NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/04/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Estradas precárias dificultam acesso à saúde e escoamento da produção em Raposa Serra do Sol
Luciano Nascimento
Enviado Especial da Agência Brasil/EBC
Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) – Percorrer os caminhos que cortam Raposa Serra do Sol é uma aventura digna de um rally. Estradas de terra batida esburacadas, pontes de madeira precárias põem em risco a vida dos moradores e dificultam o socorro para quem tem necessidade de serviços de saúde, além de dificultarem o escoamento da produção. Os índios reclamam que, depois da retirada dos arrozeiros, o governo estadual deixou de fazer a manutenção das vias que cortam a região.
A reclamação sobre a falta de manutenção das estradas é constante. Em geral, os índios levam até quatro horas para percorrer de carro uma distância de 60 quilômetros. “A dificuldade que a gente enfrenta na minha comunidade, na comunidade de Cumanã, é com o transporte, para escoar a produção. Porque o que nós produzimos lá não tem como escoar, para trazer para outras comunidades”, contou à Agência Brasil, o tuxaua da comunidade Cumanã, Tarzan Alves. Tuxaua é a designação que os índios macuxi dão a seus líderes. A comunidade planta batata, mandioca, milho e banana, mas não tem como escoar a produção.
“Quando foi a época da luta, o governo do estado disse que ia tirar as estradas, que ia tirar a educação e a gente viu isso. Com certeza vocês passaram por essas estradas. Tem muita buraqueira” reclamou Abel Lucena da Silva, o coordenador da Região da Serra, uma das oito que compõem Raposa Serra do Sol.
A falta de apoio do governo estadual à construção e manutenção das escolas e postos de saúde também é motivo de reclamação dos índios. “Hoje tem umas construções das nossas escolas em que só existe a base. A saúde, o posto de saúde é construído pela própria comunidade”, observa o líder.
Os índios contam com os agentes de saúde indígenas para tratar das doenças mais simples. Eles também apostam na medicina tradicional, praticada pelos pajés e benzedeiras. Contudo, quando existe um caso mais grave, o pedido de socorro é feito pelo rádio. É neste momento que as estradas precárias se transformam em um problema. Devido à dificuldade de acesso, geralmente, os índios têm que ser transportados por aviões.
É o caso da comunidade Serra do Sol, localizada na fronteira com a Guiana e a Venezuela, onde vivem os povos ingaricós e cujo acesso se dá exclusivamente por avião. A viagem dura 50 minutos. Com uma população de 1.400 habitantes, até pouco tempo eles eram nômades. Agora vivem em pequenas comunidades e têm que se adaptar à vida sedentária.
Os índios sofrem problemas de saúde decorrentes da falta de saneamento básico. “A doença que nós temos é a diarreia e o vômito, principalmente entre as crianças e os idosos”, relata o agente de saúde Romário Felipe Miguel que trabalha em um posto da comunidade, construído pelos próprios índios.
Ele conta que os médicos visitam a comunidade a cada dois meses e que os doentes mais graves dependem de deslocamento aéreo fornecido pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde.
Em função da mudança brusca nos hábitos, os índios encontram dificuldades para se adaptar ao novo modo de vida. A maioria deles só se comunica no idioma ingaricó e ainda está aprendendo a criar animais para a alimentação. “Hoje, a comunidade está em local fixo, por causa do posto de saúde e da escola. O acúmulo de pessoas no local gera doenças, pois não temos nenhum tipo de saneamento e de tratamento de água, [o que] requer o fornecimento de medicamento, presença de médicos e de enfermeiros”, conta o professor indígena Dilson Domente Ingaricó.
Para tentar solucionar o problema os índios estão buscando instalar um sistema de abastecimento de água encanada, mas novamente esbarram na dificuldade do acesso. "Estamos contando com o apoio da Força Aérea para transportar os canos até a comunidade e instalar o abastecimento de água", relata o professor ingaricó.
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Comissão da Verdade do Rio vai investigar mortes de Anísio Teixeira, Stuart Angel e Rubens Paiva
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
A Comissão Estadual da Verdade (CEV) fez hoje (17) sua primeira reunião em que definiu a sua linha de trabalho. De acordo com o presidente da comissão fluminense, Wadih Damous, quatro temas serão abordados: mortos e desaparecidos, mecanismos de repressão, casas clandestinas de tortura e casos emblemáticos.
“Primeiramente, o item mortos e desaparecidos, que aliás é a razão de ser de qualquer comissão da verdade, no sentido de dar satisfação à sociedade, aos parentes, sobre o que aconteceu com essas pessoas. Se foram mortas, onde foram enterradas? Se foram torturadas, quem as torturou? Se foram assassinadas, quem as assassinou?”.
Entre os principais casos a serem tratados estão o da Casa da Morte, aparelho clandestino de tortura em Petrópolis, e as mortes do engenheiro e político Rubens Paiva, do militante Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, e do educador Anísio Teixeira.
O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia de Niterói, Waldeck Carneiro, protocolou no início da reunião um pedido para que se priorize a investigação da morte de Anísio Teixeira, ocorrida em 1971 e ainda sem explicação.
“Ele foi um dos maiores educadores da história nacional, que morreu sob condições e circunstâncias inexplicadas até hoje, misteriosas, obscuras. O governo da ditadura, naquela ocasião, jamais permitiu que se apurasse as circunstâncias da morte, apesar dos apelos da família, das universidades brasileiras, do movimento dos educadores. Agora que a gente tem no Rio de Janeiro a possibilidade da instalação da Comissão Estadual da Verdade, a gente considera muito importante, tendo em vista que essa morte aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, na Praia de Botafogo”, disse.
Outro caso a ser investigado pela CEV é o da carta-bomba enviada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 1980, que matou a secretária do presidente da entidade na época, dona Lyda Monteiro. Ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, informou que a CVE vai ser instalada na sede da entidade e seu gabinete vai funcionar na mesma sala onde ocorreu a explosão.
“Nós decidimos instalar a comissão aqui também pelo caráter simbólico, de toda a luta que a OAB teve na reconquista da democracia brasileira, tudo o que significou aquele atentado. Então nós somos uma entidade, também, vítima. Muitos advogados foram vítimas, mas a própria entidade foi vítima de um atentado terrorista cometido pela ditadura militar”, declarou.
A Comissão Estadual da Verdade será oficialmente empossada no dia 8 de maio e tem prazo de funcionamento de dois anos, mas a divisão dos grupos de trabalho e a montagem das assessorias para as investigações começaram hoje. As reuniões irão ocorrer sempre às quartas-feiras. Damous ressaltou que haverá a maior transparência possível nos trabalhos da comissão.
“Vamos nos valer de uma forma bastante permanente das audiências públicas, audiências com parentes, com vítimas. No estado do Rio de Janeiro foi onde ocorreu o maior número de mortos e desaparecimentos, um total de 111, levantamento feito pela Comissão Especial de Mortos e Desparecidos do governo federal”, disse.
A Comissão da Verdade do Rio vai trabalhar em conjunto com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), fazendo investigações complementares ou a pedido da própria CNV.
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Cuiabá comanda tropas humanitárias
Soldados vindos do Canadá, Paraguai, Bolívia, Paraná e Mato Grosso do Sul fazem treinamento na Capital antes de serem encaminhados ao país
HELSON FRANÇA
Da Reportagem
Pela primeira vez em nove anos de intervenção brasileira no Haiti um batalhão de Cuiabá comandará a preparação e envio de militares ao país – sem presidente desde 2004 e arrasado pelo terremoto de 2010, que matou por volta de 220 mil pessoas.
No próximo dia 13 de maio 1,2 mil militares (856 do Exército, 244 da Marinha e 34 da Força Aérea Brasileira) começam a embarcar para uma missão de seis meses no Haiti. O envio será dividido em nove etapas. Na primeira, seguirão aproximadamente 120 militares.
Denominado de 18º Batalhão de Infantaria de Força de Paz, fazem parte da tropa treinada em Cuiabá 39 fuzileiros canadenses, configurando a primeira vez também em que tropas do Brasil e Canadá atuam em conjunto.
O grupo ainda é formado por 33 paraguaios, um boliviano e 429 militares de Mato Grosso – sendo 144 de Cuiabá. O restante é dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná.
O envolvimento de Cuiabá na preparação dos militares faz parte de um sistema de rodízio estabelecido pelo comando do Exército Brasileiro: a cada seis meses o batalhão de determinada cidade fica encarregado de formar uma equipe e treinar a tropa para missão no Haiti.
“O trabalho dos soldados será de realizar patrulhamentos, acompanhamento nos comboios, nos locais de obras e de votação, se for o caso de ocorrer eleição presidencial. A missão será contribuir na manutenção da segurança e estabilidade do país, para que outros órgãos possam realizar a ajuda humanitária”, explicou o coronel Zenedir da Mota Fontoura, responsável pelo treinamento.
Em dezembro, será a vez de Campinas (SP) encaminhar militares para o Haiti.
Como parte da preparação, os militares são colocados em situações de simulação de desastres naturais, aprendem técnicas de atendimento pré-hospitalar, primeiros socorros e resgate a vítimas de terremoto. Treinam tiros com armas não-letais, além do estudo do creole – idioma oficial do Haiti – e francês.
No Haiti, 80% da população ainda vive abaixo da linha de pobreza. Segundo o coronel Zenedir, o país vem retomando a normalidade em ritmo lento. “Já é possível identificar uma melhora no comércio, por exemplo, com uma maior circulação de dinheiro”, observa.
O coronel ressaltou que os militares enviados não têm a finalidade de atuar no combate à entrada ilegal de haitianos no Brasil. Algumas cidades, como Brasileia, no Acre, tem tido problemas devido ao grande número de haitianos que chega. Cuiabá, atualmente, tem sido uma cidade bastante visada – em virtude das obras da Copa e do “boom” da construção civil. “Nossa missão lá tem outro foco”, resumiu.
Desde 2004, com a deposição do presidente Jean-Bertand Aristide, o Brasil assumiu o cargo de coordenação da recém-formada Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah). Mais de 20 mil soldados brasileiros já participaram da missão de paz, desde então.
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Copa, Olimpíada e estratégia nacional impulsionam setor de defesa e segurança
Ricardo Bonalume Neto
Enviado ao Rio
A ênfase da Estratégia Nacional de Defesa em promover a indústria bélica nacional --legislação recente que facilita a exportação do material da área-- e a necessidade de novos equipamentos de segurança para grandes eventos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada no Rio, aumentaram os investimentos de empresas brasileiras no setor.
É o que indica um barômetro extremamente confiável: a participação das empresas na feira Laad 2013 (Latin America Defence & Security), encerrada na última sexta-feira no Rio.
A primeira edição da feira, em 1997, teve 30 expositores, seis delegações oficiais e cerca de 5.000 visitantes. A nona edição, agora encerrada, teve 694 expositores de 40 países (dos quais 195 brasileiros), 120 delegações estrangeiras e mais de 30 mil visitantes. Na feira anterior, em 2011, eram 663 expositores, 120 deles brasileiros.
Não foram anunciados negócios espetaculares. Mas foram divulgados vários pequenos acordos e contratos, ligados tanto ao reequipamento das Forças Armadas, quanto à exportação de material de defesa.
Exército expôs seu novo tanque antiaéreo Gepard --alemão, de segunda mão--, que tem potencial para defesa de eventos contra atentados com aeronaves.
A empresa Condor, especialista em armas não letais como bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e pistolas de choque, anunciou que vendeu 76 trajes antibombas de fabricação alemã para a Secretaria Extraordinária de Segurança Para Grandes Eventos, ligada ao Ministério da Justiça.
A companhia levou para a feira dois modelos de robôs usados para desativar bombas, por enquanto ainda sem compradores no país.
Os Vants --veículos aéreos não-tripulados--, a última moda em vigilância e reconhecimento, estavam presentes em grandes quantidades na feira, refletindo o possível mercado dos eventos no país.
EMBRAER
Já a Embraer Defesa & Segurança anunciou a assinatura de um contrato para a implementação de um sistema de vigilância e proteção das florestas da Guatemala. Foram adquiridos seis aviões de treinamento avançado e ataque leve A-29 Super Tucano, um sistema de comando e controle e três radares, além de apoio logístico e treinamento.
Outro pequeno contrato anunciado pela empresa foi a venda de três Super Tucano para o Senegal.
O avião é um sucesso de vendas. Recentemente, venceu pela segunda vez uma concorrência da Força Aérea dos EUA para um avião adequado à guerra contra-insurgência para ser usado pelos afegãos. A concorrente americana ainda está tentando anular o resultado na justiça, mas Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa & Segurança, está seguro de que o contrato "está efetivo".
A empresa também divulgou a assinatura de um contrato para fornecimento de suporte logístico para os 92 Super Tucano da FAB (Força Aérea Brasileira), no valor total de R$ 252 milhões. A OrbiSat, empresa do grupo, anunciou a venda de quatro radares de defesa aérea Saber M60 para a FAB.
Mas o anúncio mais importante da Embraer na área de defesa foi o início das atividades de vendas do jato de transporte militar KC-390, o maior avião projetado no Brasil e um potencial sucesso de vendas. A empresa "congelou" a configuração do avião; o próximo passo é construir um protótipo.
O desenvolvimento do KC-390 só foi possível porque o governo investiu nele, diz Sami Youssef Hassuani, presidente da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança).
AVIBRÁS
"O crescimento econômico é puxado pelo conhecimento e pela inovação. A indústria de defesa é isso", diz Hassuani, que preside a Avibrás Indústria Aeroespacial, uma grande exportadora de armamento e uma rara sobrevivente do período áureo da indústria de defesa brasileira na década de 1980.
"Há empresas que investem metade do faturamento em desenvolvimento", diz ele. A Avibrás chega a gastar 30%. "No plano estratégico da Avibrás, não se consta só com o mercado interno; o lucro e a produção em massa vêm da exportação."
O produto mais famoso da empresa, o lança-foguetes Astros, já foi vendido pra cinco países estrangeiros.
Recentemente o Exército e o Corpo de Fuzileiros Navais adquiriram versões mais modernas do lança-foguete, o Astros 20-20. A empresa já exportou mais de 400 veículos militares, segundo Hassuani.
Um caso mostra como é difícil contar com o "mercado interno". O Exército queria um blindado leve sobre rodas com tração 4x4. Expediu o requisito. A Avibrás criou o Guará para atender a demanda. Nenhum foi comprado.
O único protótipo foi enviado para testes na missão de paz do Haiti --e continua por lá.
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Demanda por voos domésticos volta a crescer em março e bate novo recorde
Depois de dois meses de queda, a demanda de passageiros por transporte aéreo doméstico voltou a crescer em março e atingiu novo recorde. A procura por voos teve aumento de 1,14% antes o mesmo mês do ano passado, informou nesta quarta-feira a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
No ano, o crescimento é de 1,19%, ante o mesmo período de 2012.
Avianca e Azul se destacaram no mês, com aumento de 30,97% e 29,00%, respectivamente. Entre as maiores empresas nacionais, o grupo TAM, que reúne a TAM Linhas Aéreas e Pantanal Linhas Aéreas, teve um aumento de 3,76% no período pesquisado, e a Gol registrou 6,34%.
As duas empresas são líderes do setor, com 39,26% e de 36,19% de participação no mercado, respectivamente. No primeiro trimestre, as duas foram responsáveis por 76,07% do mercado.
A demanda por voos internacionais de empresas brasileiras cresceu mais, 9,54%, na comparação de março ante o mesmo mês de 2012. A oferta teve aumento de 18,08%. A taxa de aproveitamento de assentos ficou em 71,57% no mês.
OFERTA
Já a oferta doméstica teve uma queda de 5,97% em março ante o mesmo mês em 2012. A redução vem caindo desde setembro do ano passado, após um crescimento seguido de oito anos e cinco meses.
A Anac estima que a demanda doméstica deve crescer 10% neste ano. No ano passado, o crescimento foi de 6,79% em relação a 2011.
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Segurança na Copa terá 4,2 mil homens
Aproximadamente 4,2 mil homens participarão da segurança da Copa das Confederações, que tem início em junho, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, Grande Recife. A Secretaria de Defesa Social (SDS) empregará 3 mil policiais militares, civis, bombeiros e peritos criminais. Outro efetivo, de 1,2 mil pessoas, será constituído por policiais federais, agentes de trânsito, militares das Forças Armadas e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).Os detalhes foram definidos ontem, em reunião no auditório do Banco Central, em Santo Amaro, área central do Recife. O encontro, que prossegue hoje, visa definir 95% dos planos tático-operacionais de ação de segurança que serão postos em prática de acordo com as exigências da Fifa e conforme o padrão de segurança exigido para um evento internacional.
O gerente-geral de Programas e Projetos da SDS, coronel Ilídio Vilaça, disse que uma delegacia móvel - cedida pela Secretaria de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça - será instalada fora da Arena, para agilizar o registro de ocorrências.
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Elito nega grampo no Porto de Suape
BRASÍLIA
O ministro José Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, afirmou ontem, em depoimento no Senado, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não monitora nem grampeia ninguém, mas deixou no ar que outros órgãos envolvidos com a segurança, como a Polícia Federal (PF), a aeronáutica, o Exército e a Marinha, vigiam e fazem interceptações telefônicas e de comunicações.Elito compareceu a uma sessão conjunta das Comissões Mista de Inteligência e de Fiscalização e Controle e do Trabalho da Câmara para explicar evidências de que trabalhadores do Porto de Suape, em Pernambuco, e de outros portos, ligados à Força Sindical, teriam sido monitorados pela Abin. "A Abin determinou a infiltração de agentes em assembleias de trabalhadores?", Indagou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Elito respondeu: "A existência do sistema de inteligência (Abin) não altera as competências de outros órgãos. O que a PF, Marinha, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Exército, aeronáutica e outros fazem não é feito pela estrutura de inteligência. O que a PF faz, ela continua fazendo. O que o Exército faz, ele continua fazendo."
Segundo Elito, a Abin atua apenas na inteligência de prevenção. Disse ainda que de seu sistema participam 15 ministérios, todos com assentos nas salas da Abin. "Esse sistema de inteligência acompanha o que pode causar um problema institucional no País", afirmou.
Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), no depoimento o general mostrou que o governo teve de recuar na vigilância aos trabalhadores portuários.
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Jornada Mundial da Juventude no Rio recebe 200 mil inscrições
Evento será realizado entre os dias 23 e 28 de julho; expectativa é de que 2,5 milhões de pessoas participem
José Maria Mayrink
Enviado Especial / Aparecida
Cerca de 200 mil jovens já se inscreveram para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho. A organização do evento estima que esse número deverá subir para 600 mil até junho e 2,5 milhões até a data do evento, incluindo os que não se inscreverão, mas assistirão às celebrações como peregrinos.
Do total de inscritos; 59% são brasileiros e 23% virão de países latino-americanos. As mulheres são até agora mais numerosas, com 67 mil inscrições, contra 54 mil homens. O Comitê Organizador Local (COL) dispõe de 250 vagas para hospedar os participantes vindos de fora - de outras cidades do Brasil e de 165 países dos cinco continentes. O arcebispo do Rio, d. Orani João Tempesta, avalia que o número de inscrições deverá disparar nos próximos dois meses, porque a maioria dos interessados só confirma presença na última hora.
Agenda do papa. O papa Francisco participará da reunião de 25 a 28 de julho, em quatro atos religiosos - a cerimônia de acolhida no dia 25, a via-sacra no dia 27 em Copacabana e, na noite de 27, a vigília no Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, onde no dia 28 será celebrada a Missa do Envio, na qual os jovens serão convidados a evangelizar o mundo.
Paralelamente, o papa Francisco cumprirá outros programas, como uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, a visita a uma favela e um encontro com jovens internos numa casa de reclusão pára viciados em drogas.
O coordenador-geral do COL, monsenhor Joel Portella Amado, explicou toda a logística do evento. Haverá orientação e facilidades nos pontos de desembarque para quem chegar de ônibus ou de avião e transporte em comboio para os locais de hospedagem. São cinco as opções: hotéis de livre escolha, hotéis reservados pela JMJ, hotéis de trânsito das Forças Armadas, casas de família e conventos religiosos. Os hotéis serão pagos pelos bispos.
"Uma conferência episcopal reservou o Copacabana Palace", informou monsenhor Joel, sem identificar o país de onde partiu a reserva. Questionado pelo Estado, o coordenador do COL respondeu que havia esquecido o nome da conferência. D. Orani informou que não sabia da reserva no Copacabana Palace e que havia estranhado a informação de monsenhor Joel.
Os bispos brasileiros foram alertados para a necessidade de passarem por uma revista dos agentes de segurança, antes dos atos que tiverem a presença do papa. "Todas as pessoas que forem chegar a 150 metros do papa Francisco terão de ser revistadas", adiantou monsenhor Joel. O coordenador aconselhou a todos a se locomoverem em comboios da JMJ no Rio, para evitar transtornos no transporte.
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Washington oferece ao Brasil ajuda em segurança
Os EUA ofereceram-se para cooperar com o Brasil na área de segurança, compartilhando as lições aprendidas com o atentado a bomba que matou 3 pessoas e deixou mais de 170 feridos na Maratona de Boston, na segunda-feira. A declaração foi feita pela embaixadora america-na na ONU, Susan Rice, durante encontro com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, ontem ( mais informações na página A16 ). Rice tem marcado ainda um encontro com o ministro da Defesa, celso amorim. A viagem ocorre no momento em que o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.
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Monomotor pode ter sido usado para o crime de contrabando, diz delegado
Trabalhadores acharam aeronave em chamas em Santa Cruz das Palmeiras. FAB esteve no local nesta quarta-feira para analisar e recolher o material.
G1
São Carlos e Araraquara
A Polícia Civil de Santa Cruz das Palmeiras (SP) suspeita que o avião monomotor encontrado em chamas em uma fazenda da cidade, na noite de terça-feira (16), tenha sido usado para transporte de carga ilegal. Apesar disso, ainda são necessários laudos para a constatação do que ocorreu. A Aeronáutica esteve no local para analisar e recolher o material.
O monomotor Cessna foi encontrado por trabalhadores de uma usina de cana-de-açúcar e o fogo foi controlado pelos próprios funcionários. Nenhum corpo foi encontrado e o proprietário ainda não foi identificado.
A suspeita da polícia é que o piloto tentou pousar a aeronave em uma estrada, mas acabou perdendo o controle. Pelos sinais no chão, é possível que ela tenha batido primeiro a hélice ao aterrisar.
Para o piloto agrícola João Batista Moreira Lopes, que chegou antes da perícia, o incêndio pode ter sido intencional. “Está estranho, a ideia é que tenham colocado fogo porque os tanques estão intactos”, afirmou.
O delegado José Américo Marchezi acredita que o avião transportava carga ilegal. “Nós achamos que pode ser até um delito de contrabando ou algo assim, mas é muito prematuro afirmar sem os laudos periciais”, disse.
A Força Aérea Brasileira (FAB) esteve no local para analisar e recolher o material. “O trabalho é muito demorado porque são vários fatores que estão envolvidos em uma ocorrência e a gente tem que investigar a fundo todos eles. Então realmente demanda um tempo muito grande”, destacou o capitão da aeronáutica Marcus Gustavo da Silveira.
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Demanda aérea tem ligeira alta de 1% em março
Alberto Komatsu
São Paulo
A demanda por voos domésticos registrou crescimento de 1,14% em março, na comparação anual, divulgou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (anac). Foi o primeiro resultado positivo neste ano, que acumula recuo de 1,19% no fluxo de passageiros transportados no país no primeiro trimestre, ante igual período de 2012.
A oferta de assentos teve redução de 5,97% em março, em relação ao mesmo período de 2012. Foi o sétimo mês consecutivo de variação negativa nesse índice, por causa da redução de oferta protagonizada por Gol e TAM desde meados do primeiro trimestre de 2012.
Como consequência dessa estratégia de conter a capacidade no mercado doméstico, a taxa média de ocupação dos aviões em voos domésticos se situou em 71,33%, um aumento de 5,01 ponto percentual na comparação com março de 2012. Foi o melhor desempenho desse indicador para o mês de março desde 2000, início da série histórica da anac.
A capacidade da Gol teve redução de 9,7% em março, ante igual mês de 2012, segundo dados divulgados pela própria companhia esta semana. A oferta da TAM recuou 10,96% na mesma base de comparação. No fluxo de passageiros, a Gol apresentou redução de 11%, enquanto a demanda da TAM cresceu 3,76%.
A anac divulgou números diferentes de oferta e demanda da Gol, com taxas de crescimento de 5,44% e de 6,34%, respectivamente. Isso porque a agência contabilizou os dados de 2012 da Webjet isoladamente. A Gol, que comprou a rival em 2011, inclui esses dados no seu desempenho.
Na TAM, a ocupação das aeronaves em voos domésticos cresceu 10,38 pontos percentuais, para 73,15%. Na Gol, esse indicador ficou em 65,27%, um avanço de 0,55 ponto percentual.
O fluxo de passageiros em voos internacionais, entre as aéreas brasileiras, subiu 9,54% em março, o quinto mês consecutivo de crescimento. A oferta de assentos cresceu 18,08%. A taxa média de ocupação dos aviões ficou em 71,57%, um recuo de 5,58 pontos percentuais ante março de 2012.
A participação combinada de Gol e TAM no mercado doméstico recuou 3,95 pontos percentuais em março, na comparação anual. Juntas, as duas companhias responderam por 75,45% dos voos domésticos no mês passado. No mesmo período de 2012, a fatia conjunta havia alcançado 79,4%.
As aéreas de médio porte (Avianca, Azul/Trip) responderam por 23,9% dos voos domésticos em março. Um ano antes, a fatia combinada era de 19,73%, um aumento de 4,17 pontos percentuais.
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Site JORNAL CIDADE (SP)
Elito diz que Abin não monitora ninguém
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Site BONDE NEWS (PR)
Aeronáutica abre inscrições para 542 vagas
A partir desta quarta-feira, 17, a Aeronáutica irá receber inscrições do concurso para o Exame de Admissão (Modalidade B) ao Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica. Para se inscrever, é necessário ter concluído ou estar em condições de concluir o ensino médio, não ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos até 31 de dezembro de 2014.
Ao todo, são 542 vagas oferecidas, para mecânica de aeronaves, material bélico, comunicações, foto-inteligência, guarda e segurança, eletricidade e instrumentos, equipamento de voo, meteorologia, suprimento, informações aeronáuticas, desenho, estrutura e pintura, eletromecânica, metalurgia, bombeiro e controle de tráfego aéreo.
As inscrições devem ser feitas nos endereços www.fab.mil.br e www.ciaar.com.br até 9 de maio. A taxa é de R$ 60.
A seleção terá exame de escolaridade, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e análise e conferência dos critérios exigidos e da documentação prevista para matrícula no curso.
A prova escrita será aplicada no dia 7 de julho nas cidades de Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, São José dos Campos, Campo Grande, Porto Alegre/Canoas, Curitiba, Brasília, Manaus e Porto Velho.
Sobre o Curso
O Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS) é realizado sob regime de internato militar durante dois anos, em Guaratinguetá (SP), na Escola de Especialistas de Aeronáutica (Eear).
Este curso é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como curso técnico. (Informações G1)