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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/02/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Brasil pedirá aos EUA dados sobre 'cônsul'

Comissão da Verdade quer que governo Obama esclareça papel do agente Halliwell, que visitava o Dops-SP nos anos 1970

Vannildo Mendes
Brasília

O envolvimento do ex-diplomata americano Claris Halliwell com a ditadura militar brasileira está causando embaraço diplomático entre os dois países em para evitar mal entendidos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) vai pedir ao governo dos EUA, via Itamaraty, ajuda nas investigações, diante da recusa do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo em atender aos pedidos da comissão.
A estratégia para acertar a colaboração americana, que começou a ser discutida ontem, será fechada na terça-feira, em reunião da CNV com o coordenador da Comissão Estadual da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo, Ivan Seixas. Se a via diplomática não for suficiente, as duas comissões vão discutir meios legais de cobrar explicações do governo americano. Um dos caminhos seria acionar, pelo Ministério da Justiça, o acordo de cooperação jurídica internacional entre os dois países.
A estratégia foi anunciada ontem, no primeiro balanço do ano sobre o assunto, que reuniu 30 comissões, entre estaduais e municipais. No encontro, a CNV informou que dezenas de agentes; da repressão, já identificados, serão convocados para depor, entre militares, policiais e civis; Entre estes estariam empresários; que financiavam a repressão, cediam imóveis para torturas ou até participavam de ações. Até agora, a comissão tomou 40 depoimentos, entre vítimas e acusados de autoria de crimes. Cerca de 50 mil pessoas, segundo a comissão, teriam sofrido algum tipo de abuso durante a ditadura.
Protagonismo. Documentos revelados domingo pelo Estado mostram que o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo registrou visitas regulares de Claris Halliwell, identificado como "cônsul", à sua sede entre 1971 e 1974. Na época, o local funcionava como um centro de torturas. Outros documentos, localizados pela Comissão Estadual, mostram que o ex-diplomata tinha protagonismo político no Brasil desde antes do golpe militar: já em 1958; ele intermediou o encontro de uma missão do Departamento; de Estado com o presidente Juscelino Kubitschek.
Ivan Seixas informou que a relação Halliwell-Dops precisa ser melhor esclarecida, pois algumas de suas visitas coincidiram com desaparecimento de presos políticos, como foi o caso de Devanir José de Carvalho. Falecido em 2006, Halliwell teria tido contato com outros golpes de Estado na América Latina.

Suspeitos de tortura serão convocados logo a depor

Comissão da Verdade faz balanço e calcula em 50 mil as vítimas da ditadura militar

Vannildo Mendes / Brasília

No primeiro balanço do ano, realizado em reunião com representantes de 30 comissões estaduais e municipais de todo o País, a Comissão Nacional da Verdade informou ontem, em Brasília, que dezenas de agentes da repressão já estão identificados e serão convocados para depor sobre episódios ocorridos no País entre 1946 e 1985 - do início da redemocratização, após a ditadura de Getúlio Vargas, até o fim do regime militar de 1964. A lista inclui militares - policiais e civis - e empresários. Entre estes, estariam pessoas que financiavam a repressão, cediam imóveis para prisão e torturas ou até participavam de ações.
Até agora, a comissão tomou 40 depoimentos, de vítimas e acusados de autoria de crimes - dos quais, segundo a assessoria da comissão, 12 são antigos agentes da repressão. Nas contas do colegiado, pelos dados obtidos até agora, cerca de 50 mil pessoas teriam sofrido algum tipo de abuso durante o período por ela investigado.
Entre os convocados a depor nas próximas sessões estão os supostos autores do assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em janeiro de 1971 -dois dos três militares do Exército que teriam torturado e morto o deputado (o outro já morreu).
"Exibicionismo". Pinheiro não quis confirmar que eles sejam de fato suspeitos do crime. A propósito do episódio, ele criticou no encontro o que chamou de "exibicionismo" e"buscade notoriedade" de alguns membros da comissão. "Fique bem claro que não estamosparticipando de nenhum campeonato de protago-nismo, nem queremos ter o monopólio da luta pela verdade", avisou o novo coordenador da comissão. Ponderou que se tratava de uma crítica genérica - não citou nenhuma vez, nominalmente, o trabalho de Cláudio
Fonteles, que ocupava o posto até janeiro e que não estava presente na reunião. Mas censurou iniciativas de conselheiros que, como Fonteles, dão entrevistas para antecipar conclusões de investigações.
"Não dá para sermos como aquele que abre a porta da geladeira, vê luz e começa logo a dar entrevista. Muita vez o açodamento em divulgar um documento, um depoimento, põe por terra um trabalho cuidadoso de investigação e identificação de de-poentes", queixou-se Pinheiro.
Durante a reunião, foi anunciada ainda a criação de subcomissões temáticas da Comissão Nacional - como a de mulheres vítimas da repressão. Discutiram-se ainda a metodologia de trabalhoe a convocação dos próximos depoentes.
Aideia do grupo é fechar o relatório parcial, com todos os depoimentos tomados, em dezembro deste ano - o que inclui a análise de cerca de 30 milhões de páginas de documentos. A comissão encerra suas atividades no dia 16 de maio de 2014, quando um relatório final será entregue à presidente Dilma Rousseff.

Ministro Celso Amorim faz palestra aos calouros do ITA em São José

Ele participou da aula magna, que marca a abertura do calendário de aulas. Político discursou aos alunos sobre desafios na área da defesa no futuro.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

O ministro da defesa, Celso Amorim, participou na manhã desta segunda-feira (25) da aula magna do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tradicional evento que marca o início da vida acadêmica dos 124 aprovados no último vestibular realizado pela instituição. A aula magna é realizada há 62 anos no ITA.
ImagemO ministro foi o principal convidado para o evento e parabenizou os estudantes e a instituição. "Para mim é uma grande alegria vir ao ITA. E por muitos motivos: constatar a excelência do ensino ministrado, constatar também essa ligação permanente dos egressos do ITA, dos professores e alunos com a instituição. Muito interessante ver a integração entre civis e militares e também, mesmo sendo considerada uma instituição dura, a presença expressiva de mulheres", afirmou.
Durante aproximadamente 40 minutos, o ministro Celso Amorim discursou aos alunos sobre políticas de defesa para o futuro.
"As contribuições do ITA têm impacto direto na nossa soberania. Temos sempre grande expectativa do ingresso de alunos no CTA. A sua geração será protagonista da recuperação do nosso programa aeroespacial", disse Amorim aos universitários.
Antes do ministro discursar aos alunos, militares e autoridades presentes, foram entregues premiações a alunos e professores do ITA que se destacaram em 2012. Entre as láureas entregues estão os prêmios "Força Aérea Brasileira" e o "Prêmio de Honra ao Mérito do Ministério da Defesa", concedidos ao 1º tenente-engenheiro aeroespacial Levi Maia de Araújo, por ter sido o melhor aluno militar da última turma do ITA. O aluno de melhor desempenho geral entre os formandos de 2012, Ricardo Omena de Albuquerque Máximo, recebeu o prêmio "Instituto de Engenharia".
Preparação Militar

Na última semana, os 124 estudantes aprovados no vestibular do ITA participaram de um acampamento militar em que foram submetidos a atividades para sobrevivência na selva, como construção de abrigos improvisados, camuflagem, primeiros socorros e até almoço com ração.
O acampamento começou na madrugada de quinta-feira (21), quando os alunos receberam os equipamentos e armamento. Em seguida, eles fizeram uma marcha de nove quilômetros dentro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) até o local do acampamento. As atividades foram realizadas até sexta-feira (22).
De acordo com o capitão Michel Marconi Ramos, o objetivo do acampamento é fortalecer fundamentos de disciplina, cooperativismo e união dos universitários. "Todo jovem tem que estar em dia com o serviço militar e os estudantes aqui estão cumprindo seu dever com a sociedade. No acampamento, todos os aprovados no concurso participam, sejam optantes pela carreira militar ou não. E o objetivo é que eles adquiram fundamentos que sejam bons não só para os militares, mas também para todo cidadão", explicou.
 
Para Embratur, baixa qualidade de serviço aéreo do país deve ser atacada pelo governo

Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO, 25 Fev (Reuters) - O presidente interino da Embratur, Paulo Guilherme de Araújo, classificou de "de baixa qualidade" o serviço aéreo prestado no Brasil e disse que o tema deve ser tratado pelo governo junto às companhias aéreas para não prejudicar o crescimento do turismo no Brasil.
As reclamações relativas a atraso de voos, cancelamentos, espera em aeroportos, preços de tarifas e atendimento inadequado são frequentes, segundo Araújo.
O tema também preocupa o governo num momento em que o país se prepara para sediar uma série de grandes eventos internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica e a Copa das Confederações neste ano, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. 
A qualidade do serviço aéreo é de baixa qualidade e isso é uma preocupação nossa", disse ele a jornalistas. "O primeiro contato do turista é com a companhia aérea. Se ele tem uma impressão ruim fica difícil."
A Embratur e outros órgãos do governo federal pretendem se reunir com as principais companhias aéreas para cobrar um serviço de melhor qualidade aos usuários nacionais e estrangeiros.
O órgão é favorável à abertura do mercado brasileiro a companhias aéreas estrangeiras para aumentar a concorrência no país e possivelmente a qualidade do serviço e também tem mostrado preocupação com as altas tarifas praticadas por alguns hotéis que, também nesta segunda, Araújo chamou de "oportunismo".  
RECORDE

Também nesta segunda, Araújo disse que a Embratur espera bater neste ano o recorde de turistas que veem ao Brasil, chegando aos 6 milhões ante os 5,7 milhões do ano passado, A meta do órgão é chegar a 10 milhões de turistas em 2020, mais um motivo para a preocupação com a qualidade dos serviços.
"Seis milhões é uma boa projeção, mas nosso potencial é ainda maior", disse.
Os argentinos continuam sendo os estrangeiros que mais visitam o país e só no ano passado foram cerca de 1,5 milhão de turistas.
Com a Europa em crise e os Estados Unidos em recuperação econômica, a estratégia da Embratur é focar mais na atração de turistas latino-americanos tendo em vista o calendário de grandes eventos no Brasil nos próximos anos. 
"Reduzimos a quantidade de feiras na Europa e aumentamos ações nos nossos países vizinhos. É uma grande chance para a América do Sul", declarou. 
A proximidade geográfica é o chamariz ao turista latino americano. Outros alvos no médio prazo são os turistas dos países em desenvolvimento do grupo dos Brics --que além do Brasil inclui Rússia, Índia, China e África do Sul--, disse Araújo.
Amorim diz que Brasil retomará projeto de lançar satélites 'em breve'

Ministro da Defesa falou aos novos alunos do ITA, no interior de SP. Programa do foguete brasileiro VLS teve atraso por acidente em 2003.

Do G1, em São Paulo

O ministro da Defesa, Celso Amorim, participou na manhã desta segunda-feira (25) da aula magna do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), evento de início de curso dos 124 aprovados no último vestibular realizado pela instituição, e disse que o Brasil retomará seu projeto de lançamentos de satélites e microssatélites em “muito breve”, segundo informa nota divulgada pela sua pasta.
“Projetamos a retomada dos voos do VLS (Veículo lançador de Satélite), já que neste ano terá seu primeiro ensaio elétrico”, disse Amorim. “Na sequência teremos o lançamento do VLM (Veículo Lançador de Microssatélite). Nesses e em outros programas que envolvem a cooperação junto a parceiros do mundo desenvolvido, o princípio do fortalecimento tecnológico da base industrial brasileira constitui uma referência permanente”, discursou, ainda segundo a nota do ministério.
Em agosto de 2003, aconteceu um incêndio na plataforma de lançamento da base de Alcântara, no Maranhão, e, em menos de dez segundos, a temperatura chegou a quase 3.500 ºC. O acidente matou 21 engenheiros e técnicos do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Isso atrasou em vários anos o programa, voltado a desenvolver tecnologia de construção de veículos espaciais complexos, como o VLS-1.
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Ministro Celso Amorim (dir.) chega ao ITA acompanhado do reitor do Instituto, Carlos Américo Pacheco, para participar da aula magna. (Foto: Carlos Santos/G1)
A previsão inicial era de que o programa do VLS-1 seria retomado em 2009, mas falta de recursos fizeram com que o programa de desenvolvimento do foguete de lançamento de satélites fosse adiado por vários anos. Antes do acidente, duas outras tentativas de lançar o VLS-1 de Alcântara fracassaram.

Família de militar morto na Argentina reclama de demora para transporte do corpo

Carlos Aragão morreu há mais de um mês na capital do país

A família de um tenente-coronel reformado da Força Aérea Brasileira, que morreu de infarto na Argentina, tenta há mais de um mês conseguir o translado para o Rio de Janeiro. O corpo de Carlos Sérgio Aragão dos Santos, que tinha 57 anos, está no IML de Buenos Aires.
Segundo Leonardo Aragão, sobrinho e advogado da família do militar, todo o procedimento já foi feito, porém, o governo argentino não libera o corpo.
— Nós pagamos todos os encargos necessários para o translado do corpo e infelizmente nada aconteceu. Peço às autoridades brasileiras que tenham mais carinho com uma pessoa que já fez muito por esse país.
Em nota, a assessoria Municipal de Relações Exteriores disse que as providências diplomáticas para trazer o corpo do militar já foram tomadas.

Antártida: um ano após incêndio, Brasil prepara terreno para nova estação

Estação Antártica Comandante Ferraz pegou fogo no dia 25 de fevereiro de 2012

A presença do Brasil na Antártida não é novidade. A atual operação é a 31° investida oficial no continente - a primeira após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, há um ano. Desta vez, porém, a atividade mais visada não é a pesquisa científica. Desde novembro, a maior Operação Antártica (Operantar) da história enfrenta ambiente inóspito para remover os escombros deixados pelo incêndio que destruiu a Estação Comandante Ferraz (EACF) e vitimou dois militares no dia 25 de fevereiro do ano passado. São 800 toneladas de escombros que precisam retornar ao Brasil até o fim de março. Os módulos emergenciais, já instalados, atendem aos pesquisadores e militares até que a nova estação seja erigida. O edital para o projeto da reconstrução foi lançado no mês passado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil e pela Marinha.

Devido ao clima adverso, a tarefa de reconstrução se transforma em uma corrida contra o tempo. Somente quatro meses do ano podem ser aproveitados, no verão antártico, já que, no inverno, o mar congela e impede a circulação dos navios. Assim, em junho de 2012, o governo brasileiro contratou, por R$ 2,3 milhões, empresa que auxilia na limpeza da área. Todos os detritos precisam ser removidos. Os trabalhos começaram em novembro do ano passado, no início da Operantar XXXI.

Um documento apresentado na 23ª Reunião de Administradores de Programas Antárticos Latino-Americanos delineia parte do cenário antártico: "Você já ouviu falar em nuvens rotoras, ventos catabáticos, céu d água, blanqueios? Pois todos esses são fenômenos atmosféricos que se encontram e se misturam na Antártida. Em nenhum outro lugar no mundo a meteorologia aeronáutica é tão importante e diversificada quanto nesse continente. Toda essa diversidade exige dos pilotos do 1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte Aéreo, Esquadrão Gordo da Força Aérea Brasileira, que voam na Antártida, muito treinamento e perícia, pois nunca se sabe o que se pode encontrar do outro lado de uma geleira". O documento diz ainda que a Antártida, cuja área equivale à soma dos territórios de Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia, é recoberta pelo maior manto de gelo do mundo, uma capa de espessura média de 2,7 mil metros - o que corresponde a 90% da água de todo o planeta. O mais frio dos continentes tem temperatura mínima, no inverno, de 75°C negativos.​
Mesmo assim, pouco a pouco, o terreno na Península Keller, no interior da Baía do Almirantado, Ilha Rei George, é liberado. A destruição de cerca de 2.500m² de área construída acarretou uma grande quantidade de escombros - metal, cinzas, concreto e outros -, cuja retirada exige diversos cuidados ambientais e logísticos. Mas a parte mais complicada do processo de remoções, segundo o Contra-Almirante José Roberto Bueno Júnior, já foi superada. O projeto de desmonte da Estação Antártica Comandante Ferraz incluiu controle da área, supervisão e controle ambiental, além de segurança do trabalho. "O desmonte desenvolve-se num ritmo mais rápido do que o planejado. Apesar das condições climatológicas na Antártida, frequentemente adversas, o cronograma do projeto vem sendo cumprido, e a conclusão da etapa de desmontagem está prevista para abril deste ano", comemora.
Edital
No dia 28 de janeiro, a Marinha do Brasil e o Instituto de Arquitetos do Brasil lançaram edital de licitação para o projeto de reconstrução da estação científica. O prazo de inscrição é até 14 de março. Somente os tanques de combustíveis não farão parte da reconstrução. A nova estação terá capacidade para abrigar 64 pessoas no verão e 34 no inverno. Segundo a Marinha, o novo projeto deve prever um sistema que possibilite escape fácil em situações de emergência, segurança das operações de combate a incêndio e minimização de danos. Também como forma de prevenção, os ambientes serão separados em blocos. Outro objetivo é a integração entre combustíveis renováveis e fósseis. A Marinha pretende utilizar mão de obra nacional, com auxílio da experiência e tecnologia de outros países.

De acordo com Bueno Júnior, a preocupação com segurança constará desde a fase inicial do projeto arquitetônico. "Os materiais não combustíveis também são muito utilizados em estações antárticas e a separação dos ambientes em blocos pode auxiliar o combate a incêndios. Um dos objetivos do Grupo Base da estação, operários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e militares da MB, é atuar na prevenção contra incêndio e na salvaguarda da vida humana", garante.

As obras da nova estação devem ter início em novembro de 2013, na próxima Operação Antártica. Mas sua conclusão pode demorar até cinco anos, dependendo do andamento dos trabalhos, já que elas só podem ser executadas durante o verão.

Espanhola Ferrovial irá disputar aeroportos de Galeão e Confins

Fábio Pupo

SÃO PAULO - O grupo espanhol Ferrovial, especializado em infraestrutura, irá participar do processo de concessão dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais, neste ano.

A empresa divulgou hoje comunicado à imprensa sobre o assunto. A participação será feita por meio da subsidiária Ferrovial Aeroportos. Não foram divulgadas informações sobre parcerias com grupos brasileiros.

A companhia é acionista do Heathrow Airports Holdings (HAH), adquirido em 2006 e que inclui os aeroportos de Heathrow, Glasgow, Aberdeen, Southampton e Stansted, todos no Reino Unido.

A espanhola participou da última rodada de concessões de aeroportos brasileiros, em sociedade com a Construtora Queiroz Galvão e com o Fundo de Investimentos em Participações Letônia. Cada um tinha um terço de participação na sociedade, que não conquistou nenhum aeroporto leiloado.

O comunicado citou a experiência do grupo em terminais aeroportuários. “Consideramos essa trajetória muito valiosa para a Anac e para o Brasil, país no qual estamos muito interessados”, afirmou Jorge Gil, diretor do Ferrovial Aeroportos, no texto divulgado.

Galeão e Confins

Os aeroportos de Galeão e Confins tiveram a concessão à iniciativa privada anunciada oficialmente em dezembro pelo governo federal. Juntos, demandam R$ 11,4 bilhões em investimentos ao longo dos contratos. O leilão ocorrerá em setembro deste ano, conforme cronograma do Planalto.

JORNAL EXTRA

Sargento estuprador pode pegar até 60 anos de prisão

O sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Júnior, que confessou ter atacado pelo menos 15 mulheres entre outubro e dezembro do ano passado, na Zona Norte do Rio, pode pegar até 60 anos de prisão pelos crimes que cometeu. Edvaldo já foi denunciado seis vezes pelo Ministério Público por estupro, crime que tem pena de seis a dez anos de reclusão. O sargento ainda é investigado em dois inquéritos policiais por outros supostos ataques sexuais.
As denúncias contra o sargento são de dezembro de 2012 e janeiro deste ano. De acordo com a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), ele continua preso na Base Aérea do Galeão, sob custódia da Aeronáutica. Além das ações judiciais, o sargento ainda enfrenta processo administrativo para investigar sua conduta.
Na próxima segunda-feira, Edvaldo vai enfrentar a primeira audiência dos processos que está respondendo. Na ação, que corre na 20ª Vara Criminal da Capital, ele é acusado de abusar de uma jovem num condomínio no Engenho de Dentro. A vítima, que tinha saído da casa do namorado, disse que foi obrigada pelo sargento a praticar sexo oral. Ela o reconheceu após ver uma foto da moto usada pelo estuprador na 25ª DP (Engenho Novo), que investigou os ataques.
Entre as vítimas do estuprador identificadas pela polícia havia ainda uma mulher com um bebê de 5 meses e duas adolescentes. O sargento da Aeronáutica foi preso no seu local de trabalho, na Base Aérea do Galeão, em dezembro do ano passado. Ele confessou, para a polícia, que não conseguia ficar dois dias sem agir, porque sentia “uma vontade incontrolável”.
Antes de abusar sexualmente das vítimas, Edvaldo confessou que gostava de se masturbar ao ar livre, na frente de mulheres que passavam pela rua. O sargento costumava atacar as vítimas entre 7h30m e 8h, antes de ir ao trabalho. Para rendê-las, ele fingia estar armado. Ele também usava sua moto para se aproximar das vítimas.

PRIMEIRA PÁGINA

Brasil terá Vant bimotor e com airbag

Pelos céus brasileiros voará ainda em 2013 o Tuim, modelo de Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) contendo vários pioneirismos para o mercado nacional de aviões-robôs. Fabricado pela AGX Tecnologia, empresa do Pólo Aeronáutico de São Carlos, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT/SEC) da USP São Carlos, o Centro Tecnológico do Exército (CTex) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Tuim foi desenvolvido em apenas seis meses e deve ser empregado num primeiro momento nas áreas militar e ambiental.

Entre as inovações aplicadas no projeto deste avião-robô estão o sistema de decolagem e pouso, ambos verticais, o que permite segundo o diretor-presidente da AGX, Adriano Kancelkis, operar e locais sem pista, até mesmo no meio de formações florestais e plantações agrícolas.

O coordenador do projeto, Prof. Dr. Onofre Trindade Júnior, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP São Carlos, destaca que a aeronave será o primeiro Vant bimotor produzido no Brasil que terá também outro diferencial, um airbag para proteger a aeronave durante o pouso. “O Tuim possui paraquedas de segurança e o airbag que funcionará para preservar os sistemas abordo da aeronave durante o pouso, já que estes sistemas podem atingir um custo da ordem de até R$ 500 mil”, explica o professor da USP.

O nome Tuim foi, segundo o presidente da AGX, uma homenagem à menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil, cujo exemplar tem o corpo todo verde, com o dorso um pouco mais escuro, mede 12 centímetros de comprimento e pesa em média 26 gramas. “Já o Vant Tuim também é pequeno e pode carregar até 1,5 kg de pay load [ex: câmeras], voar a uma velocidade de 80 até 100 km/h e com teto máximo de operação de 1.000 metros. Este modelo se encaixa da família dos minivants”, revela Kancelkis.










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