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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/03/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Dilma: com fábrica de submarinos, país comprova potencial tecnológico na área de defesa

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (1º) que o Brasil provou ser capaz de cumprir o papel do desenvolvimento cientifico e tecnológico na área de defesa, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) – primeira etapa para a construção de submarinos. A fábrica faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha. A infraestrutura servirá para a construção e manutenção de cinco submarinos.
“Com este empreendimento entramos em um seleto grupo, dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas com acesso ao submarino nuclear”, destacou Dilma, ao ressaltar que atualmente, a tecnologia de propulsão nuclear é dominada apenas pela China, pelos Estados Unidos, pela França, Inglaterra e Rússia – membros permanentes do órgão. Atualmente o Brasil não integra o Conselho de Segurança da ONU. “Uma indústria da defesa é uma indústria da paz, mas, sobretudo, do conhecimento. Aqui se produz tecnologia e tem um poder imenso de difundir tecnologia”, completou a presidenta durante a inauguração da Ufem, em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio.
O investimento – que inclui a construção da Ufem, do estaleiro e da base naval, que abrigará os submarinos – será R$ 7,8 bilhões até 2017. O programa foi iniciado em 2008, resultado de uma cooperação entre o Brasil e a França que prevê transferência de tecnologia e criação de consórcios entre empresas dos dois países. Dos cinco submarinos previstos, quatro serão movidos a motor diesel-elétrico e um com reator para propulsão nuclear, que é mais autônomo e gera energia por mais tempo. A planta de propulsão nuclear será desenvolvida com tecnologia inteiramente nacional.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, declarou que a decisão de implementar o programa demonstra que o Brasil entendeu que a segurança não é algo delegável. “Um país que quer ser autônomo e se firmar no mundo deve cuidar da sua segurança. Se formos eternamente dependentes daquilo que os outros nos fornecerem não teremos nossa autonomia, não poderemos defender nossos recursos, nossa população e a nossa orientação no mundo.”
Amorim também ressaltou que as ações vão gerar emprego e estimular a indústria naval e nacional. De acordo com a Marinha, as construções vão gerar 9 mil empregos diretos e 32 mil postos indiretos. O estaleiro de construção está previsto para ser concluído em dezembro de 2014, a base naval em 2017 e o primeiro dos quatro submarinos convencionais deve começar a operar em 2017. Os demais submarinos convencionais devem ser entregues em intervalos de 18 meses, e o de propulsão nuclear, depois de 2025, após testes no mar.


Maior área de mata atlântica é do Exército

Estudo da UFPE revela que Forças Armadas possuem 8.300 hectares, distribuídos em 6 unidades, todas no Grande Recife

A maior área de mata atlântica do Nordeste, no trecho acima do Rio São Francisco, não está nas mãos de usineiros, e sim do Exército. É o que mostra pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco concluída recentemente. São 8.300,46 hectares, distribuídos em cinco unidades militares, todas no Grande Recife. Um hectare tem 10 mil metros quadrados e equivale à área ocupada por um campo de futebol.Os remanescentes estão no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcante (7.342 ha), em Aldeia, no 14º Batalhão de Infantaria Motorizado (401,4 ha), em Jaboatão dos Guararapes, no 7º Grupo de Artilharia de Campanha e 3ª Divisão de Levantamento (43,53 ha), em Olinda, no 4º Batalhão de Comunicações (173,53 ha), no Recife, e no Complexo Militar do Curado (340 ha), que inclui o Comando Militar do Nordeste.
No estudo, realizado para tese de doutorado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos da UFPE, vinculado ao Departamento de Engenharia Civil, o autor aponta ainda os serviços ambientais prestados pela floresta mantida pelo Exército.
Os principais são a amenização do clima local, a regularização de vazão de mananciais e a conservação da fauna e flora. O trabalho, apresentado mês passado, aponta também o papel das matas do Exército na manutenção dos estoques e absorção de carbono.
O major Helder de Barros Guimarães, com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, também pela UFPE, lembra que antes de ficarem sob a responsabilidade do Exército, essas áreas eram utilizadas no cultivo de cana-de-açúcar e capim para pecuária. Ou seja, os militares contribuíram para a regeneração da vegetação nativa. A afirmação do oficial se baseia na análise de fotografias que mostram a evolução das florestas nas seis unidades militares.
A partir das imagens, ele comprovou que houve aumento da cobertura vegetal em todas as unidades militares. No trabalho, sob a orientação do biólogo Ricardo Braga, o pesquisador gerou mapas que mostram a evolução da floresta dentro dos quartéis e a diminuição no entorno.
CONSERVAÇÃO
Com base nos resultados, Helder propõe a criação de uma nova categoria de unidade de conservação, específica para as áreas sob a guarda do Exército. Segundo ele, a medida significaria um incremento de aproximadamente 3,8% das áreas protegidas em nível federal. "Caso as áreas da Marinha e da Força Aérea também fossem contempladas, diz o pesquisador, esse acréscimo poderia ser superior a 10%", estima.
No Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcante, maior remanescente florestal, composto por 20 fragmentos, há 168 tipos de aves, quatro estão na lista brasileira e uma na internacional de animais ameaçados de extinção.
De cobras, existem 22 espécies, entre elas a surucucu (Lachesis muta). Maior cobra peçonhenta da América do Sul, também está no livro vermelho.


Dilma diz que agora Brasil entra no seleto grupo do submarino nuclear

Por Anthony Boadle - Reuters

BRASÍLIA, 1 Mar (Reuters) - O Brasil deu um passo importante nesta sexta-feira para aderir ao grupo de países que têm submarinos de propulsão nuclear, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no município fluminense de Itaguaí, que vai construir submarinos projetados pela França.
A presidente Dilma Rousseff inaugurou a fábrica que vai fazer as estruturas de metal para quatro submarinos de ataque convencionais Scorpene e um submarino alimentado por um reator nuclear desenvolvido inteiramente pelo Brasil.
Os submarinos serão feitos pela construtora de navios francesa DCNS em uma joint venture com a brasileira Odebrecht na base da Marinha na baía de Sepetiba, sul do Rio de Janeiro.
O programa de 7,8 bilhões de reais vai entregar o primeiro submarino convencional em 2015 e o submarino de propulsão nuclear ficará pronto em 2023 e entrará em operação em 2025, após dois anos de testes, informou a Marinha do Brasil em comunicado.
Os submarinos são uma parte fundamental do esforço do Brasil para construir uma Marinha moderna, que possa defender seu petróleo e os interesses comerciais no Atlântico Sul, uma região há muito dominada pelas Marinhas britânica e norte-americana. É também um renascimento do desenvolvimento nuclear militar brasileiro, que foi interrompido em 1990 com o fim do programa de bomba atômica do país.
Dilma indicou, em seu discurso, que a construção de um submarino nuclear coloca o Brasil mais próximo de alcançar o objetivo de conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, um grupo ao qual o país aspira se juntar.
"Podemos dizer que, de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear, Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia", disse Dilma em discurso na cerimônia de inauguração da fábrica.
"Acredito que nós podemos afirmar com orgulho que o programa de desenvolvimento de submarinos é uma realidade", acrescentou.
EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China são os únicos países com capacidade para construir submarinos nucleares. A Marinha indiana tem um submarino de ataque de propulsão nuclear, o INS Chakra, que foi arrendado da Rússia, e a Índia está construindo um submarino nuclear com tecnologia própria que deve estar em funcionamento até 2015.
Segundo Dilma, apesar de o Brasil viver em profunda paz com todos os vizinhos e de não fazer disputas bélicas, existe a consciência de que o mundo é complexo, e que o Brasil assumiu nos últimos anos uma extrema relevância.
"Isso (ser pacífico) não nos livra de termos uma indústria da defesa e termos toda uma constribuição a dar na garantia de nossa soberania e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica... no cenário internacional", disse.
A Marinha do Brasil salientou que o sistema de propulsão nuclear será construído com tecnologia inteiramente nacional, que não foi transferida pela França.
"Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante. Uma indústria da defesa, como disse o ministro (da Defesa) Celso (Amorim), é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da de defesa é sobretudo uma indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia. É isso que em outros países a indústria da defesa faz", acrescentou Dilma.
TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA
O programa de submarino Brasil-França foi acertado em 2008 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, e é o projeto de defesa mais caro do Brasil.
"É um programa importante porque é necessário que o Brasil modernize sua estrutura de defesa", disse o deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.
"Nós estamos há muitos anos sem fazer investimentos. Temos um dos maiores litorais do mundo e precisamos ter mecanismos para fazer a defesa e a vigilância desse litoral, e os submarinos são uma grande peça de defesa dos oceanos."
A Força Aérea Brasileira (FAB) também está buscando renovar sua frota com a compra de 36 caças, num contrato de defesa avaliado em 4 bilhões de dólares inicialmente. A Boeing Co., a francesa Dassault Aviation e a sueca Saab AB estão na disputa pelo acordo.
O Brasil tem insistido na máxima transferência de tecnologia em tais contratos militares para melhorar sua indústria de defesa privada que se tornou um importante exportador de armas.
"Nós temos, por parte do povo brasileiro, a missão de garantir e assegurar que de fato essa tecnologia nos seja transferida conforme o contrato", afirmou Dilma sobre o acordo com a França a respeito dos submarinos.
Na quarta-feira, a unidade de defesa da Embraer ganhou seu primeiro contrato militar dos EUA para a venda de 20 aviões leves de ataque Super Tucano, para uso na contra-insurgência no Afeganistão.
"Foi um certificado de qualidade" para a industria nacional de defesa, disse Amorim.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)

Monitor Digital

Criação da Guarda Costeira envolveria gasto bilionário

Há uma década, a Marinha conseguiu vetar projeto de criação de uma Guarda Costeira, nos padrões norte-americanos. Agora, o projeto volta à tona, através do senador Vicentinho Alves (PR-TO), que se refere à Polícia Hidroviária Federal. Ao que se sabe, a Marinha está preocupada, pois as atribuições da nova polícia são próximas das atribuídas à Força Armada: patrulhamento ostensivo das hidrovias, cursos d”água, lagos, portos e costa marítima. A criação do Ministério da Defesa acabou com ministros militares; já a Força Nacional de Segurança é vista por alguns analistas como outro motivo de esvaziamento para os militares. Esses mesmos analistas afirmam que em breve poderá acabar o controle militar sobre o tráfego aéreo civil – o que, na verdade, é o que predomina no resto do mundo, o controle civil.

Para observadores, a transferência para a Atech S/A de todos os trabalhos de desenvolvimento genuinamente nacional, na área dos sistemas de Defesa Aérea e de Controle do Tráfego Aéreo, que foram produzidos pela antiga Fundação Atech, seria um dos passos para esta separação da parte civil da militar. Diz uma fonte: “Uma fundação, que não pode ser vendida, dificultaria qualquer tipo de mudança de controle. A venda da Atech S/A para a Embraer Defesa e Segurança (que é equivalente à venda desta área do conhecimento nacional) teria sido um passo imprescindível, inclusive porque esta atividade de Controle e Defesa Aérea não está incluída nas condições de segurança dadas pela golden share que o governo tem na Embraer. Acrescente-se a esta suposição o fato de a Atech S/A estar trabalhando com software Advanced Arrival Management System para Controle de Aproximação da Deutsche Flugsicherung (DFS), organização estatal alemã sem fins lucrativos, o que pode ser o início de uma mudança de postura em relação aos desenvolvimentos autóctones feitos no passado pela hoje extinta Fundação Atech”.

Segundo informações, a mudança proposta pelo senador Vicentinho poderia gerar contratos bilionários e muitos novos empregos públicos, como afirma outra fonte: “O Controle do Tráfego Aéreo é similar ao Controle do Tráfego Marítimo. Alguém consegue imaginar o quanto custará um sistema para patrulhamento ostensivo das hidrovias, cursos d”agua, lagos e portos da Amazônia? E do Pantanal? E da costa brasileira, com todas as baías, enseadas e portos? Quantas empresas nacionais e estrangeiras prestarão serviços ou venderão produtos? Quantos cargos e empregos serão necessários e distribuídos? Alguém consegue imaginar o quanto custará instalar (quase duplicar) um sistema de controle do tráfego aéreo (civil) independente do Controle da Defesa Aérea (parte militar)?”

Gastos em excesso

Na verdade, se verbas forem efetivamente liberadas, os gastos para defesa seriam enormes. Há os projetos do Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras); há o SisGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul); há o Programa de Obtenção dos Navios de Patrulha Costeira e de Patrulha Oceânica; há o Plano Nacional de Fronteiras do Ministério da Justiça; há a implantação dos Sistemas de Segurança para os grandes eventos em diversas capitais; e outros mais, tudo isso movimentando planejamentos de bilhões de reais. Quanto mais são os projetos bilionários, maiores os interesses políticos.

Se a Marinha perder os Grupamentos de Patrulha Naval e a DPC e seus adendos, ficará sem parte de sua capacidade operacional e ainda sem uma fortuna oriunda das taxas que são cobradas pela utilização de auxílios à navegação e para o ensino profissional marítimo. O mesmo acontecerá com o Comando da Aeronáutica que perderia a arrecadação de tarifas e poderá até mudar de nome, para Comando da Força Aérea, se passar a ser responsável apenas pelas atividades militares de defesa aérea.

PORTAL MIDIAMAXNEWS (MS)

Esquadrilha da Fumaça reúne mais de 6 mil pessoas em Nova Andradina

Olhos voltados para o céu e muita expectativa no ar. Foi assim que, em Nova Andradina, aproximadamente 6.500 pessoas aguardavam pelo início da primeira apresentação de acrobacias aéreas da Esquadrilha da Fumaça em 2013. O ponto de referência da performance foi a Praça Geraldo Mattos Lima.
Anfitrião, o prefeito Roberto Hashioka enfatizou que “a apresentação nos enche de orgulho, uma vez que é um evento histórico para Nova Andradina”. “Não há dúvidas que este show permanecerá para sempre na memória de cada munícipe que se fez presente”, frisou o gestor.
Com sete aviões e 16 profissionais da Força Aérea Brasileira (FAB), a performance teve aproximadamente 45 minutos de duração e também foi prestigiada pela deputada estadual Dione Hashioka, vereadores e pelos prefeitos Luiz Antônio Milhorança (Angélica), Beto Sãovesso (Batayporã), Vagner Guirado (Anaurilândia) e Nilza Ramos (Novo Horizonte do Sul).
Entre manobras coletivas e acrobacias individuais, o show em Nova Andradina foi liderado pelo Tenente Coronel Aviador Marcelo Gobett Cardoso, comandante da Esquadrilha. As aeronaves chegaram a Nova Andradina na manhã desta sexta-feira (1) e aterrissaram na pista de pouso do frigorífico JBS por volta das 11h.
O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, conta com cerca de 80 shows por ano. A apresentação é concorrida pelos mais de 5 mil municípios brasileiros, entre outros países. Nesta etapa em Mato Grosso do Sul, a performance foi exclusiva para Nova Andradina.
No que depender do público, a apresentação foi sucesso garantido. “É um privilégio para nós assistir uma apresentação como esta, que foi aguardada por todos com grande expectativa. Com certeza muitos guardarão as recordações na memória, principalmente as crianças que não viam a hora de olharem para o céu de Nova Andradina e ver o show começar”, destacou a pedagoga Andressa Andreta, de 23 anos.
Após o show no município, a Esquadrilha segue para apresentações em Ouro Fino (MG), Itu (SP), Nova Santa Rosa (SP), Santa Helena (SP), São Miguel do Oeste (SC), Curitiba (PR), São Luiz (MA), São Geraldo do Araguaia (PA), Açailândia (MA) e Imperatriz (MA), além de Punta del’Este (Uruguai), Montevidéu (Uruguai) e Georgetown (Guyana).
Mês da Mulher
A apresentação da Esquadrilha da Fumaça em Nova Andradina também marcou o início das comemorações alusivas ao “Mês da Mulher”. As atividades serão desenvolvidas pela Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres e abertas oficialmente no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
O início da campanha ficará por conta da tradicional Feira Mulheres de Atitude. O evento do próximo dia 8 será realizado na Praça Brasil, com inicio previsto para 19h, e também contará com apresentação do Ministério de Artes Eternos Apaixonados da Paróquia Imaculado Coração de Maria.
De acordo com a secretária Jozeli Chulli, no dia 9, também durante a feira, haverá apresentação de dança da Igreja Batista Ministério Restauração (IBMR), a partir das 20h. Ainda no dia 9, será realizada, em parceria com o Rotary Nova Andradina Centenário, gincana com mulheres do município.

PORTAL PLANETA UNIVERSITÁRIO

Pesquisadores da UFF vão à Antártica para estudar mudanças climáticas e ambientais na região

Uma expedição para a Antártica partirá em 3 de março para realizar pesquisas na Península Fildes, na Ilha Rei George, com o objetivo de verificar o estoque e a emissão de gás carbônico (CO2) em lagos da região e monitorar o recuo das geleiras, provocado pelo degelo, e sua relação com o aumento de temperatura no local (elevação de três graus Celsius nos últimos 50 anos). Além disso, serão monitorados os sedimentos enviados para o ambiente marinho em decorrência da retração das geleiras. A pesquisa é de extrema importância porque as alterações climáticas no continente antártico influenciam diretamente nas mudanças de temperatura e na incidência de chuvas na América do Sul e, por consequência, no Brasil, o sétimo país mais próximo da Antártica.
A equipe de pesquisadores que será enviada à Ilha Rei George contará com a participação dos professores Rosemary Vieira, coordenadora do projeto, e Humberto Marotta Ribeiro, ambos do Laboratório de Processos Sedimentares e Ambientais (Lapsa), do Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense (UFF). Também integrando o grupo estarão a pesquisadora Kátia Kellem da Rosa e os estudantes Enoil de Souza Junior e Carolina Lorenz Simões, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O transporte dos pesquisadores até a Antártica está a cargo da Operação Antártica XXXI, ligada ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar), sendo realizado por avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os pesquisadores da UFF farão o embarque no aeroporto do Galeão, na cidade do Rio de Janeiro, enquanto que os integrantes gaúchos embarcarão em Pelotas, seguindo todos para Punta Arenas, no Chile. Ao chegar lá terão que aguardar condições meteorológicas favoráveis para a travessia da Passagem de Drake.
Em decorrência do incêndio ocorrido na Estação Antártica Comandante Ferraz em fevereiro de 2012, os pesquisadores brasileiros ficarão hospedados na estação chilena de Escudero, na Península Fildes, até o fim de março. O Chile também oferecerá apoio no deslocamento e nas tarefas de campo ao longo da península. A parceria é fruto de um acordo de cooperação científica firmado entre Brasil e Chile enquanto o governo brasileiro estiver reconstruindo sua estação.
O trabalho de pesquisa recebe apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera. A logística, além de contar com a ajuda do Proantar, recebe auxílio do Instituto Antártico Chileno (Inach).

PORTAL CIRCUITO MATO GROSSO (MT)

Mais de dez órgãos reforçarão segurança em Brasília durante a Copa

Mais de uma dezena de órgãos e agências federais e distritais trabalharão em conjunto na segurança da capital federal durante a Copa das Confederações, em junho deste ano, e a Copa do Mundo, em 2014.
Em Brasília, que será sede de abertura da Copa das Confederações e receberá sete jogos do Mundial de Futebol, as Forças Armadas destacarão 3 mil homens especificamente para os grandes eventos. Além do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, as forças policiais e o Departamento de Trânsito, que fazem parte do sistema de defesa e segurança integrado, reforçarão suas ações na cidade.
Segundo o comandante militar do Planalto, general Gerson Menandro Garcia de Freitas, militares especializados em diversas áreas executarão ações de contraterrorismo e de defesa aeroespacial, fluvial, cibernética, química, radiológica e nuclear, além de fiscalizar explosivos.
Antes da Copa das Confederações, haverá simulações para treinamento do pessoal e, no dia 25 de maio, será feito o ensaio geral no Estádio Nacional Mané Garrincha, palco dos jogos.
Apesar de os órgãos já se reunirem há seis meses, hoje (28) foi feito o primeiro encontro de integração da defesa de área, de inteligência e segurança pública e defesa civil. Segundo o delegado da Polícia Federal Victor Campos, que coordenará a atuação integrada das forças policiais, a intensificação do trabalho para os eventos não vai gerar insegurança em lugares afastados.
“Os órgãos passam a trabalhar de forma conjunta para que os jogos ocorram de forma tranquila e festiva. Vai ser planejado e não vai desguarnecer outras áreas do Distrito Federal”, disse Campos. Para aumentar o efetivo de plantão sem fazer novas contratações, não serão concedidas férias, nem dispensas, durante o período das competições.
Nos dias de jogos, algumas vias de trânsito próximas ao estádio terão acesso controlado ou haverá desvios com cerca de seis horas de antecedência. Segundo o gerente de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Luiz Carlos Souto, a via que circula o Parque da Cidade funcionará apenas no sentido anti-horário e o local será o estacionamento oficial dos torcedores que decidirem ir de carro.
Souto disse que o Detran trabalha com a possibilidade de ser decretado feriado nos dias de jogos e que haverá controle de tráfego nas principais vias para evitar congestionamentos. Souto alerta que o momento festivo, com confraternizações que devem chegar até a Esplanada dos Ministérios, não eximirá os motoristas de penalidades. “Faremos fiscalização de estacionamentos e usaremos os etilômetros [bafômetros] após os eventos.”
O entrosamento entre as forças militares e policiais e o treinamento que está sendo feito ajudará o país a atingir um novo patamar em defesa. O general Menandro, que coordena as ações de defesa, disse que a Copa e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, farão o Brasil entrar definitivamente na agenda mundial dos grandes eventos.
Para as Forças Armadas, será uma “oportunidade de melhorar seu aparelhamento, tanto em termos de equipamentos quanto de capacitação”.

DIÁRIO DA AMAZÔNIA (RO)

Notificações crescem 260% em Rondônia

O número de casos de dengue notificados em janeiro e nos 23 primeiros dias de fevereiro deste ano cresceu 260 % em Rondônia em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram feitas 1.112 notificações, sendo que neste ano foram registrados 4.067 ocorrêncas, com cerca de 3.5 mil confirmações da moléstia. Ao todo, em 2012, foram 4.838 notificações. Mesmo com esta elevação significativa, a situação do Estado em relação à doença é considerada de média incidência. “O Ministério da Saúde considera como alta incidência o registro de 300 casos por 100 mil habitantes, sendo que a nossa média de ocorrências é de 258 casos por 100 mil haitantes”, explica o responsável pela Coordenação Estadual de Combate à Dengue, Ednaldo Vieira.
Os óbitos relacionados à doença estão em estudo. “Na verdade, nos casos de morte, a dengue veio agravar o quadro de pacientes já debilitados por outras moléstias”, informa o coordenador. Ele ressalta que o período chuvoso é crítico para a dengue e é pequeno o número de casos registrados durante a estiagem.
Para o coordenador, é difícil quantificar o quadro real de incidência da doença, “porque é uma situação muito dinâmica, sujeita a muitas variáveis”. Em alguns municípios, o número de casos é pequeno, mas se torna grande se for comparado ao número de moradores. Há também uma diferença na capacidade de notificação da doença. Algumas cidades podem apresentar um número reduzido de casos por causa da subnotificaçao. Os municípios de Alvorada do Oeste, Alta Floresta, Cerejeiras e Espigão D`Oeste apresentam uma alta incidência de dengue em Rondônia. A Capital, Porto Velho, já registrou 547 notificações, sendo que durante todo o ano passado, foram feitas 300.
A tendência de evolução do número de casos de dengue em Rondônia é a mesma do cenário nacional. E um fator importante para o acirramento da molestia é a presença do sorotipo 4, um vírus novo no País. “Quando uma pessoa é infectada por um vírus da dengue, ela fica imune a este tipo de vírus e, por isso, quando aparece um diferente, o número de pessoas acometidas pela doença é maior”, explica Vieira.
AGENTES DE ENDEMIAS
A transição de gestões das prefeitura é outro problema que agrava a incidência da doença. “Os novos prefeitos assumiram os cargos em uma situação crítica e muitos encontraram problemas para o combate ao mosquito transmissor – o Aedes aegypit”-, segundo o coordenador Ednaldo Vieira. Em Porto Velho, o contrato de 79 agentes de combate às endemias expirou ontem (28), mas este contingente deverá ser substituído por soldados do Exército, Aeronáutica e Corpo de Bombeiros, que já foram treinados para o combate ao vetor.
Além disso, os que trabalhavam com desvio da função vão reforçar o trabalho. “O ideal é que estes agentes já tivessem sido concursados, mas como isso não aconteceu, estamos buscando todas as alternativas para controlar o surto”, informa o secretário-adjunto municipal de Saúde da Capital, Francisco Marto de Azevedo.
Segundo Vieira, as prefeitura receberam recursos do Teto de Vigilância em Saúde com um adicional de 20% para combater o surto de dengue e o governo do Estado está apoiando o bloqueio de transmissão com a cedência de inseticida e de veículos para a aplicação do veneno, além de assistência técnica, mas o controle da doença depende do comportamento da população para evitar a formação de criadouros.
Os insetos transmissores podem se desenvolver até mesmo em cascas de ovo ou tampinhas de refrigerante. Os ovos depositados pelo mosquito podem ficar em estado latente durante meses, tornando-se ativos na presença da água. Com a incidência de chuvas típicas do período, cria-se a situação ideal para a proliferação do mosquito vetor da doença.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Os novos dados sobre notificações de casos de dengue em Rondônia serão repassados ao banco de dados do Ministério da Saúde hoje, segundo o responsável pela Coordenação Estadual de Combate à Dengue, Ednaldo Vieira. Os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde referente a janeiro até 16 de fevereiro mostravam um aumento de 622% das notificações no Estado, de 512 em 2012 para 3.711 este ano. Edinaldo explica que o período concentrou mais casos, por isso esse aumento no índice.

SITE O DOCUMENTO (MT)

Astronauta brasileiro quer voltar ao espaço em 2015

Terra

Primeiro brasileiro a ir ao espaço, o astronauta Marcos Pontes planeja nova viagem para além da Terra nos próximos anos. Ainda sem uma definição clara sobre a data de sua próxima missão, Pontes disse esperar voltar ao espaço entre 2015 e 2016. Ele viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2006, fazendo história ao ficar dez dias em órbita ao redor da Terra.
“2015 ou 2016, essa é minha expectativa. Provavelmente, numa missão com os russos, como da outra vez (a Rússia é um dos parceiros majoritários da ISS). Existe a possibilidade sim, e é o que estou esperando”, afirmou, após participar de um evento no Rio de Janeiro.
Ainda bastante reconhecido, Pontes era solicitado a tirar diversas fotos. Segundo ele, mesmo quase sete anos depois de ter ido ao espaço, muitas pessoas o param na rua e pedem fotos e autógrafos. O astronauta é lotado na Nasa, na qual é da área de manutenção da estação espacial. Ele atua como uma espécie de mecânico de voo, estando a postos para resolver qualquer problema de última hora na missão.
“Cada missão tem um custo muito alto para a Nasa. Cada tripulante num voo desses custa US$ 56 milhões”, comentou. Por isso, destaca, há um espaço grande entre uma missão e outra que um astronauta participa. Pontes lembra que se formou na Nasa em 1998, e só foi ao espaço oito anos depois. Da turma em que se formou, Pontes foi o segundo a ir ao espaço.
Para participar de uma missão da Nasa, Pontes fez o curso de astronauta, com duração de dois anos. Depois, se especializou e fez treinamentos específicos em outras áreas. Quando uma missão é definida, existe uma preparação especial com duração que varia de um ano a um ano e meio.
Muitos anos depois da ida ao espaço, Pontes relata que ainda tem muitas lembranças de lá. Questionado sobre qual a principal delas, ele diz que é a sensação de se sentir pequeno perto da grandeza da Terra, ao avistar o globo terrestre.
“Lembro de muita coisa de lá. A principal delas é quando você olha pra Terra, e se imagina, você se sente muito pequenininho. Essa sensação de me sentir insignificante por um lado, que fez nascer dentro de mim a necessidade de usar meu tempo de vida para fazer alguma coisa útil, de forma geral”, observa.
Além do trabalho na Nasa, Pontes é um dos três embaixadores da Organização das Nações Unidas (ONU) em todo o mundo, focados nas atividades de desenvolvimento industrial. O brasileiro criou uma fundação, voltada para trabalhos nos campos da educação, ciência e tecnologia para ensino fundamental e médio, além da sustentabilidade.
O astronauta também dá aulas no curso de engenharia aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e se prepara para iniciar uma nova especialidade na instituição de ensino. “Criamos lá o curso de engenharia aeroespacial, para que entre no vestibular. Vai começar este ano. Espero que entre no vestibular 2013”, explicou.
O desejo de Pontes é que outros brasileiros também possam viajar para o espaço. Com o curso, ele espera facilitar esse caminho. “Quem sabe a gente não consiga colocar mais um lá. É meu sonho. Eu deixaria minha oportunidade para alguém”, argumenta.









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