NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/02/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado
nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo.
O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da
Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas
publicados no país.
Brasil pedirá aos EUA dados sobre 'cônsul'
Comissão da Verdade quer que governo Obama esclareça papel do agente Halliwell, que visitava o Dops-SP nos anos 1970
Vannildo Mendes
Brasília
O envolvimento do ex-diplomata
americano Claris Halliwell com a ditadura militar brasileira está
causando embaraço diplomático entre os dois países em para evitar mal
entendidos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) vai pedir ao governo
dos EUA, via Itamaraty, ajuda nas investigações, diante da recusa do
Consulado-Geral dos EUA em São Paulo em atender aos pedidos da comissão.
A estratégia para acertar a
colaboração americana, que começou a ser discutida ontem, será fechada
na terça-feira, em reunião da CNV com o coordenador da Comissão Estadual
da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo, Ivan Seixas. Se a
via diplomática não for suficiente, as duas comissões vão discutir meios
legais de cobrar explicações do governo americano. Um dos caminhos
seria acionar, pelo Ministério da Justiça, o acordo de cooperação
jurídica internacional entre os dois países.
A estratégia foi anunciada ontem, no
primeiro balanço do ano sobre o assunto, que reuniu 30 comissões, entre
estaduais e municipais. No encontro, a CNV informou que dezenas de
agentes; da repressão, já identificados, serão convocados para depor,
entre militares, policiais e civis; Entre estes estariam empresários;
que financiavam a repressão, cediam imóveis para torturas ou até
participavam de ações. Até agora, a comissão tomou 40 depoimentos, entre
vítimas e acusados de autoria de crimes. Cerca de 50 mil pessoas,
segundo a comissão, teriam sofrido algum tipo de abuso durante a
ditadura.
Protagonismo. Documentos revelados
domingo pelo Estado mostram que o Departamento de Ordem Política e
Social (Dops) de São Paulo registrou visitas regulares de Claris
Halliwell, identificado como "cônsul", à sua sede entre 1971 e 1974. Na
época, o local funcionava como um centro de torturas. Outros documentos,
localizados pela Comissão Estadual, mostram que o ex-diplomata tinha
protagonismo político no Brasil desde antes do golpe militar: já em
1958; ele intermediou o encontro de uma missão do Departamento; de
Estado com o presidente Juscelino Kubitschek.
Ivan Seixas informou que a relação
Halliwell-Dops precisa ser melhor esclarecida, pois algumas de suas
visitas coincidiram com desaparecimento de presos políticos, como foi o
caso de Devanir José de Carvalho. Falecido em 2006, Halliwell teria tido
contato com outros golpes de Estado na América Latina.
|
Suspeitos de tortura serão convocados logo a depor
Comissão da Verdade faz balanço e calcula em 50 mil as vítimas da ditadura militar
Vannildo Mendes / Brasília
No
primeiro balanço do ano, realizado em reunião com representantes de 30
comissões estaduais e municipais de todo o País, a Comissão Nacional da
Verdade informou ontem, em Brasília, que dezenas de agentes da repressão
já estão identificados e serão convocados para depor sobre episódios
ocorridos no País entre 1946 e 1985 - do início da redemocratização,
após a ditadura de Getúlio Vargas, até o fim do regime militar de 1964. A
lista inclui militares - policiais e civis - e empresários. Entre
estes, estariam pessoas que financiavam a repressão, cediam imóveis para
prisão e torturas ou até participavam de ações.
Até agora, a comissão tomou 40
depoimentos, de vítimas e acusados de autoria de crimes - dos quais,
segundo a assessoria da comissão, 12 são antigos agentes da repressão.
Nas contas do colegiado, pelos dados obtidos até agora, cerca de 50 mil
pessoas teriam sofrido algum tipo de abuso durante o período por ela
investigado.
Entre os convocados a depor nas próximas
sessões estão os supostos autores do assassinato do ex-deputado Rubens
Paiva, desaparecido em janeiro de 1971 -dois dos três militares do
Exército que teriam torturado e morto o deputado (o outro já morreu).
"Exibicionismo". Pinheiro não quis
confirmar que eles sejam de fato suspeitos do crime. A propósito do
episódio, ele criticou no encontro o que chamou de "exibicionismo"
e"buscade notoriedade" de alguns membros da comissão. "Fique bem claro
que não estamosparticipando de nenhum campeonato de protago-nismo, nem
queremos ter o monopólio da luta pela verdade", avisou o novo
coordenador da comissão. Ponderou que se tratava de uma crítica genérica
- não citou nenhuma vez, nominalmente, o trabalho de Cláudio
Fonteles, que ocupava o posto até janeiro e que não estava presente na reunião. Mas censurou iniciativas de conselheiros que, como Fonteles, dão entrevistas para antecipar conclusões de investigações.
"Não dá para sermos como aquele que abre a
porta da geladeira, vê luz e começa logo a dar entrevista. Muita vez o
açodamento em divulgar um documento, um depoimento, põe por terra um
trabalho cuidadoso de investigação e identificação de de-poentes",
queixou-se Pinheiro.
Durante a reunião, foi anunciada ainda a
criação de subcomissões temáticas da Comissão Nacional - como a de
mulheres vítimas da repressão. Discutiram-se ainda a metodologia de
trabalhoe a convocação dos próximos depoentes.
Aideia do grupo é fechar o
relatório parcial, com todos os depoimentos tomados, em dezembro deste
ano - o que inclui a análise de cerca de 30 milhões de páginas de
documentos. A comissão encerra suas atividades no dia 16 de maio de
2014, quando um relatório final será entregue à presidente Dilma
Rousseff.
|
Ministro Celso Amorim faz palestra aos calouros do ITA em São José
Ele participou da aula magna, que marca a abertura do calendário de aulas.
Político discursou aos alunos sobre desafios na área da defesa no futuro.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
O ministro da defesa, Celso
Amorim, participou na manhã desta segunda-feira (25) da aula magna do
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tradicional evento que marca
o início da vida acadêmica dos 124 aprovados no último vestibular
realizado pela instituição. A aula magna é realizada há 62 anos no ITA.
O
ministro foi o principal convidado para o evento e parabenizou os
estudantes e a instituição. "Para mim é uma grande alegria vir ao ITA. E
por muitos motivos: constatar a excelência do ensino ministrado,
constatar também essa ligação permanente dos egressos do ITA, dos
professores e alunos com a instituição. Muito interessante ver a
integração entre civis e militares e também, mesmo sendo considerada uma
instituição dura, a presença expressiva de mulheres", afirmou.
Durante aproximadamente 40 minutos, o ministro Celso Amorim discursou aos alunos sobre políticas de defesa para o futuro.
"As contribuições do ITA têm impacto
direto na nossa soberania. Temos sempre grande expectativa do ingresso
de alunos no CTA. A sua geração será protagonista da recuperação do
nosso programa aeroespacial", disse Amorim aos universitários.
Antes do ministro discursar aos alunos,
militares e autoridades presentes, foram entregues premiações a alunos e
professores do ITA que se destacaram em 2012. Entre as láureas
entregues estão os prêmios "Força Aérea Brasileira" e o "Prêmio de Honra
ao Mérito do Ministério da Defesa", concedidos ao 1º tenente-engenheiro
aeroespacial Levi Maia de Araújo, por ter sido o melhor aluno militar
da última turma do ITA. O aluno de melhor desempenho geral entre os
formandos de 2012, Ricardo Omena de Albuquerque Máximo, recebeu o prêmio
"Instituto de Engenharia".
Preparação Militar
Na última semana, os 124 estudantes aprovados no vestibular do ITA participaram de um acampamento militar em que foram submetidos a atividades para sobrevivência na selva, como construção de abrigos improvisados, camuflagem, primeiros socorros e até almoço com ração.
O acampamento começou na madrugada de
quinta-feira (21), quando os alunos receberam os equipamentos e
armamento. Em seguida, eles fizeram uma marcha de nove quilômetros
dentro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) até o
local do acampamento. As atividades foram realizadas até sexta-feira
(22).
De acordo com o capitão Michel Marconi
Ramos, o objetivo do acampamento é fortalecer fundamentos de disciplina,
cooperativismo e união dos universitários. "Todo jovem tem que estar em
dia com o serviço militar e os estudantes aqui estão cumprindo seu
dever com a sociedade. No acampamento, todos os aprovados no concurso
participam, sejam optantes pela carreira militar ou não. E o objetivo é
que eles adquiram fundamentos que sejam bons não só para os militares,
mas também para todo cidadão", explicou.
|
Para Embratur, baixa qualidade de serviço aéreo do país deve ser atacada pelo governo
Rodrigo Viga Gaier
RIO
DE JANEIRO, 25 Fev (Reuters) - O presidente interino da Embratur, Paulo
Guilherme de Araújo, classificou de "de baixa qualidade" o serviço
aéreo prestado no Brasil e disse que o tema deve ser tratado pelo
governo junto às companhias aéreas para não prejudicar o crescimento do
turismo no Brasil.
As reclamações relativas a atraso
de voos, cancelamentos, espera em aeroportos, preços de tarifas e
atendimento inadequado são frequentes, segundo Araújo.
O tema também preocupa o governo
num momento em que o país se prepara para sediar uma série de grandes
eventos internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude da Igreja
Católica e a Copa das Confederações neste ano, a Copa do Mundo de 2014 e
a Olimpíada de 2016.
A qualidade do serviço aéreo é de baixa
qualidade e isso é uma preocupação nossa", disse ele a jornalistas. "O
primeiro contato do turista é com a companhia aérea. Se ele tem uma
impressão ruim fica difícil."
A Embratur e outros órgãos do
governo federal pretendem se reunir com as principais companhias aéreas
para cobrar um serviço de melhor qualidade aos usuários nacionais e
estrangeiros.
O órgão é favorável à abertura do mercado
brasileiro a companhias aéreas estrangeiras para aumentar a
concorrência no país e possivelmente a qualidade do serviço e também tem
mostrado preocupação com as altas tarifas praticadas por alguns hotéis
que, também nesta segunda, Araújo chamou de "oportunismo".
RECORDE
Também nesta segunda, Araújo disse que a Embratur espera bater neste ano o recorde de turistas que veem ao Brasil, chegando aos 6 milhões ante os 5,7 milhões do ano passado, A meta do órgão é chegar a 10 milhões de turistas em 2020, mais um motivo para a preocupação com a qualidade dos serviços.
"Seis milhões é uma boa projeção, mas nosso potencial é ainda maior", disse.
Os argentinos continuam sendo os estrangeiros que mais visitam o país e só no ano passado foram cerca de 1,5 milhão de turistas.
Com a Europa em crise e os Estados Unidos
em recuperação econômica, a estratégia da Embratur é focar mais na
atração de turistas latino-americanos tendo em vista o calendário de
grandes eventos no Brasil nos próximos anos.
"Reduzimos a quantidade de feiras na
Europa e aumentamos ações nos nossos países vizinhos. É uma grande
chance para a América do Sul", declarou.
A proximidade geográfica é o chamariz ao
turista latino americano. Outros alvos no médio prazo são os turistas
dos países em desenvolvimento do grupo dos Brics --que além do Brasil
inclui Rússia, Índia, China e África do Sul--, disse Araújo.
|
Amorim diz que Brasil retomará projeto de lançar satélites 'em breve'
Ministro da Defesa falou aos novos alunos do ITA, no interior de SP.
Programa do foguete brasileiro VLS teve atraso por acidente em 2003.
Do G1, em São Paulo
O
ministro da Defesa, Celso Amorim, participou na manhã desta
segunda-feira (25) da aula magna do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA), evento de início de curso dos 124 aprovados no último vestibular
realizado pela instituição, e disse que o Brasil retomará seu projeto
de lançamentos de satélites e microssatélites em “muito breve”, segundo
informa nota divulgada pela sua pasta.
“Projetamos a retomada dos voos do
VLS (Veículo lançador de Satélite), já que neste ano terá seu primeiro
ensaio elétrico”, disse Amorim. “Na sequência teremos o lançamento do
VLM (Veículo Lançador de Microssatélite). Nesses e em outros programas
que envolvem a cooperação junto a parceiros do mundo desenvolvido, o
princípio do fortalecimento tecnológico da base industrial brasileira
constitui uma referência permanente”, discursou, ainda segundo a nota do
ministério.
Em agosto de 2003, aconteceu um incêndio
na plataforma de lançamento da base de Alcântara, no Maranhão, e, em
menos de dez segundos, a temperatura chegou a quase 3.500 ºC. O acidente
matou 21 engenheiros e técnicos do Programa Nacional de Atividades
Espaciais (PNAE). Isso atrasou em vários anos o programa, voltado a
desenvolver tecnologia de construção de veículos espaciais complexos,
como o VLS-1.
Ministro Celso Amorim (dir.) chega ao ITA acompanhado do reitor do Instituto, Carlos Américo Pacheco, para participar da aula magna. (Foto: Carlos Santos/G1)
A previsão inicial era de que o
programa do VLS-1 seria retomado em 2009, mas falta de recursos fizeram
com que o programa de desenvolvimento do foguete de lançamento de
satélites fosse adiado por vários anos. Antes do acidente, duas outras
tentativas de lançar o VLS-1 de Alcântara fracassaram.
|
Família de militar morto na Argentina reclama de demora para transporte do corpo
Carlos Aragão morreu há mais de um mês na capital do país
A família de um
tenente-coronel reformado da Força Aérea Brasileira, que morreu de
infarto na Argentina, tenta há mais de um mês conseguir o translado para
o Rio de Janeiro. O corpo de Carlos Sérgio Aragão dos Santos, que tinha
57 anos, está no IML de Buenos Aires.
Segundo Leonardo Aragão, sobrinho e
advogado da família do militar, todo o procedimento já foi feito,
porém, o governo argentino não libera o corpo.
— Nós pagamos todos os encargos
necessários para o translado do corpo e infelizmente nada aconteceu.
Peço às autoridades brasileiras que tenham mais carinho com uma pessoa
que já fez muito por esse país.
Em nota, a assessoria Municipal de
Relações Exteriores disse que as providências diplomáticas para trazer o
corpo do militar já foram tomadas.
|
Antártida: um ano após incêndio, Brasil prepara terreno para nova estação
Estação Antártica Comandante Ferraz pegou fogo no dia 25 de fevereiro de 2012
A presença do Brasil na
Antártida não é novidade. A atual operação é a 31° investida oficial no
continente - a primeira após o incêndio que destruiu a Estação Antártica
Comandante Ferraz, há um ano. Desta vez, porém, a atividade mais visada
não é a pesquisa científica. Desde novembro, a maior Operação Antártica
(Operantar) da história enfrenta ambiente inóspito para remover os
escombros deixados pelo incêndio que destruiu a Estação Comandante
Ferraz (EACF) e vitimou dois militares no dia 25 de fevereiro do ano
passado. São 800 toneladas de escombros que precisam retornar ao Brasil
até o fim de março. Os módulos emergenciais, já instalados, atendem aos
pesquisadores e militares até que a nova estação seja erigida. O edital
para o projeto da reconstrução foi lançado no mês passado pelo Instituto
de Arquitetos do Brasil e pela Marinha.
Devido ao clima adverso, a tarefa de reconstrução se transforma em uma corrida contra o tempo. Somente quatro meses do ano podem ser aproveitados, no verão antártico, já que, no inverno, o mar congela e impede a circulação dos navios. Assim, em junho de 2012, o governo brasileiro contratou, por R$ 2,3 milhões, empresa que auxilia na limpeza da área. Todos os detritos precisam ser removidos. Os trabalhos começaram em novembro do ano passado, no início da Operantar XXXI. Um documento apresentado na 23ª Reunião de Administradores de Programas Antárticos Latino-Americanos delineia parte do cenário antártico: "Você já ouviu falar em nuvens rotoras, ventos catabáticos, céu d água, blanqueios? Pois todos esses são fenômenos atmosféricos que se encontram e se misturam na Antártida. Em nenhum outro lugar no mundo a meteorologia aeronáutica é tão importante e diversificada quanto nesse continente. Toda essa diversidade exige dos pilotos do 1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte Aéreo, Esquadrão Gordo da Força Aérea Brasileira, que voam na Antártida, muito treinamento e perícia, pois nunca se sabe o que se pode encontrar do outro lado de uma geleira". O documento diz ainda que a Antártida, cuja área equivale à soma dos territórios de Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia, é recoberta pelo maior manto de gelo do mundo, uma capa de espessura média de 2,7 mil metros - o que corresponde a 90% da água de todo o planeta. O mais frio dos continentes tem temperatura mínima, no inverno, de 75°C negativos.
Mesmo assim, pouco a pouco, o terreno na
Península Keller, no interior da Baía do Almirantado, Ilha Rei George, é
liberado. A destruição de cerca de 2.500m² de área construída acarretou
uma grande quantidade de escombros - metal, cinzas, concreto e outros
-, cuja retirada exige diversos cuidados ambientais e logísticos. Mas a
parte mais complicada do processo de remoções, segundo o
Contra-Almirante José Roberto Bueno Júnior, já foi superada. O projeto
de desmonte da Estação Antártica Comandante Ferraz incluiu controle da
área, supervisão e controle ambiental, além de segurança do trabalho. "O
desmonte desenvolve-se num ritmo mais rápido do que o planejado. Apesar
das condições climatológicas na Antártida, frequentemente adversas, o
cronograma do projeto vem sendo cumprido, e a conclusão da etapa de
desmontagem está prevista para abril deste ano", comemora.
Edital
No dia 28 de janeiro, a Marinha do Brasil
e o Instituto de Arquitetos do Brasil lançaram edital de licitação para
o projeto de reconstrução da estação científica. O prazo de inscrição é
até 14 de março. Somente os tanques de combustíveis não farão parte da
reconstrução. A nova estação terá capacidade para abrigar 64 pessoas no
verão e 34 no inverno. Segundo a Marinha, o novo projeto deve prever um
sistema que possibilite escape fácil em situações de emergência,
segurança das operações de combate a incêndio e minimização de danos.
Também como forma de prevenção, os ambientes serão separados em blocos.
Outro objetivo é a integração entre combustíveis renováveis e fósseis. A
Marinha pretende utilizar mão de obra nacional, com auxílio da
experiência e tecnologia de outros países.
De acordo com Bueno Júnior, a preocupação com segurança constará desde a fase inicial do projeto arquitetônico. "Os materiais não combustíveis também são muito utilizados em estações antárticas e a separação dos ambientes em blocos pode auxiliar o combate a incêndios. Um dos objetivos do Grupo Base da estação, operários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e militares da MB, é atuar na prevenção contra incêndio e na salvaguarda da vida humana", garante. As obras da nova estação devem ter início em novembro de 2013, na próxima Operação Antártica. Mas sua conclusão pode demorar até cinco anos, dependendo do andamento dos trabalhos, já que elas só podem ser executadas durante o verão. |
Espanhola Ferrovial irá disputar aeroportos de Galeão e Confins
Fábio Pupo
SÃO PAULO - O grupo espanhol
Ferrovial, especializado em infraestrutura, irá participar do processo
de concessão dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins,
em Minas Gerais, neste ano.
A empresa divulgou hoje comunicado à imprensa sobre o assunto. A participação será feita por meio da subsidiária Ferrovial Aeroportos. Não foram divulgadas informações sobre parcerias com grupos brasileiros. A companhia é acionista do Heathrow Airports Holdings (HAH), adquirido em 2006 e que inclui os aeroportos de Heathrow, Glasgow, Aberdeen, Southampton e Stansted, todos no Reino Unido. A espanhola participou da última rodada de concessões de aeroportos brasileiros, em sociedade com a Construtora Queiroz Galvão e com o Fundo de Investimentos em Participações Letônia. Cada um tinha um terço de participação na sociedade, que não conquistou nenhum aeroporto leiloado. O comunicado citou a experiência do grupo em terminais aeroportuários. “Consideramos essa trajetória muito valiosa para a Anac e para o Brasil, país no qual estamos muito interessados”, afirmou Jorge Gil, diretor do Ferrovial Aeroportos, no texto divulgado. Galeão e Confins Os aeroportos de Galeão e Confins tiveram a concessão à iniciativa privada anunciada oficialmente em dezembro pelo governo federal. Juntos, demandam R$ 11,4 bilhões em investimentos ao longo dos contratos. O leilão ocorrerá em setembro deste ano, conforme cronograma do Planalto. |
JORNAL EXTRA
Sargento estuprador pode pegar até 60 anos de prisão
O sargento da Aeronáutica Edvaldo
Silva Rodrigues Júnior, que confessou ter atacado pelo menos 15 mulheres
entre outubro e dezembro do ano passado, na Zona Norte do Rio, pode
pegar até 60 anos de prisão pelos crimes que cometeu. Edvaldo já foi
denunciado seis vezes pelo Ministério Público por estupro, crime que tem
pena de seis a dez anos de reclusão. O sargento ainda é investigado em
dois inquéritos policiais por outros supostos ataques sexuais.
As denúncias contra o sargento são de dezembro de 2012 e janeiro deste ano. De
acordo com a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB),
ele continua preso na Base Aérea do Galeão, sob custódia da Aeronáutica.
Além das ações judiciais, o sargento ainda enfrenta processo
administrativo para investigar sua conduta.
Na próxima segunda-feira, Edvaldo vai
enfrentar a primeira audiência dos processos que está respondendo. Na
ação, que corre na 20ª Vara Criminal da Capital, ele é acusado de abusar
de uma jovem num condomínio no Engenho de Dentro. A vítima, que tinha
saído da casa do namorado, disse que foi obrigada pelo sargento a
praticar sexo oral. Ela o reconheceu após ver uma foto da moto usada
pelo estuprador na 25ª DP (Engenho Novo), que investigou os ataques.
Entre as vítimas do estuprador
identificadas pela polícia havia ainda uma mulher com um bebê de 5 meses
e duas adolescentes. O sargento da Aeronáutica foi preso no seu local
de trabalho, na Base Aérea do Galeão, em dezembro do ano passado. Ele
confessou, para a polícia, que não conseguia ficar dois dias sem agir,
porque sentia “uma vontade incontrolável”.
Antes de abusar sexualmente das vítimas,
Edvaldo confessou que gostava de se masturbar ao ar livre, na frente de
mulheres que passavam pela rua. O sargento costumava atacar as vítimas
entre 7h30m e 8h, antes de ir ao trabalho. Para rendê-las, ele fingia
estar armado. Ele também usava sua moto para se aproximar das vítimas.
|
PRIMEIRA PÁGINA
Brasil terá Vant bimotor e com airbag
Pelos céus brasileiros voará ainda
em 2013 o Tuim, modelo de Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) contendo
vários pioneirismos para o mercado nacional de aviões-robôs. Fabricado
pela AGX Tecnologia, empresa do Pólo Aeronáutico de São Carlos, em
parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas
Embarcados Críticos (INCT/SEC) da USP São Carlos, o Centro Tecnológico
do Exército (CTex) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o
Tuim foi desenvolvido em apenas seis meses e deve ser empregado num
primeiro momento nas áreas militar e ambiental.
Entre as inovações aplicadas no projeto deste avião-robô estão o sistema de decolagem e pouso, ambos verticais, o que permite segundo o diretor-presidente da AGX, Adriano Kancelkis, operar e locais sem pista, até mesmo no meio de formações florestais e plantações agrícolas.
O coordenador do projeto, Prof. Dr. Onofre Trindade Júnior, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP São Carlos, destaca que a aeronave será o primeiro Vant bimotor produzido no Brasil que terá também outro diferencial, um airbag para proteger a aeronave durante o pouso. “O Tuim possui paraquedas de segurança e o airbag que funcionará para preservar os sistemas abordo da aeronave durante o pouso, já que estes sistemas podem atingir um custo da ordem de até R$ 500 mil”, explica o professor da USP.
O nome Tuim foi, segundo o presidente da AGX, uma homenagem à menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil, cujo exemplar tem o corpo todo verde, com o dorso um pouco mais escuro, mede 12 centímetros de comprimento e pesa em média 26 gramas. “Já o Vant Tuim também é pequeno e pode carregar até 1,5 kg de pay load [ex: câmeras], voar a uma velocidade de 80 até 100 km/h e com teto máximo de operação de 1.000 metros. Este modelo se encaixa da família dos minivants”, revela Kancelkis.
Entre as inovações aplicadas no projeto deste avião-robô estão o sistema de decolagem e pouso, ambos verticais, o que permite segundo o diretor-presidente da AGX, Adriano Kancelkis, operar e locais sem pista, até mesmo no meio de formações florestais e plantações agrícolas.
O coordenador do projeto, Prof. Dr. Onofre Trindade Júnior, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP São Carlos, destaca que a aeronave será o primeiro Vant bimotor produzido no Brasil que terá também outro diferencial, um airbag para proteger a aeronave durante o pouso. “O Tuim possui paraquedas de segurança e o airbag que funcionará para preservar os sistemas abordo da aeronave durante o pouso, já que estes sistemas podem atingir um custo da ordem de até R$ 500 mil”, explica o professor da USP.
O nome Tuim foi, segundo o presidente da AGX, uma homenagem à menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil, cujo exemplar tem o corpo todo verde, com o dorso um pouco mais escuro, mede 12 centímetros de comprimento e pesa em média 26 gramas. “Já o Vant Tuim também é pequeno e pode carregar até 1,5 kg de pay load [ex: câmeras], voar a uma velocidade de 80 até 100 km/h e com teto máximo de operação de 1.000 metros. Este modelo se encaixa da família dos minivants”, revela Kancelkis.