NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/05/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Soldado da Aeronáutica é preso após roubo
Um dos acusados manteria relacionamento com vítima
Diego Valdevino
Rio - Policiais da 66ª DP (Piabetá), em ação conjunta com PMs do 34º BPM (Magé), prenderam na madrugada deste domingo, quatro homens e apreenderam um adolescente de 17 anos, acusados de roubarem R$ 2 mil de uma vítima.
Marcos Paulo Albino de Oliveira, 28, Erick dos Anjos Santos, 18, Rodrigo Elias de França, 20 e Temistocleiton Melo da Silva, 19, que é soldado da Aeronáutica foram levados para a delegacia.
Segundo informações da polícia, Marcos e a vítima eram parceiros sexuais há dois anos. Ele sabia que o rapaz estaria com o dinheiro na bolsa e teria tramado o crime.
“Após beberem cervejas, dirigiram-se de motocicleta até o "lixão" de Piabetá, onde manteriam relações sexuais. Quando lá chegaram, foram abordados pelo adolescente, que estava armado. Foi levado cartão bancário e documentos pessoais da vítima, que suspeitou da participação de Marcos, já que dele nada foi roubado”, disse o delegado Antônio Silvino.
Marcos foi detido em sua residência, tendo, a princípio, dito que também havia sido vítima de roubo, porém, seu telefone tocou e foi atendido por um policial, tendo o interlocutor, pensando falar com Marcos, dito onde se encontrava, pois queria o revólver de volta e sua parte no roubo.
Marcado o encontro, os policiais prenderam Erick e Rodrigo em um ponto de ônibus, que foram os intermediários para "alugar" arma, os quais receberiam R$ 50 cada após o roubo.
A dupla apontou Temistocleiton como dono do revólver, e que ele receberia R$ 100 após o roubo, sendo este detido em sua casa. O adolescente apresentou-se na delegacia na tarde de domingo com um revólver de plástico, alegando que aquela seria a arma utilizada no crime.
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Anac apura funcionamento de pistas clandestinas de pouso e decolagem no Rio
Cristina Indio do Brasil
Rio de Janeiro - Depois de receber denúncias, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou processo de apuração, na semana passada, para verificar a situação de uma pista de pouso e decolagem de aviões, em Bangu, na zona oeste do Rio, conhecida como Sítio de Voo Ninho das Águias.
Segundo a Anac, o processo de cadastramento da pista na agência chegou a começar a ser feito, mas não foi concluído por que faltou o parecer do Comando da Aeronáutica, para a abertura ao tráfego de aeronaves no local. Ainda de acordo com a Anac, o resultado da fiscalização será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF).
A agência apura ainda o funcionamento de uma pista situada próxima ao Condomínio Frontal das Ilhas, em Itaguaí, região metropolitana do Rio. A Anac informou ao Ministério Público Federal que a pista não é homologada. Em julho de 2012, durante uma fiscalização junto com a Polícia Federal, a agência autuou as aeronaves que estavam no local.
De acordo com a Anac, a atuação do órgão é administrativa, no âmbito do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), e não à área criminal. Por isso, quando são constatados ilícitos, o processo é encaminhado ao MPF.
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Comissão não soube enfrentar Ustra, dizem militantes
Familiares de vítimas da ditadura criticam CNV por não ter sido mais dura e deixar o coronel passar "de acusado a acusador".
Roldão Arruda
O desempenho dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade durante o depoimento do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, na sexta-feira, está provocando críticas de ex-presos políticos, familiares de desaparecidos e organizações de direitos humanos. Na avaliação desses grupos, a comissão teria deixado o ex-comandante do DOI-Codi transformar o depoimento público numa espécie de palanque político, em defesa do período autoritário. "Estou indignado. A comissão deveria ter se preparado melhor, organizado as regras, para impedir que um facínora transformasse aquilo num palanque, agredindo a presidente da República da forma como fez", diz o ex-deputado Aldo Arantes, da direção nacional do PC do B. Preso em 1976, durante upe 1ção da ditadura que culminou com o desmantelamento da direção nacional do partido, Aldo diz que foi torturado no DOI-Codi, cuja estrutura foi montada e dirigida durante quatro anos por Ustra. "Ele foi convocado na condição de algoz e tentou se transformar em herói. A comissão deveria ter evitado."
O presidente da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, de São Paulo, deputado Adriano Diogo (PT), também criticou a Comissão Nacional "As pessoas selecionadas não estavam preparadas. Ele chamou a presidente de terrorista e eles não reagiram, não defenderam a legalidade".
Luiz Moreira, professor de direito constitucional da Faculdade de Direito de Contagem e assessor de grupos de direitos humanos, qualificou como "desastre" o depoimento. "O erro foi deixara oitiva de Ustra, um quadro ideológico profundamente ligado às estruturas da ditadura, pender para o lado de um tribunal de júri." Para o professor, o papel da comissão é garantir as vítimas da ditadura e a seus familiares o esclarecimento dos episódios de que foram vítimas: Não adianta jurisdicizar o debate, porque as ações da comissão não têm consequências jurídicas. O que está em questão é o direito à verdade. O depoimento deveria ter tido um tratamento mais técnico e político".
Dezenas de ex-presos políticos afirmam ter sido torturados no DOI-Codi do 2.º Exército, em São Paulo, quando Ustra comandava a instituição. Ele é hoje uma das figuras mais visadas por ações no Judiciário que envolvem o período ditatorial. Está enfrentando três ações penais, movidas pelo Ministério Público Federal, que buscam sua responsabilização em caso de desaparecidos políticos. Em São Paulo, já foi reconhecido na Justiça como torturador.
Positivo. O cientista político Manoel Moraes, membro da Comissão da Verdade de Pernambuco, considera positiva a presença do coronel perante a Comissão Nacional: "Os inquiridores estavam bem preparados. A melhor indicação disso foi o fato de que Ustra começou a falar e a ficar nervoso, quando tinha o direito de silenciar. Percebeu que a comissão tinha munição".
Quanto aos argumentos de Ustra, observa: "A busca da verdade não pode anular o direito do inquirido de se manifestar. O que ouvimos foram manifestações de alguém preso a uma visão totalitária e superada. Seus argumentos eram tão frágeis que começou a gritar".
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A guerra dos aviões sem piloto
EUA lançam esta semana drone totalmente autônomo; China avança no mesmo caminho
Richard Parker
Esta semana, a Marinha lançará um drone (avião não tripulado) de combate inteiramente autônomo - sem nenhum piloto no joystick - do convés do porta-aviões George H. W. Bush. O drone tentará pousar a bordo do navio, uma façanha que poucos pilotos humanos são capazes de realizar.
Esse exercício é o começo de um novo capítulo da história militar: a guerra de drones autônomos. Mas é também uma virada nefasta numa rivalidade militar potencialmente perigosa que está sendo formada entre os Estados Unidos e a China.
O X-47B, um avião invisível apelidado de "Robot" (Robô) pelos marinheiros, é um pássaro grande - 11,4 metros de comprimento e cerca de 19 metros de envergadura - que voa em velocidades subsônicas com um alcance de mais de 3.200 quilômetros. Mas é a tecnologia no interior do Robot que faz dele um elemento capaz de mudar o jogo no Leste Asiático.
Sua decolagem, combate e pouso completamente computadorizados criam a possibilidade de haver dezenas ou centenas de seus sucessores engajados num combate ao mesmo tempo.
Ele também é capaz de suportar níveis de radiação que matariam um piloto humano e destruiriam a eletrônica de um jato normal. Além de bombas convencionais, sucessores desse avião de teste poderão ser equipados para carregar um micro-ondas de alta potência, um dispositivo que emite um feixe de radiação capaz de fritar redes elétricas de um inimigo tecnologicamente equipado, destruindo todas as coisas a elas conectadas, entre as quais as redes de computadores que conectam satélites, navios e mísseis de precisão.
E essas, é claro, estão entre as principais coisas nas quais a China investiu durante sua modernização militar. Enquanto a Marinha dos Estados Unidos lança um drone autônomo, a Marinha chinesa brinca de esconde-esconde com um voo pilotado do convés de um porta-aviões.
Em novembro, a Marinha chinesa pousou um caça a jato J-15 no convés do porta-aviões Liaoning, o primeiro do país.
Embora a China ainda tenha um longo percurso para desenvolver uma frota de porta-aviões que rivalize com a dos Estados Unidos, o pouso revela suas ambições.
Com quase 500 mil marinheiros e aproximando-se rapidamente de 1 mil embarcações, sua Marinha já é, por certos parâmetros, a segunda maior do mundo.
Com essa nova Marinha, Pequim pretende projetar seu poder a uma série de cadeias de ilhas no Pacífico: a primeira se estende ao sul da Península Coreana, na costa oriental de Taiwan, contornando o Mar do Sul da China, e a segunda vai do Japão para sudeste até as Ilhas Bonin e Marshall, abarcando as Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos, e Guam - uma base americana crucial no Pacífico ocidental.
Alguma literatura não oficial dos militares chineses chega a mencionar uma terceira cadeia: as Ilhas Havaianas.
Para projetar esse tipo de poder, a China depende não só da quantidade de seus navios, mas também da qualidade de sua tecnologia.
Manter os americanos a meio oceano de distância requer a capacidade de ataques de precisão de longo alcance - o que, por seu lado, requer o reconhecimento por satélite, guerra cibernética, comunicações codificadas e redes de computadores em que a China investiu quase US$ 100 bilhões na última década.
Idealmente para ambos os países, os esforços da China criariam um novo equilíbrio de poder na região. Mas para compensar a vantagem numérica e os avanços tecnológicos da China, a Marinha dos Estados Unidos está apostando pesadamente em drones - não somente os X-47B e seus sucessores, mas drones de reconhecimento antissubmarinos, drones de comunicações de longo alcance, até drones submarinos.
Uma simples combinação de um drone de reconhecimento Triton e um avião antissubmarino tripulado P-8A Poseidon pode varrer 6,7 milhões de quilômetros quadrados de oceano numa única missão.
Corrida pela tecnologia. A corrida armamentista entre as maiores Marinhas do mundo compromete a possibilidade de se chegar a um novo equilíbrio de poder, e eleva a possibilidade de colisões inesperadas à medida que os Estados Unidos mobilizarem centenas e até milhares de drones e a China procurar maneiras de fazer frente ao novo desafio.
E os drones, por serem mais baratos e dispensarem um piloto humano, baixam as barreiras a um comportamento agressivo por parte dos líderes militares americanos - como farão com a Marinha da China tão logo ela faça sua própria e inevitável investida nas capacidades de drones (aliás, há relatos da semana passada de que a China está preparando seu próprio drone invisível para testes de voo).
Por si mesmas, as rivalidades navais não desencadeiam guerras. Em tempos de paz, aliás, as operações navais são uma forma de diplomacia que oferece a rivais exibições saudáveis de força que servem como elementos de dissuasão de uma guerra. Mas elas também precisam ser cercadas de relações políticas maiores.
No momento, a relação Estados Unidos-China é, sobretudo, no plano econômico. Enquanto essa relação permanecer vibrante, um confronto não é do interesse de nenhuma das partes. Mas se esse elo fino se partir restará pouca coisa de uma relação política maior, para não falar de uma aliança, para ocupar seu lugar.
A única barreira entre crise e conflito, então, seriam duas Marinhas ainda maiores e mais perigosas preparadas para travar um tipo de guerra com base em aviões não tripulados que ainda não compreendemos completamente e, por isso, somos mais propensos a enveredar por uma delas.
TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
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Anac suspende mais de 90 aeronaves após fiscalização em SP
Operação ocorreu em seis aeroportos do estado, entre 7 e 10 de maio. Dos 3,4 mil planos de voo analisados, 26 apresentaram irregularidades.
Do G1 São Paulo
Operação da Anac fiscaliza 89 aeronaves em Sorocaba e Jundiaí, SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a operação de 92 aeronaves de pequeno e médio porte em São Paulo, durante fiscalização realizada entre os dias 7 e 10 de maio. A chamada 5ª Operação Especial de Fiscalização abordou mais de 350 aerovanes - entre táxis aéreos, helicópteros e aviões privados - em seis aeroportos do estado, além de pontos em Atibaia e no Condomínio Vale Eldorado, interior de São Paulo.
De acordo com a Anac, a operação ocorreu em conjunto com a Receita Federal, Polícia Federal e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil. Foram detectadas irregularidades como alterações de características da aeronave sem conhecimento da Anac, problemas com documentações de aeronaves e manutenção inadequada, que poderiam comprometer a segurança de voo.
Após o registro de cada infração e a notificação do responsável, caberá recurso, segundo a Anac. A empresa ou pessoa responsável pela aeronave poderá ser multada ou até perder o direito de voar.
Foram fiscalizados nesta operação os aeroportos de Congonhas, Campo de Marte, Jundiaí, Sorocaba, Amarais e Bragança Paulista. Durante a ação, o Comando da Aeronáutica monitorou o cumprimento das regras de tráfego aéreo e dos perfis dos voos. No total, 3.433 planos de voo foram fiscalizados e 26 apresentaram algum tipo de irregularidade.
Operações especiais
A Anac realiza operações especiais desde janeiro deste ano, com o objetivo de identificar irregularidades e aeronaves consideradas de aviação geral. Já ocorreram fiscalizações no Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Oeste de São Paulo, e Manaus. Outras operações estão previstas para 2013. |
Após negativa do Exército, polícia do RS avalia se vigiará túmulo de Jango
Comandante da Brigada Militar na região tratará do assunto nesta terça. Comissão da Verdade pediu a exumação do corpo do ex-presidente.
A Brigada Militar avalia a possibilidade de vigiar o túmulo do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Fronteira Oeste, Iguaraçu Ricardo da Silva, tratará do assunto nesta terça-feira (14) com o major Edson Damião de Melo Ribas, que responde pelo policiamento na região.
A possibilidade surgiu após a negativa do Exército ao pedido do prefeito Farelo Almeida, de que a sepultura fosse vigiada para evitar violações, já que a Comissão da Verdade e o Ministério Público Federal solicitaram a exumação dos restos mortais do político. Jango morreu em 1976, durante o exílio na Argentina.
"Estamos aguardando a solicitação do prefeito, que deve chegar amanhã (terça). Vou discutir com o major Damião se o cemitério faz parte do município, e se a Guarda Municipal pode fazer, para depois deliberar", disse Iguaraçu ao G1.
A negativa do Exército foi anunciada na noite deste sábado (11) pelo comandante do 2ª Regimento de Cavalaria Mecanizada, tenente-coronel André Álvares. Segundo Álvares, a área não é de jurisdição das Forças Armadas e que não haveria amparo legal para o emprego de tropa no cemitério.
O comandante do CRPO afirma que, caso a Brigada Militar atenda à solicitação, a vigilância pode não ser durante 24 horas. "Avaliaremos se vamos tirar policiais das ruas para colocar lá, ou se faremos uma patrulha esporádica, com uma viatura passando pelo local", afirmou.
Comissão da Verdade quer força-tarefa de peritos no caso
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) quer reunir uma força-tarefa de peritos internacionais para analisar a causa da morte do ex-presidente. O procedimento ainda depende de autorização da Justiça, o que deve ocorrer em três meses.
O advogado da família e neto do ex-presidente João Goulart, Christopher Goulart, comemorou a decisão. Segundo ele, o procedimento pode significar a comprovação de uma “versão oficial mentirosa” e vai acabar com uma dúvida histórica levantada sobre a morte de Jango, além de abrir caminho para elucidar outras suspeitas sobre o período da ditatura militar no Brasil.
Entenda o caso
A família de João Goulart já havia manifestado o desejo de exumação do corpo do ex-presidente durante audiência pública da Comissão da Verdade em março deste ano, em Porto Alegre. Na ocasião, o governador Tarso Genro lembrou sua atuação como ministro da Justiça e falou sobre a solicitação feita à Polícia Federal, em 2010, de um inquérito para investigar a morte de Jango. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, também defendeu a investigação no Ministério Público Federal, onde o processo tramita desde 2007.
A exumação deve apurar a suspeita de que Jango tenha sido assassinado por envenenamento, em dezembro 1976 durante exílio na Argentina, o que contraria a versão oficial de que ele foi vítima de um ataque cardíaco. Uma cápsula teria sido colocada no frasco de medicamentos que Jango tomava regularmente para combater problemas no coração.
O plano para a morte do ex-presidente teria sido executado por agentes da ditadura uruguaia durante a Operação Condor (uma aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970 para perseguir opositores dos regimes), à pedido do governo militar brasileiro. Os militares suspeitavam que João Goulart estivesse planejando sua volta ao Brasil por ter recuperado seus direitos políticos.
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Avião desenvolvido em Uberlândia está na fase final de testes
Aeronave boomerang EX 27 sobrevoou Ituiutaba nesta segunda-feira (13). Projeto é acompanhado por profissionais da UFMG e da UFU.
Uma empresa de Uberlândia está em fase final de testes com o avião boomerang EX 27, novidade que está sendo desenvolvida há seis anos, e que sobrevoou o céu de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, nesta segunda-feira (13). O projeto é acompanhado por profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Para chegar ao mercado, o modelo precisa completar 500 horas de voo. A aeronave, que pode acomodar até quatro pessoas, é a primeira da categoria produzida no Brasil, segundo os profissionais. O empresário e responsável pela produção do modelo no país, Érick Cunha, é natural de Ituiutaba. Ele contou que trouxe a ideia dos Estados Unidos. “Nós achamos muito interessantes a performance e a qualidade de voo dessa aeronave e decidimos lançar essa ideia aqui no Brasil. Depois de anos de desenvolvimento, estamos bem próximos de finalizar o trabalho”comentou.
A versão básica do avião deve chegar ao consumidor por US$ 250 mil dólares. O motor e a hélice ficam na parte traseira e a aeronave tem condições de voar por até quatro horas sem abastecimento, o que corresponde a 2.000 quilômetros. “O objetivo é dar velocidade. A gente busca o desenvolvimento em parcerias com universidades para estar sempre na frente”, completou o empresário Douglas Cunha.
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Helicóptero faz rasante e derruba telhado de casas em Fortaleza
Incidente ocorreu no último sábado. Moradores garantem que a causa da queda foi por causa do helicóptero.
Parte do muro de uma empresa caiu por cima de casas de uma comunidade, perto do trilho, no Bairro Vila União, em Fortaleza, neste sábado (11). O vigilante Murilo Alves, morador do local, disse que saiu de casa momentos antes do incidente. "Tinha acabado de sair de dentro de casa quando ouvi um estrondo. Uma pancadaria. Se eu não tivesse saindo logo de casa tinha sido soterrado", disse.
Já a dona de casa Maria Orlando Teixeira falou que estava estendendo roupa quando tudo aconteceu. E garante que a queda das casas foi em consequência do voo rasante do helicóptero. "Estava estendendo roupa na hora do acidente. Só vi o barulho do muro caindo. Graças a Deus deu tempo de eu sair de dentro de casa. O helicóptero passou muito baixo. Deu aquela ventania. Assustou todo mundo", relatou.
Um representante da empresa responsável pelo muro, que não quis falar com a imprensa, disse que vai ajudar os moradores a reconstruir as casas atingidas. As casas, perto do trilho, passam por um processo de desapropriação por causa das obras do veículo leve sobre trilhos, o VLT.
Os moradores dizem que o helicóptero é da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), mas a Secretaria da Segurança Pública do Estado não confirma e informou que está apurando a ocorrência.
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TAM demite piloto e copiloto que deixaram Latino entrar em cabine
Em nota, companhia afirma que considera falta grave o ingresso de pessoas não autorizadas à cabine do avião
A TAM demitiu o piloto e o copiloto que permitiram que o cantor Latino entrasse na cabine do voo que ia de Recife, onde o cantor havia feito um show, para o Rio de Janeiro.
O artista postou fotos na rede social Instagram com a legenda “Foi assim a minha primeira experiência ontem como copiloto!! Já comecei por cima num 737. Amei…”. Pelas imagens, que mostravam Latino sentado na cadeira esquerda da cabine, foi possível analisar que o avião estava em voo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proíbe a entrada de passageiros na cabine do avião durante o voo.
Em nota, a TAM afirma “que a situação em que as fotos foram tiradas foi totalmente identificada, e que as devidas ações disciplinares e de prevenção para que ocorrências similares não voltem a acontecer foram tomadas”. A companhia ainda reiterou que veta o ingresso de pessoas não autorizadas à cabine de comando durante o voo e que considera falta grave o desrespeito a essa norma.
Veja a íntegra da nota da TAM sobre o caso:
"A TAM informa que a situação em que as fotos foram tiradas foi totalmente identificada, e que as devidas ações disciplinares e de prevenção para que ocorrências similares não voltem a acontecer foram tomadas. A companhia reitera que veta o ingresso de pessoas não autorizadas à cabine de comando durante o voo e que considera falta grave o desrespeito a essa norma".
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Regime de outorga para os aeroportos é foco de divergência
Roberto Rockmann
Quando os aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ) forem a leilão, previsto pelo governo federal para setembro, a iniciativa privada terá sob seu controle 46,5% do tráfego aéreo nacional. No momento, os dois empreendimentos estão na fase de estudos técnicos, que deverão ser entregues em breve. Após esta fase, os editais devem ser enviados à consulta do Tribunal de Contas da União (TCU) e, posteriormente, devem ser feitas audiências públicas. A expectativa é de que o leilão seja realizado em setembro. "As regras estabelecem que um operador tenha 25% de participação no consórcio e que ele tenha experiência em transportar 35 milhões de passageiros", reafirmou o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.
Esses dois pontos divergem do que foi colocado em prática nas concessões dos três primeiros aeroportos - Guarulhos, Viracopos e Brasília -, em que a exigência ao operador foi de processar cinco milhões de passageiros por ano e uma participação mínima nos consórcios de 10%. Mas a licitação continuará sendo feita pelo regime de outorga, em vez de o vencedor ser aquele que apresente a menor tarifa, como praticado em outros setores de infraestrutura.
"O regime de outorga é um erro do governo, deveria ser feito pelo critério de menor tarifa, que oferece maior competitividade e cujo preço da outorga não é incluído na conta dos usuários", disse o diretor de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Carlos Cavalcanti. Para Adalberto Febeliano, consultor da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), é preciso começar a analisar se de fato o modelo de cobrança de outorga é mais vantajoso para as concessões dos próximos aeroportos. "A cobrança de outorga irá se somar aos dividendos que a Infraero terá com a participação das concessões. Em paralelo, cerca de 60% do tráfego aéreo está concentrado em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. A cobrança de tarifa mínima poderia estimular outros aeroportos", destaca Febeliano.
A exigência de que o consórcio vencedor dos aeroportos de Confins e do Galeão tenha capacidade comprovada de transporte de 35 milhões de passageiros por ano e de que esse operador tenha presença de 25% no capital do consórcio é outro ponto de divergências. "Temos interesse, estamos estudando, estamos conversando com operadores, mas essas exigências restringem oportunidades", afirma o presidente do Grupo Libra, Marcelo Araújo, que participou da rodada de concessões no ano passado, mas seu consórcio não conseguiu arrematar nenhum dos três aeroportos ofertados. "Não são mais de duas dezenas de operadores que cumprem esses requisitos e muitos deles são companhias públicas do exterior com dificuldades de vir para o Brasil. O poder de barganha dos operadores é alto."
Araújo disse que a empresa ainda aguarda as regras finais da licitação, mas que atuar no setor aeroportuário é importante para a estratégia do grupo, que ingressou no modal em 2011, com a aquisição de 60% das ações do aeroporto de Cabo Frio (RJ), voltado para cargas. No aeroporto, serão investidos nos próximos três anos R$ 100 milhões, com a ampliação da pista de pouso, nova torre de controle e um novo pátio de helicópteros.
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Penido inicia a venda de lotes em condomínio aéreo
Virgínia Silveira
A construtora Penido inicia este mês a venda dos lotes do Aerovale Centro Empresarial Aeroespacial, condomínio aeronáutico com área industrial e comercial com licença ambiental de instalação e registro imobiliário aprovados.
Com as obras de infraestrutura do novo aeroporto, em Caçapava (SP), já em andamento, o presidente da Construtora, Rogério Penido, defende o empreendimento como a melhor alternativa, a curto prazo, para atender ao crescimento da frota de aeronaves executivas do país, que não encontram infraestrutura e espaços adequados nas grandes cidades. O Brasil já possui a segunda maior frota de jatos executivos do mundo, atrás dos EUA.
A previsão de Penido é que o condomínio comece a ser utilizado entre abril e maio do próximo ano. Ele estima um investimento da ordem de R$ 200 milhões na área, que levou seis anos para conseguir a aprovação da Cetesb.
O projeto ganhou impulso com a aprovação do decreto presidencial 7871, em dezembro, autorizando a exploração comercial de aeródromos privados voltados exclusivamente à aviação geral (executiva). Com o incentivo aos empreendimentos privados, o governo espera desafogar os aeroportos das capitais para atender à necessidade dos voos regulares das companhias aéreas. Devido à saturação do Campo de Marte e do Aeroporto de Congonhas, na capital de São Paulo, parte da demanda da aviação executiva foi transferida para os aeroportos privados existentes em Jundiaí e Sorocaba.
A região metropolitana de São Paulo conta com alguns projetos de aeroportos privados para aviação executiva, como o da construtora JHSF, localizado a 62 km da capital, e o empreendimento dos empresários Fernando Botelho Filho e André Skaf, próximo ao rodoanel.
Embraer, Gespi Aeronáutica, Global Aviation e a Rede de Hoteis Accor já reservaram um espaço no Aerovale, que dispõe de uma área de 2,4 milhões de metros quadrados e pista de 1,5 mil metros para pouso e decolagem.
A Gespi Aeronáutica, especializada em manutenção, reparo e revisão de componentes aeronáuticos, pretende instalar uma unidade de manutenção de aeronaves no Aerovale. "Precisamos de uma área próxima a uma pista para desenvolver essa atividade de manutenção, fator determinante para que a empresa continue a crescer", disse o presidente da Gespi, João Scarparo.
Segundo Scarparo, o aeródromo da Penido será a primeira pista de pouso e decolagem aberta à iniciativa privada empresarial na região do Vale do Paraíba, que opera três aeroportos principais em Taubaté, São José dos Campos e Guaratinguetá, mas todos são militares.
Na fase de pré-lançamento, serão oferecidos 319 lotes do empreendimento, sendo 124 aeronáuticos e 181 industriais e comerciais. Os tamanhos variam de 2.250 metros quadrados (m2) a 13,5 mil m2, no caso dos lotes aeronáuticos, e de 722 m2 a 15 mil m2 para os terrenos comerciais e industriais. O valor dos terrenos varia de R$ 600 a R$ 1,4 mil o metro quadrado. Já no período de lançamento, previsto para junho, o preço do metro quadrado vai variar de R$ 774 a R$ 1,6 mil
Segundo a construtora, 20% do empreendimento tem reservas firmes e a expectativa é que esse número aumente para 40% após a fase de pré-lançamento.
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CORREIO DO ESTADO (MS)
Após treinamento, militares embarcam para o Haiti
Ao todo, 499 militares de MS irão cumprir missão de paz
LUCIA MOREL E VÂNYA SANTOS
Embarcaram nesta segunda-feira (13) para Porto Príncipe, capital do Haiti, 61 militares de Mato Grosso do Sul. Essa foi a primeira de um total de 10 escalões, que acontecerão até junho deste ano. Ao todo, 499 militares do Estado seguirão em Missão de Paz no 18º Contingente do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 18).
Serão 1,2 mil homens entre militares da Marinha, Exército e Aeronáutica do Brasil, além de militares do Canadá, Paraguai e Bolívia. Foram quatro meses de treinamento e a missão deve durar seis meses.
Conforme o coronel Zenedir da Mota Fontoura, que comandará os trabalhos no Haiti, a principal missão dos militares é manter a segurança no país para garantir que os trabalhos das organizações humanitárias e também fazer a segurança das tropas brasileiras que atuam na linha de frente das obras.
“Nosso objetivo é manter o ambiente seguro e estável no Haiti para que outras instituições possam continuar com ajuda humanitária”, ressaltou o coronel.
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CORREIO DO ESTADO (MS)
Defesa iniciará movimentação de tropas para megaoperaçãoTHIAGO GOMES
O Ministério da Defesa e as Forças Armadas iniciam nos próximos dias a movimentação de tropas para a megaoperação Ágata Brasil, que representa a sétima edição a Operação Ágata. O diferencial dessa mobilização, de aproximadamente 25 mil militares do Exército, Aeronáutica e Marinha, além de orgãos federais e estaduais de apoio, será a atuação simultânea nas três grandes áreas de fronteira - norte, oeste e sul, numa extensão de mais de 16 mil quilômetros. Antes, a operação era executada por região e a última edição aconteceu em outubro passado, contemplando a região oeste.
Os detalhes da ofensiva ainda estão sendo mantidos sob sigilo. Ontem, questionado sobre o início da megaoperação, o responsável pelo Comando Militar do Oeste (CMO), general de exército João Francisco Ferreira, limitou-se a dizer “em breve”.
Mas , fontes ouvidas pelo Correio do Estado dão conta de que, na próxima semana, possivelmente, militares já estejam ocupando áreas estratégicas terrestres, com barreiras e pontos de bloqueios em trechos sensíveis de rodovias e vicinais, apoiados por unidades da Marinha em ações fluviais, com patrulhamento ao longo da calha dos rios; e da FAB, com aeronaves reforçando a fiscalização contra voos clandestinos.
Caracterizada como uma operação interagências, a Ágata Brasil terá o envolvimento da Receita, Defesa Civil, polícias Rodoviária Federal, Federal, Militar e Civil , Anvisa, Ibama e Iagro.
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INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Avião de passageiros voa 800 km sem piloto
Os veículos aéreos não tripulados (VANTs) já são largamente usados em vigilância e observação ambiental.
Contudo, havia muitos questionamentos se seria possível fazer um avião de passageiros voar sem piloto.
O primeiro passo para isso foi demonstrado pela Astraea, um consórcio britânico formado por várias empresas do setor aeroespacial.
O avião de 19 lugares percorreu o trecho de 800 quilômetros entre Warton e Inverness, na Escócia, em Abril, mas só agora os detalhes do teste foram divulgados.
O voo experimental foi permitido depois que as autoridades responsáveis pela aviação civil analisaram os algoritmos usados para controlar o avião e concordaram que ele atendia às normas de voo aceitas pelos pilotos humanos - a agência britânica de aviação faz parte do consórcio.
O avião levava um piloto a bordo, bem como um time de engenheiros para monitorar tudo o que acontecia. O piloto fez a decolagem e, quando a aeronave atingiu a altitude e velocidade de cruzeiro, ele passou o comando para uma central de controle em terra. O piloto a bordo voltou à ativa no momento da aterrissagem.
Um dos principais objetivos era testar o software anti-colisão, que deve garantir que o avião mantenha distância das outras aeronaves e sempre saberá se desviar de outros objetos voadores, previstos ou não.
Para evitar maiores contratempos, objetos virtuais eram introduzidos no computador de voo, que conseguiu evitar todos.
Sempre que o avião mudava de rota ou altitude, a manobra era imediatamente comunicada ao controle de tráfego aéreo. O sistema também atendeu aos comandos do controle de voo para mudar sua posição.
Piloto robótico ou piloto remoto?
Ainda há muitas questões éticas e de segurança a serem avaliadas antes que os aviões robóticos sejam autorizados a levar passageiros - incluindo um acordo internacional sobre o que deverá ser ou não permitido.
Por isso, os responsáveis pelo consórcio afirmam estar tentando fazer tudo dentro das normas atuais, fazendo com que o piloto-robô se adapte às regulamentações atuais, e não o contrário.
Outra proposta é que haja sempre um piloto em terra responsável pelo avião, o que levanta a questão de quantos aviões cada piloto poderia controlar, já que não haveria sentido em deixar em terra um piloto para cada aeronave.
Mas o grande desafio ainda está no momento da decolagem e do pouso.
O consórcio anunciou outro voo de teste para Novembro, quando será avaliado um "mecanismo crucial" do sistema anti-colisão, sobre o qual não foram dados maiores detalhes.