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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/03/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Do porão à internet

Documentos do Deops de São Paulo estarão disponíveis na rede a partir de segunda-feira

Quase um ano após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, o Arquivo Público do Estado de São Paulo vai divulgar na internet documentos importantes do período da ditadura militar. A partir da próxima segunda-feira, pesquisadores ou interessados pelo tema poderão acessar arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), o principal órgão de repressão do governo militar. Mais de 1 milhão de páginas digitalizadas estarão disponíveis para consulta. A abertura dos documentos será comemorada durante um evento, marcado para as 10h30, no Arquivo Nacional de São Paulo. As informações são da Agência Brasil.
Centenas de opositores da ditadura foram presos e torturados na sede do Deops, o que fez com que os documentos relacionados ao departamento fossem os arquivos mais procurados por pesquisadores. O acesso físico aos documentos já era possível, mas a publicação na internet vai ampliar o rol de cidadãos que podem analisar o material. A digitalização dos arquivos é fruto de uma parceria entre a Associação dos Amigos do Arquivo Público de São Paulo e o projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. A iniciativa também conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Para colocar os arquivos na internet, os funcionários do arquivo trabalharam durante dois anos. O projeto custou quase R$ 800 mil.
Um dos grandes objetivos da publicação dos arquivos é possibilitar que vítimas da ditadura comprovem agressões e violências sofridas nesse período. Dessa forma, a Comissão de Anistia terá instrumentos confiáveis para conduzir seus trabalhos de reparação. Além disso, os arquivos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo são um registro importante da história brasileira.


Em média, País registra quase cinco fechamentos de aeroportos por dia

Alana Rizzo
Brasília

Os aeroportos brasileiros fecharam 1.804 vezes no ano passado, uma média de quase cinco fechamentos por dia. Eles ocorrem quando os pilotos não têm condições mínimas para pousos e decolagens, seja por instrumentos ou por meio visual. Os principais motivos são meteorológicos: chuva, nevoeiro e vento.
O aeroporto que fechou mais vezes foi Joinville (SC), com 163 vezes. Congonhas fechou 34. A maior parte das ocorrências foi registrada nos primeiros meses do ano, período de chuvas. Por meio da Lei de Acesso à Informação, o Estado obteve cópia parcial dos relatórios de 2012 do Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), vinculado à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os documentos sintetizam os principais acontecimentos dos aeroportos brasileiros, como atrasos de voos, cancelamentos e as ocorrências meteorológicas que resultaram em fechamento.
Segundo os dados, os principais aeroportos de São Paulo registraram 56 ocorrências de fechamento. Guarulhos registrou sete ocorrências. São José dos Campos, 15. São José é um dos principais aeroportos regionais do País. Ele integra o plano de investimentos do governo federal para a aviação civil, lançado no fim de 2012. Contudo, grande parte desses aeroportos ainda não tem infraestrutura adequada, como radares e outros equipamentos de segurança.
investimentos. Para driblar fenômenos naturais adversos em aeroportos, equipamentos de não precisão e de precisão podem ser usados no auxílio de pouso e decolagem. Os instrumentos, segundo a Infraero, estão disponíveis em 28 aeroportos. Os relatórios do Nago sintetizam dados de 58 aeroportos.
Dos dez aeroportos que mais fecharam no ano passado, cinco não têm instrumentos desse tipo. São eles: Foz do Iguaçu, que fechou 94 vezes no ano passado; Londrina, que registrou 95 ocorrências; Navegantes, com 117; Uberlândia, com 129; e Joinville. No Brasil, são usados os equipamentos ILS e Localizer.
Segundo a Infraero, a existência de equipamentos de precisão nos aeroportos não garante pouso e/ou decolagem, uma vez que esses procedimentos podem sofrer interferência de fenômenos meteorológicos. O órgão destaca ainda que tanto o piloto quanto a aeronave precisam estar habilitados para operar com os instrumentos.
Em nota, a Infraero afirma que investiu R$ 2,9 milhões na infraestrutura de instalação do ILS em Joinville e R$ 22 milhões na instalação de novos equipamentos em Brasília, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. A previsão para a conclusão é 2014 - Foz já está pronto. Também estão sendo investidos R$14 milhões em equipamentos em 22 aeroportos, que devem ser entregues em 2015.
O perito em aviação Roberto Peterka considera que o ideal seria que todos os aeroportos e aviões contassem com aparelhos capazes de controlar pousos e decolagens mesmo com nenhuma visibilidade, mas que isso depende da demanda e da viabilidade econômica da instalação desse tipo de equipamento. "Tudo é uma questão de necessidade. Conforme vão aparecendo os problemas, a tecnologia é implementada. Até algum tempo atrás, mesmo Guarulhos fechava com nevoeiro. Quando o cus-tobenefício é favorável, implementa-se", disse Perterka.
Na comparação com aeroportos dos Estados Unidos, por exemplo, o Brasil sai perdendo. "Essa é a nossa condição. Se pegar outros países, há muito mais equipamentos que permitem esse tipo de operação. Nos grandes aeroportos dos Estados Unidos, você pousa com qualquer tempo, desde que avião tenha condições." O perito recomenda a instalação em Joinville de equipamentos que permitam pousos com visibilidade zero. "É necessário, mesmo que fosse menor o número de fechamentos. Agora, mais uma vez, tem de pesar o valor do investimento e o retorno disso."
Movimentos
No ano passado, conforme o Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), os principais aeroportos brasileiros registraram 2,4 milhões de voos entre aviação regular, que são as linhas aéreas, geral e militar. Guarulhos é hoje o terminal mais movimentado. Em 2012, foram 279 mil voos, sendo 252 mil só de voos regulares. Em segundo lugar está Congonhas, com 213,6 mil operações, quase 9% de todos os voos do País. Nenhum representante do Decea foi localizado para comentar os dados, nem de fechamentos nem de movimentação. /COLABOROU WILLIAM CARDOSO
Problema climático chega a triplicar os atrasos
Chuva forte, trovoadas, neblina e nevoeiro chegam a triplicar a porcentagem de atrasos de voos nos aeroportos do País. Dados do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Aeronáutica, mostram que os terminais de Guarulhos, Brasília, Galeão e Curitiba são os que mais sofrem com mau tempo.
Segundo o Decea, em um dia normal, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, tem uma média de 5,3% de atrasos. Em dias de impacto meteorológico - principalmente nevoeiro -, o índice sobe para 16,7%. Em outras cidades, como Brasília e Curitiba, á média quadruplica. A Gol considera que os aeroportos do Sul (Porto Alegre, Caxias do Sul, Joinville, Navegantes, Curitiba, Londrina, Maringá) são os mais afetados por clima/Nataly Costa

Só em agosto todos os atrasos foram "toleráveis"

Os relatórios do Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago) de 2012 registram ainda os índices de atrasos. Os dados são mensais e indicam o porcentual de atrasos superiores a 30 minutos nos voos domésticos e internacionais e ainda por companhia aérea. A Infraero considera crítico aqueles porcentuais maiores que 10%. Apenas em agosto nenhuma companhia ultrapassou esse nível.
Em dezembro, por exemplo, a Gol atingiu índice de 12,29% de atraso nos voos internacionais; a TAM, de 21%. Nos voos domésticos, Avianca, TAM e Gol também registraram atrasos críticos.
Nos meses anteriores, os índices de atraso são maiores nos voos internacionais, atingindo em julho mais de 20% nas partidas da Gol com destino a outros países. Nos voos internos, TAM, Gol e Avianca registraram atrasos superiores a 12% nas operações de chegadas e partidas.
Classificação
Após o pedido do Estado, a Infraero informou que iniciou processo de classificação do sigilo das ocorrências contidas nos relatórios do Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago). O órgão sustenta que, como a classificação é uma atividade "complexa" e "volumosa", os demais dados precisam ser mantidos em sigilo e de acesso restrito.
O Parecer 135/2013, assinado pela Consultoria Jurídica da Infraero, informa que não há um ato administrativo que tenha classificado os dados, mas que o diretor de operações da Infraero e o superintendente de gestão operacional defendem o sigilo desses dados. O parecer não apresenta justificativa para a classificação nem a base legal para manter as informações de relevante interesse público em sigilo. /A.R.

Falha impede aeroporto do Recife de receber aterrissagens por 20 minutos

Problema cancelou chegadas de aviões do Sul e Sudeste no terminal. Infraero não precisou total de voos atingidos, mas diz que falha foi resolvida.

Um problema de comunicação entre o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) do Recife com aeroportos do Sul e Sudeste impediu, na tarde desta sexta-feira (29), a aterrissagem de aviões procedentes das duas regiões no Aeroporto Internacional dos Guararapes, na capital pernambucana.
De acordo com a assessoria da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o problema ocorreu no começo da tarde, por aproximadamente 20 minutos, e o contato foi reestabelecido logo em seguida. A Infraero não soube informar o número de voos que precisaram ser cancelados no período no aeroporto pernambucano.
Em nota divulgada por volta das 19h20, a Aeronáutica informou que a falha atingiu frequências de comunicação na região da Bahia. Veja o comunicado na íntegra: Por volta das 13:30 h de hoje (29/03), um problema técnico provocou a falha de algumas frequências de comunicação na região da Bahia, área sob a jurisdição do Cindacta 3. Por precaução, foram adotadas medidas para gerenciar o fluxo de aeronaves no setor. No momento, as falhas já foram sanadas e o serviço de controle do espaço aéreo flui normalmente. Técnicos do Cindacta 3 trabalham para investigar as causas da referida ocorrência.

Aviões maiores reforçam combate ao incêndio na reserva do Taim, no RS

Juntas, aeronaves são capazes de despejar 5 mil litros de água sobre área. Apenas uma, no entanto, já entrou em operação na tarde desta sexta (29).

Felipe Truda e Mauricio Gasparetto

ImagemAguardados desde quinta-feira (28), os dois aviões vindos da Bahia para auxiliar no combate ao incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim, no Sul do estado, já estão no Rio Grande do Sul. Apenas um deles, no entanto, despejou água sobre a região afetada nesta sexta-feira (29).
As aeronaves contratadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aterrissaram no aeroporto de Pelotas por volta das 12h. Mais de três horas depois, elas decolaram em direção à reserva, que abrange os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, para o primeiro sobrevoo.
A demora na chegada dos aviões ao estado e o atraso para o início do controle às chamas estão sendo investigados pelo ICMBio, responsável pela reserva. “Essa demora nos causa uma angústia muito grande, porque, pela manhã, nós estivemos muito próximos de apagar o incêndio, mas as chamas voltaram”, afirmou o chefe da reserva, Henrique Ilha.
Uma das aeronaves, no entanto, não pode operar na tarde desta sexta. Isso porque a pista agrícola de uma propriedade rural a cerca de 15 quilômetros da reserva, onde os aviões são carregados com água, não oferece condições adequadas de segurança para essa aeronave, de maior porte e com capacidade para 3 mil litros de água, fazer pousos e decolagens.
Nesta sábado (30), a rodovia BR-471, que corta a estação ecológica, deve ser utilizada como pista. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) avalia o melhor local para os pousos e decolagens. Barreiras devem ser montadas para bloquear o trânsito durante a operação. Um caminhão-pipa com água do Corpo de Bombeiros vai ficar à disposição na rodovia para fazer o abastecimento.
Segundo o chefe da reserva, Henrique Ilha, as aeronaves, juntas, são capazes de despejar 5 mil litros de água sobre a área atingida. Até então, esse trabalho vinha sendo feito por dois aviões agrícolas, com capacidade de 700 litros cada. “A importância (dos aviões) é vital, pois não temos outra forma de combater o incêndio”, afirma Ilha.
A faixa de terra entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, onde está a reserva do Taim, é formada por muitos banhados que dificultam o acesso das equipes por terra. Ainda conforme Ilha, os bombeiros isolaram o fogo, impedindo que as chamas se alastrem. Cerca de 70 homens participam da operação. 
“Por enquanto, estamos direcionando o incêndio em uma área de frente para um canal. (A equipe) esta próxima à frente do incêndio, e cortou toda a movimentação (das chamas)”, explicou Ilha. “As chamas praticamente não estão ampliando, deram uma arrefecida”, acrescentou.
O incêndio já dura quatro dias. Segundo o última levantamento do ICMBio, mais de 2 mil hectares da reserva já haviam sido atingidos. Mesmo com os aviões, Ilha espera que o incêndio seja extinto apenas no final deste sábado (30). “Exatamente para esta condição de banhado, com a velocidade destes aviões, a expectativa é que ainda levemos hoje e amanhã o dia inteiro, sendo otimista”.
A reserva do Taim abrange uma área de 34 mil hectares, onde vivem dezenas de espécies de animais, como capivaras, ratões, jacarés, tartarugas, entre outras, além de centenas de espécies de aves. Criada por decreto em 1986, é considerada uma das maiores e mais importantes reservas ambientais do país.

Militares fazem treinamento de salto de paraquedas em Boituva, SP

Aulas envolvem militares do Exército, Aeronáutica e Marinha. Grupos treinam os saltos em queda livre.

Militares do Exército Brasileiro, da Aeronáutica e da Marinha participaram de uma série de treinamento de salto de paraquedas em queda livre. As atividades foram realizadas no Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva (SP), e reuniu 36 oficiais vindos de diversos estados do país.
O curso foi promovido pela brigada de infantaria de paraquedistas. De acordo com o major instrutor chefe, João Felipe Alves Ribeiro, o curso faz parte da formação de novos alunos e o objetivo das aulas de saltos é habilitar os militares a praticar o salto livre.
Os paraquedistas saltaram de uma altura de mais de quatro mil metros. O percurso até o solo é de 40 segundos.
ImagemSegundo o major Ribeiro, foram três etapas de treinamento nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO) e em Boituva. “Com o curso, eles estão preparados para enfrentar adversidades. Esse militares estarão habilitados para serem empregados em uma situação de guerra, em uma situação de combate”, afirma.
A maioria dos oficiais já tem o curso básico de paraquedismo. Segundo o major do batalhão de dobragem de paraquedas, Nestor Lana da Silva, com a nova especialidade será possível enfrentar saltos mais altos e criar novas estratégias na hora de um combate. “O salto livre permite que você salte mais alto. Assim, conforme vai caindo um pouco e andando para frente, o militar consegue saltar até fora do território inimigo e progredir de 20 a 30 quilômetros e pousar no território inimigo. Com o outro salto não. O avião precisa passar no local para o pessoal saltar na área”, comenta.
Nos dias de treinamento, enquanto uma equipe saltava, a outra trabalhava para dobrar os paraquedas. Entre os militares do grupo de dobragem estava a sargento da Aeronáutica Elisângela Secco, a única mulher a participar dos treinos. Segundo ela, esta foi a primeira vez que uma representante do seguimento feminino da Força Aérea realiza esse curso. “A mulher está dominando várias áreas em todos os âmbitos da Força Aérea e outros seguimentos das Forças Armadas”, comenta.

Por má condição da pista, Anac interdita aeroporto de Arapongas

Cidade do interior do Paraná é considerada polo moveleiro. Secretário de Obras diz que fala apenas após notificação oficial.

O aeroporto de Arapongas, no norte do Paraná, foi interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esta é a segunda interdição do aeroporto, que havia voltado a operar há 30 dias. De acordo com a Anac, decolagens e pousos devem ser suspensos porque a pista está em más condições e falta segurança. A Anac informou ainda que a interdição permanecerá até que a prefeitura comprove ter feito as correções necessárias.
O Aeroporto Municipal Alberto Bertili é uma das principais portas de entrada para o desenvolvimento econômico de Arapongas, que é considerada o polo moveleiro do estado. São cerca de 50 voos domésticos por mês. Nestor da Costa, de 79 anos, é um antigo aviador da cidade e ajudou a projetar o aeroporto, que foi homologado em 1982.
Nestor critica o posicionamento da Anac. “O pessoal não se lembra que aqui tem uma cidade com mais de 2.000 fábricas. Só as empresas de aviação aqui recebem de 30 a 40 aviões por semana para fazer manutenção. Isso tudo fica parado. A nossa cidade é uma cidade que é dinâmica e está com a porta de entrada fechada”, considerou.
A notícia pegou de surpresa o empresário Renato José Nicolau que tem uma oficina de aviões instalada no aeroporto. Segundo ele, desde que a ANAC determinou a interdição do aeroporto os clientes tem procurado outras oficinas. “A situação está ficando bem difícil porque nós não temos mais de onde tirar dinheiro para manter a estrutura. Se a pista não voltar a funcionar, dentro de um mês, acredito que nós vamos ter que parar as atividades aqui na empresa”, afirmou Nicolau.
O secretário de Obras de Arapongas, Pedro Paulo Bazana, que também é gerente do aeroporto, não quis conceder entrevista. Ele afirmou que apenas falará sobre o assunto depois que for notificado oficialmente pela Anac.

Aviões experimentais construídos em SC voam até os EUA para feira

Viagem até Flórida serão de 8 mil quilômetros e terá oito escalas. Empresários comparam desempenho de nave a carro da marca Ferrari.

Dois exemplares do modelo Wega 180, primeiro avião experimental construído em Palhoça, decolam no próximo domingo (31) em direção aos Estados Unidos, para participar de uma feira de aviação. A viagem até a Florida terá cerca de 8 mil quilômetros de voo e oito escalas.
O idealizador do projeto, o mecânico e técnico em robótica, Jocelito Wildner, explica: eu tenho uma visão um pouco diferenciada de aerodinâmica, e juntei vários fatores da aerodinâmica para ter o desempenho esperado. O avião faz 350 km/h, o acabamento é um dos melhores do mundo. Pode ser comparado com um carro esporte, como Ferrari.
O avião também foi testado pelo presidente da Fiesc, Glauco José Corte. O avião tem estabilidade, conforto, segurança. Estamos animados com as perspectivas nesta área, para dar um novo impulso ao desenvolvimento do estado, comenta.
Cesar Olsen, presidente do Comitê da FIESC para o Desenvolvimento da Indústria Aeronáutica, também aprova o projeto. Inovação é fazer aquilo que ninguém fez. Apesar dos componentes importados, o projeto é made in Palhoça. A feira nos Estados Unidos será uma vitrine para mostramos o que se faz aqui em Santa Catarina e, principalmente, do potencial que o estado tem para atrair investidores, explica o empresário.
As naves serão expostas na Sun & Fun, considerada a segunda maior feira da aviação do mundo em tamanho e a mais expressiva em termos de negócios. Confira o roteiro previsto:
1º dia:
São José (SC) - Três Lagoas (MG)
Três Lagoas - Sinop (MT)
Sinop - Manaus (AM) ou Alta Floresta (MT)
2º dia:
Alta Floresta/Manaus - Boa Vista (RR)
Boa Vista (RR) - Georgetown (Guianas)
Georgetown - Granada
3º dia:
Granada - Saint Marteen
Saint Marteen - Providenciales, Bahamas
Providenciales - Fort Pearce (EUA)
Fort Pearce (EUA) - Lakeland (EUA).
Total: cerca de 8 mil km (4.200 milhas náuticas)


Nem com licença ambiental

Humberto Maia Junior

Não há quem se oponha à preservação do meio ambiente, mas às vezes as boas intenções ecológicas extrapolam o bom senso. Foi o que ocorreu no caso do corte de árvores do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. Em abril do ano passado, a Infraero, que administra o aeroporto, obteve autorização da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente para pôr abaixo 8.321 árvores. A vegetação comprometia a visão dos controladores de tráfego aéreo do heliporto e da pista de pouso e de decolagem. Ou seja, a medida era necessária para a segurança do aeroporto.
Para compensar o desmatamento, a empresa se comprometeu a plantar o mesmo número de árvores em outra área. Em outubro, porém, o Ministério Público ignorou a licença ambiental. Entrou na Justiça contra a Infraero, a Secretaria do Verde e todos os funcionários dos dois órgãos envolvidos. De quebra, ainda exigia o plantio de 71.906 mudas. O julgamento só terminou em novembro, com a vitória da Infraero. O corte das árvores foi concluído no último dia 17 de março — quase um ano depois de a estatal receber a autorização do órgão responsável.


Do 14-bis ao 14-X

Aeronave que voa a mais de 11.000 km/h coloca o Brasil na elite da engenharia aeroespacial e na iminência de superar tecnologicamente os EUA

Lucas Bessel

Em um laboratório em São José dos Campos, interior de São Paulo, a aeronave mais avançada do Brasil ganha forma. Batizado de 14-X, o aparelho tem nome inspirado na mais famosa máquina voadora Brasileira, o 14-bis. Em comum com o avião de Santos Dumont, o 14-X tem o poder de garantir para o País um lugar no pódio da tecnologia aeroespacial. Não tripulado, o modelo é hipersônico, capaz de atingir dez vezes a velocidade do som (mais de 11.000 km/h). As propriedades do 14-X colocam o Brasil no seleto grupo de nações – ao lado de Estados Unidos, França, Rússia e Austrália – que pesquisam os motores scramjet, que não têm partes móveis e utilizam ar em altíssimas velocidades para queimar combustível (no caso, hidrogênio). Outra característica do veículo desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados da Força Aérea Brasileira (IEAv) é que ele é um "waverider", aeronave que usa ondas de choque criadas pelo voo hipersônico para ampliar a sustentação. É como se, ao nadar, um surfista gerasse a onda na qual irá deslizar.
O projeto nasceu em 2007, quando o capitão-engenheiro Tiago Cavalcanti Rolim iniciou mestrado no ITA e foi aprovado com uma tese sobre a configuração "waverider". Cinco anos depois, a teoria está prestes a virar prática. O primeiro teste do 14-X em voo, ainda sem a separação do foguete utilizado para a aceleração inicial, ocorrerá neste ano. Em seguida, a Força Aérea planeja outros dois experimentos: um com acionamento dos motores scramjet, mas com a aeronave ainda acoplada, e outro com funcionamento total, quando a velocidade máxima deve ser atingida. "Se formos bem-sucedidos nesses ensaios, estaremos no topo da tecnologia, embora com um programa muito mais modesto do que o dos americanos", diz o coronel-engenheiro Marco Antonio Sala Minucci, que foi diretor do IEAv durante quatro anos e é um dos pais do 14-X.
O grande desafio no desenvolvimento da tecnologia de altíssimas velocidades é a construção dos motores scramjet. Um engenheiro ligado ao projeto compara a dificuldade de ligar tais propulsores a "acender uma vela no meio de um furacão". Por isso, o IEAv realiza os testes do primeiro protótipo no maior túnel de choque hipersônico da América Latina, no próprio laboratório do instituto. Diferentemente do que ocorre em turbinas de aviões, esse motor não usa rotores para comprimir o ar: é o movimento inicial, gerado pelo foguete, que fornece o fôlego necessário. No 14-X, os propulsores scramjet são acionados a mais de 7.000 km/h.
"Esse será o caminho eficiente de acesso ao espaço em um futuro próximo", diz Paulo Toro, coordenador de pesquisa e desenvolvimento do 14-X. As aplicações práticas vão além do lançamento de satélites ou dos voos suborbitais. Os EUA, que testam sua aeronave batizada de X-51, pretendem usar a tecnologia em mísseis intercontinentais. Entre os civis, a esperança é de que o voo hipersônico possa se tornar uma realidade em viagens turísticas. Ir de São Paulo a Londres em apenas uma hora não seria nada mau.

OVNIs: por que o sigilo sobre os documentos?

Há três anos, Defesa descumpre decisão do governo de tornar público os documentos sobre objetos voadores não identificados

Izabelle Torres

Em 2009, o então governo Lula iniciou um movimento para tornar públicos relatórios e documentos sigilosos sobre a aparição de objetos voadores não identificados no País. Encaminhou ao Arquivo Nacional mais de cinco mil páginas desses relatos, cujo prazo de 50 anos para manutenção do sigilo havia expirado. Em 2010, a Casa Civil baixou um decreto determinando que arquivos sobre o tema espalhados em diferentes órgãos fossem reunidos para posterior divulgação. Ainda há, porém, uma lista enorme de inquéritos, fotos, filmagens e depoimentos mantida em total segredo. Apesar de conhecida e informada nos anos 50 e 60, a existência de parte desta papelada é negada pela Marinha, pelo Exército e pelas Forças Armadas.
Essa situação inclui casos notórios. Um deles envolve a Operação Prato, que reuniu trinta militares para investigar as constantes aparições de objetos estranhos no céu da Amazônia entre 1977 e 1978. Os depoimentos armazenados em quatro fitas ainda não vieram a público. O mesmo ocorre com a documentação sobre a Ilha de Trindade, no Espírito Santo, cenário de uma suposta sequencia de aparições de discos voadores em 1958. À época, a Câmara pediu à Marinha acesso a todos os relatórios e fotografias. O então parlamentar Sergio Magalhães (PDT-DF) chegou a avisar publicamente que estava com o inquérito em mãos. Os relatórios, entretanto, não constam entre os que foram entregues ao Arquivo Nacional. "A Marinha não possibilitou o acesso. Sequer fazem referência ao que foi entregue. Cobramos respostas sobre o que temos certeza que existe", desabafa o pesquisador Marco Antonio Petit. O Ministério da Defesa afirma não ter em seu poder os documentos que especialistas dizem que estão sendo omitidos.
Autor de pelo menos dois requerimentos enviados ao ministério pedindo acesso aos dados omitidos, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) resume o cenário: "Ainda persiste a nebulosa situação sobre o real tamanho dos arquivos e até onde o Comando está disposto a abri-los". Mas qual seria a preocupação da Defesa? Militares ouvidos por ISTOÉ dizem que não existe interesse do governo em promover novas discussões sobre a existência ou não de extraterrestres. A não divulgação de documentos envolvendo o assunto seria uma maneira de garantir a ordem pública e evitar a instauração desnecessária de pânico, revelam as mesmas fontes. As explicações são rasas e não justificam o descumprimento de uma decisão já tomada pelo próprio governo. Embora questionável, esse controle procura imitar padrões já estabelecidos por países como Estados Unidos e Grã-Bretanha. "Nenhum governo ganha divulgando detalhes sobre operações desse tipo. Há muita coisa em jogo", diz um militar de alta patente. No próximo mês, haverá um encontro entre ufólogos e os três comandos da Defesa. O debate será uma oportunidade de esclarecer de uma vez por todas à população a necessidade da manutenção do sigilo das informações sobre os Óvnis no País.


Só um avião ataca o fogo

Previsão era de que duas aeronaves atuassem ontem, mas falta de segurança para aterrissagem atrapalhou planejamento

O combate ao incêndio na Estação Ecológica do Taim, no sul do Estado, iniciado na terça-feira, ainda não teve evolução significativa. Apenas um dos dois aviões que deveriam atuar contra o fogo sobrevoou ontem a região.
Sem um planejamento de pouso, não foi possível garantir segurança para a aterrissagem das unidades nas pistas próximas aos focos.
Assim, apenas 1,5 mil litros de água foram despejados em cada viagem, o que totalizou pouco mais de 20 mil litros sobre as chamas. Uma quantidade insuficiente para que a situação seja considerada sob controle.
As primeiras borrifadas só foram dadas por volta de 17h, quando os bombeiros já atuavam por terra, na parte norte do canal que divide a Estação. A ação foi considerada fundamental para conter o fogo e evitar que transpusesse a barreira, impedindo que o rastro se alastrasse. O perigo é que as chamas se estendam para uma faixa duas vezes maior do que a atual, que já está estimada em 2 mil hectares.
– Se as chamas não romperem o canal durante a noite, poderemos avançar no sábado. Mas o canal preocupa. Caso passe do canal, podemos ter muitos problemas – afirma o chefe da Estação, Henrique Ilha, do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio)
Para hoje, a expectativa é que uma segunda aeronave, maior, com capacidade para 3 mil litros, entre em operação. Para isso, será necessária uma avaliação técnica das condições das pistas de pouso nas propriedades próximas à Estação. A previsão do ICMBio é que a atuação do segundo avião, combinada com a participação dos bombeiros, permita um combate mais intenso ao fogo.
– Estamos ainda aguardando que o técnico chegue aqui para verificar as condições para o trabalho – diz Ilha.
A outra alternativa será interromper o trânsito da rodovia Rio Grande-Santa Vitória do Palmar (BR-471) para a utilização da pista. Para isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mantém uma equipe em alerta.
– Só aguardamos a orientação do ICMBio. Assim que eles precisarem, paramos o trânsito e damos as condições de pouso – afirma o chefe da unidade de Rio Grande da PRF, Fabiano Goia.
Durante a madrugada, não foi necessária qualquer intervenção policial na rodovia, um dos principais acessos às praias uruguaias, destino de milhares de turistas gaúchos no feriadão. A fumaça foi levada para o outro sentido, garantindo a visibilidade.


IBAHIA (BA)

Aeronáutica abre concursos com 80 vagas em cargos de nível superior

Do total de vagas, 40 são para engenheiros, 17 para farmacêuticos e 23 para dentistas
A Aeronáutica abriu três editais de concursos públicos com 80 vagas em cargos de nível superior. Do total de vagas, 40 são para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais Engenheiros do ano de 2014, sendo duas 2 vagas na área de engenharia cartográfica, 15 para engenharia civil, 5 para engenharia de computação, 4 para engenharia eletrônica, 7 para engenharia elétrica, 5 para engenharia mecânica, 1 para engenharia metalúrgica e 1 para engenharia química. O interessado deve ter curso superior em nível de graduação (bacharelado ou licenciatura plena) nas especialidades de engenharia. 
Outras 17 vagas são para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Farmacêuticos da Aeronáutica do ano de 2014. Para farmácia bioquímica são 8 vagas, para farmácia hospitalar são 8 vagas e para farmácia industrial é oferecida 1 vaga. O candidato deve ter ter concluído, com aproveitamento, curso superior do sistema nacional de ensino em farmácia.
O concurso terá exame de escolaridade e conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prático-oral e análise e conferência dos critérios exigidos e da documentação prevista para a matrícula no curso.
As outras 23 vagas são para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Dentistas da Aeronáutica do ano de 2014, sendo 2 para cirurgia e traumatologia buco maxilofacial, 7 vagas para dentística, 3 para endodontia, 1 para estomatologia, 2 para implantodontia, 3 para odontopediatria, 2 para prótese dentária, 2 para periodontia e 1 vaga para ortodontia. O candidato deve ter diploma, certificado ou declaração de conclusão de curso superior de odontologia do sistema nacional de ensino.
Todos os cursos tem duração aproximada de 17 semanas e acontecem em Belo Horizonte. As inscrições devem ser feitas de 2 a 24 de abril pelos endereços eletrônicos www.ciaar.com.br e www.fab.mil.br e a taxa é de R$ 120.

SÓ NOTÍCIAS (MT)

Sorriso: hospital aponta morte cerebral de piloto de avião

Ivan Oliveira
O Hospital Regional de Sorriso confirmou, no início da noite, a morte cerebral do piloto de avião Claudio Formehl, 29 anos. Em comunicado enviado ao Só Notícias, a assessoria informa que "foi fechado o protocolo de morte encefálica do paciente Claudio Felipe Formehl, que o hospital espera o posicionamento da família". Ele está na Unidade de Tratamento Intensivo para onde foi levado na última terça-feira quando ficou gravemente ferido na queda do avião agrícola que pilotava, na localidade do Barreiro (cerca de 40 km de Sorriso). A assessoria também informou, por telefone, que familiares foram comunicados, há pouco, do diagnóstico dos médicos. Só Notícias aguardou o comunicado à família para divulgar a informação.
Ainda não foi esclarecido o que causou o acidente. O avião, modelo Ipanema, usado para passar veneno em lavouras, caiu, de bico, em uma reserva florestal. Funcionários de fazenda viram que o avião havia perdido altitude e não "retornou" mais para continuar passando agrotóxico. As buscas iniciaram e outro avião sobrevoou a fazenda, localizando onde a aeronave havia caído. Foi aberta uma picada na mata para chegar até o local do acidente. Claudio foi socorrido, inicialmente, por funcionários de fazendas e foi sendo levado a Sorriso, em caminhonete, até encontrar a viatura dos bombeiros que estava indo prestar socorro.
A família de Formehl é proprietária de empresa de aviação agrícola em Sorriso, sendo pioneira do município. Claudio é solteiro.

JCNET (SP)

Polícia prende quatro e apreende cerca de 400 kg de cocaína em MT

A Polícia Federal de Mato Grosso perdeu quatro pessoas, na manhã desta quinta-feira (28), e apreendeu cerca de 400 kg de cocaína em Alto Garças (MT). Investigações apontaram que uma aeronave saíra da Bolívia com grande quantidade de droga e tinha como destino uma área rural de Alto Garças. De lá, a droga seria levada por via terrestre para a cidade de Ribeirão Preto (SP).
Policiais federais montaram barreira em todas as saídas da cidade onde o avião pousou e, por volta das 10h, abordaram o caminhão e carros utilizados para transportar e escoltar a droga. No caminhão foi encontrado 370 kg de pasta base de cocaína e 31 kg de cocaína pura, que foram apreendidos. Os veículos usados também foram apreendidos.
Durante o interrogatório, o motorista do caminhão confirmou que receberia R$ 20.000 para levar o veículo até o município de Ribeirão Preto. Os outros presos afirmaram à polícia que não sabiam que o caminhão transportava droga.
Os quatro suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Policia Federal, em Rondonópolis. Em seguida foram levados para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Mata Grande (MT), onde permanecerão a disposição da Justiça.

EBC (DF)

Dilma promove 67 oficiais das Forças Armadas

Danilo Macedo
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff promove 67 oficiais das Forças Armadas. Os 22 militares da Marinha, 23 do Exército e 22 da Aeronáutica assumem seus novos postos a partir de 31 de março. Dilma assinou os decretos na quinta-feira (28), durante audiência no Palácio do Planalto com o ministro da Defesa, Celso Amorim. A decisão foi publicada ainda na quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União.
Edição: Fernando Fraga

ACHEIUSA (EUA)

Embraer revela sucessos e projetos na Flórida

A venda dos caças Super Tucanos colocou a Embraer na lista dos fornecedores das Forças Armadas dos Estados Unidos
A Brazilian American Chamber of Commerce of Florida (BACCF) promoveu na semana passada um café da manhã para associados na sede da Embraer, em Fort Lauderdale.
O presidente da Embraer Aircraft Holding, Gary Spulak, foi o anfitrião, e aproveitou a ocasião para falar sobre as novidades da montadora nos Estados Unidos.
ImagemSpulak destacou a recente venda dos caças Super Tucano para a Força Aérea americana "o primeiro contrato militar com os Estados Unidos" e anunciou novas negociações, que somam mais de 1 bilhão de dólares em vendas. Outro ponto importante abordado foi a implantação da unidade industrial em Jacksonville, Flórida, um ambicioso projeto que visa a maior aproximação da Embraer com grande parte dos seus clientes, tanto na área militar como na comercial e executiva, ao mesmo tempo em que a montadora aproveita a mão de obra altamente especializada em tecnologia aeroespacial egressa de antigos projetos espaciais americanos no Estado da Flórida.
O cônsul brasileiro em Miami, Hélio Vitor Ramos Filho, esteve presente e ressaltou em discurso a crescente importância da montadora na indústria aeroespacial nos Estados Unidos e no mundo, e ainda o trabalho desenvolvido por Gary Spulak à frente da empresa.
Terceira maior do mundo
A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, se mostrou otimista com possíveis pedidos de grandes empresas aéreas dos Estados Unidos e espera concluir campanhas de venda no país nos próximos meses, afirmou o presidente-executivo da empresa Frederico Curado na semana passada.
Em meio à disputa com a rival canadense Bombardier para renovar a frota da United Continental e das empresas em processo de fusão American Airlines e US Airways, Curado sinalizou que grandes pedidos podem ocorrer.
"Há algumas campanhas importantes nos EUA que devem amadurecer logo. Há discussões em andamento e estamos confiantes de que vamos ter uma participação importante dessas oportunidades. Ao longo dos próximos meses esperamos ter confirmações", disse Curado em teleconferência com analistas.
O executivo se mostrou confiante com o desempenho da empresa nos EUA e afirmou que "“vê algumas atividades na América Latina", destacando o plano de incentivo à aviação regional no Brasil. "Estruturalmente, isso é uma notícia boa para fabricantes de aviões regionais, incluindo nós".
Questionado sobre o desenvolvimento do Legacy 500, Curado afirmou que a campanha de vendas "está melhor que o esperado".
A Embraer divulgou ter encerrado o quarto trimestre com lucro de 253,7 milhões de reais, revertendo prejuízo de um ano antes, e totalizando lucro de 698 milhões de reais em 2012.
A margem operacional (Ebit) da empresa ficou em 10 por cento no ano, enquanto a margem Ebitda ficou em 14,5 por cento, ambas acima da previsão da empresa, de 9 a 9,5 por cento e de 12,5 a 13,5 por cento, respectivamente.
Para 2013, a Embraer espera margem operacional de 9 a 9,5 por cento, enquanto para a margem Ebitda a expectativa é de 13 a 14 por cento.
Questionado sobre as expectativas da empresa para 2014 e 2015, Curado evitou entrar em detalhes, mas afirmou que as margens podem ser pressionadas por mix de produtos diferente.
"Temos que lembrar que, embora possamos ter aumento nos volumes, o mix de produtos pode não ser favorável. Teremos muita demanda por regionais dos EUA. É um avião menor, com menor preço. É prematuro hoje ficar muito otimista com alta nas margens", disse Curado.
O executivo também comentou que espera queda no peso das despesas administrativas na receita, dos atuais 12 por cento para entre 10 e 11 por cento neste ano, em meio à expectativa de que o volume de custos em 2012 não se repita em 2013.









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