NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 04/06/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Câmbio mais alto também penaliza setor aéreo nacional
Erica Ribeiro
O combustível de aviação (QAV)
é o principal item nos custos das companhias aéreas brasileiras a
sofrer o impacto imediato do câmbio. Como a Petrobras trabalha atrelada à
cotação internacional do petróleo, ainda que 85% do QAV seja produzido
no Brasil, mudanças no câmbio sempre terão reflexo no preço do querosene.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em
média, as despesas com combustível representam 43% dos custos de uma
companhia aérea.
Depois do QAV, é a vez do arrendamentos
de aviões. Segundo uma fonte próxima das empresas aéreas, mais de 60%
das despesas de uma empresa aérea brasileira são cotadas em dólar ou
indexadas à moeda americana. Mesmo empresas que usam aviões made in
Brazil - caso da Azul - muitas vezes acabam entrando na roda viva do
câmbio por conta do financiamento, feito por bancos e empresas de
leasing do exterior e tipicamente em dólar.
Ainda segundo a mesma fonte, o impacto do
câmbio é sentido também um uma série de serviços adicionais, que vão da
compra de peças de reposição das aeronaves até o uso de sistemas de
reservas de passagens, passando pelas licenças de muitos softwares
específicos, que são pagos também em moeda americana.
Para o professor de Economia do
Transporte aéreo da universidade Anhembi-Morumbi, Adalberto Febeliano,
manter o real desvalorizado pode ser um meio para manter a
competitividade da indústria nacional. Mas é "veneno na veia das
empresas aéreas".
No ano passado, as companhias TAM e Gol
amargaram perdas expressivas. A TAM fechou 2012 com prejuízo líquido de
R$ 1,2 bilhão. No mesmo período, a Gol teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão. A
desvalorização do real foi um dos motivos destacados para o mau
resultado das empresas.
A situação se repetiu no primeiro
trimestre de 2013 e pelos mesmos motivos. A Gol divulgou seu balanço dos
três primeiros meses do ano registrando novamente prejuízo líquido de
R$ 75,3 milhões. Segundo a Gol, cerca de 55% dos custos da companhia são
diretamente atrelados a moeda americana. Entre eles, combustível,
arrendamento de aeronaves, seguro da frota e manutenção de aeronaves.
Na avaliação de um executivo do setor,
sempre que o governo define-se por uma política de câmbio desvalorizado
deveria preparar políticas compensatórias para os setores que, por
motivos estruturais, dependem do dólar ou de outras moedas estrangeiras.
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Dilma anuncia reforço no combate ao crime organizado nas fronteiras
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma
Rousseff disse hoje (3) que o governo federal pretende reforçar a
parceria com estados e municípios no combate ao crime organizado.
Segundo ela, cada estado vai receber um escâner móvel e, para os que
estão em região de fronteira, serão entregues dois aparelhos. "Esses
aparelhos são escâneres moderníssimos, que localizam drogas e armas
escondidas nos caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria
dos veículos", explicou.
De acordo com Dilma, o governo federal
vai repassar R$ 30 milhões aos estados fronteiriços para a instalação de
câmeras de vigilância. "Essas câmeras serão instaladas em 60
municípios. E os estados vão montar também sistemas de transmissão e de
monitoramento dessas imagens", ressaltou.
No programa semanal Café com a
Presidenta, ela fez um balanço do Plano Estratégico de Fronteiras – em
particular, da Operação Ágata 7, que mobiliza 33,5 mil militares das
Forças Armadas e mais 1,1 mil pessoas. Nos primeiros dias da operação,
segundo Dilma, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, o
que levou à apreensão de mais de 6 toneladas de drogas e 8 mil quilos
de explosivos.
"Protegendo nossas fronteiras, ajudamos a
aumentar a segurança da nossa própria população e a dos grandes eventos
que se aproximam: a Copa das Confederações, agora em junho, e a Jornada
Mundial da Juventude Católica, no mês que vem, quando vamos receber a
visita do papa Francisco."
A presidenta lembrou que a Operação
Ágata conta ainda com o apoio de quatro veículos aéreos não tripulados
(Vants), em uma ação conjunta da Força Aérea Brasileira e da Polícia
Federal. A parceria, segundo ela, deve se repetir nas ações de segurança
dos grandes eventos que se paroximam. "Quando a gente aumenta a
capacidade das polícias civis e militares de fiscalizar as estradas
estaduais, fechamos ainda mais o cerco contra o crime."
Ao final do programa, Dilma fez uma
homenagem aos militares brasileiros mortos ontem (2) em um acidente
rodoviário quando voltavam de uma missão da Operação Ágata no Chuí (RS).
“Quero me solidarizar com as famílias desses militares, com os seus
companheiros e com o Exército Brasileiro. Quero também fazer votos para
que os feridos no acidente tenham a mais rápida recuperação."
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Estados Unidos estão otimistas sobre escolha do Brasil pelos caças americanos
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O
encarregado de assuntos políticos-militares do Departamento de Estado
dos Estados Unidos, Tom Kelly, disse hoje (3) que o governo americano
está otimista quanto à escolha do Brasil pelo modelo de caça fabricado
naquele país a fim de equipar a Força Aérea Brasileira (FAB). O Brasil
também avalia propostas de caças da França e da Suécia.
“Temos confiança que temos a melhor
oferta com o melhor preço e a melhor tecnologia. O governo brasileiro
está dentro de um processo interno muito detalhado e respeitamos isso,
mas esperamos que possamos convencer às autoridades a fazer uma parceria
importante com a gente”, disse.
Segundo Kelly, a questão da
obrigatoriedade de transferência de tecnologia para a Força Aérea
Brasileira já está superada e os líderes do Congresso americano já se
comprometeram em aprovar a questão, caso o Brasil opte pelo modelo
americano. “Temos demonstrado que vamos transferir toda a tecnologia
relevante que a FAB precisa”, garantiu.
Ele disse ainda que pretende debater com
autoridades brasileiras a possibilidade de uma parceria entre o Brasil e
os Estados Unidos para treinar novas equipes e desenvolver um currículo
em conjunto a fim de aproveitar a experiência brasileira na formação de
forças de manutenção da paz. “O Brasil tem muita influência,
especialmente na África, e tem a capacidade de expandir o número de
países que podemos ajudar. Temos muitas necessidades na África”, disse.
O representante do governo americano
declarou que os Estados Unidos podem colaborar com o Brasil na área de
segurança, se for necessário, para os grandes eventos como Copa do Mundo
e as Olimpíadas, e ressaltou a capacidade brasileira de fazer eventos
“maravilhosos”. “Temos muita confiança na capacidade do Brasil”.
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Avião solar começa terceira etapa de sua travessia americana
O
avião Solar Impulse, primeira e única aeronave movida por energia
solar, decolou do Texas (sul dos EUA) para pousar no Missouri (centro),
onde usará um "revolucionário" hangar inflável que substituirá um dos
que foram danificados pelos tornados que castigaram esta região do país.
"Para proteger a aeronave na
aterrissagem, o Solar Impulse decolará uma revolucionária estrutura
inflável pela primeira vez", explicaram os dois criadores do projeto, os
pilotos Bertrand Piccard e André Borschberg.
O aparelho experimental, comandado por
Piccard, saiu de Dallas às 04h06 locais (06h06 de Brasília) e
aterrissará em Saint Louis na primeira hora da quinta-feira.
A terceira etapa, das cinco previstas por
seus criadores para atravessar todo o território de Estados Unidos,
começou na semana passada na Califórnia.
O objetivo é promover a tecnologia deste
avião que depende de 12.000 células fotovoltaicas para produzir
eletricidade suficiente como para carregar sua bateria de lítio de 400
quilos, necessária para alimentar os motores elétricos a hélice de 10
cavalos de força, tanto de dia quanto de noite.
Depois de deixar Missouri, a aeronave se
dirigirá ao aeroporto Dulles, perto da capital Washington, em meados de
junho, e finalmente, chegará no aeroporto Kennedy de Nova York em
julho.A parada em St. Louis "é muito importante e simbólica" para os
organizadores da travessia, pois é uma forma de prestar homenagem ao
pioneiro da aviação Charles Lindbergh e seu "Spirit of St. Louis", o
primeiro avião que voou de Nova York a Paris sem escalas. Espera-se que o
trecho entre Texas e Missouri seja o mais longo feito por Piccard até
agora com a aeronave.
A unidade permanecerá entre uma semana e
dez dias em cada parada, onde o público poderá ver o avião e fazer
perguntas aos pilotos e outros participantes do projeto.mO Solar
Impulse, projeto iniciado há dez anos, fez seu primeiro voo em junho de
2009. Em 2010, o avião solar voou 26 horas ininterruptas para demonstrar
sua capacidade de acumular energia suficiente durante o dia para
continuar voando à noite. Um ano depois, a aeronave fez o primeiro voo
internacional entre Bélgica e França e em junho de 2012, a primeira
viagem transcontinental de 2.500 km entre Madri (Espanha) e Rabat
(Marrocos) em 20 horas.
O aeroplano é particularmente sensível a
turbulências e não tem espaço para passageiros, mas Piccard insistiu em
que estas questões não são contratempos, mas desafios para o futuro.
Piccard e Borschberg preveem dar a volta ao mundo em 2015 com uma versão
melhorada deste dispositivo.
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Definição para o 'puxadinho'
Paulo Henrique Lobato
A Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deve anunciar hoje o nome da
empresa ou consórcio que irá construir o terminal provisório no
Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande Belo
Horizonte, com capacidade para receber 3,9 milhões de passageiros por
ano. O plano da estatal é concluir a obra antes da Copa do Mundo, que
será realizada em junho e julho de 2014. A tarefa, porém, não é nada
fácil. Apelidado de puxadinho, o empreendimento já teve três licitações
fracassadas, sendo a última deserta.
Nas duas primeiras, os valores pleiteados
pelas empresas superaram a cifra máxima prevista pela Infraero.
Enquanto a empresa pública pretendia desembolsar o máximo de R$ 42
milhões, a iniciativa privada apresentou conta mínima de R$ 79 milhões.
Na última, porém, não houve nenhum interessado. Resultado: o
ministro-chefe da Secretaria de aviação Civil (SAC), Moreira Franco, e o
presidente da Infraero, Gustavo do Vale, decidiram que a contratação da
empresa seria feita por vias diretas.
Em outras palavras, o governo
convida empresas a oferecer propostas e dispensa a licitação, com base
na Lei 8.666/93, que permite essa estratégia em caso de sucessivas
licitações fracassadas ou desertas. A Infraero não revelou as empresas
convidadas, como forma de evitar especulações de que o certame teria
cartas marcadas. Nas últimas tentativas de licitação, oito construtoras
haviam demonstrado interesse no puxadinho.
Dessas, o Estado de Minas conseguiu
contatar quatro. A gerência administrativa e financeira da Construtora
Brasil informou não ter considerado a proposta interessante. A Encalso
comunicou que ainda não decidiu se irá participar da concorrência. A
Cowan também não se decidiu. A Construcap preferiu o silêncio.
Representantes das demais – Marquise, Normatel, Equipamentos e MPE
Montagens – não foram localizados pela reportagem.
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Giro pelo Mundo
ARMAS
63 países assinam tratado de comércio
Em 2 de abril, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que congrega 193 nações, aprovou por esmagadora maioria o Tratado de Comércio de Armas das Nações Unidas, cujo objetivo é manter as armas fora do alcance de criminosos e violadores dos direitos humanos. Ontem, delegados de 62 países se reuniram na sede da ONU, em Nova York, e assinaram o tratado para regular o comércio mundial de armas convencionais, que movimenta US$ 70 bilhões no mundo. A previsão é de que outros três países assinem o documento nos próximos dias. O Tratado de Comércio de Armas pretende estabelecer normas para todas as transferências internacionais de armas convencionais, além de estabelecer requisitos de cumprimento obrigatório pelos Estados para revisão de contratos de armas transfronteiras, de modo a garantir que elas não sejam usadas em violações de direitos humanos, terrorismo, violações da legislação humanitária ou crime organizado. |
EUA continuam no lobby para vender caças ao Brasil
Mesmo
sem nenhum incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam
no lobby para tentar vender os caças F18 Super Hornet
Lisandra Paraguassu
do ESTADÂO conteúdo
Brasília - Mesmo sem nenhum
incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam no lobby
para tentar vender os caças F18 Super Hornet. Em visita ao Brasil, o
encarregado de assuntos político-militares do Departamento de Estado
americano, Tom Kelly, revelou nesta sgeunda-feira que tema entrará na
pauta das conversas que terá nestas terça, 4, e quarta-feira, 5, em
Brasília.
"O governo brasileiro está em um processo
interno muito detalhado e respeitamos isso. Mas esperamos poder
conversas com as autoridades que irão nos receber sobre esse assunto.
Temos confiança de que nossa oferta tem o melhor preço, a melhor
tecnologia e pode trazer o milhares de empregos ao Brasil", afirmou.
O tema é recorrente em todas as visitas
ao Brasil de funcionários graduados do governo americano e também de
parlamentares. Kelly reforçou que a maior restrição do governo
brasileiro aos caças da Boeing, a dificuldade americana em fazer
transferência de tecnologia militar, estaria superado.
"Apresentamos cartas dos líderes
democratas e republicanos no Congresso garantindo que a transferência
seria aprovada. Isso é raro de acontecer, mas entendeu-se que era um
caso importante", afirmou.
As garantias americanas, no entanto, não
influenciaram o andamento do projeto, parado há dois anos. Em seu
primeiro ano de governo, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a
compra, avaliada em US$ 1 bilhão, estava suspensa até segunda ordem por
causa da crise econômica.
A compra dos caças, quase decidida em
2010, foi deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que
sua sucessora tomasse a decisão final - a simpatia inicial de Lula era
pela compra dos caças franceses Rafale. Dilma, ao contrário, teria
simpatia pelo projeto americano, mas cobra a transferência de
tecnologia.
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Decisão sobre compra de caça não interfere na relação com Brasil, afirma EUA
Flávia Foreque
A discussão sobre a compra de
caças para a Força Aérea Brasileira não vai impactar na relação com os
Estados Unidos, um dos países na disputa pela aquisição bilionária.
A afirmação é de Tom Kelly,
encarregado de assuntos político militares do Departamento de Estado
norte-americano, de passagem por Brasília para participar do "diálogo de
cooperação em Defesa" com os EUA. "A relação [entre Brasil e EUA] é
excelente", disse nesta segunda-feira (3).
O caça F-18 Super Hornet da Boeing tem como concorrentes o francês Rafale e o sueco Gripen NG. "Temos
confiança de que temos a melhor oferta, o melhor preço e tecnologia",
disse Kelly em conversa com jornalistas. Segundo ele, a compra
"provavelmente" será discutida durante agenda de atividades em Brasília
--a plataforma de diálogo entre os dois países tem como objetivo
identificar oportunidades de colaboração no campo da segurança.
Ele disse ainda que o debate sobre
transferência de tecnologia dos EUA para o Brasil na compra, essencial
nessa aquisição, "está resolvido". "Todos em Washington entendem
que esse é um caso importante. Da nossa perspectiva, [essa questão] está
resolvida, porque estamos mostrando que vamos transferir toda
tecnologia relevante para a FAB", afirmou.
Kelly disse que os Estados Unidos têm
interesse em conhecer melhor a atuação do Brasil em forças de paz, a
exemplo do que vem sendo realizado no Haiti. "A demanda não está
diminuindo, infelizmente", ponderou.
GRANDES EVENTOS
O americano ainda elogiou o Brasil diante
da proximidade de grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.
Para os EUA, o país será capaz de receber, com segurança, torcedores de
todas as partes do mundo.
"Não temos nenhuma preocupação sobre a capacidade brasileira [em sediar os jogos]. Temos muita confiança no Brasil", afirmou.
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Índios aguardam avião da FAB para desocupar Belo Monte
Kátia Brasil
Os
índios que ocupam o canteiro da obra de construção da usina
hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA), aguardam um avião
da FAB (Força Aérea Brasileira) para desocupar o local.
A invasão ao canteiro entrou no oitavo dia nesta segunda-feira (3).
A aeronave da FAB deve pousar em
Altamira (a 50 km do canteiro) e transportar de 140 a 200 índios, sendo a
maioria da etnia mundurucu, para uma reunião com ministros na
terça-feira (4), em Brasília.
O transporte dos índios à capital federal
foi uma proposta da Secretaria-Geral da Presidência da República para a
desocupação pacífica da obra. Os índios ameaçavam atear fogo nos
escritórios e nas instalações do canteiro Belo Monte, onde trabalham
7.000 operários.
Os índios exigiam a presença do ministro
Gilberto Carvalho em Belo Monte para negociar um a um os itens da pauta
de reivindicações. Desde 2011, a etnia não aceita estudos para
construção de hidrelétricas nos rios Teles Pires e Tapajós, entre os
Estados de Mato Grosso e Pará --última fronteira de rica biodiversidade e
minérios da região.
NEGOCIAÇÃO
A nova invasão de Belo Monte começou no dia 27. O ministro Carvalho não aceitou negociar sem a desocupação da obra. O Planalto enviou ao canteiro Nilton Tubino, coordenador-geral de Movimentos do Campo e Territórios da Secretaria-Geral.
Ele assumiu o compromisso de levar
os índios para Brasília em avião da FAB. Em troca, os índios
desbloquearam as saídas da obra e desistiram de incendiar as instalações. Desde sábado, a construção da hidrelétrica retornou ao normal.
Em entrevista, Tubino afirmou que o processo de negociação com os índios foi positivo.
"Não precisou cumprir a ação de reintegração de posse, que previa o uso
de força policial. A preocupação nossa agora é conseguir uma aeronave
da FAB para levá-los a Brasília", afirmou.
ENCONTRO COM MINISTROS
A pedido dos índios, a reunião com os
ministro Gilberto Carvalho, Edison Lobão (Energia) e José Eduardo
Cardozo (Justiça) será acompanhada pelos advogados da etnia, de
representantes do Ministério Público Federal do Pará e da ABA
(Associação Brasileira de Antropologia).
Até a manhã de terça-feira (4), os índios
permanecerão alojados em dois escritórios do canteiro Belo Monte, em
Vitória do Xingu. Depois, serão transportados em ônibus para o aeroporto
de Altamira.
Um dos líderes do protesto, Cândido
Munduruku afirmou à Folha que o grupo que que vai viajar inclui
mulheres, crianças e adolescentes.
"Somos mais de 200 pessoas. Vamos para
Brasília discutir nossa pauta: paralisação das obras, demarcação das
terras e impunidade na morte do Adenilson Munduruku", disse. O índio
Adenilson morreu num conflito com policiais federais durante uma
operação de combate à extração ilegal de outro na aldeia Teles Pires, em
2012.
A viagem dos índios a Brasília foi
criticada neste domingo pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que apoia
o protesto dos índios mundurucu.
"Essa viagem é uma grande intransigência
do governo, que não parou um minuto para avaliar os erros que têm feito
como as mortes dos índios", afirmou Antônia Melo, coordenadora do
movimento.
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Conversa com a presidente
Mensagem da Presidente Dilma sobre o Plano Estratégico de Fronteiras
O Brasil está realizando há duas
semanas sua maior mobilização militar desde a segunda guerra mundial,
com o objetivo de combater a criminalidade nos quase 17 mil km de nossas
fronteiras. Trata-se da Operação Ágata 7, coordenada pelo Ministério da
Defesa com as Forças Armadas, e que faz parte do Plano Estratégico de
Fronteiras, que lançamos há dois anos para prevenir e reprimir a ação de
criminosos nas fronteiras brasileiras, especialmente o ingresso de
drogas e armas. Outra operação completa o Plano Estratégico de
Fronteiras: a Operação Sentinela, que é permanente, dura o ano inteiro, e
é coordenada pelo Ministério da Justiça com a Polícia Federal, a
Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública. A
Operação Ágata está mobilizando 33.500 militares da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica e outras 1.100 pessoas, entre as quais, policiais
federais, policiais rodoviários federais, homens da Força Nacional de
Segurança, e agentes da Receita Federal e do Ibama, além de policiais
civis e militares de todos os estados da fronteira. Nestes primeiros
dias, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, e isso
levou à apreensão de mais de seis toneladas de drogas e 8 mil quilos de
explosivos, que poderiam ir para as mãos de criminosos em nossas cidades
se não tivessem sido apreendidos ainda na fronteira do Brasil. O
sucesso de todo o Plano Estratégico de Fronteiras também depende do uso
de tecnologia. Na Operação Ágata 7 estão sendo usados ao mesmo tempo
quatro Veículos Aéreos Não Tripulados, os Vants, em uma operação
conjunta da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal, que vão repetir
essa parceria bem sucedida nas ações de segurança da Copa das
Confederações e durante a visita do Papa Francisco. Outro exemplo
de uso da tecnologia vem da Polícia Rodoviária Federal, que, na
Operação Sentinela, utiliza cinco aparelhos móveis. Esses aparelhos são
scanners moderníssimos, que localizam drogas e armas escondidas nos
caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria dos veículos.
Até o ano que vem nós vamos entregar um scanner móvel para cada estado
de nosso país. E os estados da fronteira vão receber dois desses
scanners.
A segurança pública é uma
responsabilidade dos estados, prevista na Constituição, mas, o governo
federal tem o dever de participar e ajudar esse processo. O governo
federal não pode se omitir. E fazemos isso cuidando das nossas
fronteiras por meio desse Plano Estratégico. Essa é uma das mais
importantes contribuições do governo federal para fortalecer a segurança
do nosso país. E o nosso objetivo é estreitar cada vez mais a parceria
com estados e municípios.
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Aeroporto projeta as obras para Copa de 14
TRANSPORTES
Para o Aeroporto Internacional do Recife, Infraero prioriza a
requalificação da pista de decolagem. Licitação será realizada ainda
este mês
Rosália Vasconcelos
A
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) divulgou,
ontem, os investimentos em curso e a previsão de entrega de quatro
obras realizadas com recursos próprios do Aeroporto Internacional do
Recife-Guararapes, para a Copa do Mundo no País, em 2014. A principal
delas, e mais onerosa, é a requalificação do trecho central da pista de
pouso e decolagem, orçada no valor de R$ 8,037 milhões. O projeto
entrará em licitação no próximo dia 12 e as obras devem ter início em
setembro para entrega em 2014. O superintendente da Infraero no
Nordeste, Fernando Nicácio, informou, no entanto, que ainda não tem
previsão do mês em que essa obra será entregue, mas acredita que não
deve ficar pronta até o Mundial.
"Haverá momentos em que os serviços da
pista principal ficarão suspensos, como nos meses de alta estação,
quando o fluxo de voos domésticos e internacionais é alto. Nos outros
períodos, os serviços acontecerão durante a noite e, ao final de cada
manhã, o trecho reestruturado deverá estar pronto e em plenas condições
de funcionamento", explica Nicácio. Outro serviço importante, com vistas
para a Copa do Mundo, é a reforma completa e a ampliação dos
sanitários, cujo projeto foi licitado ontem pela manhã. O valor estimado
é de R$ 4,8 milhões, com previsão de entrega em maio de 2014. "Vamos
priorizar os banheiros de embarque e desembarque, pois eles receberão um
retrofit completo, desde o layout até os utensílios", destaca o
superintendente.
O aeroporto também vai receber dois novos elevadores, cuja aquisição e instalação está orçada em R$ 2,280 milhões.
A obra já foi licitada e tem previsão de
entrega em fevereiro de 2014. O outro investimento em curso, segundo
Nicácio, é a instalação de brises horizontais para redução do calor, nas
faces 02 e 05 dos conectores.
O contrato, em execução, está estimado em R$ 1,7 milhão e deve ficar pronto em dezembro deste ano.
TORRE
A novela sobre a construção da nova
torre de controle do aeroporto ainda deve render. Após realizar duas
licitações (abril e outubro de 2012), sem interessados, a
responsabilidade da contratação da empresa que fará a obra está nas mãos
do Comando da Aeronáutica, através do Departamento de Controle do
Tráfego Aéreo. Em entrevistas anteriores ao JC, o superintendente da
Infraero no Nordeste afirmou que o início da construção da nova torre de
controle deveria ser em janeiro de 2012. Até agora, o projeto não saiu
do papel.
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Tarifa máxima de conexão será de R$ 7
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) definiu regras para a cobrança
de tarifas de conexão de voos domésticos e internacionais. O preço
máximo a ser cobrado será R$ 7 por passageiro em aeroportos com
classificação de primeira categoria (segundo a movimentação e a
infraestrutura). O valor é pago pelas empresas áreas.
De acordo com a tabela publicada ontem no
Diário Oficial da União, a quantia máxima a ser cobrada varia de acordo
com a categoria dos aeroportos e terá o mesmo valor para voos
domésticos e internacionais. A medida não altera a tarifa de embarque,
paga pelo consumidor, e entra em vigor em 45 dias.
Aeroportos classificados como de segunda
categoria terão uma tarifa máxima de R$ 5,50. Para os de terceira
categoria, o valor a ser cobrado será de, no máximo, R$ 4,50, e os de
quarta categoria, R$ 3.
Segundo a resolução da Anac, as empresas
não precisam pagar a taxa referente a passageiros de aeronaves em voo de
retorno, por motivos de ordem técnica ou meteorológica ou, ainda, em
caso de acidente, por ocasião do reembarque, passageiros com idade
inferior a dois anos, inspetores de aviação civil, quando no exercício
de suas funções, passageiros convidados do governo brasileiro.
A Anac informa, ainda, que as tarifas não
se aplicam aos aeroportos públicos que estejam sob condições tarifárias
específicas definidas em ato de autorização ou contrato de concessão.
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Exército apreende nove toneladas de maconha no Sul
No Brasil, ação nas fronteiras confiscou oito toneladas de explosivos
Cláudia Rodrigues Barbosa
A
Operação Ágata 7, realizada pelo Exército brasileiro em toda a extensão
de 16,8 mil quilômetros da fronteira nacional, apreendeu nove toneladas
de maconha na Área de Operações Sul (faixa de fronteira dos estados do
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) desde o dia 18 de maio.
No País, já foram confiscadas oito toneladas de explosivos. No período,
foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações.
A Operação Ágata 7 teve início por
causa da segurança exigida para a Copa das Confederações, que acontece
neste mês. A ação integra o Plano Estratégico de Fronteira, cujo
objetivo é inibir o tráfico e outros crimes na fronteira brasileira. O
trabalho é feito de forma coordenada entre as Forças Armadas, a Polícia
Federal, a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal.
No Estado, o comandante da Área de
Operações Sul, general Carlos Bolivar Goellner, apresentou ontem os
resultados parciais da ação na fronteira Sul do País. Conforme ele, após
duas semanas de atividades, foram apreendidos 376 m3 de material de
contrabando, nove toneladas de maconha e 381 kg de drogas (cocaína,
crack e haxixe), 55 armas, 9.864 m de explosivos do tipo cordel
detonante, 855 kg de explosivos, 58 mil pacotes de cigarro, US$ 270 mil
em espécie, R$ 9 mil em espécie, 231 kg de agrotóxicos e 80 toneladas de
pescado. Foram revistadas quase duas mil pessoas (20 foram detidas),
796 embarcações foram vistoriadas e/ou notificadas, e inspecionados 171
mil veículos – desses, 150 foram apreendidos.
Concomitantemente a essas atividades, as Forças Armadas desenvolveram diversas Ações Cívico-Sociais (Aciso).
“Até o momento, foram realizados dez mil atendimentos médicos, 3,8 mil
odontológicos e 1,2 mil veterinários, além de 62 reparos de estradas e
290 de instalações públicas e 1,2 mil emissões de documentos. Também
foram distribuídos 23 mil medicamentos. Com isso, a operação atinge os
objetivos de reduzir os índices de criminalidade e promover o bem-estar à
população carente”, avalia Bolivar.
A ação em caráter ostensivo termina
na sexta-feira. Esta é a maior mobilização das Forças Armadas desde a
Segunda Guerra Mundial. Na operação, estão envolvidos 25 mil militares e
dez mil civis de órgãos como a Polícia Federal, espalhados do Oiapoque,
no Amapá, ao Chuí, no Sul do Estado.
General duvida da hipótese de pneu furado
O comandante da Área de Operações
Sul, general Carlos Bolivar Goellner, comentou o acidente que matou dois
integrantes da Operação Ágata 7 no domingo, na região Sul do Estado, na
BR-471, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Para Bolivar, não
há ainda motivos para creditar o ocorrido ao fato de um pneu da viatura
do tipo Marruá ter furado, como apontado pela Polícia Rodoviária Federal.
“Esse veículo era novo. O acidente foi em
uma estrada reta com pouco movimento. Abrimos inquérito policial e
também poderemos contar com o trabalho da perícia para averiguar a causa
do acidente”, explicou. A previsão do general é de que em um mês as
investigações devam apresentar alguma conclusão.
Dos sete feridos, dois foram sepultados
ontem, em São Leopoldo. Em Rio Grande, no hospital, dois oficiais ainda
estão em estado grave e dois em observação. Três militares já tiveram
alta.
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Operação Ágata apreende 855 kg de explosivos nas fronteiras do Sul
Balanço de duas semanas foi apresentado nesta segunda (3) no RS.
Exército entende como 'significativo' resultado da faixa de RS, SC e PR.
Após duas semanas, foi
apresentado nesta segunda-feira (3) o balanço da Operação Ágata na faixa
de fronteira dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os resultados, segundo o Exército, "são significativos". Durante o período, foram apreendidos 855 Kg de explosivos, 9.864 metros de cordel detonante de explosivos, e 55 armas.
Também foram apreendidos em duas semanas 376,35 mᶾ de material de contrabando e descaminho, mais de nove toneladas de maconha, 381 Kg de drogas (cocaína, crack e haxixe), 58.682 pacotes de cigarro, U$ 270 mil em espécie, R$ 9 mil em espécie, 231 Kg de agrotóxicos e 80 toneladas de pescado. O Exército ainda informou que foram revistadas nos três estados mais de 1,9 mil pessoas e 20 foram detidas. Foram vistoriadas e/ou notificadas 796 embarcações e inspecionados 171.092 veículos/motos, sendo 150 desses apreendidos.
A mobilização das tropas das Forças Armadas ocorre em toda a extensão das fronteiras terrestres brasileiras. Na
Área de Operações Sul, o Comando Militar do Sul tem o apoio do Comando
do 5º Distrito Naval, do 5º Comando Aéreo Regional e de integrantes do
Ministério da Defesa. A operação conta com o auxílio de cerca de
600 agentes dos órgãos de Segurança Pública, federais e estaduais, da
Receita Federal e de agências governamentais, como o Ibama e a ABIN,
entre outros. Na fronteira da Região Sul, com aproximadamente 2,4
mil km, desde Guaíra-PR até o Chuí-RS, as Forças Armadas empregam 12 mil
militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Atendimentos médicos Com o apoio do Ministério da Saúde e de algumas prefeituras municipais, os militares e agentes desenvolveram ações de atendimento médico, odontológico e outras atividades beneficentes à população carente. Em duas semanas foram realizados 10.240 atendimentos médicos, 3.875 atendimentos odontológicos, 24.393 procedimentos na área de prevenção da saúde, 1.232 atendimentos veterinários, 62 manutenções e reparos de estradas, 290 manutenções e reparos de instalações públicas e 1.252 emissões de documentos. Foram distribuídos 23.654 medicamentos e realizadas atividades de lazer e cultura para mais de 50 mil pessoas da área de operações. |
Jato executivo com inspiração militar atinge 1.212 km/h
S-1 também está sendo projetado para lidar com decolagem e pouso em pistas muito curtas
A empresa americana Saker
construiu um avião executivo com inspiração militar que quase atinge a
barreira da velocidade de propagação do som, de 1.234 km/h, de acordo
com informações do site Gizmag. O avião Saker S-1, jato com dois
lugares, pode atingir a velocidade de 1.212km/h.
O S-1 também está sendo projetado para
lidar com decolagem e pouso em pistas muito curtas e subir a uma
velocidade de 4.267 metros por minuto. Segundo a Saker, a aeronave terá
um alcance máximo de 2.575 km e capacidade de 1,8 mil litros de
combustível. No entanto, dois galões externos com capacidade para 380
litros cada podem ser adicionados para aumentar o alcance do jato para
3.540 km.
A empresa Gulfstream havia mostrado
durante a 12ª Mostra e Convenção de Aviação Executiva Europeia (Ebace),
em maio, na Genebra (Suíça), o jato executivo G550, que também atinge
altas velocidades - até 954 km/h.
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Dilma chega a Natal para entrega de equipamentos
O pouso da aeronave que traz a
comitiva da presidente Dilma Rousseff na Base da Aeronáutica em Natal,
ocorreu por volta das 11h20 de hoje (3), com mais de meia hora de
atraso. A previsão era que a aeronave vinda de Brasília pousasse às
10:50 em solo potiguar.
Enquanto a aeronave não pousava, um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoou o espaço aéreo nas proximidades do Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, até que o avião com a comitiva presidencial apareceu na cabeceira da pista do aeroporto e pousou na pista de pouso da Base Aérea de Natal.
A Polícia Rodoviária Federal com o
auxílio do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) paralisou o
trânsito de veículos à altura de Emaús, para dar passagem à comitiva
presidencial que segue rumo ao Centro Administrativo de Lagoa Nova.
Em cerimônia, a presidente Dilma entregou 250 máquinas, sendo 149 motoniveladoras e 101 retroescavadeiras, beneficiando 149 municípios potiguares.
O presidente da Câmara, o deputado
federal Henrique Eduardo Alves, disse em discurso que a expectativa é de
que o Rio Grande do Norte receba investimentos da ordem de R$ 1,7
bilhão do governo federal.
Também em discurso, Benes Leocádio,
presidente da Federação dos Municípios do RN (Femurn), pediu à
presidente Dilma Rousseff que ajudasse os municípios que precisam de
ajuda. Discursaram ainda o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e o
ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Dilma veio à capital potiguar para
entrega de máquinas para conservação contínua das estradas vicinais (sem
asfalto) e para construção de reservatórios de água em 149 municípios
do estado.
A cerimônia ocorre no pátio do Centro
Administrativo e entregou equipamentos adquiridos com recursos da
segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Ela deve
também anunciar obras públicas, como a construção do viaduto sobre a
BR-101 para acesso à avenida Maria Lacerda Montenegro.
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Sala vigia as fronteiras do Sul
Instalado no QG de comando militar, na Capital, centro de operações coordenará ação das Forças Armadas nos três Estados
Um centro de operações das
Forças Armadas, montado no Centro Histórico de Porto Alegre, comandará a
segurança da fronteira nos Estados do sul do Brasil durante grandes
eventos, como a Copa do Mundo 2014. Testada exaustivamente durante as
duas últimas semanas, a estrutura é coordenada pelo Ministério da
Defesa, em Brasília, que delega a operação ao Comando Militar do Sul
(CMS).
A Operação Ágata 7 (leia o texto ao
lado), que se encerra na próxima sexta-feira, serviu de principal
experiência até agora para o centro de controle instalado no QG do CMS,
comandado pelo general do Exército Carlos Bolivar Goellner. A ação, que
ocorre em todo Brasil, conta com quase metade do efetivo na Região Sul
por ter fronteiras mais povoadas.
A fim de facilitar o fluxo de
informações entre as forças de segurança, a estrutura integra militares
do Exército, Marinha e Aeronáutica, agentes de órgãos da segurança
pública federais e estaduais, como as polícias Federal, Militar, Civil e
rodoviária além de representantes das agências governamentais, como a
Agência Brasileira de Investigação e Agência Nacional de Aviação Civil.
Conforme o secretário-executivo da
Comissão Estadual de Segurança e Defesa para Grandes Eventos, coronel da
Brigada Militar Erlo Pietroski, a sala de comando das Forças Armadas
irá somar-se ao Centro Integrado de Comando e Controle (Cicc), que reúne
as forças estaduais da Segurança Pública, e o Centro Integrado de
Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic), que coordena agentes
municipais de trânsito, proporcionando um comando mais inteligente:
– Essa integração está nos proporcionando
conhecer profissionais de alta qualidade tanto das Forças Armadas
quanto da Segurança Pública, além de termos contato com equipamentos e
nos entrosarmos. Isso faz com que a União gaste menos, com um
investimento mais inteligente e eficaz.
A divisão das tarefas entre os centros de
comandos é bem clara: o CMS cuidará do espaço aéreo, fronteiras, área
naval, defesa cibernética e estruturas críticas, como gasodutos,
hidrelétricas e outros serviços vitais, disponibilizando material e
pessoal para auxiliar as forças de segurança. O Cicc atuará na segurança
de estádios, fronteiras, pontos turísticos, principais rotas de
turistas e rede hoteleira. O Ceic ficará responsável pela mobilidade
urbana na Capital e ações relacionadas à defesa civil.
Militares montam esquema para Jornada da Juventude
A principal preocupação do coronel
Pietroski e do general Bolivar é a fronteira seca entre o Brasil e os
vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo Pietroski, o esquema
montado serve a eventos que aparentemente não repercutiriam no Estado,
como a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de
Janeiro, em julho, e contará com a presença do papa Francisco:
– Juntos, cuidaremos da fronteira
na Jornada da Juventude. Segundo dados da ANTT (Agência Nacional de
Transportes Terrestres), é esperado um fluxo de três meses de veraneio
em três dias, todo rumo ao Rio de Janeiro.
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GLOBO ECOLOGIA
Força Aérea Brasileira adota a energia solar em base na Amazônia
Sistema híbrido garante o funcionamento de equipamentos em Surucucu
Quando a tecnologia trabalha em prol da sustentabilidade, os resultados são sempre positivos. Foi partindo dessa premissa, que a Força Aérea Brasileira (FAB) colocou em prática um projeto de geração de energia híbrida, utilizando painéis solares e grupo de geradores a diesel, instalado na base de Surucucu, no noroeste do estado de Roraima. A iniciativa, implementada em 2012, faz parte de um esquema tecnológico adotado pela FAB para garantir, com menor custo, esforço logístico e impacto ambiental, o controle e a defesa aérea na região amazônica. Devido às características do local, o primeiro desafio foi o de vencer as distâncias continentais e o isolamento extremo para a instalação de equipamentos de navegação aérea que precisam funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.
Em apenas seis meses de
funcionamento, o projeto, que teve investimento total de R$ 998 mil, se
pagou e reduziu em 65% a queima de óleo para a geração de eletricidade.
Conforme destaca o Tenente-Coronel Engenheiro Dalmo José Braga Paim,
Chefe da Divisão Técnica do quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e
Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 4), é importante utilizar novas
tecnologias para propiciar a navegação aérea na Amazônia (por onde
passam pelo seu espaço aéreo cerca de 300 voos diários, em cinco rotas
internacionais), mas sem causar nenhum tipo de malefício ao ecossistema
da região. “A função da estação de Surucucu é a de manter as
comunicações entre o Centro de Controle de Área, localizado em Manaus, e
as aeronaves que cruzam as aerovias da região de Surucucu”, explica o
Tenente-Coronel Paim.
Para garantir o funcionamento dos
sistemas de comunicação VHF, UHF e satelital (Telesat) instalados em
Surucucu, a FAB utilizava no local, primeiramente, uma matriz
termelétrica baseada na queima de óleo diesel com três grupos geradores.
Entretanto, a poluição causada pelo consumo excessivo de combustível
fóssil, incluindo problemas de logística, como os altos custos de
manutenção das máquinas e peças, além das dificuldades de transporte
periódico do diesel (exigindo aproximadamente oito horas mensais de
voo), fizeram com que a FAB buscasse uma solução alternativa de geração
de energia elétrica. O desafio era manter 100% de operação dos
equipamentos de maneira sustentável e com o menor impacto ambiental
possível.
Diante desse cenário, estudos feitos por técnicos do Cindacta 4 avaliaram os recursos energéticos disponíveis na região, apontando que o aproveitamento da energia solar seria a opção mais limpa e barata a ser utilizada. “Esse projeto, além de melhorar a qualidade da energia fornecida aos equipamentos e sistemas instalados em uma região de difícil acesso, reduz a queima de óleo diesel utilizado pelos geradores e de querosene de aviação utilizado pelas aeronaves que prestam o transporte de insumos e técnicos para manutenção desses sistemas”, enfatiza o militar.
Embora em Surucucu a insolação não se
apresente como uma das melhores do país, o emprego da energia solar, de
forma híbrida com o diesel, se mostrou eficaz, levando em consideração
que a captação da energia do sol não precisa, necessariamente, da luz
para operar, gerando eletricidade também em dias nublados, que são
frequentes na região.
Antes,
com a utilização exclusiva de grupos geradores, eram consumidos cinco
mil litros de óleo por mês, exigindo, ainda, a visita técnica mensal
para manutenções corretivas e preventivas dos equipamentos. Conforme
destaca Paim, com adoção da energia solar, são consumidos hoje 1,5 mil
litros de óleo/mês, sendo necessária somente uma visita preventiva por
semestre, já que os equipamentos passaram também a ser monitorados de
forma remota.
Os painéis solares produzem até 20kw de
potência, capazes de sustentar, de forma autônoma, o funcionamento da
base de Surucucu por até 15 horas diárias. O sistema de absorção de
energia solar é composto por 144 placas fotovoltaicas, incluindo um
banco de 48 baterias que alimentam a carga da estação, com vida útil
estimada de 20 anos. Toda a estação pesa cerca de 20 toneladas, e foi
montada em quatro meses, ocupando uma área aproximada de 200 metros
quadrados. Ainda fazendo parte do projeto, foram também implementados
seis postes com luminárias LED, que são alimentadas por painéis solares e
baterias de armazenamento independentes, garantindo a iluminação
externa da base de forma inteiramente autônoma.
Paim explica que para cobrir uma
área próxima a 60% do território nacional, é preciso a instalação de
equipamentos nas áreas mais isoladas da regiões da Amazônia. No caso do
sistema híbrido, devido à qualidade e à confiabilidade do fornecimento
de energia gerada por ele, a exemplo de Surucucu, a iniciativa tem sido
estudada em outros destacamentos, como é o caso de Carauari (AM), Tiriós
(PA) e Porto Trombetas (PA). “Em 2013, já devemos lançar no mercado o
edital para a aquisição da estação de Tiriós, que terá uma capacidade de
prover cinco vezes mais energia que a de Surucucu”, prevê Paim.
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CRUZEIRO DO SUL (SOROCABA-SP)
Aberto inquérito para investigar queda de avião
Foi instaurado ontem o inquérito policial
que vai investigar as circunstâncias e possíveis responsabilidades da
queda de um avião em rua do Jardim São Guilherme, a três quilômetros do
Aeroporto de Sorocaba, no dia 29 de maio. O delegado titular do 8º
Distrito Policial, Maurício José Orfali, presidirá os trabalhos para
apurar o acidente em que morreram o piloto e co-piloto, além de ter
incendiado duas residências na rua Belmiro Moreira Soares.
Ele prevê que os primeiros depoimentos das testemunhas sejam colhidos nesta semana, em datas que ainda seriam agendadas. O delegado declarou que aguarda a conclusão do trabalho pericial feito pelo Instituto de Criminalística. "O objetivo da perícia é investigar o motivo da queda, se houve falha humana ou do equipamento", declarou Orfali.
O inquérito tem o prazo legal para ser concluído em 30 dias, porém poderá ser prorrogado pelo tempo que houver necessidade. O
delegado lembrou que a Aeronáutica não participará do trabalho da
perícia porque o avião é experimental e não homologado. A Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) esclarece que uma aeronave experimental
é um veículo aéreo não certificado pela Anac porque deixa de cumprir
com os requisitos-padrão de aeronavegabilidade.
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O TEMPO (MG)
Brasil poderá usar Veículos Aéreos Não Tripulados na Copa das Confederações
Uso das aeronaves integra o plano de defesa do espaço aéreo estabelecido pelo governo federal
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a
Polícia Federal (PF) poderão fazer uso dos Vants (Veículos Aéreos Não
Tripulados) durante a realização de dois jogos da Copa das
Confederações, que será realizada neste mês no Brasil. O emprego desses
equipamentos se daria na abertura da competição, em Brasília (DF), e no
encerramento, no Rio de Janeiro, no âmbito do plano de defesa do espaço
aéreo estabelecido pelo governo federal.
A entrada das aeronaves por
controle remoto foi apresentada ao ministro da Defesa, Celso Amorim, na
última semana, quando ele visitou a base montada em São Miguel do Iguaçu
(PR), na tríplice fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai.
Trata-se do desdobramento dos resultados obtidos com o emprego desses
equipamentos na Operação Ágata 7, iniciada no dia 18, com o objetivo de
combater os crimes transfronteiriços.
“Isso mostra que trabalhamos com as
duas vertentes de forma harmônica e integrada”, avaliou o ministro. A
decisão sobre o emprego dos Vants será tomada nos próximos dias.
O plano apresentado consiste em
deslocar parte dos equipamentos para a Base da Marinha, em São Pedro da
Aldeia, no estado do Rio, e outra parte para Brasília. No caso
específico da capital fluminense, as aeronaves poderiam servir para o
acompanhamento de autoridades e o espaço aéreo no local.
Entorpecentes
Os Vants auxiliaram na localização de 3,5
toneladas de maconha nessa região da fronteira Sul. A droga apreendida
pelas forças militares e policiais já vinha sendo monitorada a partir do
levantamento de informações de inteligência.
O repasse dos pontos principais de
localização do entorpecente permitiu o planejamento da ação.
Posteriormente, as câmeras desses aviões registraram as embarcações
transitando pelo Lago de Itaipu. Em terra, a PF foi mobilizada até o
local onde o barco estava atracado.
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JORNAL AGORA (MS)
Forças Armadas serão chamadas para pacificar conflitos indígenas em MS
Em reunião extraordinária na manhã
desta segunda (3), no auditório da Acrissul, lideranças da classe rural
de MS decidiram elaborar uma nota com um pedido de intervenção federal,
por meio das Forças Armadas, visando a manutenção da paz nas
propriedades rurais no Estado através da ocupação das áreas invadidas.
A sugestão foi colocada em pauta pelo
presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul –
Famasul, Eduardo Riedel e aprovada por unanimidade entre os presentes.
“Estamos vivendo um estado de sítio e desordem, precisamos de uma
solução imediata. Não existe mais a possibilidade de acordo depois do
que aconteceu no domingo. Estão usando estratégias de guerrilha”,
afirmou ele, referindo-se ao descumprimento da trégua estabelecida em
reunião com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ no último sábado (1).
Segundo Riedel, o que acontece em MS é uma situação de desobediência
civil, onde o Estado Democrático de Direito não é vigente.
Para o presidente da Associação dos
Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul, Francisco Maia, esse
problema pode ser resolvido desde que haja união e organização dos
produtores, “aliado à estratégias conjuntas à bancada federal, onde a
classe política tem se mostrada muito solidária à causa”, disse.
Reforçando o ponto de Maia, estava presente na reunião o deputado
estadual Luiz Henrique Mandetta, que demonstrou o total apoio aos
produtores. “Somos vítimas de um descaso total aqui no Estado. O governo
é cínico, covarde e discriminatório com os brasileiros que moram em
Mato Grosso do Sul”, desabafou. O político aumentou o coro para o pedido
de intervenção, fazendo referência à pacificação das favelas cariocas,
onde “foi preciso a utilização das Três Armas durante as operações, por
que aqui é diferente?”, indagou.
A antropóloga Roseli Ruiz contou que em
conversas com lideranças indígenas já estabelecidas pacificamente em
terras demarcadas, foi afirmado pelos próprios que o Conselho
Missionário Indigenista – Cimi está incitando os conflitos no Estado
através de ameaças aos índios para que invadam outras propriedades,
baseados em laudos fraudulentos elaborados pela Funai e outros órgãos.
“Infelizmente é uma ala da igreja católica que insufla esses embates”,
lamentou Roseli.
Ricardo Bacha teve a sede de sua
propriedade destruída durante operação de reintegração de posse na
última semana, onde o indígena terena Oziel Gabriel foi morto e um
policial ficou ferido. O proprietário afirmou que o que está sendo
discutido não é mais a demarcação das terras indígenas e sim a ampliação
delas e da maneira que está sendo feito, à força. Sua esposa, Jucimara
Bacha falou emocionada que “não podemos tomar ações pessoais durante a
invasão, temos que aceitar que perdemos a terra. Nos resta agora fazer
um movimento maior, mais estruturado e unido, que ajude a todos”. Ela
finalizou dizendo que muitos dos índios que estão envolvidos nesses
conflitos são tão vítimas quanto os produtores.
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MDZ ONLINE (MENDOZA-ARGENTINA)
Así Brasil se constituye en la próxima potencia militar
Un informe de Esglobal.org da cuenta de las capacidades militares de un Estado, que aumentan junto con su crecimiento económico.
Cómo
Brasil se transforma en una potencia militar, además de desarrollar sus
potencialidades económicas, es el objetivo de este artículo que
reproducimos a continuación, de autoría de Santiago Pérez, de
Esglobal.org:
Durante los últimos ocho años Brasil ha incrementado sus inversiones militares casi en un 500%.
Si bien la economía brasileña ha crecido sustancialmente durante la
última década, la pobreza continúa siendo la principal problemática
social. ¿Por qué entonces destinar estos cuantiosos recursos a
desarrollos militares? Una mirada estratégica a largo plazo, las nuevas
necesidades derivadas del ascenso económico nacional, la defensa de las
riquezas naturales y el posicionamiento brasileño dentro del concierto
geopolítico global son, a grandes rasgos, algunas de las respuestas.
Para comenzar es necesario recordar que
Brasil es un país con una extensa, diversa y rica geografía. Cuenta con
una superficie de 8,5 millones de kilómetros cuadrados y 23.102
kilómetros de fronteras terrestres y marítimas. El país es propietario
de las mayores reservas de agua dulce en todo el mundo, activo de
incalculable valor en un mundo cada vez más sediento. Se estima que en
la actualidad 1.000 millones de personas no tienen acceso al agua
potable y es por esto que la administración del recurso acuífero será,
sin dudas, uno de los grandes asuntos de la política internacional del
siglo XXI. La Amazonia, considerada el pulmón del planeta, es un
elemento de importancia para el equilibrio climático global por su
inmensidad y características de su vegetación. Esta selva de 6 millones
de kilómetros cuadrados se encuentra en un 63% dentro de territorio
brasileño. El petróleo es otro recurso estratégico. Durante años el
desarrollo industrial del país había estado cuestionado por su
dependencia de la importación de combustibles. Tras años de inversión,
la empresa estatal Petrobras ha encontrado importantes reservas
submarinas en la cuenca denominada pre sal, la cual podría abastecer a
cerca del 40% de la demanda petrolífera del país a medio plazo. La
defensa y correcto monitoreo de tan amplia geografía requiere de una
compleja logística la cual se encuentra dentro de la lógica de defensa
nacional y es allí donde las Fuerzas Armadas cumplen un rol de gran
importancia.
Al mismo tiempo, Brasil limita con 10
países a lo largo de 15.735 kilómetros. El incremento de los flujos
migratorios como consecuencia del crecimiento económico y la
problemática del contrabando requieren de una estricta vigilancia. Otro
asunto delicado es el narcotráfico. Perú, Colombia y Bolivia, países que
comparten límites con Brasil, son los tres principales productores de
cocaína del mundo y Brasil es el segundo mayor consumidor mundial (solo
superado por Estados Unidos). La frontera brasileña con estas naciones
es de una accidentada geografía, atravesada por cadenas montañosas,
múltiples ríos y áreas selváticas de difícil acceso. La imperiosa
necesidad de fiscalizar esta permeable frontera es un factor más por el
que el país precisa de unas Fuerzas Armadas a la altura de las
circunstancias.
Es también interesante el modo en
el que el incremento de los gastos de defensa arrastra el beneficio del
derrame hacia el complejo militar e industrial. En el caso brasileño
este fenómeno se ve materializado en el sector aeroespacial donde la
empresa Embraer tiene el papel protagonista. La compañía cuenta con
aeronaves de reconocimiento y vigilancia con tecnología del más alto
nivel. En lo que respecta a transporte militar la empresa está
desarrollado el más ambicioso de sus proyectos. Se trata del Embraer
KC-390, un avión capaz de trasladar 21 toneladas, incluyendo vehículos
blindados. La unidad gozará de prestaciones superiores a la de su
competidor, el Lockheed Martin Super Hércules. Distintos Ejércitos
latinoamericanos e inclusive europeos ya han mostrado su interés por la
mencionada aeronave, quedando así demostrado como la inversión en
tecnología armamentística puede derivar en exportaciones de bienes
industriales de alto valor agregado.
Sin dudas las necesidades de la política
exterior ocupan un lugar principal dentro de la estrategia de desarrollo
militar. Por sus dimensiones geográficas, demográficas y económicas
Brasil es el líder político natural de América del Sur. La supremacía
militar en el ámbito regional es un factor de importancia para la
consolidación de dicho liderazgo. No es casualidad que el Estado
brasileño cuente con el mayor presupuesto de defensa de la región que
triplica al de Colombia, su más inmediato perseguidor. Sucede que cuando
de analiza sus objetivos, Brasilia observa más de cerca los pasos de
otras potencias emergentes del planeta que los movimientos de sus
vecinos. Los 31.576 millones de dólares que destina a su defensa lo
posicionan como el décimo primer país que más invierte en dicho sector
globalmente. El segundo del continente americano (detrás EE UU) y el
sexto del hemisferio occidental. De estos números se desprende que la
mirada de las autoridades brasileñas apunta más hacia el equilibrio de
poder global que hacia la cuestión regional. La vocación es la de ocupar
un espacio de importancia dentro del emergente sistema internacional
multipolar. El asunto del statu quo del Consejo de Seguridad de Naciones
Unidas también se encuentra sobre la mesa. Por ahora la discusión del
actual modelo de cinco miembros permanentes heredado de la Segunda
Guerra Mundial está cerrada. Una eficaz fuerza militar será una cuestión
necesaria, pero no suficiente, para que una futura eventual apertura
del órgano a nuevos integrantes contemple la posibilidad de incluir a
Brasil.
La construcción de submarinos de
propulsión nuclear, en cooperación tecnológica con Francia, ya se
encuentra en marcha. La marina brasileña trabaja en su base de Itaguaí,
ubicada en el estado de Río de Janeiro, desde donde operaran las
unidades. Si bien se trata de un proyecto que no mostrará naves
funcionales hasta después de 2020, demuestra que la visión es de largo
plazo y que la Defensa es una real política de Estado y no la prioridad
de una administración en particular. ¿Para que un submarino de
propulsión nuclear? Los 7.367 kilómetros de costas y la protección de
las riquezas minerales que allí descansan así lo requieren. Por otro la
discusión por la soberanía o la explotación de los recursos en la
Antártida podría abrirse a largo plazo (por el momento cualquier reclamo
se encuentra congelado por el Tratado Antártico). En Itamaraty observan
la cuestión del sexto continente como un asunto regional y no exclusivo
de los países del Cono Sur, principalmente Argentina y Chile, quienes
suelen referirse a la Antártida como un área sobre la cual sus derechos
son los más legítimos.
Por último, y como consecuencia de los
grandes eventos que Brasil albergará en los próximos años, las Fuerzas
Armadas han cumplido una importante función en la escena interno. Río de
Janeiro será sede de los Juegos Olímpicos en 2016. La necesidad de
garantizar la seguridad en un evento de esta magnitud requiere la
utilización de carros blindados de la Marina para dar soporte a las
fuerzas policiales. La recuperación del control estatal en ciertas
favelas, barrios hasta hace poco dominados por grupos de
narcotraficantes, fue posible gracias al apoyo militar.
De todas formas si medimos el presupuesto
de defensa en relación al PIB, Brasil invierte todavía muy poco, solo
el 1,6%. Algunos ejemplos de países equivalentes así lo demuestran.
India destina el 2,5%, Francia el 2,3%, Rusia el 4,4% y China el 2%. En
otras palabras, los gastos brasileños tienen margen de crecimiento lo
que abre un horizonte de posibilidades hacia el futuro. Como sucedió a
lo largo de la historia con distintas potencias, las capacidades
militares de un Estado aumentan junto con su crecimiento económico y sus
necesidades políticas. Dentro de esta lógica, Brasil, no es una
excepción.