistão, as empresas americanas de defesa procuram novos mercados, num momento em que também há cortes expressivos de despesas públicas com segurança. Dos cortes automáticos de gastos de US$ 85 bilhões que entraram em vigor em março, o chamado "sequestro", metade se refere a dispêndios militares. Com isso, o Brasil, que pretende desenvolver esse setor, aparece como oportunidade importante de negócios para as companhias dos EUA que atuam no segmento, ainda que com demanda muito menor.
Ex-diretor do Centro de Estudos Hemisféricos da Universidade de Defesa Nacional, em Washington, Richard Downie diz que as empresas americanas que atuam no setor de defesa veem o Brasil como o mercado mais atraente da América Latina, por seu porte e por estar em crescimento. Ele lembra que a Copa do Mundo será realizada em 2014 e a Olimpíada, em 2016, havendo também a perspectiva de venda de produtos para projetos para os quais o governo brasileiro está abrindo licitações, como o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz).
Atualmente na Delphi Strategic Consulting, Downie aponta, porém, algumas dificuldades do ponto de vista das companhias dos EUA para negociar com o Brasil. Segundo ele, a regra pela qual quem fornecer produtos para o SisGAAz terá de ceder integralmente o uso da tecnologia é considerada um obstáculo por algumas empresas. Essa exigência pode ser muito rígida, afirma Downie, que, apesar disso, vê o Brasil como mercado promissor para a indústria americana de defesa.
Ajuda nesse sentido a aproximação entre os dois países, que vai culminar na visita de Estado da presidente Dilma Rousseff aos EUA, em outubro. Monique lembra que Brasil e EUA têm intensificado as relações no setor de defesa. Em abril de 2012, foi estabelecido o diálogo de cooperação em defesa entre os dois países. Em dezembro, foi a vez do diálogo para cooperação industrial para estreitar os laços entre as empresas do Brasil e dos EUA que atuam no segmento industrial.
"Vejo no Brasil uma maior consciência de que a inovação na indústria de defesa é um canal importante para a aplicação comercial da tecnologia", diz Monique. Ela destaca a missão do Conselho Empresarial Brasil-EUA realizada em abril, com dez empresas americanas que atuam na área de defesa, como a Raytheon, que foi a líder da delegação, a Boeing, a GE, a Lockheed Martin e a BAE Systems.

Entra em fase final licitação do governo

A decisão sobre a empresa vencedora da licitação de compra do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, que contempla o fornecimento do primeiro satélite SGDC, seu lançamento, seguro e também dos sistemas de solo, será anunciada nas próximas semanas. Para a compra do primeiro, de um total de três satélites programados, o governo garantiu a liberação de recursos no valor de R$ 720 milhões.
Em maio, a Visiona, uma associação entre a Embraer e a Telebras, selecionada para gerenciar os contratos com os futuros fornecedores do satélite, anunciou a pré-seleção de três empresas para o fornecimento do equipamento: a Mitsubishi Electric Corporation-Melco, a Space Systems/ Loral e a Thales Alenia Space.
A disputa eliminou concorrentes de peso, como a americana Boeing e a europeia Astrium, do grupo EADS. Segundo informação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, o lançamento do primeiro satélite poderá ocorrer entre o fim de 2014 e começo de 2015.
A participação da indústria nacional no projeto do satélite geoestacionário, segundo Raupp, poderá acontecer a partir do primeiro modelo a ser adquirido.
O programa Inova Aerodefesa também será um dos instrumentos a serem utilizados pelo ministério na contratação da indústria nacional para o desenvolvimento de partes do satélite, disse o ministro, em entrevista ao Valor.
Lançado em meados de maio, o Inova Aerodefesa prevê um aporte de R$ 2,9 bilhões para incentivo à inovação tecnológica nos setores de defesa, aeroespacial e segurança. O programa integra o Plano Inova Empresa, anunciado pelo governo em março e que destinará investimentos de R$ 32,9 bilhões em áreas consideradas estratégicas.
"A contratação da indústria nacional para o desenvolvimento de subsistemas espaciais vai capacitá-las como fornecedoras do segundo e terceiro satélite SGDC", afirmou.
O ministro afirmou que todo o processo de arquitetura industrial do satélite também será feito no Brasil. "Em paralelo", disse o ministro, "teremos um programa de absorção de tecnologia, cuja responsabilidade é da empresa Visiona e também do governo, através da Agência Espacial Brasileira."

Inpe faz aporte em laboratório de satélite

Virgínia Silveira

O Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começa este ano a ser preparado para integrar, testar e montar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, de seis toneladas, o que dispensará a necessidade de contratação desses serviços de empresas do exterior. O laboratório é o único desse gênero na América do Sul, atualmente, e está capacitado para realizar operações de até duas toneladas.
Para triplicar sua atual capacidade, o laboratório receberá investimento de R$ 185 milhões até 2017, disse o chefe da unidade, Geilson Loureiro. O pontapé inicial já foi dado com a liberação de recursos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a primeira fase da ampliação, que demandará investimento de R$ 45 milhões. Desse montante, R$ 10 milhões serão aplicados neste ano e R$ 35 milhões em 2014.
O laboratório poderá atender às demandas de satélites brasileiros de maior porte, como o geoestacionário, projetos futuros de um satélite meteorológico e outro de radar, e também prover serviços relativos a satélites comerciais em todo o mundo.
Loureiro tem a expectativa de que o laboratório possa ajudar a atender a demanda por serviços de qualificação de produtos espaciais da empresa francesa Intespace.
Controlada pelas gigantes EADS Astrium (87%) e Thales Alenia Space (13%), a Intespace prestou consultoria ao Inpe na concepção de seu laboratório, na década de 80, e continua na parceria, segundo Loureiro.
O programa espacial da Argentina também tem sido um usuário frequente das instalações do laboratório do Inpe. No ano passado, o satélite de telecomunicações Arsat-1 realizou uma campanha de testes no laboratório brasileiro, durante oito meses. Foi a primeira experiência dessa unidade com um satélite de telecomunicações e o quarto satélite argentino que passou pelo laboratório.
A estrutura de um laboratório como o do Inpe é considerada essencial para que se consiga projetar, fabricar e integrar um satélite. Por meio de suas salas limpas e equipamentos é possível simular as condições reais de vibração, aceleração e choque durante o lançamento de um equipamento, assim como as condições de temperatura e vácuo presentes no ambiente espacial.
O projeto de expansão do laboratório contempla a compra de um vibrador de maior porte, para simular a vibração do satélite durante o lançamento, e de uma nova câmara para medir parâmetros de antenas em campo próximo (distância entre a antena transmissora e a receptora). A atual câmara mede interferência em campos distantes.
O laboratório também precisará de uma nova área de integração e testes com pé direito mais elevado, de 18 metros, para abrigar satélites de maior porte. A área atual é de 8 metros. "Com essa nova facilidade teremos capacidade para testar até quatro cargas úteis ao mesmo tempo", disse Loureiro.
Com os novos investimentos, segundo Loureiro, a unidade reforça a sua posição no restrito clube de laboratórios de testes aeroespaciais e de defesa existentes no mundo, ao lado da Alemanha, da França, dos Estados Unidos, do Japão, da China, da Rússia e da Índia. A Coreia, o Casaquistão e a Argentina também estão desenvolvendo laboratórios similares, mas de menor porte e somente para atender a projetos espaciais.
O programa espacial responde por um terço das demandas de serviços do laboratório do Inpe, na área de montagem, integração e testes de satélites e seus subsistemas. A mesma proporção é dedicada ao atendimento dos projetos internos do Inpe e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, e o restante atende à indústria, que gera uma receita entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões por ano para o Inpe.
Disponível em apenas 13 países, a câmara blindada anecóica do laboratório tem capacidade para fazer testes de compatibilidade e interferência eletromagnética em componentes eletroeletrônicos, assim como em veículos de grande porte, como caminhões, ônibus, carros militares de combate e satélites. A câmara anecóica é uma sala projetada para conter reflexões, tanto de ondas sonoras quanto eletromagnéticas, além de ter isolamento de ruídos externos.
O laboratório atende às indústrias dos setores automobilístico, de telecomunicações, informática e hospitalar, nas áreas de certificação e qualificação de novos produtos. A Embraer e suas fornecedoras também são clientes, para realizar testes de qualificação em equipamentos de comunicação instalados nas aeronaves.
Sem a infraestrutura que existe hoje no laboratório do Inpe, muitas empresas teriam que recorrer a unidades de outros países. A expansão do laboratório integra a lista de projetos estruturantes do governo federal, dentro da estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação, disse Loureiro.

Falta de planejamento estatal atrasa vinda dos superjumbos ao Brasil

SÃO PAULO - Se dependesse da vontade das companhias estrangeiras, o Brasil já poderia receber os maiores e mais modernos jatos de passageiros do mundo, o 747-8 da Boeing e o A380 da Airbus. Com mais de 70 metros de comprimento, esses aviões voam mais longe, poluem menos e são mais econômicos do que a velha geração de jatos intercontinentais.
A Infraero diz que não tem recursos para fazer as adequações necessárias para receber os superjumbos. Faz mais de dois anos que a Emirates negocia com a Infraero a possibilidade de voar para Guarulhos com o A380. A Luthansa chegou a anunciar, no final do ano passado, que este ano trocaria os 747-4, usados atualmente, pelo 747-8. Com 362 assentos, o novo jato polui 20% menos e é 13% mais econômico que o irmão mais velho.
Negociações para certificar Guarulhos e outros aeroportos brasileiros para receber os superjumbos começaram há mais de cinco anos. Apesar de participar de dezenas de reuniões sobre o assunto, a Infraero, que até fevereiro respondia por Guarulhos, nunca entrou com pedido de certificação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Para obter a certificação, é preciso adaptar alguns procedimentos operacionais, medidas que nunca foram tomadas pela Infraero. “Nossa intenção era começar a voar em outubro deste ano, mas perdemos a oportunidade e o avião foi alocado para a rota de Hong-Kong”, diz a diretora geral da Lufthansa no Brasil, Annette Taeuber.
A Lufthansa é a primeira companhia no mundo a operar o avião na versão de passageiro e já recebeu sete unidades. O avião entrou em operação em maio de 2012 e o Brasil seria o sexto destino a receber o equipamento. "Agora vai depender de quando vamos receber novos aviões e do novo planejamento da malha." A mudança aumentaria a oferta de assentos da companhia alemã na rota Frankfurt-São Paulo em 2.400 por mês.
Com a privatização de Guarulhos, o novo concessionário, GRU Airport, assumiu as negociações e entrou com o pedido de certificação do avião na semana passada. A Anac diz que está analisando o pedido, mas não deu prazo para a sua conclusão.
A intenção de GRU Airport é estar habilitado para operar com o 747-8 e o A380 na inauguração do novo terminal, prevista para maio de 2014, em tempo para a Copa do Mundo. Segundo a empresa, o novo terminal terá cinco pontes de embarque dedicadas aos dois modelos de avião. Já o concessionário de Viracopos entrou com pedido de certificação em março, apenas para a versão cargueira do 747-8, e foi autorizado sexta.
Segundo a presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, a fabricante americana iniciou conversas com a Infraero e com a Anac para certificar 14 aeroportos brasileiros para receber o 747-8 em 2008. A fabricante fez isso no mundo inteiro e, quando o avião começou a operar, mais de 300 aeroportos já estavam certificados, incluindo destinos na África. A versão cargueira do jato já voa regularmente para 102 aeroportos. "Tivemos muitas reuniões no Brasil ao longo desses anos, mas as coisas não avançaram."
Por suas dimensões, os superjumbos demandam algumas adaptações nos aeroportos. Entre elas, está a remoção de obstáculos próximos à pista devido ao tamanho das asas. A envergadura da asa do 747-8, por exemplo, equivale a dois 737-700 emendados. A do A380 é ainda maior: 80 metros.
(Folhapress)


Agentes da Abin presos por espionar Eduardo Campos

Quatro agentes da Agência Brasileira de Inteligência (abin) foram presos em operação no Porto de Suape, em Pernambuco, que teria como alvo o governador do Estado e potencial adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, Eduardo Campos (PSB). A informação foi revelada pela revista Veja, que traz informações de um documento da Polícia Militar pernambucana.
As prisões ocorreram em 11 de abril, uma semana depois de a reportagem mostrar que, sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, a abin espionava sindicalistas em Suape, um dos principais redutos de Eduardo Campos. A ação se deu em meio a embate público entre o Planalto e o governador, que era contra a aprovação da MP dos Portos.
O chefe do GSI, general José Elito Carvalho Siqueira, negou "veementemente" o monitoramento em Suape, mas, após a reportagem publicar, dias depois, documento sigiloso da abin que comprova a operação, se desdisse e admitiu missão para vigiar o movimento sindical.
Governador ainda não comentou as prisões
De acordo com Veja, os quatro agentes trabalhavam travestidos de portuários, com documentos falsos, e levantavam informações que pudessem ser usadas contra o governador.
Ao serem presos pela Polícia Militar, identificaram-se como agentes e pediram que não fosse registrada ocorrência. O episódio teria sido relatado num documento sem timbre enviado ao gabinete de Campos.
Os agentes, lotados na abin em Pernambuco, estariam em dois carros, um da própria agência e outro com placa fria. Eles seriam Mário Ricardo Dias de Santana, Nilton de Oliveira Cunha Júnior, Renato Carvalho Raposo de Melo e Edmilson Monteiro da Silva. Este último é vereador do PV em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife. Contatado pela revista, disse ter ido visitar amigos em Suape e negou as prisões.
O governador ainda não se pronunciou oficialmente, tampouco confirmou as prisões. O GSI também não se manifestou, mas adiantou que divulgará nota a respeito.


CORREIO DA BAHIA (BA)

Copa das Confederações: melhor aeroporto do país será premiado

 Serão oito categorias avaliadas sob o ponto de vista do passageiro
O governo vai premiar a qualidade do atendimento de aeroportos internacionais brasileiros durante a Copa das Confederações. De acordo com sessão extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), a Secretaria de Aviação Civil aprovou o regulamento do 1º Prêmio Nacional de Desempenho Aeroportuário Boa Viagem - Edição Copa das Confederações FIFA 2013.
Concorrem ao prêmio apenas os aeroportos que tiverem ligação direta com o evento, além do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Os passageiros desses aeroportos participarão de enquetes até 5 de julho, que levarão à premiação.
Serão oito categorias avaliadas sob o ponto de vista dos passageiros, como tempo de espera, eficiência dos funcionários e atendimento: check-in, restituição de bagagem, inspeção e segurança, controle migratório, controle aduaneiro, ambiente aeroportuário, melhor satisfação geral do passageiro com o aeroporto e voto popular.
O DOU explica que será premiado apenas um aeroporto por categoria, o que tiver obtido as notas mais elevadas. Serão entregues troféus para os responsáveis pelas empresas administradoras dos aeroportos vencedores de cada uma das categorias e placas de homenagem.
A consolidação dos resultados será feita de 8 de julho a 5 de agosto e a cerimônia de premiação está prevista para 6 de agosto.

JORNAL O TEMPO (MG)

Voos internacionais perdem força

Número de partidas semanais rumo ao exterior caiu 8,4% em um ano, segundo a Anac
São Paulo. Depois de uma explosão de oferta de voos internacionais no Brasil na última década, as companhias aéreas começam a sentir dificuldades para decolar com as aeronaves cheias neste ano. O número de passageiros em viagens internacionais está em queda e as empresas começaram a cortar seus voos, numa tentativa de melhorar as taxas de ocupação das aeronaves.
Em meados de maio, companhias brasileiras e estrangeiras ofereciam 1.112 voos semanais para o exterior, 8,4% menos do que no mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O movimento interrompe um período de forte expansão da oferta de voos internacionais a partir do Brasil. Em 2003, partiam do país 552 voos semanais rumo ao exterior, número que praticamente dobrou em dez anos e fechou o ano passado em 1.109.
Crise. “A valorização do dólar e a crise na Europa fizeram o mercado de voos internacionais crescer menos que o previsto. Com o aumento da competição, isso trouxe um certo excesso de oferta em algumas rotas, principalmente na Europa”, afirmou o consultor da Bain&Company, André Castellini.
Entre janeiro e abril deste ano, houve 6,47 milhões de embarques e desembarques de passageiros em viagens internacionais nos aeroportos brasileiros, número ligeiramente inferior aos 6,5 milhões de movimentos registrados no mesmo período de 2012, segundo dados da Infraero e das administradoras privadas.

O movimento internacional vem desacelerando desde o ano passado, quando cresceu 3,9%, abaixo dos 13,9% de 2011.



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