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Infraero identifica espécime de ave por meio de sequenciamento de DNA





Com a análise dos vestígios de uma ave que colidiu com uma aeronave, a Infraero completou o primeiro processo de identificação de animais por meio de sequenciamento de DNA (ácido desoxirribonucleico) para fins de manejo de fauna em aeroportos no Brasil. O trabalho de análise, iniciado em novembro de 2012 e concluído no final de fevereiro deste ano, conseguiu identificar com 99,9% de precisão uma garça-vaqueira (Bubulcus íbis) que colidiu com uma aeronave da Trip em Maceió (AL).

      O feito representa um avanço considerável para as políticas e ações de manejo de fauna nos aeroportos da Rede: a identificação de animais que colidiram com aeronaves por meio da análise genética permite que as espécies que se envolvem em incidentes sejam reconhecidas de forma mais precisa. A utilização da técnica permite não só o reconhecimento mais apurado de aves que frequentam um determinado espaço, mas das espécies animais que vivem no entorno de um sítio aeroportuário, e possibilita um panorama mais detalhado do contexto da fauna do entorno de um aeroporto e a adaptação das medidas adotadas pelos planos de manejo de fauna de cada terminal.
      Isso se deve ao fato de haver várias particularidades regionais nos espaços onde cada aeroporto se insere: cada região é habitada por diferentes espécies animais, que possuem hábitos alimentares próprios e razões distintas para se concentrar em um determinado espaço. Por exemplo: para o controle de urubus, a utilização de métodos de manejo como atividades de falcoaria é menos efetiva que ações de conscientização sobre o descarte de lixo e o controle de aterros sanitários no entorno de um aeroporto.
      A ação faz parte do escopo de medidas previstas no convênio entre Infraero e Universidade de Brasília (UnB) para a criação e implantação de planos de manejo de fauna. Em maio de 2012, após a renovação do convênio, foi iniciada pelo Laboratório de Genética e Biodiversidade da UnB a implantação de um banco de dados com o DNA de diversas espécies animais que que representam riscos à aviação civil, como aves, répteis e mamíferos. Atualmente, o levantamento do banco de dados está próximo da conclusão, o que acelerará as próximas análises de DNA. Atualmente, está em análise também uma amostra de ave vinda do Aeroporto Internacional de Maceió/Zumbi dos Palmares (AL), e outras amostras vindas de Brasília (DF), Manaus (AM) e Recife (PE) estão em processamento.
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Manejo de fauna nos aeroportos
      O "Programa Fauna” da Infraero estabelece uma gama de ações internas e externas para o manejo de fauna e controle do perigo aviário nos aeroportos da Rede. Entre os trabalhos desenvolvidos, estão o monitoramento das atividades das espécies animais comuns nos sítios aeroportuários, a captura de animais e remanejamento para áreas de preservação, o estabelecimento de convênios com entidades acadêmicas e ambientais para criar e executar planos de manejo de fauna e campanhas educativas para conscientizar as comunidades do entorno sobre a questão, entre outros. Estas ações são aplicadas em toda a Rede, de acordo com as necessidades e contexto de cada terminal, e operam em caráter regular e permanente.
      O convênio da Infraero com a Universidade de Brasília (UnB), que estabelece a criação e implementação de planos de manejo de fauna em diversos aeroportos da empresa, é uma das ações de maior alcance dentro do programa, e foi por meio da parceria que o sequenciamento de DNA de espécies aviárias foi realizado. O contrato foi renovado por mais dois anos em 2012.





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