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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/04/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.

Boeing abre Centro de Pesquisa em SP

Com parcerias com Fapesp, USP, UFMG e IPT, empresa quer criar biocombustível para aviões

Flavia Galembeck

Impulsionado pelo Programa Céu Limpo, que prevê redução de 75% dos gases poluentes emitidos por companhias aereas que cruzam os céus da União Europeia, e que entra em vigor em setembro deste ano, a Boing resolveu abrir no Brasil seu sexto Centro de Pesquisa fora dos Estados Unidos. O anúncio foi feito pela presidente da Boing Brasil, Donna Hrinak, durante a LAAD, evento do setor de segurança que acontece no Rio de Janeiro. O local escolhido para sediar as pesquisas foi a cidade de São José dos Campos, no interior paulista, e também onde está localizada a sede da Embraer e o Insituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A grande estrela do laboratório deve ser o biocombustível para aviões. Amatriz energética desse combustível ainda não foi definida, mas a solução deve ser drop-end, ou seja, uma fonte que não crie necessidade de adaptação dos motores das aeronaves em operação. Hoje, a maior dificuldade é equacionar uma fórmula de combustível ecologicamente sustentável com a viabilidade financeira - a resposta para essa solução passa pela matriz energética.
Outras empresas, na Europa e na Ásia, também estão pesquisando o tema.O combustível responde por cerca de 30% dos custos das companhias aereas. Em um primeiro momento, a solução ecologicamente correta pode não significar economia. Mas a larga escala de seu uso, impulsionada por restrições como a da União Europeia, devem baratear o combustível verde. Em junho deste ano, o estudo Mapa Global deve definir a matéria-prima do biocombustível da Boing. O levantamento foi feito em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São (Fapesp). No Centro de Pesquisa da Boing, 12 pesquisadores contratados e mais os especialistas associados, de instituições como Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outros, desenvolverão produtos, novos materiais e produzirão conhecimento, como o estudo sobre o gerenciamento de pessoas em espaços restritos -esse último enfocando os jogos esportivos no Brasil em 2014 e 2016.


Vital do Rêgo sugere comissão de especialistas para reformar Código Aeronáutico

Gorette Brandão

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) deverá propor, ainda nesta terça-feira (9), requerimento para a constituição, pelo Senado, de uma comissão de especialistas para estudar a reforma do Código Aeronáutico Brasileiro (CBA). Essa é uma das recomendações do relatório final da Subcomissão Temporária da Aviação Civil aprovado também nesta terça.
Vital é o relator do colegiado, instalado no ano passado, no âmbito da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), que é presidida pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). Antes da aprovação do relatório, os integrantes da subcomissão debateram os problemas do setor com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.
Aprovado pela Lei 7.565/1986, o CBA é a legislação básica do setor aéreo. O código trata de questões abrangentes, definindo desde competências dos órgãos que atuam no setor a normas aplicáveis ao uso do espaço e ao tráfego aéreo. O código também define regras para organização de aeroportos e registro de aeronaves, além de definir as responsabilidades dos operadores e proprietários, entre muitas outras questões.
A comissão de especialistas deve ficar encarregada de apresentar um anteprojeto para posterior exame por comissão temporária de senadores, seguindo o mesmo processo já adotado em relação à reforma de outras legislações abrangentes, como o Código Penal e o Código do Consumidor.
Mudanças
De acordo com Vital do Rêgo, o texto precisa ser atualizado para refletir as grandes transformações da aviação civil nos últimos 26 anos. No campo institucional, por exemplo, ele lembrou que o setor saiu de um sistema de gestão centralizado no Departamento de Aviação Civil (DAC), para outro em que apenas o controle do tráfego aéreo e a investigação de acidentes permanecem sob responsabilidade militar.
O senador observou também que, embora a Infraero esteja administrando 66 aeroportos federais, quatro grandes equipamentos aeroportuários já foram concedidos à iniciativa privada. E disse que todas as mudanças no campo institucional e organizacional foram acompanhadas de expressivo crescimento da demanda, com a nova classe média frequentando os aeroportos, fazendo crescer o número de passageiros ao redor de 12% ao ano desde 2003.
- Forjou-se, assim, um cenário extremamente complexo e desafiador, e tanto mais complexo e desafiador na media em que estamos na iminência de receber no país eventos mundiais de enorme magnitude – afirmou Vital.
Contribuição
Moreira Franco afirmou que a atualização do CBA é uma contribuição complementar importante para a modernização do setor aéreo. Ele disse que, em alguns pontos, a legislação ficou não somente ultrapassada como inócua. Citou, como exemplo, a limitação à participação do capital estrangeiro em menos de 50% do capital das companhias aéreas. Hoje, independentemente de percentuais, ele disse que uma ação diferenciada pode assegurar a qualquer acionista o poder de gestão.
Ainda para o ministro, há grandes desafios na aviação civil não apenas para o governo e os legisladores, mas para todos os envolvidos nas atividades. A seu ver, há necessidade de profunda “mudança cultural”, pois os usuários necessitam receber o tratamento de “clientes”, com oferta de segurança, qualidade e preços.
- Ainda não temos isso, lamentavelmente – admitiu.
O ministro observou que o mercado de aviação incorporou mais de 40 milhões de pessoas. Disse que o governo está empenhado na construção e melhoria de 270 aeroportos. E, para que seja possível integrar ao sistema cidades médias e regiões afastadas, deverá ser adotado um mecanismo de subsídios.
Fernando Collor, que acompanhou a audiência, disse que o colegiado continuará atento e disposto a debater os problemas do setor, numa linha de colaboração para que os objetivos que determinaram a escolha do novo ministro para a pasta sejam alcançados: o bom atendimento à população e o êxitos dos grandes eventos que ocorrerão no país nos próximos anos.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), presidente da subcomissão, em reforço ao que já havia admitido Moreira Franco, afirmou que o custo do transporte aéreo precisa ser acessível para o cidadão. Ivo Cassol (PP-RO) chegou a dizer que o ministro, recentemente empossado, teria pela frente um “abacaxi para descascar”. Ele reclamou dos preços dos combustíveis cobrados pelos fornecedores que atendem nos aeroportos as companhias de aviação - até R$ 5 por litro de combustível para abastecer as aeronaves.


Socorro para aéreas

SÍLVIO RIBAS

O ministro da Secretaria de aviação Civil (SAC), Moreira Franco, voltou a defender o aumento da presença do capital estrangeiro nas companhias aéreas — do limite atual de 20% para até 49% — como forma de lhes dar segurança operacional. Durante audiência ontem no Senado, ele ouviu queixas dos parlamentares sobre a alta nos preços das passagens e a crescente queda da qualidade nos serviços do setor. Em resposta, ele argumentou que a ampliação do investimento externo pode ser uma aliada da gestão eficiente das empresas, mas o governo ainda não tem uma política definida sobre a questão.
Para a avaliar a melhor alternativa, a SAC encomendou estudos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Nacional de aviação Civil (Anac) sobre a situação financeira das empresas aéreas. As líderes do mercado doméstico, responsáveis por quase 80% do tráfego, tiveram prejuízos somados de R$ 2,7 bilhões em 2012. O rombo foi 148,6% superior ao de 2011, quando ficou em R$ 1,1 bilhão. Apenas a Gol perdeu R$ 1,5 bilhão no ano passado.
“Precisamos sair do achismo em relação às dificuldades apresentadas e fazer um esforço conjunto para garantir a existência de companhias robustas e saudáveis. Sem isso, não teremos serviços adequados” afirmou Franco. Ele adiantou, contudo, que o governo planeja favorecer a construção e a reforma de 270 aeroportos regionais, para trajetos médios e curtos entre cidades com população em torno de 100 mil habitantes. Nesse sentido, estão sendo consideradas até a adoção de subsídios para baratear os bilhetes. Ao Correio, Moreira Franco disse que o tamanho da ajuda deve ser o bastante para não desequilibrar o mercado.
Competição
Ao lembrar que o país conta atualmente com apenas duas grandes companhias aéreas e outras duas de médio porte, o ministro ressaltou a importância de haver mais competição para baixar preço. Ele destacou que a prioridade do governo é adotar medidas para garantir serviços seguros e bons com valores acessíveis. “O meio de transporte que mais cresce é o aeroviário, ao ritmo médio de 12% ao ano”, sublinhou.
Moreira Franco informou aos senadores o interesse do governo em garantir que os aeroportos operem 24 horas por dia no transporte de passageiros e de cargas. O tema será debatido hoje com todos os agentes envolvidos em operações aeroportuárias. “É fundamental que os aeroportos atendam o cliente”.

Dia e noite

O ministro da Secretaria de aviação Civil, Moreira Franco, confirmou ontem, em audiência no Senado, que os aeroportos brasileiros deverão operar 24 horas por dia, inclusive a movimentação de cargas.


Viajar de avião pode ficar (bem) mais turbulento e caro

Estudo indica que a elevação das concentrações na atmosfera de CO2, um dos vilões do aquecimento global, deve aumentar a quantidade e a intensidade das turbulências até 2050

São Paulo – Se você já não curte muito viajar de avião, é bom se preparar. Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change sugere que o aquecimento global deve tornar as turbulências em voos transatlânticos mais frequentes e graves em 2050. E os aviões que quiserem fugir do problema precisarão realizar rotas mais longas, o que por tabela aumentaria o consumo de combustível - e a passagem.
A indústria aérea é uma das fontes de crescimento mais rápido de emissões de dióxido de carbono, uma dos gases vilões do efeito estufa, mas essa é a primeira vez que os efeitos da mudança climática sobre a turbulência são estudados.
Segundo os pesquisadores das Universidades britâncias de Reading e East Anglia, responsáveis pelo estudo, as sacudidelas nas aeronaves vão se tornar mais fortes e recorrentes se as emissões de CO2 realmente dobrarem até 2050 conforme prevê a Agência Internacional de Energia. O aumento das concentrações de CO2 eleva a temperatura média global e acaba mudando a atmosfera por onde passam as rotas aéreas, tornando-a mais instável para os aviões.
Num primeiro momento, a pesquisa focou na travessia transtlântica entre Europa e América do Norte, realizada diariamente por cerca de 600 aeronaves. Usando simulações computacionais para avaliar os efeitos do aquecimento sobre as condições de voo, os cientistas descobriram que as chances de uma aeronave atravessar uma turbulência aumentarão entre 40% e 170%. Já a intensidade da sacudidela poderá aumentar entre 10 e 40%.
Como consequência, advertem os pesquisadores, trajetos mais turbulentos poderão aumentar o desconforto do voo e os riscos de acidentes para os passageiros e a tripulação. Para evitar o problema, os aviões precisarão mudar a rota, realizando trajetos mais longos e, por tabela, consumirão mais combustível, o que em última instância acabaria por elevar o preço da passagem.


Exército terá blindado nacional para transporte de pessoas

Batizado de Guarani, o tanque de guerra nacional é uma das atrações da Laad, mostra internacional de defesa e segurança, que começou ontem no Rio de Janeiro. 
O veículo anfíbio foi desenvolvido em parceria com o Exército brasileiro e a montadora Iveco, que investiu R$ 55 milhões, incluindo recursos destinados à construção da linha de montagem em Sete Lagoas (MG). 
Com 18 toneladas, o Guarani é um veículo 6x6 basicamente para transporte de soldados, com capacidade para até 11 ocupantes, motor a diesel de 383 cv e câmbio automático. 
O modelo pode receber diversos tipos de equipamentos de defesa, como uma torre armada operada por controle remoto, e ser transportado pela aeronave KC-390, da Embraer.
A Iveco entregará 86 unidades do tanque ao Exército até 2014. O valor total do contrato é de R$ 246 milhões.
A Laad vai até sexta-feira (12), no Riocentro.


Esplanada

Leandro Mazzini

Inimigo invisível

 O risco torna-se maior porque os balões movidos a ar quente serão “invisíveis” sem os fogos aos olhos dos pilotos, principalmente num dia nublado.
 Mayday, mayday
Pilotos e especialistas sabem que qualquer impacto com um balão, por menor que seja, pode derrubar um avião. Com desastre sem precedentes. 
 Ó, doutor..
Às vésperas das festas juninas, quando muito balão se solta, a lei visa atitude ambiental para evitar queimadas em florestas, mas os edis se esqueceram da rota dos aviões.


Ministro espera fechar compra de 36 caças para a FAB em 2013

André Naddeo

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que espera para este ano o fechamento da compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) dentro do programa F-X2, que se arrasta desde o governo FHC. "Eu tenho a expectativa que sim", afirmou Amorim, acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer, após a abertura da Feira Internacional de Defesa e Segurança (Laad), que acontece no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro. Se o Planalto manterá o plano de incluir a pesada compra no orçamento de 2013, o ministro despistou: "não tenho bola de cristal".
Em seu discurso antes da entrevista, porém, o ministro da Defesa chegou a afirmar "que o Brasil tem pressa pelo F-X2". O programa militar se arrasta há muitos anos e tem três países como principais competidores: França, com os Rafale, EUA, com seus F-18 Super Hornet, e a Suécia, com os Gripen NG. Ainda na época do governo Lula, por questões de proximidade política com o então presidente Nicolas Sakozy, o Brasil ficou perto de anunciar a compra dos caças Rafale, os mais caros da concorrência, a um custo de R$ 16 bilhões, mas com maior transferência de tecnologia.
O ministro da Defesa do governo Lula, Nelson Jobim, teria, inclusive, engavetado um relatório da FAB que escolhia pelos caças norte-americanos, mais barato (R$ 9 bilhões), e com hora-voo mais barata (R$ 20 mil) - contra o dobro dos franceses. O Gripen NG tem o menor custo (R$ 8 bilhões), mas ainda é considerado um caça pouco testado. Amorim, ainda em seu discurso no Laad, enalteceu também o "momento de relação pacífica entre os vizinhos, e isso é importante para que nós nos certifiquemos que a América do Sul hoje é uma zona de paz".
"Por que tanta ênfase na defesa, então, se o entorno é absolutamente tranquilo? A resposta a este paradoxo é que o mundo é imperfeito. Os conflitos não foram banidos da face da Terra, novas ameaças sempre são sublinhadas. Existem as velhas ameaças", complementou Amorim, citando ainda o advento do pré-sal em seu argumento.
"É preciso uma defesa capaz de garantir nossa tranquilidade, que a população possa usufruir destes recursos do petróleo sem nenhum tipo de ameaça", concluiu na Laad, que se estenderá até a próxima sexta-feira (12) e é tido como o evento mais importante de segurança da América Latina, com a participação de cerca de 700 expositores de 40 diferentes países.


Governo terá pacote para indústria química, usinas e empresas de defesa

Produtores de etanol e fabricantes de produtos químicos devem pagar menos imposto e será criada empresa para setor de armas

João Villaverde,Renata Veríssimo

Depois de lançar 16 pacotes com medidas de estímulo à economia, o governo Dilma Rousseff vai anunciar hoje a empresários um "pacotão de intenções", com pelo menos três grandes conjuntos de incentivos que pretende tirar do papel neste ano, para as indústrias químicas, sucroalcooleiras e para o complexo de defesa, Aeronáutica e espacial.
A presidente Dilma escalou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para contar a grandes empresários e líderes sindicais a agenda estratégica do Plano Brasil Maior, sua política industrial. Há previsão de estímulo a 19 setores definidos como prioritários. O Estado apurou que pelo menos três desses pacotes estão praticamente prontos.
De acordo com Mauro Borges, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDÍ), as empresas deverão, em contrapartida, aumentar "fortemente" os investimentos. Envolvida na formulação das medidas, a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloísa Menezes, afirmou ontem que a indústria deve reagir "imediatamente" aos estímulos.
Diante de grandes empresários como Marcelo Odebrecht, Luiza Trajano, Robson Andrade e Frederico Curado - de Odebrecht, Magazine Luiza, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Embraer, respectivamente o governo quer apresentar o que tem na agenda para essas indústrias neste ano e, com isso, convencer empresários a retomar investimentos.
De início, Pimentel anunciará hoje redução dos prazos de concessão de patentes pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), como medida concreta e imediata.
Três pacotes. Entre as apostas do governo federal para continuar estimulando setores individualmente e, assim, apostar no efeito conjunto na economia, estão três novos pacotes, cujos detalhes estão em fase final de elaboração, restando apenas o sinal verde do Ministério da Fazenda.
Diante do menor espaço fiscal disponível para novas desonerações depois dos pacotes já lançados agora em 2013, os técnicos ainda precisam definir qual é o melhor momento de tirá-las do papel. A decisão política de conceder o benefício já foi tomada, falta agora definir quanto cada imposto poderá cair, por exemplo. Assim, Dilma apresentará o fio condutor das políticas e os detalhes saem quando forem finalizados pela Fazenda.
Para os químicos, o governo deve reduzir o PIS e a Cofins que incidem sobre o faturamento das fabricantes de matérias-primas petroquímicas e criar dois regimes de tributação. Um deles, o Regime Especial de Incentivo ao Investimento na Indústria Química (Repequim), já está quase pronto. O setor, formado principalmente por multinacionais, terá carga de impostos menor caso amplie os investimentos usando insumos nacionais. O governo espera investimentos de R$ 14 bilhões em contrapartida, apurou o Estado.
O setor sucroalcooleiro terá a redução do PIS e da Cofins, a desoneração da folha de pagamentos, e também medidas regulatórias. A ideia é aumentar a pesquisa de etanol de segunda geração, que aproveita toda a cana-de-açúcar.
Finalmente, haverá um pacote para defesa, Aeronáutica e área espacial. Será criada uma empresa mista - participação privada, mas controle do Ministério da Defesa - para funcionar como trading nas compras e vendas ao exterior do setor. A ideia é dinamizar o segmento melhorando a mediação dos negócios. O pacote vai contar, ainda, com financiamento para o setor de defesa e criação do sistema para homologar produtos da área.
Dinamismo
Para a indústria de defesa, Aeronáutica e espacial, o governo vai criar uma empresa com participação privada, mas controle do Ministério da Defesa para funcionar como trading.


Aeronave tomba em pista de aeroporto de MT durante decolagem

Piloto e passageiro, que é proprietário da aeronave, ficaram feridos. Suspeita dos bombeiros é de que houve problemas no trem de pouso.

Do G1 MT

Um avião de pequeno porte tombou ao tentar decolar no Aeroporto Municipal de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, nesta segunda-feira (9). O piloto da aeronave e um passageiro, que é proprietário da aeronave ficaram feridos. Eles foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros. A aeronave caiu a cerca de 700 metros da sala de embarque. As causas do acidente não foram divulgadas, mas a suspeita é de que havia problemas no trem de pouso, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
A pista ficou interditada até o começo da tarde desta segunda-feira. Conforme o Corpo de Bombeiros, no momento do resgate apenas o piloto se encontrava dentro da aeronave e sofreu escoriações leves. “Não foi necessário levá-lo ao hospital, pois ele estava usando equipamentos de proteção’’, contou o tenente do Corpo de Bombeiros Leandro Alves. Ainda segundo Alves, não houve incêndio após o incidente.
Conforme o administrador do aeroporto, Liomar Costa, a pista foi liberada às 13h e o avião foi retirado da pista. “Agora, a aeronave será periciada pela Polícia Federal e pela Aeronáutica, que vai investigar as causas do acidente’’, informou. O avião era particular e fazia vôos internacionais.

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Empresa brasileira lança drone que decola na vertical e voa na horizontal

Avião-robô Orbis é redondo, não tem asas e funciona a base de bateria. Produto foi lançado na feira de defesa Laad, no Rio, nesta terça-feira.

Tahiane Stochero

ImagemA empresa brasileira Santos Lab lançou nesta terça-feira (9) no Rio de Janeiro um “drone”, como são chamados os veículos aéreos não tripulados (vants, na sigla em português), que decola na vertical e passa a voar na horizontal sem perder altitude.
O lançamento ocorreu durante a Feira Internacional de Defesa e Segurança (Laad), que ocorre nesta semana no Rio Centro, no Rio. Segundo a empresa, é um modelo inédito no mundo com esta capacidade.
O drone, chamado de Orbis, é redondo, não tem asas, e foi feito com tecnologia nacional. Tem 90 centímetros de diâmetro e pesa 1,5 quilo. Funcionando a base de bateria, tem autonomia de até uma hora e dez minutos.
 Segundo um dos sócios da Santos Lab, Gilberto Buffara, o produto pode ser utilizado para o monitoramento de segurança e em operações policiais também à noite.
A empresa também vende os vants usados pela Marinha e espera comercializar os aviões na feira, que recebe delegações de  61 países e é a maior do segmento na América Latina.
O G1 divulgou em março um levantamento inédito apontando que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para o uso civil e comercial destas aeronaves. Desde então a indústria nacional pressiona a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a regulamentar o setor. Até o momento, apenas dois vants civis - os da Polícia Federal - são autorizados a voar nos céus do país.
Os drones – zangão ou zumbido, em inglês – desempenham funções que antes dependiam de aviões e helicópteros tripulados, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança.
A Anac informou que não proíbe que uma empresa fabrique vants, mas que a empresa não pode operar essas aeronaves sem a homologação. Segundo a agência, “a empresa Santos Lab não possui nenhuma certificação de vants”.

Embraer vende seis Super Tucanos para Guatemala e três para Senegal

Empresa também vai entregar centro de comunicações para a Guatemala. A Embraer não quis informar os valores das vendas.

A Embraer vendeu seis unidades do avião de ataque leve Super Tucano para a Guatemala para auxiliar nos voos de combate ao tráfego de drogas, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.
O executivo também informou que a empresa vendeu três unidades do mesmo avião para Senegal, na África.
A fabricante de aviões irá entregar um centro de comunicações junto com os seis aviões para a Guatemala, disse Aguiar em uma entrevista à "Reuters", antes da participação da empresa em uma feira de defesa e segurança no Rio de Janeiro.
Esse é o primeiro pedido da Embraer que inclui operações de comando e controle desde que sua unidade de defesa incorporou a Atech, empresa especializada neste campo.
"A Atech vai ser responsável pelo desenvolvimento do centro de controle, que vai estar integrado dentro de um sistema de monitoramento para o país, para combate ao narcotráfico local", disse Aguiar.
O país da América Central escolheu o mesmo avião que a Colômbia usou em sua batalha contra as forças de guerrilha das Farcs. Como o vizinho México, a Guatemala tem sofrido com violência dos cartéis de drogas, o que tem feito o país registrar uma das maiores taxas de homicídios do mundo.
A Embraer não quis informar os valores das vendas.
Super Tucanos
Com as encomendas, o número de países na América Latina com o Super Tucano passa a seis, enquanto na África passa para quatro. "Temos (na América Latina) República Dominicana, Chile, Colômbia, Equador, Brasil e agora a Guatemala. (Na África) são seis. E temos Angola, Burkina Fasso, Mauritânia e Senegal."
Aguiar afirmou também que a atividade de vendas do Super Tucano aceleraram desde que a empresa ganhou uma licitação nos Estados Unidos para fornecer 20 unidades do avião de ataque leve para a Força Aérea norte-americana, que serão usados em missões no Afeganistão.
"Esses casos específicos começaram antes do resultado, mas sem dúvida nenhuma, na fase final deu uma acelerada em função disso (contrato nos EUA). E vamos vendo bastante pedidos de consultas sobre a aeronave. Países que não estavam no nosso radar estão entrando para pedir informações", ressaltou.
A Força Aérea dos EUA autorizou a Embraer no mês passado a seguir com o pedido de US$ 428 milhões apesar dos protestos da rival Beechcraft. Segundo o executivo, a fábrica para a montagem do Super Tucano em Jacksonville, na Flórida, deve estar pronta em sete meses.
"Colocamos a ordem de compra de material. Daqui praticamente a sete meses estamos com a fábrica pronta, aí a gente começa a entregar", disse, acrescentando que a primeira entrega deve ser feita entre quatro e cinco meses após a conclusão da fábrica.

Marinha finaliza obra de estação brasileira provisória na Antártica

Construção foi necessária após incêndio destruir infraestrutura em 2012. Módulos emergenciais vão abrigar 15 militares até novembro deste ano.

Eduardo Carvalho

ImagemA Marinha do Brasil finalizou na última semana de março a construção de um complexo provisório na Antártica que vai abrigar cientistas e militares na Estação Comandante Ferraz. Os chamados Módulos Antárticos Emergenciais (MAEs) substituem a infraestrutura destruída por um incêndio em fevereiro de 2012 que causou a morte de dois militares.
O início da construção foi acompanhado pelo G1, que acompanhou uma expedição da Marinha feita entre 03 e 12 de fevereiro rumo ao continente gelado. A viagem integrava a 31ª edição da Operação Antártica (Operantar).
Segundo a instituição, os módulos são compostos por seis dormitórios, uma enfermaria, uma cozinha, além de refeitório, escritório e um laboratório. Há ainda dois contêineres destinados para o tratamento de esgoto, três para geração e distribuição de energia e mais um para o fornecimento de água potável.
 Direto da Antártica, o comandante Paulo César Galdino de Souza, chefe da Estação Comandante Ferraz, disse ao G1 por telefone que ele e mais um grupo de 14 militares já estão abrigados na construção, que foi finalizada em 25 de março.
Galdino está na estação desde novembro passado, quando foi iniciada a remoção dos destroços, e deve permanecer até novembro de 2013. Segundo a Marinha, foram retiradas cerca de 800 toneladas de material afetado pelo incêndio do ano passado, que foram trazidos ao Brasil pelo navio Germânia para ser descartados.
“Durante o tempo que ficarmos aqui, vamos fazer a manutenção dos módulos, monitorar a geração de energia, de água, e fazer parte da presença do Brasil na Antártica. Neste período [o chamado inverno antártico], nenhum navio virá aqui, já que o mar congela. Os suprimentos são lançados de paraquedas com a ajuda de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)”, explicou o militar.
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Reconstrução
Entre novembro de 2012 e março de 2013, cerca de duzentos homens, sendo cem em terra, trabalharam diariamente no processo de desmontagem da antiga estação e construção do MAE. O conjunto de contêineres abrigará pesquisadores e militares por um período mínimo de cinco anos, até que saia do papel o projeto do novo complexo brasileiro no continente.
A obra foi realizada onde funcionava o heliporto da estação. De fabricação canadense, os módulos foram adquiridos por licitação emergencial e custaram R$ 14 milhões, montante que serviu para cobrir os produtos e a operação logística.
O novo abrigo foi montado na África do Sul e no Canadá, sendo unificado posteriormente em Buenos Aires, na Argentina. De lá, foi levado de caminhão até Punta Arenas, no Chile, onde embarcou no navio San Blás até a estação brasileira no continente gelado.
e acordo com a Marinha, a nova construção tem um sistema mais eficaz contra incêndio. O o comandante Paulo César Galdino de Souza, chefe da Estação Comandante Ferraz, explica que, além de portas corta-incêndio, foram instalados na cozinha do módulo e na casa de máquinas, onde estão os geradores que funcionam com um diesel especial para uso no frio, dispositivos para extinção de incêndio que podem ser acionados remotamente. Há ainda no local conexão à internet, acesso à telefonia móvel e à TV a cabo.
Os MAEs poderão ser reaproveitados pelo governo brasileiro na Antártica após a construção do novo complexo, que substituirá a estação destruída.
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que com a Marinha organiza um concurso público para escolher o melhor projeto de arquitetura destinado à construção da nova estação militar e científica do país no Polo Sul, divulgou nesta semana que contabiliza o envio de 74 projetos. O vencedor deve ser anunciado ainda este mês.
Segundo a Marinha, a reconstrução está prevista para começar no verão de 2013/2014. A nova infraestrutura destinada aos militares e cientistas brasileiros deve ter cerca de 3.300 m² de área construída e capacidade para abrigar até 65 pessoas por vez. O investimento será de R$ 100 milhões.
Incêndio destruiu parte de pesquisas
De acordo com o coordenador de projetos científicos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), Jefferson Simões, 40% das investigações brasileiras realizadas na estação foram destruídas pelo incêndio.
Com o fim da construção da instalação provisória, é provável que as pesquisas sejam integralmente retomadas no próximo verão, de 2013 para 2014.
As investigações científicas realizadas pelo Brasil na Antártica podem ajudar no serviço de meteorologia, na previsão de frentes frias e no impacto que elas causam em atividades agropecuárias do país.
Ao mesmo tempo, os estudos ajudam a entender os efeitos da mudança climática global, provocada pelo excessivo lançamento de gases causadores do efeito estufa, responsáveis por aquecer o planeta e provocar um acelerado degelo da região.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), são atendidos atualmente 21 projetos de pesquisa. Entre 2000 e 2012, foram destinados ao Proantar pela pasta de ciência o montante de R$ 144 milhões.


Embraer quer assinar 1.º contrato de novo avião em 2014

A Embraer espera assinar o primeiro contrato comercial de venda do avião de carga militar KC-390 no primeiro trimestre de 2014, anunciou nesta terça-feira o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. De acordo com Aguiar, a Força Aérea Brasileira (FAB) já certificou dois protótipos do avião, que deverá fazer o primeiro voo no fim de 2014. O projeto de desenvolvimento recebeu US$ 2 bilhões em investimentos. "Esse processo, a partir de agora, faz com que tenhamos condição de ir ao mercado e oferecer essa aeronave. Somos capazes de começar a fechar contratos", afirmou, durante a Laad, feira de negócios do setor de segurança e defesa realizada no Rio. Aguiar não confirmou preços para o aparelho, pois os valores dependem das necessidades dos clientes em potencial. Mas disse que o preço será competitivo em relação à concorrência. Segundo Aguiar, no mercado, os preços variam de US$ 90 milhões a US$ 120 milhões por aeronave. A Embraer cobrará menos que isso, garantiu Aguiar. Segundo Paulo Gastão, vice-presidente da Embraer Defesa e Segurança responsável pelo projeto, o estudo que balizou a proposta aponta, com dados atualizados, para um mercado de US$ 50 bilhões, considerando apenas o potencial de reposição de 728 aeronaves, em 77 países. Gastão destacou que as atividades de desenvolvimento do projeto começaram há quatro anos. De acordo com o executivo, na Laad de 2007, a companhia anunciou estudos sobre o KC-390 e, na edição de 2009 da feira, assinou do contrato de desenvolvimento da aeronave com a FAB. O comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, estava presente , ao lado de executivos da Embraer Defesa e Segurança, mas não deu declarações. A Embraer fará mais anúncios nesta quarta-feira (10) , com a possível presença do ministro da Defesa, Celso Amorim.


Espanha está otimista em vender aviões militares ao Brasil

"Temos muito boas perspectivas para o C-295 no Brasil esperamos que possa incorporá-lo rapidamente", disse o secretário de Estado de Defesa da Espanha, Pedro Argüelles

Rio de Janeiro - O secretário de Estado de Defesa da Espanha, Pedro Argüelles, afirmou nesta terça-feira que tem "muito boas perspectivas" de que seja fechado em breve um contrato para a venda ao Brasil de aviões militares C-295 do consórcio EADS CASA.
"Temos muito boas perspectivas para o C-295 no Brasil esperamos que possa incorporá-lo rapidamente", disse Argüelles à Agência Efe durante a feira de defesa LAAD, que começou hoje no Rio de Janeiro.
Argüelles explicou que o EADS CASA venceu a licitação para fornecer estes aviões à Força Aérea Brasileira (FAB), mas o contrato ainda não foi assinado.
Os aviões apresentarão duas configurações, uma para vigilância aérea e outra para transporte, mas o secretário de Estado não revelou o número concreto de aeronaves.
Argüelles também afirmou ter "esperanças mais que fundamentadas" que se possa chegar a um entendimento com o Brasil no âmbito de satélites, para prestar serviços em telecomunicações, observação e a área militar.
Nesse campo, ele disse que a companhia Hisdesat tem "capacidade de sobra" para oferecer serviços em satélites militares e que o satélite Spainsat tem "a melhor posição orbital" possível, com uma cobertura plena do território brasileiro.
"As empresas espanholas estão muito motivadas, as oportunidades são muitas e algumas delas com um grau de maturidade que espero que, em algum momento não muito distante, possa nos dar alguma oportunidade", declarou.
Argüelles deve se reunir hoje com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e amanhã se reunirá com o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, além do secretário de Produtos de Defesa (Seprod), Murilo Marques Barboza.
A feira LAAD, considerada uma das maiores da América Latina, conta com a participação de delegações oficiais de 65 países e cerca de 700 expositores.


Projeto do KC-390 é prioridade para FAB

O desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, sob a responsabilidade da Embraer, está sendo considerado o projeto prioritário da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2013, afirmou o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, durante entrevista ao Valor, do seu gabinete na Laad, feira internacional de defesa e segurança no Rio de Janeiro.
"Não haverá atrasos no projeto. Isso implicaria em perda de mercado", afirmou. O valor do investimento previsto para este ano, segundo o Valor apurou, é da ordem de R$ 1,2 bilhão. A aeronave, que tem seu primeiro voo previsto para o fim de 2014, vai consumir um investimento de aproximadamente US$ 2 bilhões.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a primeira venda está prevista para o primeiro trimestre de 2014. O mercado potencial de vendas da aeronave está distribuído entre 80 países. "O potencial de vendas é superior a US$ 50 bilhões", disse o diretor do programa na Embraer, Paulo Gastão.
A aeronave conta com 60 cartas de intenção de compra assinadas pelo Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, Portugal e República Tcheca. O desenvolvimento do avião, segundo Aguiar, criou mais de mil oportunidades de trabalho.
O modelo C-130 J, fabricado pela americana Lockheed Martin, é o concorrente mais próximo do KC-390. Aguiar disse que os competidores estão praticando preços entre US$ 95 milhões e US$ 120 milhões e que a Embraer vai oferecer um produto de custo menor. "Estamos seguros de que o KC-390 será competitivo em preço em relação ao que a concorrência vem praticando." O avião terá capacidade de carga de 23 toneladas.
Sobre as vendas do Super Tucano para Guatemala e Senegal, Saito disse que os negócios confirmam a qualidade e a competitividade do avião brasileiro. Segundo ele, o interesse pelo Super Tucano aumentou depois que a Força Aérea dos EUA confirmou a compra de 20 aeronaves. De acordo com o brigadeiro, os americanos já autorizaram a compra de mais 35 aeronaves, o que eleva o valor do contrato para cerca de US$ 1 bilhão. (VS)

Orbisat vende radares para Forças Armadas

Virgínia Silveira

A Orbisat, controlada pela Embraer, anunciou ontem a venda de 17 radares de vigilância terrestre para o Exército Brasileiro e de quatro radares de vigilância Aérea Saber M60 para a Força Aérea Brasileira (FAB). A empresa registrou faturamento de R$ 57 milhões no ano passado.
O contrato com a FAB, segundo o presidente da Orbisat, Maurício Aveiro, está avaliado em R$ 25 milhões e inclui treinamento, peças de reposição e assistência técnica. Os equipamentos serão integrados ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra).
A entrega dos radares da Aeronáutica deverá acontecer em 18 meses, segundo informou o executivo. O radar M-60 permite rastrear alvos em um raio de 60 quilômetros, transmitindo informações em tempo real para um Centro de Operações de Artilharia AntiAérea.
"Esse tipo de radar auxilia o trabalho de proteção a pontos e áreas sensíveis como indústrias, usinas, instalações governamentais, mas também pode ser usado em grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo", explica o presidente da empresa.

O fornecimento do radar para o Exército, denominado Sentir M-20, faz parte do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), cujo projeto piloto é executado pelo consórcio Tepro, formado pela Orbisat e pela Savis Tecnologia e Sistemas, também controlada pela Embraer.
O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, disse que o Sisfron terá este ano R$ 240 milhões de recursos do orçamento da Defesa. Desde 2011, segundo ele, o projeto absorveu R$ 214 milhões. O contrato com a Orbisat está embutido no valor do projeto piloto executado pelo consórcio Tepro, estimado em R$ 839 milhões.
As empresas foram contratadas para fazer o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros quadrados de fronteira terrestre na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia.
O Sisfron compreende a vigilância e proteção de uma área total de quase 17 mil quilômetros quadrados, que se estende por dez estados e 27% do território nacional. O projeto piloto do Sisfron, segundo o comandante Peri, deverá ser concluído em 2015.
"A cada etapa do projeto vamos fazer um novo processo de seleção de empresas". O projeto, segundo o general, tem atraído a atenção de empresas do mundo inteiro, interessadas em um investimento total avaliado em US$ 12 bilhões.
Para participar do processo, o comandante explica que as exigências incluem índice de nacionalização de, no mínimo, 76% e a liderança do projeto deve estar com uma empresa brasileira.
O general disse que o Sisfron já chamou a atenção dos governos de vários países, que têm muito interesse em conhecer o sistema de funcionamento das informações. "Esperamos que a próxima etapa do projeto seja lançada dentro de dois anos", afirmou.
O Exército também está concluindo a análise das informações enviadas por vinte empresas que participam do processo de seleção para o projeto Proteger, sistema de proteção das instalações estratégicas do país, como usinas hidrelétricas e refinarias.
O lançamento do edital desse projeto, que conta com mais de sete mil páginas de informações enviadas pelas empresas, segundo o comandante do Exército, deverá acontecer até o fim do mês. "Para este ano devemos contar com R$ 44 milhões para o Proteger." A implantação de todo o sistema, em 12 anos, custará US$ 9,5 bilhões.


DIÁRIO DA RÚSSIA

Rússia expõe no Rio os maiores avanços da indústria de defesa e segurança

Delegação russa na LAAD 2013 é de 120 pessoas, entre autoridades e empresários do setor

Começou nesta terça-feira, 9, no Riocentro, a LAAD 2013 Defence & Security, uma feira internacional de defesa e segurança corporativa. O objetivo da LAAD é mostrar os maiores avanços da indústria bélica e da estratégia militar. O evento tem o apoio institucional dos Ministérios da Defesa e da Justiça do Brasil.
ImagemA expectativa é que mais de 30 mil visitantes compareçam à feira, que terá a presença de autoridades militares e policiais. No total, 65 delegações oficiais de vários países estarão representadas na LAAD 2013. Serão mais de 720 expositores, apresentando as principais novidades do setor. A delegação russa é composta por cerca de 120 pessoas, e o clima é de muito otimismo entre os empresários russos do setor desde que a Presidenta Dilma Rousseff visitou a Rússia, entre os dias 12 e 14 de dezembro de 2012, e também com a visita a Moscou do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, General José Carlos de Nardi, revelando o interesse do Ministério da Defesa do Brasil em adquirir sistemas de defesa fabricados na Rússia.
Organizada pela LAAD Defence and Security, a mostra está funcionando nos seguintes horários: nos dias 9, 10 e 11 (terça, quarta e quinta-feiras), das 9 às 18 horas, e na sexta-feira, 12, das 9 às 17 horas. Segundo os responsáveis pelo evento, a exposição deste ano chega à sua nona edição e confirma o título de maior e mais importante encontro do setor na América Latina.
A feira reúne bienalmente empresas brasileiras e internacionais especializadas no fornecimento de equipamentos, serviços e tecnologia para as Forças Armadas, Polícias e Forças Especiais, além de segurança corporativa.
Os responsáveis pelo evento também informam que “a LAAD 2013 é uma oportunidade de expor produtos, serviços e tecnologias para um público altamente qualificado das três Forças Armadas, Forças Policiais e agências governamentais”.
Além da exposição do mais avançado material de segurança, a LAAD 2013 também promove reuniões ordinárias de importantes instituições dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública. Nos eventos paralelos, a feira realiza fóruns de debates sobre defesa e segurança pública e corporativa.


PORTAL TELETIME

Inmarsat anuncia no Brasil serviço de banda L por satélite

A companhia de comunicação global móvel por satélite Inmarsat anunciou nesta terça-feira, 9, no Rio de Janeiro, o lançamento de novos serviços utilizando a banda L em satélites. A ideia é oferecer comunicações para usuários governamentais, com foco especial em defesa e segurança. A principal vantagem do serviço L-TAC da empresa é justamente oferecer o acesso por meio de rádios UHF já existentes, utilizando um adaptador e oferecendo solução push-to-talk "além da linha de visão" (BLOS, na sigla em inglês) usando rádios táticos, portáteis ou instalados em veículos como carros, helicópteros e navios.
O lançamento da solução no Rio mostra uma atenção da Inmarsat dedicada ao mercado brasileiro, evidenciada pela contratação em fevereiro de Bernardo Schneiderman como diretor de desenvolvimento de novos negócios para a área governamental para o Brasil. "O foco do mercado nacional é basicamente uma atualização no nível de comunicação com o mercado, pois a Inmarsat não é só (para o setor) marítimo, é global", afirmou o executivo. A empresa quer assim educar o mercado sobre a abrangência da solução, expandindo a penetração atual e introduzindo novas plataformas. O investimento global é de US$ 1,2 bilhão "todo financiado com recursos próprios" desde 2009.
Entre os terminais oferecidos pela companhia, Schneiderman destaca o IsatPhone, um dispositivo semelhante a um celular GSM que se conecta em qualquer rede no mundo com um SIMcard, oferecendo as mesmas tarifas independente do país. Outro é a linha BGAN, que são terminais para desktop ou telefone. "Ele é do tamanho de um iPad, você tem Internet e usa do mesmo modo no celular, pagando por megabyte de uso ou mensagem, semelhante a um pacote de dados", explica.
Nova linha de satélites
Segundo o executivo, a presidenta Dilma Rousseff utiliza a solução da rede Inmarsat 4 (lançado em 2006 e com vida útil até 2020) para comunicação terrestre, aeronáutica e marítima, mas a plataforma oferece conectividade limitada, de 500 Kbps. Com a banda L, diz ele, a conexão poderá chegar a 5 Mbps. "A frequência é dedicada para satélites, não tem interferência com nada no UHF e funciona independente de chuva, contrário ao que acontece com as bandas Ku e Ka", garante Shcneirderman. "É uma vantagem para nossos clientes ter um terminal híbrido, com condições de fazer um backup."
O sistema com a banda L chega ao mercado até o final do ano junto com uma nova geração de satélites que será lançada para o Inmarsat 5, com três novos artefatos construídos pela Boing para cobrir o mundo inteiro. "O primeiro irá cobrir a Europa e África no quarto trimestre de 2013, os outros dois no primeiro semestre do ano que vem", declara. O segundo satélite a ser lançado irá cobrir as Américas, incluindo 100% do território brasileiro. "É um modelo semelhante ao Inmarsat 4, e tem feixes locais para roaming, que permite você usar o serviço em qualquer lugar do mundo."
Comunicação complementar
O vice-presidente sênior da área governamental global da Inmarsat, Michael J. Abad-Santos, explica que o adaptador Slingshot permite trazer economia ao aumentar a capacidade utilizando os próprios equipamentos UHF. "Queremos dar aos usuários a oportunidade de usarem os rádios atuais em vez de terem de pegar um equipamento UHF, que é difícil de achar e caro", conta. O acessório atua como um conversor de frequência, "traduzindo" a comunicação para o canal de frequência ultra-alta. "Uma das coisas que diferencia o serviço é que utilizando a banda L você pode ter um centro de comunicação L-TAC em movimento, enquanto antes era necessário estar parado".
Ele acredita o que o Brasil é "um bom mercado para o L-TAC, por possuir uma grande variedade de rádios". "Achamos que o País tem muitas oportunidades para a Inmarsat por conta dos programas de defesa, de banda larga, e com a Copa do Mundo e Olimpíadas", diz. "Podemos prover comunicações complementares para a infraestrutura".

PORTAL GILBERTOAMARAL.COM.BR

Gilberto Amaral

No Sultanato

Acompanhado de 15 empresários, a viagem que o vice-presidente Michel Temer fez ao Sultanato de Omã, na Península Arábica, foi das mais promissoras. Temer viajou num Embraer C-190, que eles estão interessados em comprar.

PORTAL GLOBO CIÊNCIA

Marinha americana cria protótipo de arma laser

Testes em canhão mostram capacidade de inutilizar barcos patrulha e destruir aeronaves não tripuladas de reconhecimento
A Marinha dos EUA vai se lançar pela primeira vez ao mar com um canhão laser que testes mostraram ser capaz de inutilizar barcos patrulha e cegar ou destruir aeronaves não tripuladas de reconhecimento. Um protótipo da arma laser será instalado em um navio de transporte anfíbio convertido em base de atracamento no Golfo Pérsico, onde barcos rápidos de ataque iranianos têm perturbado a frota americana o governo de Teerã está construindo aviões de controle remoto que carregam equipamentos de observação e, eventualmente, foguetes.
O canhão laser não estará operacional antes do ano que vem, mas o anúncio feito pelo almirante Jonathan W. Greenert, chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, esta semana pareceu um alerta ao Irã para que não incremente suas atividades no golfo nos próximos meses se a tensão aumentar por causa das sanções e o impasse nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. A Marinha americana divulgou vídeos e fotos do laser queimando através de uma aeronave não tripulada em um teste de fogo.
O canhão laser foi desenhado para desempenhar uma escala gradual de missões, desde perfurar barcos rápidos de ataque ou aviões de controle remoto a produzir flashes não letais que confundem os sensores do inimigo e os inutilizam sem causar danos físicos. O Pentágono tem uma longa história de inflacionar grosseiramente a eficiência de suas armas experimentais, mas um estudo suprapartidário do Congresso dos EUA afirma que a arma oferece à Marinha uma oportunidade histórica.









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