NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/02/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Brasilianista buscará arquivos da ditadura brasileira nos EUA
Pesquisador norte-americano James Green firmou parceria com Comissão da Verdade
Patrícia Britto
Documentos armazenados nos Estados Unidos que contenham informações sobre a ditadura militar brasileira serão usados para contribuir com as pesquisas da Comissão Nacional da Verdade.
O trabalho será coordenados pelo brasilianista James Green, professor de estudos brasileiros da Universidade Brown, em Providence, Rhode Island (EUA), que firmou parceria com a Comissão da Verdade. A primeira etapa está prevista para ocorrer de junho a agosto de 2013.
O foco de Green serão telegramas, memorandos e relatórios escritos por diplomatas norte-americanos que viviam no Brasil e enviavam para Washington informações sobre a política brasileira durante a ditadura (1964-1985).
A maior parte desses documentos são originários do Departamento de Estado dos EUA e estão sob a guarda do National Archives and Records Administration, o Arquivo Nacional norte-americano.
"Se o adido cultural em São Paulo tivesse um jantar na casa de alguém, por exemplo, depois ele escrevia um relato sobre o que foi comentado e o enviava para a Washington", explica Green.
Dentre os casos que serão pesquisados, estão alguns já conhecidos, como atentado no Riocentro, em 1981, mas também fatos menos divulgados, como o do ex-pastor metodista norte-americano Fred Morris, preso e torturado em 1974, em Pernambuco, antes de ser expulso do Brasil.
Os documentos poderão indicar novas frentes de investigação, mas o professor Green não acredita que eles tragam revelações de impacto. "Não vamos encontrar bombas, serão coisas muito sutis", disse.
Em outra parceria, esta com o professor Sidnei Munhoz, da Universidade Estadual de Maringá, os documentos serão digitalizados e disponibilizados na internet.
"A diplomacia americana sempre acompanhou tudo o que acontece em qualquer país com os quais os EUA têm uma relação ou algum interesse. E isso é tudo muito detalhado", disse Munhoz.
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Boeing chega a Brasília para tentar vender caças
A Boeing reforçou o poder de fogo para vender ao Brasil os 36 caças que vão fazer parte do programa FX-2. Além de inaugurar um escritório em Brasília para oferecer ao governo tecnologias para defesa e cyberdefesa, a empresa norte-americana anunciou que poderá transferir tecnologia que a Força Aérea Brasileira (FAB) jamais viu, além da possibilidade de as peças de reposição serem fabricadas em parceria com a Embraer. A presidente da Boeing Brasil, Donna Hrinak, disse que a empresa considera o País um mercado tão estratégico que já fez acordos com universidades, com o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) e com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para desenvolver projetos de sensoriamento remoto, megaeventos, além de convênios para o programa Ciência sem Fronteiras.
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Cai número de viagens de avião no País
Pela primeira vez em quase quatro anos, a demanda por voos nacionais caiu. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros transportados por quilômetro em rotas domésticas ficou 1,04% menor em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado.
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Americanos ensinam brasileiros a identificar materiais nucleares
Durante dez dias, a partir de amanhã, 24 policiais federais e estaduais e servidores da Receita Federal e de outros órgãos irão fazer, em Brasília, um curso de Gerenciamento de Controle de Fronteiras. As instruções sobre o combate ao terrorismo serão dadas por representantes da embaixada dos Estados Unidos. A troca de experiência e o aprendizado de novas técnicas com especialistas estrangeiros faz parte do plano de segurança desenvolvido para a Copa do Mundo.
No curso, os brasileiros aprenderão a identificar explosivos, materiais químicos, biológicos, radioativos e nucleares.
Também amanhã, 360 agentes que ocuparão posições estratégicas na Copa do Mundo e, antes, na Copa das Confederações, farão um curso para coordenar, administrar e analisar cenários de segurança pública. Serão 12 turmas, com aulas no Rio e em Brasília.
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Defesa não subestima nenhuma possibilidade de ataque
Roberto Godoy
Em certos escritórios de Brasília, sem identificação e nos quais os telefones não constam dos catálogos conhecidos, um atentado terrorista durante os grandes eventos previstos para o largo período entre meados desse ano e o segundo semestre de 2016 não é uma possibilidade - é uma certeza. "Precisamos trabalhar como se essa hipótese fosse certa e verdadeira", disse há dois dias um delegado da Polícia Federal que não pode ser identificado. Ele já compõe a reservada força-tarefa criada para "atuar de forma a impedir essa agressão e impedir que a situação se transforme em realidade ".
O governo investiu cerca de R$ 134 milhões na estrutura da Defesa para garantir a conferência Rio+20, em junho de 2012. Foi uma espécie de teste. A série de eventos especiais segue este ano com a Copa das Confederações, o teste para a Copa do Mundo de 2014, passa pela visita do próximo papa - cinco dias em julho - durante o Encontro da Juventude, e só termina no dia 21 de agosto de 2016, data do encerramento dos Jogos Olímpicos.
Só as providências da preparação da Defesa para as competições de futebol vão exigir recursos estimados em R$ 699 milhões. O custo final já foi avaliado em R$ 5,2 bilhões, em 2010. O então presidente Luis Inácio Lula da Silva não gostou do número e mandou parar o processo.
Pelos cálculos atuais, mais realistas, a faixa limite deve ficar em R$ 1,5 bilhão. O ministro da Defesa, Celso Amorim, tem dito que não vai faltar dinheiro para o programa.
O projeto prevê a recuperação e compra de equipamentos, criação de centros integrados de comando, comunicações, controle e inteligência e qualificação de pessoal, entre os quais times preparados para ações antiterror.
Essa semana a presidente Dilma Rousseff fechou, com o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, a compra de cinco baterias de artilharia antiaérea - o preço cheio pode chegar a US$ 1 bilhão. Feitos os acertos, deve sair por bem menos, talvez por US$ 600 milhões. Mas o equipamento só chega a tempo para a Olimpíada.
Sonho tecnológico de alto custo, uma plataforma Istar (Inteligência, Designação de Alvos, Vigilância e Reconhecimento) pode vir a ser montada no jato R-99 do Esquadrão Guardião, de Anápolis (GO), que emprega a versão militar do birreator ERJ-145, da Embraer. Até agora, só a modernização das cinco aeronaves de alerta avançado e três de sensoriamento remoto foi decidida.
Segundo um oficial do Exército, o planejamento é equivalente ao de uma campanha militar de combate, focada nas 12 cidades-sede dos jogos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) vai cuidar da defesa do espaço. Terá de recorrer ao seu melhor material, o supersônico F-5M, modernizado na Embraer Defesa e Segurança.
Os quatro Centros Integrados de Defesa e Controle (Cindacta) do País receberão o sistema Sagitário, um software nacional criado pela empresa Atech, capaz de processar dados de diversas fontes de captação - radares, satélites, sensores de relevo - e consolidá-los em uma só apresentação visual, na tela digital. A Aeronáutica está formando 300 controladores de voo a cada ano.
Navios da Força Naval e os mergulhadores de combate Grumec (time de elite inspirado pelos Seal dos Estados Unidos, os mesmos que conduziram o ataque ao esconderijo de Bin Laden no Paquistão) vão atuar no litoral.
O Exército vai deslocar blindados, tropas e equipes da Brigada de Forças Especiais de Goiânia - os melhores guerreiros, cujo trabalho é mantido sob rigoroso sigilo. A coordenação do contingente será feita por meio de cinco diferentes centros de comando.
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Aeronáutica abre 213 vagas para curso de formação de sargentos
A Aeronáutica abriu concurso destinado a preencher 213 vagas no exame de admissão ao Curso de Formação de Sargentos (CFS). Para concorrer, os candidatos devem ter nível médio.
As vagas oferecidas são para o segundo semestre deste ano. Serão 85 vagas nas especialidades não-aeronavegantes, apenas para o sexo masculino - distribuídas em estrutura e pintura, bombeiro, eletromecânica, guarda e segurança e metalurgia - e mais 128 vagas para a especialidade de controle de tráfego aéreo, para ambos os sexos.
As vagas oferecidas são para o segundo semestre deste ano. Serão 85 vagas nas especialidades não-aeronavegantes, apenas para o sexo masculino - distribuídas em estrutura e pintura, bombeiro, eletromecânica, guarda e segurança e metalurgia - e mais 128 vagas para a especialidade de controle de tráfego aéreo, para ambos os sexos.
O Curso de Formação de Sargentos é ministrado sob regime de internato militar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, com duração de aproximadamente dois anos e abrange instruções nos campos geral, militar e técnico especializado.
Ao concluir o curso com aproveitamento, o aluno será promovido à graduação de terceiro sargento, com remuneração bruta em torno de R$ 3,2 mil.
Os interessados devem fazer a inscrição até o dia 7 de março por meio do site www.eear.aer.mil.br. O valor da taxa de inscrição é de R$ 60.
A data prevista para a realização da prova escrita, de acordo com o edital, é 7 de abril.