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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/05/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Defesa aérea : Pesquisa e inovação terão R$ 2,9 bi

A inovação tecnológica nos setores aeroespacial e aeronáutico, de defesa e de segurança pública ganhou reforço de R$ 2,9 bilhões com o edital do plano Inova Aerodefesa. Lançado pela Agência Brasileira da Inovação (Finep), o plano tema finalidade de apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação nas empresas brasileiras da área. Do total, R$ 500 milhões serão do BNDES e R$ 2,4 bilhões da Finep.


Governo lança plano de R$ 2,9 bi para os setores de defesa e aeroespacial

Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

Brasília – A inovação tecnológica nos setores aeroespacial e aeronáutico; de defesa e de segurança pública ganhou reforço de R$ 2,9 bilhões com o edital do plano Inova Aerodefesa. Lançado pela Agência Brasileira da Inovação (Finep), o plano tem a finalidade de apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação nas empresas brasileiras da área.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entrará com R$ 500 milhões e a Finep com R$ 2,4 bilhões. O Ministério da Defesa e a Agência Espacial Brasileira participarão com aquisição estratégica.
Podem participar do processo de seleção empresas brasileiras e/ou grupo econômico brasileiro com receita operacional bruta igual ou superior a R$ 16 milhões ou patrimônio líquido igual ou superior a R$ 4 milhões no último exercício.
O edital faz parte do Inova Empresa, lançado em março pelo governo federal e que prevê a articulação de diferentes ministérios e apoio por meio de crédito e financiamento, em um total de R$ 32,9 bilhões em 2013 e 2014.


Vítimas depõem na Comissão da Verdade

MARYNA LACERDA

Começa hoje a fase de depoimentos de vítimas e testemunhas da ditadura pela Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira da Universidade de Brasília (UnB). Assim como a Comissão Nacional da Verdade (CNV), a da UnB remonta ao período militar, mas o foco são as perseguições e os abusos sofridos por alunos, professores e funcionários da instituição. O grupo de trabalho também deve se dedicar aos casos de desaparecimento, como o do estudante de geologia Honestino Guimarães, e de mortes em circunstâncias obscuras, por exemplo, a de Anísio Teixeira (leia quadro).
O primeiro a contar a sua versão é o ex-reitor Antonio Ibañez, nesta terça-feira, às 14h30, no Auditório da Reitoria. Sessões com o ex-reitor Cristovam Buarque e mais oito integrantes da comunidade acadêmica estão previstas até junho. Os relatos serão feitos em audiências públicas.
Para isso, serão convocados ex-funcionários, professores, estudantes, familiares de vítimas, advogados dos perseguidos políticos e suspeitos de colaboração com o regime, segundo a coordenadora de Redação e Sistematização da comissão, Simone Rodrigues Pinto. “Nós queremos ouvir todos, tanto quem foi perseguido e torturado quanto quem pode ter tido participação nas atrocidades daqueles tempos. Nós vamos fazer tudo de forma pública para que a sociedade se mobilize”, revelou.
Iniciada em agosto de 2012, a comissão deve seguir até janeiro de 2014. Até lá, bem mais do que os 10 primeiros depoentes relembrarão as ações empreendidas no Câmpus Darcy Ribeiro (leia Memória). “Os relatos dessa fase abrirão caminho para relacionarmos outras pessoas”, contou Simone. “Costuma-se pensar que a repressão foi intensa em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas aqui também foi dramática. A UnB, em especial, foi profundamente atingida.”
Uma parceria com a CNV prevê a troca de informações e a investigação de casos como o do estudante de geologia Honestino Guimarães, desaparecido, à época, com 26 anos. “Nós queremos complementar aquilo que a comissão não conseguir apurar”, esclareceu Simone.
O sobrinho de Honestino, Mateus Guimarães, 24 anos, tem esperança de que a comissão da UnB preencha algumas lacunas em relação ao destino do tio. “São muitas: Quais foram as circunstâncias do seu sequestro em 10 de outubro de 1973? Por quantos dias ele foi torturado? Quantos dias o mantiveram em cárcere? Como ele reagiu à tortura? Que palavras pronunciou? Quem dava as ordens e quem as executava? Qual é a data da morte? O que foi feito com o seu corpo?”, enumerou Mateus.
Para os familiares do educador Anísio Teixeira, entender as circunstâncias da queda no fosso do prédio do amigo Aurélio Buarque de Hollanda, em 1971, no Rio de Janeiro. “É fundamental esclarecer tudo o que aconteceu naquela época”, avaliou a filha de Anísio Teixeira e presidente da fundação que leva o nome do pai, Anna Christina Teixeira.
Personagens da história

Honestino Guimarães
Honestino Monteiro Guimarães nasceu em 28 de março de 1974, em Itaberaí (GO). Em 1960, a família se mudou para Brasília, onde iniciou a militância política por meio da Ação Popular. Em 1965, passou em primeiro lugar no vestibular da UnB para geologia. Integrou o Diretório Central de Estudantes, instância batizada com o nome dele após o desaparecimento. Em 1968, acabou preso e desligado da UnB. Em 10 de outubro de 1973, já na clandestinidade, foi novamente preso e nunca mais visto. Em 1996, foi declarado morto.

Anísio Teixeira
Anísio Spínola Teixeira nasceu em 12 de julho de 1900, em Caetité (BA). Jurista e educador, foi responsável por reformas educacionais na Bahia e no Rio de Janeiro, por meio da Escola Nova. Os princípios dela previam o desenvolvimento do raciocínio por meio da capacidade de julgamento e não de memorização. Nos anos 1950, dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep) e, em 1961, idealizou a UnB com Darcy Ribeiro. Em 1971, foi encontrado morto no fosso do elevador do prédio de Aurélio Buarque de Hollanda. Não houve investigação.

Memória
9/4/1964
A primeira invasão à UnB aconteceu nove dias após o golpe militar. Tropas do Exército e policiais chegaram em 14 ônibus e três ambulâncias preparados para o confronto. Doze professores foram detidos para interrogatório e diversos estudantes revistados em busca de armas e material de propaganda subversiva. Anísio Teixeira, reitor, e Almir de Castro, vice, acabaram demitidos.
11/10/1965
A segunda invasão ocorreu como forma de encerrar as manifestações de alunos e professores contra a demissão dos docentes Ernani Maria de Fiori, Edna Soter de Oliveira e Roberto Décio de Las Casas. Após a invasão, 15 profissionais foram demitidos, o que provocou vários desligamentos por parte dos educadores: 223 dos 305 assinaram a demissão.
29/8/1968
A terceira e mais violenta invasão do Câmpus Darcy Ribeiro tentou suspender os protestos contra o assassinato do estudante secundarista do Rio de Janeiro Edson Luis de Lima Souto. Pelo menos 3 mil alunos se concentraram na praça entre a Faculdade de Educação e a quadra de basquete. O resultado foi o decreto da prisão de sete universitários, entre eles, Honestino Guimarães. Ao todo, 60 foram presas, e o estudante Waldemar Alves acabou baleado na cabeça.
6/6/1977
A quarta invasão serviu para encerrar a greve de estudantes e professores, que protestavam contra as agressões sofridas ao longo dos anos.

Voo de baixo risco

AMANDA MAIA

Há três anos, as comemorações do aniversário de Brasília ficaram mais coloridas. O Festival Nacional de Balonismo ocorre na semana do 21 de abril e atrai olhares para o céu da capital. Na última edição, o evento durou quatro dias e reuniu 19 pilotos de diferentes locais do Brasil para uma série de  provas.
O brasiliense não ficou de fora da festa. Além de apreciar os balões no ar, o público pôde sobrevoar a cidade.
Apesar de ganhar mais destaque no mês de abril, quando ocupa a Esplanada dos Ministérios, o balonismo é praticado durante todo o ano em pontos distintos do Distrito Federal e em cidades próximas. A Equipe Balonismo em Brasília é uma das empresas credenciadas para a atividade na região. O grupo promove voos turísticos e campanhas publicitárias e participa de campeonatos e festivais desde 2010.
Cada balão de ar tem capacidade para 10 passageiros e o interessado tem de desembolsar entre R$ 390 e R$ 500. Quanto maior o grupo, mais barato o passeio. Por ser um esporte aéreo, é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quem regula o setor. Condutores e empresas têm de estar credenciadas para a prática. Enrico Dias, piloto da ByBrazil há quatro anos, compara o balão a uma aeronave. "Para tirar o brevê (certificado), fazemos uma média de 25 voos, a prova teórica da Anac e um exame de capacidade física, que é renovado a cada dois anos. E o equipamento tem documento", alerta.
Segundo Vinícius Gomes, da equipe Balonismo em Brasília, a capital, por ser plana, é ideal para a modalidade. Apesar do acidente ocorrido na Capadócia, ele garante que a atividade não oferece riscos. "As estatísticas indicam que o voo de balão é mais seguro do que andar de carro, e as organizações internacionais de segurança aérea indicam o esporte como sendo o mais seguro dos esportes aéreos”, afirma. O piloto destaca que nunca presenciou passageiros passarem mal durante o passeio.
Em caso de emergência, é possível pousar em menos de três minutos. Uma equipe em terra precisa acompanhar o trajeto e estar disponível para prestar assistência. São cobrados de passageiros crianças e adolescentes autorização e presença dos pais, e a atividade não é recomendável para menores de 6 anos.


Confins no fim da fila para os passageiros

Para usuários, terminal é o pior do país entre os de médio porte, com capacidade de 5 mi a 15 mi de pessoas por ano. Alimentação cara e estacionamento estão entre os problemas

Pedro Rocha Franco

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, é o pior terminal do país na categoria médio porte (entre 5 milhões e 15 milhões de passageiros por ano) na avaliação dos usuários. Estudo feito pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) coloca o principal terminal mineiro atrás dos de Campinas, Rio de Janeiro (Santos Dumont), Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Curitiba, com média de 3,61 pontos nos 41 quesitos analisados. O aeroporto fica abaixo da média nacional em 33 dos pontos avaliados.
Durante o levantamento, feito entre janeiro e março, foram ouvidos 21.216 passageiros nas salas de embarque de voos domésticos e internacionais de 15 aeroportos do país localizados nas 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014. Entre outros, foram avaliados aspectos, como acesso ao aeroporto; check-in; emigração; inspeção de segurança; imigração; aduana, instalação aeroportuária e ambiente do aeroporto (veja a lista completa acima). Os passageiros tiveram que dar nota de 1 a 5 para cada quesito.
No topo das piores notas: o custo de alimentação, do estacionamento e dos estabelecimentos comerciais. Os três quesitos estão entre as cinco notas que Confins obteve pontuação abaixo de três. As outras referem-se a internet e wi-fi e a sala VIP. O diretor de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil, Paulo Henrique Possas, no entanto, afirma que os valores são equivalentes aos de outros terminais internacionais. "Custo é igual em qualquer lugar do mundo. É um calcanhar de aquiles", afirma Possas, que se diz mais preocupado com a qualidade da internet, limpeza dos banheiros e velocidade de restituição de bagagens e cita que as máquinas de lanches e os restaurantes populares devem aliviar a impressão.
Pela primeira vez em um voo de avião, a faturista Ângela Maria discorda do entendimento. Ao chegar ao aeroporto, os preços a assustaram, assim como ao colega de trabalho Vander Fonseca – ele já mais acostumado. O assunto era comentado entre os dois, que, de Itaúna, no Centro-Oeste de Minas, tinham almoçado quatro horas antes, mas, apesar da vontade de comer algo que desse mais sustento, preferiram ficar somente no suco de laranja com pão de queijo. A conta: R$ 18. "A opção teve relação com o preço. Seria justo pagar metade. Até porque o produto nem tem boa qualidade", critica ele.
Os dados devem ser apurados mensalmente e consolidados a cada três meses até o fim do ano – tempo de duração do contrato com a empresa de consultoria responsável pela pesquisa, que pode ser estendida para os próximos anos. A ideia é que as notas sirvam de parâmetro para que os gestores dos terminais possam identificar quais pontos precisam ser melhorados rapidamente e quais podem ser mantidos no atual nível, segundo a opinião dos passageiros. "O que antes era sensação agora é mostrado em dados", afirma Possas.
Na sexta-feira passada, em uma reunião em Brasília estiveram presentes representantes de todos os aeroportos para apresentação da pesquisa e explicados os métodos aplicados. A SAC mantém em sigilo a metodologia, se restringindo a dizer que é internacional e que a média 3,81 dos aeroportos pesquisados está acima da média internacional e, segundo o diretor de Gestão Aeroportuária da SAC, "longe de ser ruim". Apesar da avaliação, de imediato, a ordem foi somente para que cada unidade melhore seu desempenho, sem ser feita comparação entre os terminais. Mas a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaer) deve criar metas para exigir melhorias.
BOM PARA UNS. Apesar de a nota média dos aeroportos ser apenas razoável, a avaliação dos resultados feita pelas empresas aéreas é de que as atividades desempenhadas pelas companhias tiveram notas satisfatórias. Em comunicado da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, afirma que as empresas tem aprimorado os procedimentos de check-in, oferecendo alternativas ao atendimento presencial, como o autoatendimento pela internet, podendo ser usados para isso computadores, tablets e smartphones e os totens nos aeroportos. "Ficamos muito satisfeitos com esse resultado. As companhias áreas brasileiras têm investido fortemente na melhoria dos serviços aos passageiros nos aeroportos. Pela velocidade de expansão que o mercado brasileiro experimentou nos últimos anos, com a democratização do acesso ao transporte aéreo, as maiores dificuldades ficaram no atendimento em terra", afirma Sanovicz.
Se, por um lado, as companhias se dizem satisfeitas e a Secretaria de Aviação Civil afirma que os terminais brasileiros estão acima da média mundial, nos aeroportos os passageiros têm na ponta da língua quais pontos precisam ser melhorados. O engenheiro curitibano Rodrigo Longo usa com frequência o aeroporto de Confins e lista pontos que precisam de mudanças: acesso, alimentação (preço e maior número de opções, limpeza dos banheiros, disponibilidade de balcões de check-in, estacionamento e demora na restituição das malas. "O espaço disponível é bom, mas muito mal aproveitado. Pelo porte, teria que sofrer mudanças radicais", diz ele, que, perguntado se seria possível comparar Confins com os internacionais que ele conhece (Paris, Atlanta e Washington), é rápido em dizer: "Seria humilhante!".


EUA avisam Brasil de troca de embaixador

Thomas Shannon já comunicou que "em breve" será formalizado o pedido ao Brasil de aprovação de seu sucessor

LUCIANA COELHO

Diplomata se esforçou pessoalmente pelo aumento e facilitação dos vistos americanos para brasileiros
O governo dos Estados Unidos comunicou ontem ao Brasil que trocará seu embaixador em Brasília ainda neste ano, provavelmente antes da visita de Estado (categoria diplomática mais alta concedida a governantes estrangeiros) que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington, em outubro. 
A mudança está dentro do cronograma normal de trocas de titulares.
O atual embaixador, Thomas Shannon, já comunicou ao chanceler Antonio Patriota que "em breve" será formalizado o pedido de "agrément" (aprovação) para o seu sucessor. Não deu nomes nem uma data específica.
Shannon e Patriota conversaram em paralelo ao encontro oficial que o chanceler brasileiro teve ontem com o secretário de Estado, John Kerry, em Washington, exatamente quando foi confirmada a viagem de Dilma ao país no segundo semestre.
Diplomata de carreira, com mestrado e doutorado em Ciência Política pela universidade de Oxford, Thomas Shannon, 55, foi confirmado como embaixador em Brasília na véspera do Natal de 2009 e chegou ao país no início do ano seguinte.
Seu nome muito bem recebido pelas autoridades e pela diplomacia brasileira.
Casado com uma guatemalteca, Shannon já servira em Brasília entre 1989 e 1992, como assessor especial do então embaixador, e fala português fluentemente.
Além disso, ele foi secretário de Estado adjunto para o Hemisfério Ocidental --uma função chave para o Brasil-- entre 2005 e 2009.
Sua escolha para Brasília foi considerada uma deferência e um "upgrade" para o cargo.
No seu período em Brasília, Shannon recepcionou o presidente Barack Obama e a então secretária de Estado Hillary Clinton, que esteve no país mais de uma vez. Ele se esforçou pessoalmente pelo aumento, facilitação e desburocratização dos vistos dos Estados Unidos para viajantes brasileiros, conseguiu a abertura de consulados em Porto Alegre e Belo Horizonte e prevê a emissão de um milhão de vistos no país neste ano.
Também no período Shannon aprofundaram-se acordos entre Brasil e EUA, sobretudo em três áreas, educação, defesa e segurança, inclusive com vistas à Copa do Mundo e à Olimpíada.
O fecho de ouro de Shannon no Brasil, porém, não está confirmado e é apenas uma expectativa: a de que a presidente Dilma Rousseff aproveite sua visita a Obama para anunciar a opção brasileira pelos caças F-18 da norte-americana Boeing para a renovação das aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira).
O processo de escolha dura mais de dez anos, já está no seu terceiro governo no Brasil (FHC, Lula e agora Dilma) e, nesta segunda fase, tem três finalistas. Além do caça da Boeing, disputam ainda o Rafale da França e o Gripen NG da Suécia.


Comando do Exército sabia de torturas, diz professora

Sobrinha de primo de comandante militar de SP em 1975 revela que ele foi ao DOI-Codi para impedir que ela fosse torturada

Roldão Arruda

Em outubro de 1975, o então comandante do 2º Exército, general Ednardo D"Ávila Mello, visitou a sede do DOI-Codi, em São Paulo, e impediu que a sobrinha de um primo dele, a professora Sarita D"Ávila Mello, militante do PCB, fosse torturada.
Ontem, ao relatar esse episódio perante a Comissão Municipal da Verdade, na Câmara de Vereadores, Sarita disse que a presença do general no local -apontado como um dos principais centro de tortura de presos políticos no período da ditadura - seria mais uma prova de que o Alto Comando das Forças Armadas sabia das violações de direitos humanos cometidas por seus subordinados.
Ao mesmo tempo, porém, na avaliação dela, a ida do general ao DOI-Codi, para ver pessoalmente a sobrinha, atendendo ao pedido de seu primo, indica que ele não confiava totalmente no cumprimento de suas ordens. "Ele não confiava na máquina da repressão. Podia ter apenas dado uma ordem. Não precisava ir lá para ver uma menina de 23 anos.”
Sarita foi solta no dia 24 de outubro de 1975. No dia seguinte o jornalista Vladimir Herzog, também militante do PCB, foi morto no mesmo local. Passados pouco mais de dois meses, em 17 de janeiro de 1976, o mesmo grupo repressivo matou o operário Manoel Fiel Filho. No mesmo dia, 0 presidente Ernesto Geisel afastou Ednardo do comando do 2º Exército. O general morreu em 1984.
Perus. A Comissão da Verdade de São Paulo ouviu ontem, na Assembleia Legislativa, a procuradora Eugenia Augusta Gonzaga, do Ministério Público Federal Ela criticou o descaso do governo em relação à identificação de vítimas da ditadura sepultadas 110 Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. Segundo ela, faltam verbas e interesse. “O governo não se mexe”, afirmou. No mesmo encontro, o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse que as dificuldades de identificação se devem em grande parte à ausência de grupos de antropologia, e arqueologia forense. “E uma lacuna no Estado de Direito brasileiro”, afirmou.


Dirigível é a nova aposta da Engevix

Fábio Pupo

Diante do que se passou a chamar de "caos logístico" no Brasil, duas companhias brasileiras ligadas à infraestrutura buscaram uma invenção do século passado como alternativa moderna para o transporte de cargas: o dirigível.
O projeto começou a ser desenvolvido discretamente em uma unidade industrial em São Carlos (SP), próxima a centros de tecnologia e que abriga duas universidades de renome em engenharia. O projeto apareceu na lista de beneficiados com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2012 e receberá, ao todo, R$ 102,7 milhões da instituição.
O montante será usado pela fábrica recém-criada no desenvolvimento de um protótipo de dirigível movido a gás hélio que possa transportar 30 toneladas de carga. O veículo terá 12 metros de comprimento e velocidade de até 65 quilômetros por hora. No futuro, no entanto, a intenção é que a capacidade do veículo chegue a 200 toneladas e se transforme em um modal de relevância para o país para transportar diferentes tipo de cargas - inclusive commodities - e até pessoas.
"É um projeto ousado", diz Gerson de Mello Almada, sócio-diretor da Engevix, ao Valor. "Para não usar outras palavras", completa em tom de brincadeira. Ligado à construção pesada, o grupo - que já possui participação em concessões de rodovias, aeroportos e hidrelétricas - tem 50% das ações da recém-criada Airship do Brasil, que vai desenvolver o veículo. A outra sócia, também com 50%, é a Transportes Bertolini - de serviços de logística. Além do financiamento, as empresas estão investindo outros R$ 20 milhões, aproximadamente, de maneira direta.
Embora no início a conversa possa despertar risos, pelas características inusitadas, aos poucos vai ganhando um tom mais sério. Além do transporte de cargas, está em desenvolvimento uma família de dirigíveis para fins militares. O plano é oferecer os veículos - em conjunto com softwares - para defesa e segurança de eventos como os Jogos Olímpicos no Rio. Outro objetivo: servir de fornecedora para contratos do segmento de defesa da Engevix para as Forças Armadas. Os pequenos aeróstatos (veículos mais leves que o ar) lembram o funcionamento dos vants (veículos aéreos não tripulados), que têm diferentes aplicações - inclusive militares. No Brasil, os dirigíveis da Airship serão desenvolvidos em no máximo um ano, segundo os planos da empresa.
A empresa defende que as vantagens do dirigível em relação a outros veículos - como helicópteros - está em ser livre de ruídos, ter pouca vibração e boa visibilidade. Além disso, diz a companhia, o dirigível sofre baixa interferência eletromagnética. Isso facilita o uso em missões de busca e salvamento, vigilância aérea, e apoio em situações de calamidade pública.
Nos Estados Unidos, está em curso projeto semelhante. Um dirigível, desenvolvido pela empresa privada Aeros, recebeu financiamento equivalente a R$ 70 milhões da Nasa, agência espacial, e das Forças Armadas do país com o objetivo de, no futuro, transportar até tanques e tropas em guerras. A ideia é que a capacidade do veículo possa chegar a 500 toneladas.
Aqui, o projeto da Airship também tem origens militares - já que se concretizou após pedido do Exército, em 1997, que buscava solução logística para o abastecimento de tropas afastadas, principalmente na Amazônia. Cinco empresas foram convidadas a participar, mas apenas a Engevix e a Bertolini continuaram.
Almada diz que o projeto em curso é viável e que há, inclusive, concorrentes estudando o assunto no país. "Por isso nem queríamos divulgar [a Airship] agora." O plano dos empresários é que o retorno sobre os investimentos realizados ocorra em no máximo sete anos, aplicando o serviço também em abastecimento de plataformas, fornecimento de peças para hidrelétricas de difícil acesso e para linhas de transmissão de energia.
Paulo Fleury, professor e diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), acredita que o dirigível pode ser uma solução interessante para país, principalmente para lugares afastados e para transporte de produtos de baixo valor agregado - como frutas e madeira. "Dirigível funciona e tem operação barata. Não vejo dificuldades técnicas", diz.
Fleury diz que há potencial para que o dirigível se torne relevante na matriz de transportes. "Poderia se tornar algo que não é simplesmente marginal, mas de real importância." Ele pondera que deve haver testes para que o "novo" modal saia, de fato, do papel.


Infraero promete mais uma obra

Estatal assegura que primeira parte da ampliação do terminal 1 de passageiros estará pronta em um ano e a segunda, em 2016

A primeira fase da ampliação do terminal 1 de passageiros do aeroporto Salgado Filho, o mais atrasado compromisso da Infraero para a Copa do Mundo, conseguiu ultrapassar uma etapa. Em passagem ontem pela Capital, o diretor de obras de engenharia da estatal, Jaime Henrique Caldas Parreira, revelou ter sido finalizado o projeto do empreendimento que vai elevar a capacidade de 13,1 milhões de usuários por ano para 18,9 milhões até maio de 2014.
– Estávamos com alguma dificuldade para concluir o projeto, mas acabamos. Com isso, atingimos a nossa meta. Esta é a última grande obra da Infraero para a Copa a ser contratada – diz Parreira.
A próxima etapa será lançar o edital para a contratação da obra, o que é previsto para ocorrer entre os dias 19 e 25 de junho. A intenção é iniciar a execução em setembro. O investimento estimado não é revelado porque a licitação será pelas regras do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modalidade mais rápida em relação à concorrência convencional. A segunda fase da ampliação do terminal está prevista para 2016.
Promessa de conclusão da pista agora passou para 2015.
Prometida há mais de uma década e meia, a ampliação da pista do Salgado Filho ganhou novos prazos. O projeto, que ao longo dos últimos anos passou por sucessivas postergações, está em fase de readequação por ter sido entregue incompleto pelo Exército.
Segundo Parreira, esta revisão deve ser concluída entre o fim de julho e o início de agosto e o edital para a contratação da obra é agora esperado para setembro. Mês passado, a promessa apontava maio como prazo para o edital. E o fim da obra, que já era esperado para depois do Mundial no Brasil, também passou a ter nova data.
– Queremos contratar a obra em novembro e terminá-la em julho de 2015 – assegura Parreira.
A extensão da pista de 2,2 mil para 3,2 mil metros é considerada essencial para a economia gaúcha. Devido ao tamanho atual, aviões cargueiros não podem decolar de Porto Alegre carregados a pleno. Com isso, produtos exportados via aérea têm de ir de caminhão até aeroportos paulistas.
– O Estado perde US$ 3,3 bilhões por ano em negócios. A obra sai, mas creio que só para 2016 – estima Paulo Menzel, coordenador do Fórum de Infraestrutura e Logística da Agenda 2020.
Parreira admite que a própria direção da Infraero chegou a discutir a viabilidade da ampliação da pista devido à possibilidade da construção do aeroporto 20 de Setembro, na Região Metropolitana. Um dos integrantes do movimento pelo novo terminal, o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Elones Ribeiro, entende que, devido à projeção de crescimento do tráfego aéreo nas próximas décadas, o futuro aeroporto não exclui a necessidade de ampliação do Salgado Filho e tampouco levaria à necessidade de encerrar as operações do aeroporto da Capital.


DIÁRIO DO AMAZONAS

Órgãos federais gastam R$ 1,86 milhão no Amazonas com diárias de servidores

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi o órgão que pagou o maior volume de diárias, sendo R$ 659 mil somente no primeiro trimestre deste ano.

Alisson Castro
Os órgãos públicos federais do Amazonas pagaram R$ 1,86 milhão em diárias de viagens para seus funcionários nos primeiros três meses deste ano, de acordo com informações disponíveis no Portal da Transparência do governo federal. O maior valor foi de R$ 14 mil, pago a apenas um servidor.
As diárias são verbas concedidas pela União para pagamento de despesas como alimentação, estadia e deslocamento que o servidor realizar em razão de viagens a trabalho.
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi o órgão que pagou o maior volume de diárias, R$ 659 mil no primeiro trimestre deste ano. O maior gasto da unidade ocorreu em fevereiro, quando a Ufam pagou R$ 268 mil para os servidores em viagens a trabalho. Em janeiro, as diárias contabilizaram R$ 140 mil e março R$ 251 mil.
Grande parte dos recursos destinados ao pagamento de diárias é voltada para o funcionamento de instituições federais de Ensino Superior, R$ 343 mil. Outros R$ 237 mil foram destinadas para o apoio à capacitação e formação inicial e continuada de professores, profissionais, funcionários e gestores para a educação básica.
Outra instituição de Ensino Superior, o Instituto Federal do Amazonas (Ifam) pagou R$ 166 mil para os servidores em viagens. A unidade administrativa do Ifam, sediada em Manaus, teve custo de R$ 62 mil com as diárias. Entre as unidades do interior do Amazonas, a de Coari teve o maior gasto do interior do Amazonas, R$ 24 mil, seguido de Maués (R$ 18 mil), Lábrea (R$ 14 mil) e Parintins (R$ 12 mil).
O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta IV) é o segundo órgão federal a ter o maior gasto em diárias de viagens no Amazonas nos primeiros três meses do ano, R$ 356 mil.
De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o Cindacta 4 é o responsável pelo controle e defesa do espaço aéreo de toda a Região Norte e as viagens realizadas pelos servidores têm como objetivo a instalação, constante manutenção e a operação dos equipamentos utilizados para garantir a segurança do tráfego aéreo.
A unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Amazonas destinou R$ 100 mil para o pagamento de viagens dos funcionários nos primeiros três meses do ano. No IBGE do Amazonas, cerca de 60 funcionários recebem R$ 177 para cada diária.
O chefe do IBGE no Amazonas, Carlos Simonaio, informou que os funcionários do órgão estão realizando pesquisas no interior do Estado. “Esse trabalho é contínuo e todos os municípios e comunidades do Amazonas serão visitadas. Em média, serão gastos perto de R$ 30 mil por mês com o pagamento de diárias. Os valores não incluem os gastos com transporte e alimentação dos funcionários”, explicou Simonaio.
Outro dado que chama atenção no levantamento das diárias é o gasto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Amazonas, representado pelo 3ª Distrito da PRF, que disponibilizou R$ 92 mil para diárias de viagens.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) destinou R$ 77 mil para diárias de seus funcionários.
A maior diária individual foi paga para um funcionário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amazonas, que recebeu R$ 14 mil do órgão federal em fevereiro deste ano.

SWINSSINFO.CH (SUIÇA)

Oposição se organiza contra drones e robôs matadores

Por Frédéric Burnand, swissinfo.ch

O uso intensivo de drones militares pelos Estados Unidos provoca uma onda de protestos e críticas que chega a Genebra na próxima semana. Em defesa do direito internacional humanitário, uma coalisão de ONG quer conter a corrida tecnológica aos robôs matadores autônomos.
A robotização crescente da área militar abre uma perspectiva inédita e preocupante que os defensores dos direitos humanos e guardiões das Convenções de Genebra tentam conter, através de duas maneiras distintas.

A primeira diz respeito ao uso de drones ou veículos aéreos não tripulados (VANT, na sigla em português), na luta internacional contra o movimento Al Qaeda. Um programa lançado depois do 11 de setembro é intensamente utilizado pela administração Obama. O Bureau of Investigative Journalism, uma organização sem fins lucrativos baseada em Londres, calcula que os ataques de drones entre 2004 e 2013 provocaram, somente no Paquistão, entre 2.500 e 3.500 mortos (incluindo várias centenas de civis e quase 200 crianças) e mais de 1.000 feridos.
Pressões sobre Obama
Para determinar se as Convenções de Genebra foram violadas, o Conselho dos Direitos Humanos encarregou Bem Emmerson, rrelator especial da ONU em contra terrorismo e direitos humanos, de investigar o assunto. Segundo esse advogado britânico, o objetivo central dessa enquete é avaliar se os ataques de drones causaram um número desproporcional de vítimas civis, o que contraria o direito humanitário (DIH) existente.

Ben Emmerson deve apresentar os resultados de sua enquete em setembro, durante a 68ª Assembleia-Geral da ONU. Sob a pressão de sua opinião pública, a administração Obama parece consciente do problema, pensando em transferir toda a gestão desse programa de eliminação de grupos terroristas da opaca CIA ao um pouco mais transparente Pentágono (Ministério da Defesa), segundo o Daily Beast (site de informação associado à Newsweek). Mesmo assim, o governo americano deve regularmente prestar contas dessa política contra o terrorismo diante das comissões parlamentares.

“Essa transferência por enquanto é só rumor. Nada de oficial foi anunciado, mas essa mudança iria na boa direção do que pedimos”, precisa à swissinfo.ch Andrea Prasow, especialista da luta contra o terrorismo da ONG Human Rights Watch.

Em paralelo, Christof Heyns, outro especialista da ONU em execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, vai apresentar em Genebra dia 29 de maio um novo relatório durante a 23ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos. Esse documento centrado nos “robôs letais autônomos”, pede uma moratória internacional no desenvolvimento desses engenhos de guerra.
Humano é descartado
Em eu relatório, Christof Heyns vai na mesma direção: “Com a aceleração do ritmo em que ocorrem as guerras, os homens se tornaram o elo fraco do arsenal militar e são paulatinamente retirados do processo de tomada de decisões.”

Especialista em segurança, Alexandre Vautravers estima que ainda estamos longe disso. “É preciso separar as coisas entre o sensacional e os sistemas assistidos ou que dispõem de uma cerca autonomia. Por exemplo, ceras munições procuram, através de diferentes captores e sem operador veículos blindados ou alvos graças a diferentes algoritmos; são armas “fire and forget” (atira e esquece). Se o míssil não acha o alvo, no caso veículos blindados ou radares, ele se autodestrói. É bom lembrar que esse tipo de programa informático existe há mais de 20 anos.”

A Suíça e os drones militares
O exército suíço pretende equipar-se com novos drones de observação não armados para substituir os que utiliza desde 2001, os drones ADS 95 Ranger.

Segundo Armasuisse, centro de competência federal para aquisição de sistemas complexos de armamento, dois sistemas de drones dos fabricantes israelenses Israel Aerospace Industries Ltd (IAI) ee Elbit Systems (Elbit) estão em avaliação.

“A avaliação dever terminar em meados de 2014, o que permitirá escolher entre os dois sistemas; a Suíça não participa do desenvolvimento desses sistemas”, precisa à swissinfo.ch François Furer, porta-voz de Armassuisse.

Por sua vez, RUAG, empresa 100% estatal do setor de defesa e aeroespacial, participa do programa nEUROn conduzido pela francesa Dassault Aviation, de um protótipo de drone de combate semiautônomo.

“RUAG é responsável pelos testes em canal de vento a baixa velocidade e das interfaces entre a plataforma e os armamentos”, precisa a Dassault em seu site internet.
Vautravers acrescenta que “hoje temos sistemas que podem se organizar entre eles como roubar em grupo para dar uma cobertura radio através de relés ou um campo de visão completo de um espaço particular. A Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) tem laboratórios que trabalham sobre esse tipo de sistema, mas Terminator ainda está longe de ser concluído, até porque os orçamentos militares nos países mais avançados, a começar pelos Estados Unidos, sofrem cortes.”

Em seu relatório, Christof Heyns diz que é urgente regulamentar. “A tecnologia evolui de maneira exponencial e ninguém pode prever o futuro exato; também é quase impossível determinar até que ponto vamos chegar para utilizar robôs totalmente autônomos (...) De acordo com alguns documentos militares, um certo número de Estados têm programas de desenvolvimento de armas robotizadas aéreas, terrestres e navais dotados de autonomia mais ou menos grande. Recursos importantes são destinados a esse fim.”
Guerra permanente
Uma coisa é certa. A guerra está mudando de natureza, depois que os drones entraram em cena nos anos 1990. “A experiência com esses veículos aéreos de combate sem piloto mostrou que esse tipo de tecnologia militar é facilmente utilizável fora dos campos de batalha reconhecidos.

O perigo nesse caso seria considera o mundo como um único e vasto campo de batalha permanente, se inquieta Christof Heyns. “O desenvolvimento da robótica, por sua própria natureza, é geralmente difícil a regulamentar, sobretudo no controle de armas. Além disso, existe uma continuidade entre as tecnologias militares e não militares. Uma mesma plataforma robótica pode ter aplicações civis como militares e pode ou não ser utilizada com capacidade letal.”

É por essa razão que Andrea Bianchi defende um debate aprofundado dessas questões. “Seria bom reunir os diferentes atores dessa questão – não somente a Cruz Vermelha, a ONU e os Estados, mas também cientistas especialistas em direitos humanos – para uma reflexão a mais honesta possível; o avanço tecnológico é tal que o direito humanitário internacional (DIH) não pode ficar para trás.”

Esse também é o efeito esperado da campanha Stop Killer Robots: a abertura de um debate público de um assunto até agora restrito aos meios militares









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