NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 07/05/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Militares da Aeronáutica poderão pagar aluguel por meio de desconto no contracheque
Djalma Oliveira
Uma portaria do Comando da Aeronáutica publicada, nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União, cria a possibilidade para que o militar ativo, inativo ou pensionista da Aeronáutica reserve uma parte da margem consignável para o pagamento do aluguel da casa em que mora. No pedido de autorização, será preciso informar o endereço e o tipo de imóvel e as datas de início e término do contrato de locação.
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Homem é preso após pousar helicóptero em praça de Curvelo durante evento de moto
A aeronave estava com a inspeção anual de manutenção vencida e com Certificado de Aeronavagabilidade cancelado. O piloto também estava com a carteira vencida
João Henrique do Vale
Um homem foi preso depois de pousar um helicóptero, que estava impedido de voar e tinha sido apreendido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em fevereiro deste ano, na Praça Central do Brasil, em Curvelo, Região Central de Minas Gerais. No local acontecia um evento de motociclistas. Felipe Ramos Morais estava com a habilitação para pilotar vencida desde 2009.
Morais já estava sendo procurado pela Anac depois que retirou irregularmente a aeronave, prefixo PR-HDA, de um pátio em Santa Fé do Sul, em São Paulo. “Ele teria pedido a funcionários para pegar alguns objetos dentro do helicóptero e, quando entrou, ligou a aeronave e fugiu. Algumas pessoas tentaram correr para impedir, mas não conseguiram”, explica o delegado regional de Paracatu, André Pelli. A aeronave estava retida pela Anac desde 24 de fevereiro por estar com a inspeção anual de manutenção vencida e o Certificado de Aeronavagabilidade cancelado.
Após a fuga, a Anac enviou um documento para o delegado informando que o suspeito poderia ir para a cidade participar da Motoshow que aconteceu no último sábado. “Ficamos monitorando o aeroporto e, quando assustamos, ele pousou em um espaço na praça”, conta André Pelli. Policiais militares, que já haviam sido informados sobre as investigações, conseguiram fazer a prisão. “O homem estava oferecendo voos panorâmicos para os participantes”, explica o delegado.
Na delegacia, Morais informou que saiu de Sete Lagoas e foi até Paracatu. Também confessou que sabia da documentação atrasada e que estava providenciando a renovação. O piloto foi encaminhado para o presídio da cidade. “Ele entrou com um pedido de fiança e a juíza arbitrou em R$ 50 mil. Porém, até hoje, não pagou”, diz Pelli. O piloto foi autuado em flagrante pela prática do crime previsto no Art. 261 do Código Penal (Atentando contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo).
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Sistema antineblina do aeroporto de Cumbica servirá só para 30% dos voos
Ricardo Gallo
Ao custo de R$ 8,9 milhões, o sistema antinevoeiro prestes a entrar em operação no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), atenderá a minoria dos voos e será usado raramente -pouco mais de um dia a cada ano.
Chamado de "ILS (sistema de pouso por instrumentos, na sigla em inglês) categoria 3a", o equipamento estará em funcionamento neste inverno, disse a Infraero, estatal que o comprou e o instalou.
A maioria dos passageiros que usa Cumbica não será beneficiada pelo equipamento.
Isso porque usar o antinevoeiro requer que as companhias aéreas tenham aviões certificados e pilotos treinados --o que TAM, Gol, Azul e Avianca Brasil não têm.
Elas são responsáveis por 70% dos voos no aeroporto.
Assim, quando houver nevoeiro em Cumbica, o que deve ocorrer principalmente no mês que vem, os voos dessas empresas terão que ser desviados para outros lugares.
justificativa
A justificativa das empresas é o custo: treinar pilotos é caro e exige treinamento constante. Em Cumbica, que fecha cerca de 40 horas (0,4% do ano) ao ano por causa da neblina, o investimento não compensa, diz Ronaldo Jenkins, diretor da Abear, associação que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca.
As maiores companhias, diz ele, são habilitadas para o ILS 2, na qual os pousos ocorrem com visibilidade horizontal mínima de 350 metros. Enquadram-se nesse requisito quase todas as operações em Cumbica, afirmou.
O equipamento prestes a operar permite pousar com visibilidade ainda menor, de 175 metros.
Serão beneficiadas as companhias aéreas americanas e europeias, que, por atuar em condições climáticas adversas em seus países de origem, são certificadas para usar o equipamento. A alemã Lufthansa, por exemplo, afirmou que está apta a fazê-lo.
OUTRAS TECNOLOGIAS
Na Europa e nos EUA está em discussão a adoção de outras tecnologias como alternativa ao ILS 3, considerado caro, com o uso de satélites para ajudar o avião a pousar, em vez de aparelhos no solo.
A Anac informou que os requisitos para o sistema antinevoeiro funcionar ainda não foram cumpridos integralmente para liberar o seu uso.
A agência informou estar em contato com a nova administração de Cumbica, a concessionária GRU Airport, para que haja as alterações necessárias para o ILS categoria 3 começar a funcionar.
ATRASO
O equipamento está instalado desde janeiro do ano passado em Cumbica, mas ainda não têm autorização da Anac para operar.
A implantação deveria ter sido feita em dezembro de 2011, um ano e meio atrás, segundo estimativa da própria Infraero.
OUTRO LADO
A Infraero não se manifestou sobre o fato de o equipamento de R$ 8,9 milhões atender a uma pequena parte dos voos de Cumbica. A Folha enviou questões à estatal anteontem à noite.
À reportagem um dirigente da companhia mostrou insatisfação com o fato de as companhias aéreas não treinarem tripulações para usar o equipamento antineblina.
A TAM informou que está em processo de pedir à Anac aval para usá-lo nos seus aviões maiores, que fazem rotas intercontinentais (Boeings 767 e 777 e Airbus A330), assim como treinar as tripulações a fazê-lo.
A Gol informou que aguardará a implantação do ILS 3 antes de se manifestar. Em janeiro de 2012, a empresa havia dito à Folha não ter interesse em adotá-lo, pois seus aviões são autorizados a usar o ILS 2, tido como suficiente.
A Azul diz que tem interesse em habilitar parte da frota. A Avianca não respondeu.
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Trabalho conjunto populariza conceito da Defesa do País
Roberto Godoy
O acordo entre os comandos do Exército e da Aeronáutica com a TV Globo não envolve nada comercial, e é executado sem custos. A proposta de trabalho foi apresentada e analisada pelas duas organizações de Defesa. No caso da Força Aérea, diretamente envolvida na trama da novela Flor do Caribe, uma análise considerou o público a ser alcançado, a segurança dos voos e o potencial de valorização da imagem da FAB - além da coerência da história contada com os princípios éticos e morais da aviação militar do País. As operações aéreas aproveitam missõesjá programadas, principalmente as de treinamento. A TV Globo tem sido assessorada por oficiais do Centro de Comunicação Social da Força para não errar no uso dos uniformes, das insígnias, do jargão profissional e nos detalhes de cena. Os atores que vivem os personagens militares passaram um certo tempo na Base Aérea de Natal. O Exército cumpre protocolo semelhante. Parte do elenco de Salve Jorge passou um mês na Academia das Agulhas Negras e nas unidades de Cavalaria do Rio Grande do Sul. Alguns, a bordo de tanques.
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Ustra é convocado para falar à Comissão da Verdade
Roldão Arruda
A Comissão Nacional da Verdade convocou o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra para prestar depoimento. No encontro, agendado para sexta-feira, em Brasília, ele será questionado sobre crimes ocorridos no período da ditadura militar dos quais é acusado de ter participado.
Se não obedecer à convocação, o militar pode responder por crime de desobediência ou ser conduzido à força. Até ontem à noite ele ainda não havia respondido oficialmente à Comissão. O mais provável é que Ustra encaminhe um documento solicitando dispensa do comparecimento. Vai alegar que tudo que tem a dizer sobre suas ações na ditadura está contido nos seus livros Rompendo o Silêncio (1987) e A Verdade Sufocada (2006). Foi essa a atitude que o coronel adotou quando, dias atrás, recebeu um convite da Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo para falar sobre violações de direitos humanos ocorridas no DOI-Codi do 2º Exército entre 1970 e 1974 - período em que a instituição esteve sob seu comando. "Tudo que ele tem a dizer já está nos livros que escreveu", argumenta o advogado Paulo Esteves, que defende o militar. Se comparecer, Ustra tem o direito de não responder às perguntas que lhe fizerem. O coronel não é o primeiro militar convocado. Há expectativa em torno de seu depoimento, porém, porque o DOI-Codi de São Paulo foi um dos principais órgãos da repressão na ditadura. Seu nome é citado em centenas de depoimentos em casos que envolvem tortura, morte e desaparecimento forçado de opositores. Ele tem negado sistematicamente as acusações. Em outubro do ano passado, o juiz Hélio Egydio de Matos Nogueira, da 9ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, acatou denúncia do Ministério Público Federal contra o coronel pelo crime de sequestro qualificado do desaparecido político Edgard de Aquino Duarte, em 1971. |
Mentor de assalto a universidade é estudante, diz Polícia do Amazonas
Mãe do mentor suspeito do crime contribui com as investigações da polícia. Soldado da Aeronáutica foi um dos detidos pelo assalto na universidade.
Camila Henriques
A Polícia Civil revelou que o mentor do assalto ao setor financeiro de um centro universitário na Zona Centro-Sul de Manaus, ocorrido no dia 29 de abril, foi um estudante do curso de Administração da própria instituição. Obtida por meio de depoimentos de dois dos quatros suspeitos do crime, a informação foi confirmada pela delegada titular do 12º Distrito Integrado de Polícia, Rosana Gomes, durante a apresentação da dupla detida pelos policiais na manhã desta segunda-feira (6) na Delegacia Geral, localizada na Zona Centro-Oeste da capital.
A delegada informou que o mentor do assalto, ainda foragido, teria visitado a instituição na manhã do crime para pagar uma mensalidade. "Neste momento, ele acabou sabendo como era o procedimento para pagamento na universidade. Os dois comparsas detidos revelaram ainda que este crime estava sendo planejado desde o início de abril e que havia uma ideia de voltar a roubar a universidade em junho deste ano", afirmou. Rosana informou ainda que o mentor seria foragido do regime aberto do sistema penitenciário de Manaus.
O delegado-geral da Polícia Civil, Josué Rocha, informou ainda que a mãe do mentor do crime contribui para as investigações do crime desde que as fotos dos suspeitos foram divulgadas pela imprensa. "A ajuda das pessoas para prender estes suspeitos, aliás, vem sendo fundamental. Através das denúncias feitas, conseguimos prender os dois primeiros suspeitos na noite de sexta-feira para sábado (4) e vamos chegar ao restante do bando", disse.
Segundo informações da Polícia Civil, entre os dois detidos, está um soldado da Aeronáutica de 22 anos. Com a dupla, foi encontrado uma celular com imagens do dinheiro roubado. "Na gravação, é possível ver todos eles em uma lancha, comemorando a realização do assalto. Acreditamos que isso vai facilitar na detenção do restante do bando", disse Josué Rocha.
O soldado da Aeronáutica será encaminhado para o comando da corporação, onde permanecerá preso, de acordo com a Polícia Civil. Já o outro infrator detido, um homem de 23 anos, será levado para a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus.
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Polícia investiga pouso forçado de ultraleve, em Ariquemes, RO
Aeronave ficou danificada com o impacto e piloto sofreu fratura na perna. Delegado quer saber se piloto tinha autorização para voar.
Eliete Marques
A Polícia Civil de Ariquemes (RO) investiga as causas que motivaram um pouso forçado de um ultraleve experimental, no domingo (5). O incidente, que deixou o piloto com uma das pernas fraturadas, ocorreu no loteamento Jardim Vitória. Um passageiro da aeronave sofreu ferimentos leves. De acordo com a Polícia Militar, que ouviu testemunhas, o ultraleve sofreu uma pane mecânica, logo após a decolagem no aeroporto do município, e ficou danificado, segundo a PM.
Por se tratar de um modelo experimental, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Seripa 7) informou ao G1, que o caso não deve ser investigado pela Aeronáutica. Segundo o suboficial da Aeronáutica Dalson Trigueiro Lima, os ultraleves experimentais são de responsabilidade dos pilotos. “De acordo com nossa regulamentação, este tipo de aeronave é por conta e risco dos operadores”, explica.
Mas para o delegado regional da PC, Thiago Flores, o caso deve ser investigado. “A perícia está trabalhando. Com o resultado poderemos saber o que pode ter causado o acidente e se o piloto tinha autorização para voar”, explica. Flores salienta que, em virtude da complexidade do acidente, a conclusão do laudo deve sair em 30 dias.
De acordo com familiares, o piloto Adalberto Duarte Martins Lopes, de 43 anos, passou por uma cirurgia na perna, logo após o acidente, e segue internado. O passageiro que teve ferimentos leves não foi localizado.
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Para evitar terrorismo e sabotagem, Exército vai monitorar 14 locais durante visita do papa ao Rio
Hanrrikson de Andrade
O Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, vai ocupar e monitorar 14 estruturas estratégicas, entre as quais as duas usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ), durante a realização da Jornada Mundial da Juventude, evento católico que ocorrerá entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Francisco.
Militares da 9ª Brigada de Realengo (bairro da zona oeste da capital fluminense) iniciam a operação 15 dias antes do início da Copa das Confederações. O objetivo é evitar possíveis ações terroristas ou tentativas de sabotagem nas áreas de fornecimento de água e energia e telecomunicações, entre outras.
"Sempre há uma preocupação com o terrorismo internacional. Não há nenhum indício sobre isso. Pelas análises de riscos que nós temos, não temos indício de uma ação terrorista, mas está aí a Maratona de Boston que mostra que, quando não se esperava absolutamente nada, ocorre um fato trágico. E uma outra preocupação é a grande quantidade de pessoas. Isso também pode ser um potencial foco de incidentes. Uma concentração grande de pessoas em um único lugar pode provocar um estouro da boiada", disse.
Também constam na lista de pontos estratégicos a ETA (Estação de Tratamento de Água) do Guandu, a Elevatória do Lameirão, o Centro de Controle de Furnas, o cruzamento das linhas de transmissão em Nova Iguaçu (no bairro Rosa dos Ventos), na Baixada Fluminense, os sítios de antenas do Mendanha e do Sumaré, a estação de energia de Guaratiba, a usina termelétrica de Santa Cruz, e as subestações de energia de Adrianópolis, Grajaú, Jacarepaguá e São José. "A usina de Santa Cruz, por exemplo, é uma preocupação porque fornece parte da energia para o Rio de Janeiro. Uma proporção pequena, mas ela também tem essa responsabilidade. Então, vamos auxiliar na proteção desse local para evitar que aconteça ali uma sabotagem ou um ato terrorista que possa comprometer o funcionamento da usina. Não vamos operar internamente. Vamos nos preocupar com a segurança no entorno", explicou o general José Alberto da Costa Abreu, da 1ª DE (Divisão de Exército), designado pelo CML (Comando Militar do Leste) para comandar o esquema de segurança durante a JMJ.
"O efetivo vai variar de ponto para ponto. Tem ponto que vai ter apenas um trabalho de inteligência, uma vigilância, porque a própria estrutura existente naquele ponto garante a segurança daquele local. Varia de acordo com o grau de relevância, localização e também alguns informes que possam existir sobre potenciais riscos", completou o general.
Segundo ele, os dois aeroportos da cidade, Santos Dumont, na zona sul, e Galeão, na zona norte, também serão monitorados. A missão caberá aos batalhões de Infantaria da Aeronáutica, que deverá promover ações de inteligência no sentido de identificar pessoas que eventualmente possam ser classificadas como suspeitas de terrorismo. Passarão ainda por constante fiscalização a rodoviária Novo Rio e o porto do Rio de Janeiro. Nesses locais, porém, não está prevista a instalação de tropas. "A nossa maior preocupação é a Jornada Mundial da Juventude. É um evento maior e com uma personalidade mundial que é o papa", afirmou Abreu.
Lei e ordem
Em entrevista ao UOL, o general comandante da 1ª DE disse que o plano de segurança para a Jornada Mundial da Juventude já está praticamente definido, restando apenas ajustes a serem feitos conforme a agenda do papa Francisco que deve ser divulgada pelo Vaticano na terça-feira (7). O esquema possui dois eixos: segurança e defesa. O primeiro cabe ao Ministério da Justiça, por meio da Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança em Grandes Eventos); já a segunda é de responsabilidade do Ministério da Defesa, isto é, das Forças Armadas. O efetivo total será de mais de 12 mil homens.
Serão mobilizados mais de 8.600 militares --cerca de 6.000 do Exército, 2.000 da Marinha e 600 da Aeronáutica--, além de aproximadamente 4.500 policiais e agentes de diversas instituições. Pelo menos 800 militares do batalhão do Exército em Petrópolis, na região serrana do Rio, ficarão aquartelados na capital fluminense em regime de contingência. As Forças Armadas, que terão poder de polícia após a publicação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), serão responsáveis pela segurança em Guaratiba, na zona oeste da cidade, principal ponto de peregrinação durante a JMJ. Lá o Papa deverá celebrar uma missa para um público de 2,5 milhões de fiéis no dia 28 de julho.
"A GLO permite que as Forças Armadas atuem como polícia dentro de um quadro de normalidade, mas necessitando que ela realmente tenha esse poder de polícia para exercer sua atribuição sem qualquer comprometimento judicial. Para poder fazer prisões. Uma defesa de patrimônio, se for o caso. Nós trabalhamos com regras de engajamento. Se a tropa recebe um tiro, por exemplo, pelas regras de engajamento e estando amparada pela GLO, ela pode responder da mesma forma. Isso nos dá essa garantia de atuar respaldada pela Justiça", explicou.
Barreiras
Em Guaratiba, as Forças Armadas farão três barreiras de proteção no sentido de organizar a entrada e saída dos peregrinos, e impedir que o papa Francisco, que irá ao local para uma grande missa de encerramento, no dia 28 de julho, esteja exposto a perigos. Toda a operação ficará a cargo da Brigada de Infantaria Paraquedista. Mais de 4.000 militares estarão mobilizados somente em Guaratiba.
O primeiro cordão será formado a 3km do palco principal, e funcionará como mecanismo de controle de acesso, segundo o general Abreu. "A partir desse ponto, só os veículos autorizados poderão passar. Serviços como saúde, alimentação e segurança. Se algum grupo quiser se aproximar com o objetivo de criar um distúrbio, essa primeira linha logo conseguirá impedir", explicou o comandante da 1ª DE.
Já a segunda barreira será formada a 500 metros do palco com o intuito de proteger o entorno. A cem metros, uma última linha formada por militares descaracterizados, "observando e dando segurança para as autoridades", de acordo com o general. Há possibilidade, segundo ele, de que os veículos blindados do Exército sejam utilizados para facilitar a logística da operação.
Durante toda a Jornada Mundial da Juventude, as Forças Armadas disponibilizarão um grupo de 140 militares treinados para atuar na segurança pessoal do papa em caso de situações emergenciais. Eles poderão reforçar a equipe da Polícia Federal --que tem a responsabilidade de garantir a segurança do pontífice-- ou mesmo substituir algum agente.
"Temos 140 homens preparados para atuar na segurança pessoal do papa e das demais autoridades. São 140 homens bem preparados, que falam outros idiomas, que tem experiência internacional como a operação no Haiti, que esteve na operação Arcanjo no Complexo do Alemão, dentro do Riocentro durante a Rio+20. Eles vão estar de terno em condições de reforçar ou até mesmo substituir de maneira a proporcionar a segurança do papa e das autoridades", declarou Abreu.
Equipamento de guerra
As Forças Armadas utilizarão o potencial máximo de seu equipamento operacional e de inteligência. Segundo o general Abreu, blindados do tipo CLANF, Urutu e Cascavel estarão guardados em pontos estratégicos.
A Força Aérea fará uso de seus modelos mais avançados: o caça F-5, o jato Super Tucano, o helicóptero M-60, além de veículos não tripulados. Todo o aparato estará de prontidão para qualquer situação emergencial.
As aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) poderão abater veículos não autorizados em situações de emergência
Outra característica do armamento utilizado durante o evento católico será a farta utilização de armamento não letal. Todos os militares que atuarem no esquema de segurança portarão pistolas de choque, spray de pimenta, balas de borracha, entre outros.
Apesar do grau máximo de cautela, o general Abreu afirmou ao UOL que a população não verá tanques de guerra apontados para favelas, tal como ocorreu durante a Eco 92.
"Hoje nós temos as Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas. De certa forma, isso proporciona uma segurança para a população. Isso é um fato. Não há necessidade de uma preocupação das Forças Armadas com as comunidades. Elas estão sob guarda da Polícia Militar. Isso vocês não verão, definitivamente. Nem na Copa das Confederações nem na Jornada Mundial da Juventude", afirmou.
Espaço aéreo e marítimo
Durante a JMJ, o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) decretará zona vermelha (proibida) em todos os locais pelos quais o papa Francisco estiver cumprindo agenda. As principais áreas de exclusão são Guaratiba e Copacabana.
A depender das circunstâncias dos eventos e atividades da Jornada Mundial da Juventude, o espaço aéreo poderá ser dividido em zonas amarela (restrita) e branca (reservada). A execução ficará a cargo do Comdabra (Comando de Defesa Aérea Brasileira), que estará autorizado a abater quaisquer aeronaves suspeitas.
Já em relação ao espaço marítimo, a Marinha foi orientada a posicionar navios em pontos estratégicos da costa brasileira.
Centro de comando e controle
Todas as ações que fazem parte do esquema de segurança da Jornada Mundial da Juventude serão coordenadas e monitoradas pelo CCA (Centro de Coordenação de Área), uma sala de operações situada no Palácio Duque de Caxias, a sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro da cidade. O local é o mesmo que serviu de base para as Forças Armadas durante a Rio+20.
No CCA, os militares e representantes de todos os órgãos de segurança envolvidos no esquema têm condições de monitorar a cidade com imagens de mais de 500 câmeras. A estrutura é semelhante a do Centro de Operações da Prefeitura do Rio.
Também no prédio do CML funcionarão o o CCTI (Centro de Coordenação Tático Integrado), que reunirá todas as agências e órgãos especializados e focados em operações especiais --a exemplo do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a divisão de elite da PM do Rio, e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), a da Polícia Civil--, e o Centro de Inteligência, onde serão articuladas eventuais ações antiterrorismo e contraterrorismo, além da defesa cibernética.
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Militares são intoxicados em incêndio
Três vítimas de fogo em alojamento de Cruz Alta estão na UTI, uma delas com respiração mecânica
Fernando Goettems
Um incêndio na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas (Easa), em Cruz Alta, no noroeste do Estado, deixou pelo menos 45 pessoas intoxicadas. Todas foram encaminhadas aos hospitais Santa Lúcia e São Vicente de Paulo. Três estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e um dos pacientes respira com a ajuda de aparelhos.
Além dos militares, três bombeiros, que passaram mal enquanto combatiam o fogo, e uma mulher, que presta serviços ao quartel, foram encaminhados às instituições de saúde.
O fogo atingiu o Pavilhão da Companhia de Comandos e Serviços, um alojamento de militares, de acordo com o comandante da Easa, o coronel Paulo Antônio Pacheco. Junto ao prédio, havia um depósito com materiais e fardamentos. As chamas teriam começado neste local, segundo os bombeiros. As causas ainda não foram identificadas.
O médico Marcos Furian, pneumoligista que coordenou o atendimento no Hospital Santa Lúcia, observa que pelo menos três pessoas apresentavam sintomas de intoxicação mais sérias.
Como havia colchões no local, que, ao queimar podem liberar substâncias como o cianeto, apontado como principal causa das mortes na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, a equipe médica solicitou kits para o tratamento de intoxicação pelo gás tóxico, além de dois respiradores, que foram enviados da Capital em um avião da Força Aérea.
Furian entrou em contato com médicos que atenderam as vítimas em Santa Maria, para se aconselhar sobre a melhor maneira para atendimento:
– Tínhamos de ser rápidos. Pelos sintomas apresentados por alguns pacientes, optamos por solicitar e tratar com o antídoto contra a intoxicação por cianeto – comenta o médico.
Foram coletadas amostras de sangue dos pacientes e encaminhadas para análise que vão apontar quais gases foram inalados no incêndio.
Segundo o coronel Paulo Antônio Pacheco, comandante da Easa, os militares intoxicados tentaram retirar materiais do Exército. Alguns teriam ido verificar se não tinham colegas no local.
– De imediato, mandamos se afastarem do prédio – disse o comandante.
Os militares que ficavam alojados no prédio não estavam no quartel, mas em um treinamento. Até o final da tarde de ontem, 42 pessoas seguiam internadas.
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Equipamento deverá reduzir em 40% atrasos ou cancelamentos no Salgado Filho
Se ILS 2 estivesse operando na sexta passada, quando aeroporto em Porto Alegre fechou 6,5 horas, transtorno teria sido de quatro horas
Erik Farina
A instalação de um equipamento para operações do aeroporto em dias de nevoeiro poderá reduzir em 40% os atrasos e cancelamentos no Salgado Filho. A garantia foi dada pelo superintendente da Infraero na Região Sul, Carlos Alberto Souza.
Atualmente, o aeroporto tem a versão 1 do Instrument Landing System (ILS 1), sistema que fornece informações para o piloto pousar ou decolar em condições adversas de tempo. Se já tivesse o ILS 2 funcionando na sexta-feira passada, por exemplo, quando o terminal ficou fechado para pousos durante 6,5 horas pela manhã, o Salgado Filho estaria parado por quatro horas. Em outra comparação, em maio do ano passado, ficou 19 horas fechado, principalmente em razão do nevoeiro. Caso o ILS 2 já estivesse no ar, teria ficado 11 horas sem operações.
Souza explica que o sistema possibilitará que o Salgado Filho permaneça aberto por mais tempo enquanto houver nevoeiro, reduzindo a quantidade de passageiros prejudicados:
– Teremos um ganho significativo de operações em relação ao ILS 1 (sistema atual). Mesmo sob nevoeiro, haverá o equivalente a 40% dos voos que deixarão de ser afetados.
Anunciada há mais de 15 anos, a instalação do ILS 2 deve estar concluída em setembro. A Infraero, estatal que administra o aeroporto, assegura que o cronograma está sendo cumprido. A expectativa é que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) homologue o equipamento até janeiro de 2014. No ano passado, o aeroporto passou mais de 73 horas sem condições de operar.
Enquanto a névoa estiver em sua formação mais densa, as operações no Salgado Filho ficarão suspensas. Atualmente, o aeroporto conta com a versão básica do equipamento, que exige do piloto uma visibilidade horizontal de 800 metros até a pista. O ILS 2 exige metade desta distância. Há ainda uma terceira versão, que permite pouso sem nenhuma visibilidade e é usado em Londres e Nova York, por exemplo.
Técnica da Somar Meteorologia, Patrícia Vieira explica que as condições meteorológicas no aeroporto Salgado Filho são afetadas pela alta umidade no local e a baixa temperatura nos meses mais frios, combinação que favorece a formação de nevoeiro. A especialista diz, entretanto, que a condição é a mesma de aeroportos como Curitiba e Guarulhos, que têm o ILS 2.
– Quanto mais avançados os instrumentos, maiores as possibilidades de operar – afirma Patrícia.
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CORREIO DO ESTADO (MS)
Parceria com paraguaios ajuda manter controle do espaço aéreo
Thiago Gomes
A parceria entre as forças aéreas do Brasil e do Paraguai torna mais efetivo o controle do espaço áereo dos dois países, favorecendo, principalmente, o combate os voos desconhecidos. A análise é do major brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, responsável pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), que desde ontem está em Campo Grande coordenando a Operação Parbra III.
Até o final da semana, com movimentação de aeronaves em Campo Grande e nas cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero e Concepción, serão realizados exercícios combinados de combate a voos ilícitos nas regiões de fronteira dos dois países.
A maior novidade dessa terceira edição da Parbra está no emprego, pela primeira vez, dos radares táticos móveis MRCS 403, da Força Aérea do Paraguai. São equipamentos capazes de detectar, identificar e fazer controle para interceptação de aeronaves em voos clandestinos.
O comandante da 1ª Brigada Aérea da FAP, general Ramon Dominguez Gutter, também esteve ontem na Base Aérea de Campo Grande e declarou que apesar de ainda não ser tudo o que se faz necessário, “a utilização desse sistema de radar é um grande passo dado pela Força Aérea do Paraguai”.