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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 04/06/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Câmbio mais alto também penaliza setor aéreo nacional

Erica Ribeiro

O combustível de aviação (QAV) é o principal item nos custos das companhias aéreas brasileiras a sofrer o impacto imediato do câmbio. Como a Petrobras trabalha atrelada à cotação internacional do petróleo, ainda que 85% do QAV seja produzido no Brasil, mudanças no câmbio sempre terão reflexo no preço do querosene. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em média, as despesas com combustível representam 43% dos custos de uma companhia aérea.
Depois do QAV, é a vez do arrendamentos de aviões. Segundo uma fonte próxima das empresas aéreas, mais de 60% das despesas de uma empresa aérea brasileira são cotadas em dólar ou indexadas à moeda americana. Mesmo empresas que usam aviões made in Brazil - caso da Azul - muitas vezes acabam entrando na roda viva do câmbio por conta do financiamento, feito por bancos e empresas de leasing do exterior e tipicamente em dólar.
Ainda segundo a mesma fonte, o impacto do câmbio é sentido também um uma série de serviços adicionais, que vão da compra de peças de reposição das aeronaves até o uso de sistemas de reservas de passagens, passando pelas licenças de muitos softwares específicos, que são pagos também em moeda americana.
Para o professor de Economia do Transporte aéreo da universidade Anhembi-Morumbi, Adalberto Febeliano, manter o real desvalorizado pode ser um meio para manter a competitividade da indústria nacional. Mas é "veneno na veia das empresas aéreas".
No ano passado, as companhias TAM e Gol amargaram perdas expressivas. A TAM fechou 2012 com prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão. No mesmo período, a Gol teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão. A desvalorização do real foi um dos motivos destacados para o mau resultado das empresas.
A situação se repetiu no primeiro trimestre de 2013 e pelos mesmos motivos. A Gol divulgou seu balanço dos três primeiros meses do ano registrando novamente prejuízo líquido de R$ 75,3 milhões. Segundo a Gol, cerca de 55% dos custos da companhia são diretamente atrelados a moeda americana. Entre eles, combustível, arrendamento de aeronaves, seguro da frota e manutenção de aeronaves.
Na avaliação de um executivo do setor, sempre que o governo define-se por uma política de câmbio desvalorizado deveria preparar políticas compensatórias para os setores que, por motivos estruturais, dependem do dólar ou de outras moedas estrangeiras.

Dilma anuncia reforço no combate ao crime organizado nas fronteiras

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (3) que o governo federal pretende reforçar a parceria com estados e municípios no combate ao crime organizado. Segundo ela, cada estado vai receber um escâner móvel e, para os que estão em região de fronteira, serão entregues dois aparelhos. "Esses aparelhos são escâneres moderníssimos, que localizam drogas e armas escondidas nos caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria dos veículos", explicou.
De acordo com Dilma, o governo federal vai repassar R$ 30 milhões aos estados fronteiriços para a instalação de câmeras de vigilância. "Essas câmeras serão instaladas em 60 municípios. E os estados vão montar também sistemas de transmissão e de monitoramento dessas imagens", ressaltou.
No programa semanal Café com a Presidenta, ela fez um balanço do Plano Estratégico de Fronteiras – em particular, da Operação Ágata 7, que mobiliza 33,5 mil militares das Forças Armadas e mais 1,1 mil pessoas. Nos primeiros dias da operação, segundo Dilma, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, o que levou à apreensão de mais de 6 toneladas de drogas e 8 mil quilos de explosivos.
"Protegendo nossas fronteiras, ajudamos a aumentar a segurança da nossa própria população e a dos grandes eventos que se aproximam: a Copa das Confederações, agora em junho, e a Jornada Mundial da Juventude Católica, no mês que vem, quando vamos receber a visita do papa Francisco."
A presidenta lembrou que a Operação Ágata conta ainda com o apoio de quatro veículos aéreos não tripulados (Vants), em uma ação conjunta da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal. A parceria, segundo ela, deve se repetir nas ações de segurança dos grandes eventos que se paroximam. "Quando a gente aumenta a capacidade das polícias civis e militares de fiscalizar as estradas estaduais, fechamos ainda mais o cerco contra o crime."
Ao final do programa, Dilma fez uma homenagem aos militares brasileiros mortos ontem (2) em um acidente rodoviário quando voltavam de uma missão da Operação Ágata no Chuí (RS). “Quero me solidarizar com as famílias desses militares, com os seus companheiros e com o Exército Brasileiro. Quero também fazer votos para que os feridos no acidente tenham a mais rápida recuperação."

Estados Unidos estão otimistas sobre escolha do Brasil pelos caças americanos

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Brasília - O encarregado de assuntos políticos-militares do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tom Kelly, disse hoje (3) que o governo americano está otimista quanto à escolha do Brasil pelo modelo de caça fabricado naquele país a fim de equipar a Força Aérea Brasileira (FAB). O Brasil também avalia propostas de caças da França e da Suécia.
“Temos confiança que temos a melhor oferta com o melhor preço e a melhor tecnologia. O governo brasileiro está dentro de um processo interno muito detalhado e respeitamos isso, mas esperamos que possamos convencer às autoridades a fazer uma parceria importante com a gente”, disse.
Segundo Kelly, a questão da obrigatoriedade de transferência de tecnologia para a Força Aérea Brasileira já está superada e os líderes do Congresso americano já se comprometeram em aprovar a questão, caso o Brasil opte pelo modelo americano. “Temos demonstrado que vamos transferir toda a tecnologia relevante que a FAB precisa”, garantiu.
Ele disse ainda que pretende debater com autoridades brasileiras a possibilidade de uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos para treinar novas equipes e desenvolver um currículo em conjunto a fim de aproveitar a experiência brasileira na formação de forças de manutenção da paz. “O Brasil tem muita influência, especialmente na África, e tem a capacidade de expandir o número de países que podemos ajudar. Temos muitas necessidades na África”, disse.
O representante do governo americano declarou que os Estados Unidos podem colaborar com o Brasil na área de segurança, se for necessário, para os grandes eventos como Copa do Mundo e as Olimpíadas, e ressaltou a capacidade brasileira de fazer eventos “maravilhosos”. “Temos muita confiança na capacidade do Brasil”.

Avião solar começa terceira etapa de sua travessia americana

ImagemO avião Solar Impulse, primeira e única aeronave movida por energia solar, decolou do Texas (sul dos EUA) para pousar no Missouri (centro), onde usará um "revolucionário" hangar inflável que substituirá um dos que foram danificados pelos tornados que castigaram esta região do país.
"Para proteger a aeronave na aterrissagem, o Solar Impulse decolará uma revolucionária estrutura inflável pela primeira vez", explicaram os dois criadores do projeto, os pilotos Bertrand Piccard e André Borschberg.
O aparelho experimental, comandado por Piccard, saiu de Dallas às 04h06 locais (06h06 de Brasília) e aterrissará em Saint Louis na primeira hora da quinta-feira.
A terceira etapa, das cinco previstas por seus criadores para atravessar todo o território de Estados Unidos, começou na semana passada na Califórnia.
O objetivo é promover a tecnologia deste avião que depende de 12.000 células fotovoltaicas para produzir eletricidade suficiente como para carregar sua bateria de lítio de 400 quilos, necessária para alimentar os motores elétricos a hélice de 10 cavalos de força, tanto de dia quanto de noite.
Depois de deixar Missouri, a aeronave se dirigirá ao aeroporto Dulles, perto da capital Washington, em meados de junho, e finalmente, chegará no aeroporto Kennedy de Nova York em julho.A parada em St. Louis "é muito importante e simbólica" para os organizadores da travessia, pois é uma forma de prestar homenagem ao pioneiro da aviação Charles Lindbergh e seu "Spirit of St. Louis", o primeiro avião que voou de Nova York a Paris sem escalas. Espera-se que o trecho entre Texas e Missouri seja o mais longo feito por Piccard até agora com a aeronave.
A unidade permanecerá entre uma semana e dez dias em cada parada, onde o público poderá ver o avião e fazer perguntas aos pilotos e outros participantes do projeto.mO Solar Impulse, projeto iniciado há dez anos, fez seu primeiro voo em junho de 2009. Em 2010, o avião solar voou 26 horas ininterruptas para demonstrar sua capacidade de acumular energia suficiente durante o dia para continuar voando à noite. Um ano depois, a aeronave fez o primeiro voo internacional entre Bélgica e França e em junho de 2012, a primeira viagem transcontinental de 2.500 km entre Madri (Espanha) e Rabat (Marrocos) em 20 horas.
O aeroplano é particularmente sensível a turbulências e não tem espaço para passageiros, mas Piccard insistiu em que estas questões não são contratempos, mas desafios para o futuro. Piccard e Borschberg preveem dar a volta ao mundo em 2015 com uma versão melhorada deste dispositivo.

Definição para o 'puxadinho'

Paulo Henrique Lobato

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deve anunciar hoje o nome da empresa ou consórcio que irá construir o terminal provisório no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande Belo Horizonte, com capacidade para receber 3,9 milhões de passageiros por ano. O plano da estatal é concluir a obra antes da Copa do Mundo, que será realizada em junho e julho de 2014. A tarefa, porém, não é nada fácil. Apelidado de puxadinho, o empreendimento já teve três licitações fracassadas, sendo a última deserta.
Nas duas primeiras, os valores pleiteados pelas empresas superaram a cifra máxima prevista pela Infraero. Enquanto a empresa pública pretendia desembolsar o máximo de R$ 42 milhões, a iniciativa privada apresentou conta mínima de R$ 79 milhões. Na última, porém, não houve nenhum interessado. Resultado: o ministro-chefe da Secretaria de aviação Civil (SAC), Moreira Franco, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, decidiram que a contratação da empresa seria feita por vias diretas.
Em outras palavras, o governo convida empresas a oferecer propostas e dispensa a licitação, com base na Lei 8.666/93, que permite essa estratégia em caso de sucessivas licitações fracassadas ou desertas. A Infraero não revelou as empresas convidadas, como forma de evitar especulações de que o certame teria cartas marcadas. Nas últimas tentativas de licitação, oito construtoras haviam demonstrado interesse no puxadinho.
Dessas, o Estado de Minas conseguiu contatar quatro. A gerência administrativa e financeira da Construtora Brasil informou não ter considerado a proposta interessante. A Encalso comunicou que ainda não decidiu se irá participar da concorrência. A Cowan também não se decidiu. A Construcap preferiu o silêncio. Representantes das demais – Marquise, Normatel, Equipamentos e MPE Montagens – não foram localizados pela reportagem.

Giro pelo Mundo

ARMAS

63 países assinam tratado de comércio

Em 2 de abril, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que congrega 193 nações, aprovou por esmagadora maioria o Tratado de Comércio de Armas das Nações Unidas, cujo objetivo é manter as armas fora do alcance de criminosos e violadores dos direitos humanos. Ontem, delegados de 62 países se reuniram na sede da ONU, em Nova York, e assinaram o tratado para regular o comércio mundial de armas convencionais, que movimenta US$ 70 bilhões no mundo. A previsão é de que outros três países assinem o documento nos próximos dias. O Tratado de Comércio de Armas pretende estabelecer normas para todas as transferências internacionais de armas convencionais, além de estabelecer requisitos de cumprimento obrigatório pelos Estados para revisão de contratos de armas transfronteiras, de modo a garantir que elas não sejam usadas em violações de direitos humanos, terrorismo, violações da legislação humanitária ou crime organizado.

EUA continuam no lobby para vender caças ao Brasil

Mesmo sem nenhum incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam no lobby para tentar vender os caças F18 Super Hornet

Lisandra Paraguassu
do ESTADÂO conteúdo

Brasília - Mesmo sem nenhum incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam no lobby para tentar vender os caças F18 Super Hornet. Em visita ao Brasil, o encarregado de assuntos político-militares do Departamento de Estado americano, Tom Kelly, revelou nesta sgeunda-feira que tema entrará na pauta das conversas que terá nestas terça, 4, e quarta-feira, 5, em Brasília.
"O governo brasileiro está em um processo interno muito detalhado e respeitamos isso. Mas esperamos poder conversas com as autoridades que irão nos receber sobre esse assunto. Temos confiança de que nossa oferta tem o melhor preço, a melhor tecnologia e pode trazer o milhares de empregos ao Brasil", afirmou.
O tema é recorrente em todas as visitas ao Brasil de funcionários graduados do governo americano e também de parlamentares. Kelly reforçou que a maior restrição do governo brasileiro aos caças da Boeing, a dificuldade americana em fazer transferência de tecnologia militar, estaria superado.
"Apresentamos cartas dos líderes democratas e republicanos no Congresso garantindo que a transferência seria aprovada. Isso é raro de acontecer, mas entendeu-se que era um caso importante", afirmou.
As garantias americanas, no entanto, não influenciaram o andamento do projeto, parado há dois anos. Em seu primeiro ano de governo, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a compra, avaliada em US$ 1 bilhão, estava suspensa até segunda ordem por causa da crise econômica.
A compra dos caças, quase decidida em 2010, foi deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que sua sucessora tomasse a decisão final - a simpatia inicial de Lula era pela compra dos caças franceses Rafale. Dilma, ao contrário, teria simpatia pelo projeto americano, mas cobra a transferência de tecnologia.

Decisão sobre compra de caça não interfere na relação com Brasil, afirma EUA

Flávia Foreque

A discussão sobre a compra de caças para a Força Aérea Brasileira não vai impactar na relação com os Estados Unidos, um dos países na disputa pela aquisição bilionária.
A afirmação é de Tom Kelly, encarregado de assuntos político militares do Departamento de Estado norte-americano, de passagem por Brasília para participar do "diálogo de cooperação em Defesa" com os EUA. "A relação [entre Brasil e EUA] é excelente", disse nesta segunda-feira (3).
O caça F-18 Super Hornet da Boeing tem como concorrentes o francês Rafale e o sueco Gripen NG. "Temos confiança de que temos a melhor oferta, o melhor preço e tecnologia", disse Kelly em conversa com jornalistas. Segundo ele, a compra "provavelmente" será discutida durante agenda de atividades em Brasília --a plataforma de diálogo entre os dois países tem como objetivo identificar oportunidades de colaboração no campo da segurança.
Ele disse ainda que o debate sobre transferência de tecnologia dos EUA para o Brasil na compra, essencial nessa aquisição, "está resolvido". "Todos em Washington entendem que esse é um caso importante. Da nossa perspectiva, [essa questão] está resolvida, porque estamos mostrando que vamos transferir toda tecnologia relevante para a FAB", afirmou.
Kelly disse que os Estados Unidos têm interesse em conhecer melhor a atuação do Brasil em forças de paz, a exemplo do que vem sendo realizado no Haiti. "A demanda não está diminuindo, infelizmente", ponderou.
GRANDES EVENTOS
O americano ainda elogiou o Brasil diante da proximidade de grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Para os EUA, o país será capaz de receber, com segurança, torcedores de todas as partes do mundo.
"Não temos nenhuma preocupação sobre a capacidade brasileira [em sediar os jogos]. Temos muita confiança no Brasil", afirmou.

Índios aguardam avião da FAB para desocupar Belo Monte

Kátia Brasil

Os índios que ocupam o canteiro da obra de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA), aguardam um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para desocupar o local.
A invasão ao canteiro entrou no oitavo dia nesta segunda-feira (3).
A aeronave da FAB deve pousar em Altamira (a 50 km do canteiro) e transportar de 140 a 200 índios, sendo a maioria da etnia mundurucu, para uma reunião com ministros na terça-feira (4), em Brasília.
O transporte dos índios à capital federal foi uma proposta da Secretaria-Geral da Presidência da República para a desocupação pacífica da obra. Os índios ameaçavam atear fogo nos escritórios e nas instalações do canteiro Belo Monte, onde trabalham 7.000 operários.
Os índios exigiam a presença do ministro Gilberto Carvalho em Belo Monte para negociar um a um os itens da pauta de reivindicações. Desde 2011, a etnia não aceita estudos para construção de hidrelétricas nos rios Teles Pires e Tapajós, entre os Estados de Mato Grosso e Pará --última fronteira de rica biodiversidade e minérios da região.
NEGOCIAÇÃO
A nova invasão de Belo Monte começou no dia 27. O ministro Carvalho não aceitou negociar sem a desocupação da obra. O Planalto enviou ao canteiro Nilton Tubino, coordenador-geral de Movimentos do Campo e Territórios da Secretaria-Geral.
Ele assumiu o compromisso de levar os índios para Brasília em avião da FAB. Em troca, os índios desbloquearam as saídas da obra e desistiram de incendiar as instalações. Desde sábado, a construção da hidrelétrica retornou ao normal.
Em entrevista, Tubino afirmou que o processo de negociação com os índios foi positivo. "Não precisou cumprir a ação de reintegração de posse, que previa o uso de força policial. A preocupação nossa agora é conseguir uma aeronave da FAB para levá-los a Brasília", afirmou.
ENCONTRO COM MINISTROS
A pedido dos índios, a reunião com os ministro Gilberto Carvalho, Edison Lobão (Energia) e José Eduardo Cardozo (Justiça) será acompanhada pelos advogados da etnia, de representantes do Ministério Público Federal do Pará e da ABA (Associação Brasileira de Antropologia).
Até a manhã de terça-feira (4), os índios permanecerão alojados em dois escritórios do canteiro Belo Monte, em Vitória do Xingu. Depois, serão transportados em ônibus para o aeroporto de Altamira.
Um dos líderes do protesto, Cândido Munduruku afirmou à Folha que o grupo que que vai viajar inclui mulheres, crianças e adolescentes.
"Somos mais de 200 pessoas. Vamos para Brasília discutir nossa pauta: paralisação das obras, demarcação das terras e impunidade na morte do Adenilson Munduruku", disse. O índio Adenilson morreu num conflito com policiais federais durante uma operação de combate à extração ilegal de outro na aldeia Teles Pires, em 2012.
A viagem dos índios a Brasília foi criticada neste domingo pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que apoia o protesto dos índios mundurucu.
"Essa viagem é uma grande intransigência do governo, que não parou um minuto para avaliar os erros que têm feito como as mortes dos índios", afirmou Antônia Melo, coordenadora do movimento.

Conversa com a presidente

Mensagem da Presidente Dilma sobre o Plano Estratégico de Fronteiras

O Brasil está realizando há duas semanas sua maior mobilização militar desde a segunda guerra mundial, com o objetivo de combater a criminalidade nos quase 17 mil km de nossas fronteiras. Trata-se da Operação Ágata 7, coordenada pelo Ministério da Defesa com as Forças Armadas, e que faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, que lançamos há dois anos para prevenir e reprimir a ação de criminosos nas fronteiras brasileiras, especialmente o ingresso de drogas e armas. Outra operação completa o Plano Estratégico de Fronteiras: a Operação Sentinela, que é permanente, dura o ano inteiro, e é coordenada pelo Ministério da Justiça com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública. A Operação Ágata está mobilizando 33.500 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e outras 1.100 pessoas, entre as quais, policiais federais, policiais rodoviários federais, homens da Força Nacional de Segurança, e agentes da Receita Federal e do Ibama, além de policiais civis e militares de todos os estados da fronteira. Nestes primeiros dias, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, e isso levou à apreensão de mais de seis toneladas de drogas e 8 mil quilos de explosivos, que poderiam ir para as mãos de criminosos em nossas cidades se não tivessem sido apreendidos ainda na fronteira do Brasil. O sucesso de todo o Plano Estratégico de Fronteiras também depende do uso de tecnologia. Na Operação Ágata 7 estão sendo usados ao mesmo tempo quatro Veículos Aéreos Não Tripulados, os Vants, em uma operação conjunta da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal, que vão repetir essa parceria bem sucedida nas ações de segurança da Copa das Confederações e durante a visita do Papa Francisco. Outro exemplo de uso da tecnologia vem da Polícia Rodoviária Federal, que, na Operação Sentinela, utiliza cinco aparelhos móveis. Esses aparelhos são scanners moderníssimos, que localizam drogas e armas escondidas nos caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria dos veículos. Até o ano que vem nós vamos entregar um scanner móvel para cada estado de nosso país. E os estados da fronteira vão receber dois desses scanners.
A segurança pública é uma responsabilidade dos estados, prevista na Constituição, mas, o governo federal tem o dever de participar e ajudar esse processo. O governo federal não pode se omitir. E fazemos isso cuidando das nossas fronteiras por meio desse Plano Estratégico. Essa é uma das mais importantes contribuições do governo federal para fortalecer a segurança do nosso país. E o nosso objetivo é estreitar cada vez mais a parceria com estados e municípios.


Aeroporto projeta as obras para Copa de 14

TRANSPORTES Para o Aeroporto Internacional do Recife, Infraero prioriza a requalificação da pista de decolagem. Licitação será realizada ainda este mês

Rosália Vasconcelos

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) divulgou, ontem, os investimentos em curso e a previsão de entrega de quatro obras realizadas com recursos próprios do Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes, para a Copa do Mundo no País, em 2014. A principal delas, e mais onerosa, é a requalificação do trecho central da pista de pouso e decolagem, orçada no valor de R$ 8,037 milhões. O projeto entrará em licitação no próximo dia 12 e as obras devem ter início em setembro para entrega em 2014. O superintendente da Infraero no Nordeste, Fernando Nicácio, informou, no entanto, que ainda não tem previsão do mês em que essa obra será entregue, mas acredita que não deve ficar pronta até o Mundial.
"Haverá momentos em que os serviços da pista principal ficarão suspensos, como nos meses de alta estação, quando o fluxo de voos domésticos e internacionais é alto. Nos outros períodos, os serviços acontecerão durante a noite e, ao final de cada manhã, o trecho reestruturado deverá estar pronto e em plenas condições de funcionamento", explica Nicácio. Outro serviço importante, com vistas para a Copa do Mundo, é a reforma completa e a ampliação dos sanitários, cujo projeto foi licitado ontem pela manhã. O valor estimado é de R$ 4,8 milhões, com previsão de entrega em maio de 2014. "Vamos priorizar os banheiros de embarque e desembarque, pois eles receberão um retrofit completo, desde o layout até os utensílios", destaca o superintendente.
O aeroporto também vai receber dois novos elevadores, cuja aquisição e instalação está orçada em R$ 2,280 milhões.
A obra já foi licitada e tem previsão de entrega em fevereiro de 2014. O outro investimento em curso, segundo Nicácio, é a instalação de brises horizontais para redução do calor, nas faces 02 e 05 dos conectores.
O contrato, em execução, está estimado em R$ 1,7 milhão e deve ficar pronto em dezembro deste ano.
TORRE
A novela sobre a construção da nova torre de controle do aeroporto ainda deve render. Após realizar duas licitações (abril e outubro de 2012), sem interessados, a responsabilidade da contratação da empresa que fará a obra está nas mãos do Comando da Aeronáutica, através do Departamento de Controle do Tráfego Aéreo. Em entrevistas anteriores ao JC, o superintendente da Infraero no Nordeste afirmou que o início da construção da nova torre de controle deveria ser em janeiro de 2012. Até agora, o projeto não saiu do papel.

Tarifa máxima de conexão será de R$ 7

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) definiu regras para a cobrança de tarifas de conexão de voos domésticos e internacionais. O preço máximo a ser cobrado será R$ 7 por passageiro em aeroportos com classificação de primeira categoria (segundo a movimentação e a infraestrutura). O valor é pago pelas empresas áreas.
De acordo com a tabela publicada ontem no Diário Oficial da União, a quantia máxima a ser cobrada varia de acordo com a categoria dos aeroportos e terá o mesmo valor para voos domésticos e internacionais. A medida não altera a tarifa de embarque, paga pelo consumidor, e entra em vigor em 45 dias.
Aeroportos classificados como de segunda categoria terão uma tarifa máxima de R$ 5,50. Para os de terceira categoria, o valor a ser cobrado será de, no máximo, R$ 4,50, e os de quarta categoria, R$ 3.
Segundo a resolução da Anac, as empresas não precisam pagar a taxa referente a passageiros de aeronaves em voo de retorno, por motivos de ordem técnica ou meteorológica ou, ainda, em caso de acidente, por ocasião do reembarque, passageiros com idade inferior a dois anos, inspetores de aviação civil, quando no exercício de suas funções, passageiros convidados do governo brasileiro.
A Anac informa, ainda, que as tarifas não se aplicam aos aeroportos públicos que estejam sob condições tarifárias específicas definidas em ato de autorização ou contrato de concessão.

Exército apreende nove toneladas de maconha no Sul

No Brasil, ação nas fronteiras confiscou oito toneladas de explosivos

Cláudia Rodrigues Barbosa

A Operação Ágata 7, realizada pelo Exército brasileiro em toda a extensão de 16,8 mil quilômetros da fronteira nacional, apreendeu nove toneladas de maconha na Área de Operações Sul (faixa de fronteira dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) desde o dia 18 de maio. No País, já foram confiscadas oito toneladas de explosivos. No período, foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações. 
A Operação Ágata 7 teve início por causa da segurança exigida para a Copa das Confederações, que acontece neste mês. A ação integra o Plano Estratégico de Fronteira, cujo objetivo é inibir o tráfico e outros crimes na fronteira brasileira. O trabalho é feito de forma coordenada entre as Forças Armadas, a Polícia Federal, a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal.
No Estado, o comandante da Área de Operações Sul, general Carlos Bolivar Goellner, apresentou ontem os resultados parciais da ação na fronteira Sul do País. Conforme ele, após duas semanas de atividades, foram apreendidos 376 m3 de material de contrabando, nove toneladas de maconha e 381 kg de drogas (cocaína, crack e haxixe), 55 armas, 9.864 m de explosivos do tipo cordel detonante, 855 kg de explosivos, 58 mil pacotes de cigarro, US$ 270 mil em espécie, R$ 9 mil em espécie, 231 kg de agrotóxicos e 80 toneladas de pescado. Foram revistadas quase duas mil pessoas (20 foram detidas), 796 embarcações foram vistoriadas e/ou notificadas, e inspecionados 171 mil veículos – desses, 150 foram apreendidos.
Concomitantemente a essas atividades, as Forças Armadas desenvolveram diversas Ações Cívico-Sociais (Aciso). “Até o momento, foram realizados dez mil atendimentos médicos, 3,8 mil odontológicos e 1,2 mil veterinários, além de 62 reparos de estradas e 290 de instalações públicas e 1,2 mil emissões de documentos. Também foram distribuídos 23 mil medicamentos. Com isso, a operação atinge os objetivos de reduzir os índices de criminalidade e promover o bem-estar à população carente”, avalia Bolivar.
A ação em caráter ostensivo termina na sexta-feira. Esta é a maior mobilização das Forças Armadas desde a Segunda Guerra Mundial. Na operação, estão envolvidos 25 mil militares e dez mil civis de órgãos como a Polícia Federal, espalhados do Oiapoque, no Amapá, ao Chuí, no Sul do Estado.
General duvida da hipótese de pneu furado
O comandante da Área de Operações Sul, general Carlos Bolivar Goellner, comentou o acidente que matou dois integrantes da Operação Ágata 7 no domingo, na região Sul do Estado, na BR-471, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Para Bolivar, não há ainda motivos para creditar o ocorrido ao fato de um pneu da viatura do tipo Marruá ter furado, como apontado pela Polícia Rodoviária Federal.
“Esse veículo era novo. O acidente foi em uma estrada reta com pouco movimento. Abrimos inquérito policial e também poderemos contar com o trabalho da perícia para averiguar a causa do acidente”, explicou. A previsão do general é de que em um mês as investigações devam apresentar alguma conclusão.
Dos sete feridos, dois foram sepultados ontem, em São Leopoldo. Em Rio Grande, no hospital, dois oficiais ainda estão em estado grave e dois em observação. Três militares já tiveram alta.

Operação Ágata apreende 855 kg de explosivos nas fronteiras do Sul

Balanço de duas semanas foi apresentado nesta segunda (3) no RS. Exército entende como 'significativo' resultado da faixa de RS, SC e PR.

Após duas semanas, foi apresentado nesta segunda-feira (3) o balanço da Operação Ágata na faixa de fronteira dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os resultados, segundo o Exército, "são significativos". Durante o período, foram apreendidos 855 Kg de explosivos, 9.864 metros de cordel detonante de explosivos, e 55 armas.

Também foram apreendidos em duas semanas 376,35 mᶾ de material de contrabando e descaminho, mais de nove toneladas de maconha, 381 Kg de drogas (cocaína, crack e haxixe), 58.682 pacotes de cigarro, U$ 270 mil em espécie, R$ 9 mil em espécie, 231 Kg de agrotóxicos e 80 toneladas de pescado. O Exército ainda informou que foram revistadas nos três estados mais de 1,9 mil pessoas e 20 foram detidas. Foram vistoriadas e/ou notificadas 796 embarcações e inspecionados 171.092 veículos/motos, sendo 150 desses apreendidos.
A mobilização das tropas das Forças Armadas ocorre em toda a extensão das fronteiras terrestres brasileiras. Na Área de Operações Sul, o Comando Militar do Sul tem o apoio do Comando do 5º Distrito Naval, do 5º Comando Aéreo Regional e de integrantes do Ministério da Defesa. A operação conta com o auxílio de cerca de 600 agentes dos órgãos de Segurança Pública, federais e estaduais, da Receita Federal e de agências governamentais, como o Ibama e a ABIN, entre outros. Na fronteira da Região Sul, com aproximadamente 2,4 mil km, desde Guaíra-PR até o Chuí-RS, as Forças Armadas empregam 12 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Atendimentos médicos

Com o apoio do Ministério da Saúde e de algumas prefeituras municipais, os militares e agentes desenvolveram ações de atendimento médico, odontológico e outras atividades beneficentes à população carente. Em duas semanas foram realizados 10.240 atendimentos médicos, 3.875 atendimentos odontológicos, 24.393 procedimentos na área de prevenção da saúde, 1.232 atendimentos veterinários, 62 manutenções e reparos de estradas, 290 manutenções e reparos de instalações públicas e 1.252 emissões de documentos. Foram distribuídos 23.654 medicamentos e realizadas atividades de lazer e cultura para mais de 50 mil pessoas da área de operações.

Jato executivo com inspiração militar atinge 1.212 km/h

S-1 também está sendo projetado para lidar com decolagem e pouso em pistas muito curtas

A empresa americana Saker construiu um avião executivo com inspiração militar que quase atinge a barreira da velocidade de propagação do som, de 1.234 km/h, de acordo com informações do site Gizmag. O avião Saker S-1, jato com dois lugares, pode atingir a velocidade de 1.212km/h.
O S-1 também está sendo projetado para lidar com decolagem e pouso em pistas muito curtas e subir a uma velocidade de 4.267 metros por minuto. Segundo a Saker, a aeronave terá um alcance máximo de 2.575 km e capacidade de 1,8 mil litros de combustível. No entanto, dois galões externos com capacidade para 380 litros cada podem ser adicionados para aumentar o alcance do jato para 3.540 km.
A empresa Gulfstream havia mostrado durante a 12ª Mostra e Convenção de Aviação Executiva Europeia (Ebace), em maio, na Genebra (Suíça), o jato executivo G550, que também atinge altas velocidades - até 954 km/h.

Dilma chega a Natal para entrega de equipamentos

O pouso da aeronave que traz a comitiva da presidente Dilma Rousseff na Base da Aeronáutica em Natal, ocorreu por volta das 11h20 de hoje (3), com mais de meia hora de atraso. A previsão era que a aeronave vinda de Brasília pousasse às 10:50 em solo potiguar.

Enquanto a aeronave não pousava, um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoou o espaço aéreo nas proximidades do Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, até que o avião com a comitiva presidencial apareceu na cabeceira da pista do aeroporto e pousou na pista de pouso da Base Aérea de Natal
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A Polícia Rodoviária Federal com o auxílio do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) paralisou o trânsito de veículos à altura de Emaús, para dar passagem à comitiva presidencial que segue rumo ao Centro Administrativo de Lagoa Nova.

Em cerimônia, a presidente Dilma entregou 250 máquinas, sendo 149 motoniveladoras e 101 retroescavadeiras, beneficiando 149 municípios potiguares.
O presidente da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, disse em discurso que a expectativa é de que o Rio Grande do Norte receba investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão do governo federal.
Também em discurso, Benes Leocádio, presidente da Federação dos Municípios do RN (Femurn), pediu à presidente Dilma Rousseff que ajudasse os municípios que precisam de ajuda. Discursaram ainda o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Dilma veio à capital potiguar para entrega de máquinas para conservação contínua das estradas vicinais (sem asfalto) e para construção de reservatórios de água em 149 municípios do estado.
A cerimônia ocorre no pátio do Centro Administrativo e entregou equipamentos adquiridos com recursos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Ela deve também anunciar obras públicas, como a construção do viaduto sobre a BR-101 para acesso à avenida Maria Lacerda Montenegro. 

Sala vigia as fronteiras do Sul

Instalado no QG de comando militar, na Capital, centro de operações coordenará ação das Forças Armadas nos três Estados

Um centro de operações das Forças Armadas, montado no Centro Histórico de Porto Alegre, comandará a segurança da fronteira nos Estados do sul do Brasil durante grandes eventos, como a Copa do Mundo 2014. Testada exaustivamente durante as duas últimas semanas, a estrutura é coordenada pelo Ministério da Defesa, em Brasília, que delega a operação ao Comando Militar do Sul (CMS).
A Operação Ágata 7 (leia o texto ao lado), que se encerra na próxima sexta-feira, serviu de principal experiência até agora para o centro de controle instalado no QG do CMS, comandado pelo general do Exército Carlos Bolivar Goellner. A ação, que ocorre em todo Brasil, conta com quase metade do efetivo na Região Sul por ter fronteiras mais povoadas.
A fim de facilitar o fluxo de informações entre as forças de segurança, a estrutura integra militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, agentes de órgãos da segurança pública federais e estaduais, como as polícias Federal, Militar, Civil e rodoviária além de representantes das agências governamentais, como a Agência Brasileira de Investigação e Agência Nacional de Aviação Civil.
Conforme o secretário-executivo da Comissão Estadual de Segurança e Defesa para Grandes Eventos, coronel da Brigada Militar Erlo Pietroski, a sala de comando das Forças Armadas irá somar-se ao Centro Integrado de Comando e Controle (Cicc), que reúne as forças estaduais da Segurança Pública, e o Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic), que coordena agentes municipais de trânsito, proporcionando um comando mais inteligente:
– Essa integração está nos proporcionando conhecer profissionais de alta qualidade tanto das Forças Armadas quanto da Segurança Pública, além de termos contato com equipamentos e nos entrosarmos. Isso faz com que a União gaste menos, com um investimento mais inteligente e eficaz.
A divisão das tarefas entre os centros de comandos é bem clara: o CMS cuidará do espaço aéreo, fronteiras, área naval, defesa cibernética e estruturas críticas, como gasodutos, hidrelétricas e outros serviços vitais, disponibilizando material e pessoal para auxiliar as forças de segurança. O Cicc atuará na segurança de estádios, fronteiras, pontos turísticos, principais rotas de turistas e rede hoteleira. O Ceic ficará responsável pela mobilidade urbana na Capital e ações relacionadas à defesa civil.
Militares montam esquema para Jornada da Juventude
A principal preocupação do coronel Pietroski e do general Bolivar é a fronteira seca entre o Brasil e os vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo Pietroski, o esquema montado serve a eventos que aparentemente não repercutiriam no Estado, como a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, em julho, e contará com a presença do papa Francisco:
Juntos, cuidaremos da fronteira na Jornada da Juventude. Segundo dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), é esperado um fluxo de três meses de veraneio em três dias, todo rumo ao Rio de Janeiro.

GLOBO ECOLOGIA

Força Aérea Brasileira adota a energia solar em base na Amazônia

Sistema híbrido garante o funcionamento de equipamentos em Surucucu

Quando a tecnologia trabalha em prol da sustentabilidade, os resultados são sempre positivos. Foi partindo dessa premissa, que a Força Aérea Brasileira (FAB) colocou em prática um projeto de geração de energia híbrida, utilizando painéis solares e grupo de geradores a diesel, instalado na base de Surucucu, no noroeste do estado de Roraima. A iniciativa, implementada em 2012, faz parte de um esquema tecnológico adotado pela FAB para garantir, com menor custo, esforço logístico e impacto ambiental, o controle e a defesa aérea na região amazônica. Devido às características do local, o primeiro desafio foi o Imagemde vencer as distâncias continentais e o isolamento extremo para a instalação de equipamentos de navegação aérea que precisam funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.
Em apenas seis meses de funcionamento, o projeto, que teve investimento total de R$ 998 mil, se pagou e reduziu em 65% a queima de óleo para a geração de eletricidade. Conforme destaca o Tenente-Coronel Engenheiro Dalmo José Braga Paim, Chefe da Divisão Técnica do quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 4), é importante utilizar novas tecnologias para propiciar a navegação aérea na Amazônia (por onde passam pelo seu espaço aéreo cerca de 300 voos diários, em cinco rotas internacionais), mas sem causar nenhum tipo de malefício ao ecossistema da região. “A função da estação de Surucucu é a de manter as comunicações entre o Centro de Controle de Área, localizado em Manaus, e as aeronaves que cruzam as aerovias da região de Surucucu”, explica o Tenente-Coronel Paim.
Para garantir o funcionamento dos sistemas de comunicação VHF, UHF e satelital (Telesat) instalados em Surucucu, a FAB utilizava no local, primeiramente, uma matriz termelétrica baseada na queima de óleo diesel com três grupos geradores. Entretanto, a poluição causada pelo consumo excessivo de combustível fóssil, incluindo problemas de logística, como os altos custos de manutenção das máquinas e peças, além das dificuldades de transporte periódico do diesel (exigindo aproximadamente oito horas mensais de voo), fizeram com que a FAB buscasse uma solução alternativa de geração de energia elétrica. O desafio era manter 100% de operação dos equipamentos de maneira sustentável e com o menor impacto ambiental possível.

Diante desse cenário, estudos feitos por técnicos do Cindacta 4 avaliaram os recursos energéticos disponíveis na região, apontando que o aproveitamento da energia solar seria a opção mais limpa e barata a ser utilizada. “Esse projeto, além de melhorar a qualidade da energia fornecida aos equipamentos e sistemas instalados em uma região de difícil acesso, reduz a queima de óleo diesel utilizado pelos geradores e de querosene de aviação utilizado pelas aeronaves que prestam o transporte de insumos e técnicos para manutenção desses sistemas”, enfatiza o militar.
Embora em Surucucu a insolação não se apresente como uma das melhores do país, o emprego da energia solar, de forma híbrida com o diesel, se mostrou eficaz, levando em consideração que a captação da energia do sol não precisa, necessariamente, da luz para operar, gerando eletricidade também em dias nublados, que são frequentes na região.
ImagemAntes, com a utilização exclusiva de grupos geradores, eram consumidos cinco mil litros de óleo por mês, exigindo, ainda, a visita técnica mensal para manutenções corretivas e preventivas dos equipamentos. Conforme destaca Paim, com adoção da energia solar, são consumidos hoje 1,5 mil litros de óleo/mês, sendo necessária somente uma visita preventiva por semestre, já que os equipamentos passaram também a ser monitorados de forma remota.
Os painéis solares produzem até 20kw de potência, capazes de sustentar, de forma autônoma, o funcionamento da base de Surucucu por até 15 horas diárias. O sistema de absorção de energia solar é composto por 144 placas fotovoltaicas, incluindo um banco de 48 baterias que alimentam a carga da estação, com vida útil estimada de 20 anos. Toda a estação pesa cerca de 20 toneladas, e foi montada em quatro meses, ocupando uma área aproximada de 200 metros quadrados. Ainda fazendo parte do projeto, foram também implementados seis postes com luminárias LED, que são alimentadas por painéis solares e baterias de armazenamento independentes, garantindo a iluminação externa da base de forma inteiramente autônoma.
Paim explica que para cobrir uma área próxima a 60% do território nacional, é preciso a instalação de equipamentos nas áreas mais isoladas da regiões da Amazônia. No caso do sistema híbrido, devido à qualidade e à confiabilidade do fornecimento de energia gerada por ele, a exemplo de Surucucu, a iniciativa tem sido estudada em outros destacamentos, como é o caso de Carauari (AM), Tiriós (PA) e Porto Trombetas (PA). “Em 2013, já devemos lançar no mercado o edital para a aquisição da estação de Tiriós, que terá uma capacidade de prover cinco vezes mais energia que a de Surucucu”, prevê Paim.

CRUZEIRO DO SUL (SOROCABA-SP)

Aberto inquérito para investigar queda de avião

Foi instaurado ontem o inquérito policial que vai investigar as circunstâncias e possíveis responsabilidades da queda de um avião em rua do Jardim São Guilherme, a três quilômetros do Aeroporto de Sorocaba, no dia 29 de maio. O delegado titular do 8º Distrito Policial, Maurício José Orfali, presidirá os trabalhos para apurar o acidente em que morreram o piloto e co-piloto, além de ter incendiado duas residências na rua Belmiro Moreira Soares.

Ele prevê que os primeiros depoimentos das testemunhas sejam colhidos nesta semana, em datas que ainda seriam agendadas. O delegado declarou que aguarda a conclusão do trabalho pericial feito pelo Instituto de Criminalística. "O objetivo da perícia é investigar o motivo da queda, se houve falha humana ou do equipamento", declarou Orfali.
O inquérito tem o prazo legal para ser concluído em 30 dias, porém poderá ser prorrogado pelo tempo que houver necessidade. O delegado lembrou que a Aeronáutica não participará do trabalho da perícia porque o avião é experimental e não homologado. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) esclarece que uma aeronave experimental é um veículo aéreo não certificado pela Anac porque deixa de cumprir com os requisitos-padrão de aeronavegabilidade.

O TEMPO (MG)

Brasil poderá usar Veículos Aéreos Não Tripulados na Copa das Confederações 

Uso das aeronaves integra o plano de defesa do espaço aéreo estabelecido pelo governo federal
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal (PF) poderão fazer uso dos Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) durante a realização de dois jogos da Copa das Confederações, que será realizada neste mês no Brasil. O emprego desses equipamentos se daria na abertura da competição, em Brasília (DF), e no encerramento, no Rio de Janeiro, no âmbito do plano de defesa do espaço aéreo estabelecido pelo governo federal.
A entrada das aeronaves por controle remoto foi apresentada ao ministro da Defesa, Celso Amorim, na última semana, quando ele visitou a base montada em São Miguel do Iguaçu (PR), na tríplice fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai. Trata-se do desdobramento dos resultados obtidos com o emprego desses equipamentos na Operação Ágata 7, iniciada no dia 18, com o objetivo de combater os crimes transfronteiriços.
“Isso mostra que trabalhamos com as duas vertentes de forma harmônica e integrada”, avaliou o ministro. A decisão sobre o emprego dos Vants será tomada nos próximos dias.
O plano apresentado consiste em deslocar parte dos equipamentos para a Base da Marinha, em São Pedro da Aldeia, no estado do Rio, e outra parte para Brasília. No caso específico da capital fluminense, as aeronaves poderiam servir para o acompanhamento de autoridades e o espaço aéreo no local.
Entorpecentes
Os Vants auxiliaram na localização de 3,5 toneladas de maconha nessa região da fronteira Sul. A droga apreendida pelas forças militares e policiais já vinha sendo monitorada a partir do levantamento de informações de inteligência.
O repasse dos pontos principais de localização do entorpecente permitiu o planejamento da ação. Posteriormente, as câmeras desses aviões registraram as embarcações transitando pelo Lago de Itaipu. Em terra, a PF foi mobilizada até o local onde o barco estava atracado.

JORNAL AGORA (MS)

Forças Armadas serão chamadas para pacificar conflitos indígenas em MS

Em reunião extraordinária na manhã desta segunda (3), no auditório da Acrissul, lideranças da classe rural de MS decidiram elaborar uma nota com um pedido de intervenção federal, por meio das Forças Armadas, visando a manutenção da paz nas propriedades rurais no Estado através da ocupação das áreas invadidas.
A sugestão foi colocada em pauta pelo presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – Famasul, Eduardo Riedel e aprovada por unanimidade entre os presentes. “Estamos vivendo um estado de sítio e desordem, precisamos de uma solução imediata. Não existe mais a possibilidade de acordo depois do que aconteceu no domingo. Estão usando estratégias de guerrilha”, afirmou ele, referindo-se ao descumprimento da trégua estabelecida em reunião com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ no último sábado (1). Segundo Riedel, o que acontece em MS é uma situação de desobediência civil, onde o Estado Democrático de Direito não é vigente.
Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul, Francisco Maia, esse problema pode ser resolvido desde que haja união e organização dos produtores, “aliado à estratégias conjuntas à bancada federal, onde a classe política tem se mostrada muito solidária à causa”, disse. Reforçando o ponto de Maia, estava presente na reunião o deputado estadual Luiz Henrique Mandetta, que demonstrou o total apoio aos produtores. “Somos vítimas de um descaso total aqui no Estado. O governo é cínico, covarde e discriminatório com os brasileiros que moram em Mato Grosso do Sul”, desabafou. O político aumentou o coro para o pedido de intervenção, fazendo referência à pacificação das favelas cariocas, onde “foi preciso a utilização das Três Armas durante as operações, por que aqui é diferente?”, indagou.
A antropóloga Roseli Ruiz contou que em conversas com lideranças indígenas já estabelecidas pacificamente em terras demarcadas, foi afirmado pelos próprios que o Conselho Missionário Indigenista – Cimi está incitando os conflitos no Estado através de ameaças aos índios para que invadam outras propriedades, baseados em laudos fraudulentos elaborados pela Funai e outros órgãos. “Infelizmente é uma ala da igreja católica que insufla esses embates”, lamentou Roseli.
Ricardo Bacha teve a sede de sua propriedade destruída durante operação de reintegração de posse na última semana, onde o indígena terena Oziel Gabriel foi morto e um policial ficou ferido. O proprietário afirmou que o que está sendo discutido não é mais a demarcação das terras indígenas e sim a ampliação delas e da maneira que está sendo feito, à força. Sua esposa, Jucimara Bacha falou emocionada que “não podemos tomar ações pessoais durante a invasão, temos que aceitar que perdemos a terra. Nos resta agora fazer um movimento maior, mais estruturado e unido, que ajude a todos”. Ela finalizou dizendo que muitos dos índios que estão envolvidos nesses conflitos são tão vítimas quanto os produtores.

MDZ ONLINE (MENDOZA-ARGENTINA)

Así Brasil se constituye en la próxima potencia militar

Un informe de Esglobal.org da cuenta de las capacidades militares de un Estado, que aumentan junto con su crecimiento económico.
ImagemCómo Brasil se transforma en una potencia militar, además de desarrollar sus potencialidades económicas, es el objetivo de este artículo que reproducimos a continuación, de autoría de Santiago Pérez, de Esglobal.org:
Durante los últimos ocho años Brasil ha incrementado sus inversiones militares casi en un 500%. Si bien la economía brasileña ha crecido sustancialmente durante la última década, la pobreza continúa siendo la principal problemática social. ¿Por qué entonces destinar estos cuantiosos recursos a desarrollos militares? Una mirada estratégica a largo plazo, las nuevas necesidades derivadas del ascenso económico nacional, la defensa de las riquezas naturales y el posicionamiento brasileño dentro del concierto geopolítico global son, a grandes rasgos, algunas de las respuestas.
Para comenzar es necesario recordar que Brasil es un país con una extensa, diversa y rica geografía. Cuenta con una superficie de 8,5 millones de kilómetros cuadrados y 23.102 kilómetros de fronteras terrestres y marítimas. El país es propietario de las mayores reservas de agua dulce en todo el mundo, activo de incalculable valor en un mundo cada vez más sediento. Se estima que en la actualidad 1.000 millones de personas no tienen acceso al agua potable y es por esto que la administración del recurso acuífero será, sin dudas, uno de los grandes asuntos de la política internacional del siglo XXI. La Amazonia, considerada el pulmón del planeta, es un elemento de importancia para el equilibrio climático global por su inmensidad y características de su vegetación. Esta selva de 6 millones de kilómetros cuadrados se encuentra en un 63% dentro de territorio brasileño. El petróleo es otro recurso estratégico. Durante años el desarrollo industrial del país había estado cuestionado por su dependencia de la importación de combustibles. Tras años de inversión, la empresa estatal Petrobras ha encontrado importantes reservas submarinas en la cuenca denominada pre sal, la cual podría abastecer a cerca del 40% de la demanda petrolífera del país a medio plazo. La defensa y correcto monitoreo de tan amplia geografía requiere de una compleja logística la cual se encuentra dentro de la lógica de defensa nacional y es allí donde las Fuerzas Armadas cumplen un rol de gran importancia.
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Al mismo tiempo, Brasil limita con 10 países a lo largo de 15.735 kilómetros. El incremento de los flujos migratorios como consecuencia del crecimiento económico y la problemática del contrabando requieren de una estricta vigilancia. Otro asunto delicado es el narcotráfico. Perú, Colombia y Bolivia, países que comparten límites con Brasil, son los tres principales productores de cocaína del mundo y Brasil es el segundo mayor consumidor mundial (solo superado por Estados Unidos). La frontera brasileña con estas naciones es de una accidentada geografía, atravesada por cadenas montañosas, múltiples ríos y áreas selváticas de difícil acceso. La imperiosa necesidad de fiscalizar esta permeable frontera es un factor más por el que el país precisa de unas Fuerzas Armadas a la altura de las circunstancias.
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Es también interesante el modo en el que el incremento de los gastos de defensa arrastra el beneficio del derrame hacia el complejo militar e industrial. En el caso brasileño este fenómeno se ve materializado en el sector aeroespacial donde la empresa Embraer tiene el papel protagonista. La compañía cuenta con aeronaves de reconocimiento y vigilancia con tecnología del más alto nivel. En lo que respecta a transporte militar la empresa está desarrollado el más ambicioso de sus proyectos. Se trata del Embraer KC-390, un avión capaz de trasladar 21 toneladas, incluyendo vehículos blindados. La unidad gozará de prestaciones superiores a la de su competidor, el Lockheed Martin Super Hércules. Distintos Ejércitos latinoamericanos e inclusive europeos ya han mostrado su interés por la mencionada aeronave, quedando así demostrado como la inversión en tecnología armamentística puede derivar en exportaciones de bienes industriales de alto valor agregado.
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Sin dudas las necesidades de la política exterior ocupan un lugar principal dentro de la estrategia de desarrollo militar. Por sus dimensiones geográficas, demográficas y económicas Brasil es el líder político natural de América del Sur. La supremacía militar en el ámbito regional es un factor de importancia para la consolidación de dicho liderazgo. No es casualidad que el Estado brasileño cuente con el mayor presupuesto de defensa de la región que triplica al de Colombia, su más inmediato perseguidor. Sucede que cuando de analiza sus objetivos, Brasilia observa más de cerca los pasos de otras potencias emergentes del planeta que los movimientos de sus vecinos. Los 31.576 millones de dólares que destina a su defensa lo posicionan como el décimo primer país que más invierte en dicho sector globalmente. El segundo del continente americano (detrás EE UU) y el sexto del hemisferio occidental. De estos números se desprende que la mirada de las autoridades brasileñas apunta más hacia el equilibrio de poder global que hacia la cuestión regional. La vocación es la de ocupar un espacio de importancia dentro del emergente sistema internacional multipolar. El asunto del statu quo del Consejo de Seguridad de Naciones Unidas también se encuentra sobre la mesa. Por ahora la discusión del actual modelo de cinco miembros permanentes heredado de la Segunda Guerra Mundial está cerrada. Una eficaz fuerza militar será una cuestión necesaria, pero no suficiente, para que una futura eventual apertura del órgano a nuevos integrantes contemple la posibilidad de incluir a Brasil.
La construcción de submarinos de propulsión nuclear, en cooperación tecnológica con Francia, ya se encuentra en marcha. La marina brasileña trabaja en su base de Itaguaí, ubicada en el estado de Río de Janeiro, desde donde operaran las unidades. Si bien se trata de un proyecto que no mostrará naves funcionales hasta después de 2020, demuestra que la visión es de largo plazo y que la Defensa es una real política de Estado y no la prioridad de una administración en particular. ¿Para que un submarino de propulsión nuclear? Los 7.367 kilómetros de costas y la protección de las riquezas minerales que allí descansan así lo requieren. Por otro la discusión por la soberanía o la explotación de los recursos en la Antártida podría abrirse a largo plazo (por el momento cualquier reclamo se encuentra congelado por el Tratado Antártico). En Itamaraty observan la cuestión del sexto continente como un asunto regional y no exclusivo de los países del Cono Sur, principalmente Argentina y Chile, quienes suelen referirse a la Antártida como un área sobre la cual sus derechos son los más legítimos.
Por último, y como consecuencia de los grandes eventos que Brasil albergará en los próximos años, las Fuerzas Armadas han cumplido una importante función en la escena interno. Río de Janeiro será sede de los Juegos Olímpicos en 2016. La necesidad de garantizar la seguridad en un evento de esta magnitud requiere la utilización de carros blindados de la Marina para dar soporte a las fuerzas policiales. La recuperación del control estatal en ciertas favelas, barrios hasta hace poco dominados por grupos de narcotraficantes, fue posible gracias al apoyo militar.
De todas formas si medimos el presupuesto de defensa en relación al PIB, Brasil invierte todavía muy poco, solo el 1,6%. Algunos ejemplos de países equivalentes así lo demuestran. India destina el 2,5%, Francia el 2,3%, Rusia el 4,4% y China el 2%. En otras palabras, los gastos brasileños tienen margen de crecimiento lo que abre un horizonte de posibilidades hacia el futuro. Como sucedió a lo largo de la historia con distintas potencias, las capacidades militares de un Estado aumentan junto con su crecimiento económico y sus necesidades políticas. Dentro de esta lógica, Brasil, no es una excepción.










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