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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 08/02/2013


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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Sinduscon quer mudanças .

Objetivo é aumentar os limites de altura para a construção de novos prédios em áreas com restrições. .

Marcelo Andrade .

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) está pleiteando, junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, a modificação da Zona de Proteção do Aeroporto de Fortaleza. Segundo o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio, o zoneamento atual tem inviabilizado novos projetos em áreas de expansão imobiliária da Capital. Segundo ele, nesta semana estaria agendada uma reunião com o Decea, no Rio de Janeiro. No entanto, o encontro foi desmarcado a pedido do órgão e reagendado para depois do Carnaval. 
Conforme Roberto Sérgio, bairros no entorno da avenida Washington Soares apresentam restrições para construção de edifícios de mais de 14 pavimentos. “Pelo Plano Diretor da Prefeitura dava para ter 22 andares. Com o Plano da Aeronáutica eu perco oito pavimentos. O projeto é inviável”, explica. 
Em vigor desde 2006, a portaria nº 104 do Decea, também chamada de Zona de Proteção, estabelece os limites para a construção de prédios na área de influência do aeroporto da capital cearense. De acordo com o documento, zonas da capital estão impedidas de ter construções acima da altura permitida a fim de não afetar o tráfego de aeronaves. No Edson Queiroz, Luciano Cavalcante e Cidade dos Funcionários o limite máximo é de 77 metros de altitude (considerando a altura do terreno em relação ao nível do mar) ou 52 metros de desnível (nesse caso, comparando a altura do local da obra com a altitude da pista do aeroporto, que é de 25 metros). 
Em áreas mais próximas da pista do aeroporto, a restrição é ainda maior. No São João do Tauape, Aerolândia, Vila União, Parreão, Serrinha, Dias Macedo e Boa Vista, o limite de altitude é de 61 metros ou 36 metros de desnível. 
Segundo Sérgio, as regras em vigor deixam vários edifícios da capital fora do padrão. “Na atual situação, uma obra igual a Torre Quixadá não passa. É uma discussão muito grande, é tecnicamente difícil de um entendimento. Então, eu já estou convencido que a solução é política”, diz.
Impasse
De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) de Fortaleza, Águeda Muniz, a responsabilidade sobre o espaço aéreo é da Aeronáutica, cabendo à Prefeitura a ordenação da ocupação do solo. “Nós, como município, temos de obedecer. Sempre temos de observar as restrições”, afirma.
Segundo a secretária, a portaria do Decea tem sido obedecida nos projetos autorizados. No entanto, segundo ela, há casos “pontuais”, na Capital, de edifícios que fogem aos limites de altura previstos pela Aeronáutica. “Tem prédio que é pra ter 20 pavimentos, mas parou no décimo ou nem começou a obra, porque não pode construir mais de 10 (pavimentos). Isso existe, mas é uma questão que teremos de resolver com a Aeronáutica”, explica.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, por meio da assessoria de imprensa, a solicitação do Sinduscon-CE está sendo revista pelo Decea.
ENTENDA A NOTÍCIA
A modificação da Zona de Proteção Aérea do Aeroporto de Fortaleza iria possibilitar, conforme o Sinduscon-CE, a construção de empreendimentos em bairros da Capital que, atualmente, apresentam limitações.
  

Polícia Federal apreende avião e 400 kg de cocaína em Porto Feliz, SP

Droga seria distribuída na região de Sorocaba (SP); um homem foi preso. Operação da polícia teve tiroteio e colisão frontal entre veículos.

Mariana Lanfranchi e Eduardo Ribeiro Jr.

Um avião carregado com cocaína foi apreendido em Porto Feliz (SP) na noite desta quarta-feira (6). Durante operação da Polícia Federal, que apreendeu 400 kg da droga, houve tiroteio e colisão entre viatura da polícia e caminhonete dos traficantes. Um dos criminosos foi baleado e detido.
ImagemDe acordo com a Polícia Federal, os tijolos de cocaína, cerca de 400, pesando aproximadamente um quilo cada, já estavam sendo transportados em uma caminhonete quando foram encontrados. A polícia aponta que a droga seria distribuída na região de Sorocaba (SP).
De acordo com Fernando Bonhsack, delegado e coordenador do setor de operações da Polícia Federal de Sorocaba (SP), os policiais faziam buscas pela zona rural de Porto Feliz, após investigações apontarem que havia um depósito de drogas na região.
Quando a equipe seguia por uma estrada de terra, encontrou uma caminhonete vindo no sentido contrário. Os policiais deram sinal de parada, mas os ocupantes do veículo começaram a atirar. "Nós revidamos os tiros, foi então que o motorista entrou com a caminhonete na nossa frente e houve a colisão", explica o delegado. Um policial ficou ferido.
Os integrantes da caminhonete, dois ou três homens, não sabendo precisar o delegado, saíram correndo em direção ao canavial. Um deles acabou baleado e foi detido. Durante abordagem, o homem, de 32 anos, de Sorocaba, relatou à polícia que havia um avião caído no meio da plantação de cana.
Logo após, outro carro vinha pela mesma estrada mas, quando os ocupantes avistaram o bloqueio, conseguiram manobrar e fugir. O veículo foi encontrado abandonado. A polícia acredita que o bando estava em torno de seis pessoas.
A aeronave foi encontrada danificada no meio do canavial. A polícia acredita que o piloto tentou decolar mas não conseguiu, abandonando o avião. O delegado informou que ainda não sabe de onde o avião decolou. "Pode ser de qualquer parte do território nacional ou, até mesmo, de fora do país", diz.
O traficante baleado foi levado para o pronto-socorro de Porto Feliz e transferido para o Hospital Regional, em Sorocaba. Após receber alta médica, ele será ouvido e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Sorocaba.
Policiais militares de Porto Feliz também ajudaram na operação, que também teve apoio do Águia. A polícia segue com a investigação para identificar os fugitivos, de onde veio a carga e para quem seria entregue. "Demos um duro golpe no tráfico de drogas", conclui o delegado.
Após dois dias de tentativas, avião com cientistas pousa na Antártica

Após dois dias de tentativas, avião com cientistas pousa na Antártica G1 acompanha expedição de 46 passageiros no continente gelado. Grupo deve fazer percurso com navio oceanográfico ainda nesta quinta (7).

Eduardo Carvalho
Do G1, na Antártica

ImagemDepois de dois dias de tentativas frustradas, o céu na Antártica ficou limpo e permitiu que o avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira, pousasse no continente gelado, na tarde desta quinta-feira (7). A expedição é acompanhada pelo G1, que integra o grupo de 46 passageiros - militares, pesquisadores e jornalistas - que seguiu rumo à base chilena Eduardo Frei.

A viagem faz parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e tem o objetivo de levar cientistas e militares para o local onde ficava a estação científica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro do ano passado.
Ainda nesta quinta, à tarde, a expedição seguirá um percurso com o navio oceanográfico Ary Rongel. A previsão de chegada na Baía do Almirantado é para as 20h.
No local, equipes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) farão a manutenção dos equipamentos de meteorologia e captação de dados climáticos. Ao mesmo tempo, técnicos do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vão analisar os impactos ambientais causados pelo incêndio ocorrido em 2012.
Atraso
Os brasileiros estavam preparados para sair do centro de Punta Arenas rumo ao aeroporto local às 7h de quarta-feira (6). No entanto, um boletim meteorológico enviado por militares que já estavam na Península Antártica impediu a decolagem.
De acordo com comandante Ricardo Parpagnoli, coordenador do quinto voo para Antártica que é acompanhado pela reportagem do G1, os ventos estavam muito intensos na região polar e não havia como enxergar a pista de pouso na base Frei, que tem apenas um quilômetro de comprimento e foi construída sobre o gelo. 
Um novo boletim foi divulgado por volta das 11h30 de quarta, quando foi indicada uma janela para pouso, termo que remete ao tempo com condições próprias para a operacionalização de uma decolagem.
A aeronave, preparada para levar soldados em operações de combate, desta vez estava repleta de equipamentos científicos, incluindo materiais que apoiarão os brasileiros na manutenção de sistemas meteorológicos instalados na Antártica – sob a supervisão do Inpe. Porém, só foi possível pousar nesta quinta-feira (7). 
Navio caro
Um navio de quase R$ 100 milhões pertencente à Marinha é um dos principais protagonistas do Proantar, o Programa Antártico Brasileiro. Chamado de Almirante Maximiliano, o navio é mantido pelo governo federal e mobiliza pesquisadores do país que estudam o Polo Sul.
Os cientistas querem descobrir detalhes de como o continente impacta a vida da humanidade e quais as consequências sofridas pela região em decorrência da atividade humana.
O incêndio ocorrido na Estação Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, deixou duas pessoas mortas e provocou a perda de 40% do conteúdo científico levantado no local.
Incorporado à frota em 2009, o navio polar Almirante Maximiano faz companhia na Antártica ao navio oceanográfico Ary Rongel. Atualmente, os dois são os principais núcleos de estudos brasileiros no continente, pois abrigam laboratórios e são preparados para enfrentar um clima hostil, com temperatura muitas vezes abaixo de zero.


Homenagem às vítimas de Santa Maria começa com aviso sobre saídas de emergência da Catedral

Presidente solicitou cerimônia para lembrar os jovens que morreram no incêndio da boate Kiss.

Carolina Martins
Do R7 em Brasília

A celebração ecumênica realizada, nesta quinta-feira (7), em homenagem às vítimas do incêndio de Santa Maria (RS), na Catedral Metropolitana de Brasília, começou de maneira inusitada. O comentarista da cerimônia, responsável por ler os ritos da celebração, fez questão de informar onde estavam localizadas as saídas de emergência da Catedral, em caso de necessidade de deixar o local de forma rápida.
— Caso seja necessário, queremos lembrar que as saídas de emergência localizam-se no vão central da Catedral e também nas suas laterais.
A cerimônia foi uma iniciativa da presidente Dilma Rousseff que quis lembrar as 238 vítimas do incêndio da boate Kiss, na madrugada do dia 27 de janeiro. Segundo a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, presente na celebração, a presidente está comovida com o sofrimento das famílias.
— Foi uma iniciativa da presidente Dilma, que quis demonstrar que o coração dela também pulsa com a comunidade de Santa Maria.
Logo no início da celebração, jovens carregando rosas vermelhas entraram na Catedral, simbolizando as vítimas do incêndio. A presidente sentou-se no primeiro banco da igreja, de frente para o altar, ao lado do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Além da presidente, que chegou acompanhada do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vários ministros de Estado participam da cerimônia, entre eles os da Saúde, Alexandre Padilha, da Defesa, Celso Amorim, das Comunicações, Paulo Bernardo, do Trabalho, Brizola Neto e da Educação, Aloizio Mercadante. As ministras do Planejamento, Miriam Belchior, da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonara Menicucci, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, também estão presentes.
Representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica também prestam suas homenagens na celebração.
Incêndio
O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que ao ser lançado atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. O fogo se espalhou em poucos minutos.
Ao entrar na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para socorrer as vítimas do incêndio ocorrido na madrugada de domingo (27), os bombeiros se depararam com uma barreira de corpos.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo, descreveu a situação.
— Os soldados tiveram que abrir caminho no meio dos corpos para tentar chegar às pessoas que ainda estavam agonizando.


"Este ano será, fortemente, o ano dos depoimentos"

Entrevista Claudio Fonteles - Coordenador da Comissão da Verdade

O ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles deixa a coordenação da Comissão da Verdade na semana que vem. Ele será substituído pelo ex-ministro Paulo Sérgio Pinheiro. A função é ocupada em sistema de rodízio. Fonteles ficou seis meses (em vez de três, como previsto) devido ao estado de saúde do ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, que ainda se recupera de uma cirurgia abdominal. Abaixo, Fonteles fala sobre as dificuldades à frente da comissão e o que poderá ser feito no futuro.
Zero Hora – A comissão iniciou os trabalhos com grande dificuldade para ter acesso a documentos que estão sob poder de militares. Essa dificuldade persiste?
Claudio Fonteles – Avançamos. Tive um almoço com o ministro da Defesa (Celso Amorim) e com os comandos militares, tivemos uma conversa muito franca, muito leal. Hoje, vejo caracterizadamente o empenho do ministro, dos comandos militares, de realmente trilhar a verdade institucional das forças militares. Que fique muito claro que, para nós da comissão, ninguém é contra Exército, Marinha, Aeronáutica e serviços policiais enquanto instituições. Elas são fundamentais para o sistema democrático. O que aconteceu foi que maus agentes públicos denegriram gravemente o bom nome dessas instituições.
ZH – Os documentos que estavam na casa do coronel Molinas foram os únicos de acervo particular que a comissão recebeu. Qual é o impacto de não ter acesso a esse tipo de documento no trabalho da comissão?
Fonteles – Agora mesmo, Vera Paiva, filha de Rubens Paiva, fez um pedido candente para que as pessoas nos entreguem documentos. Pode ser anonimamente, não vai surgir o nome. Já recebi um documento que traz um dado muito interessante e que pode desencadear uma investigação, e a pessoa não se identificou. Eu faria esse apelo para que as pessoas façam isso.
ZH – O fato de a comissão não ter poder para responsabilizar eventuais culpados aumentou a colaboração dos militares?
Fonteles – Vamos ver se aumenta. Para nós, não existe nem investigado, nem indiciado, nem acusado, nem réu, sob a ótica do Código de Processo Penal. A lei é clara: não temos funções judiciais ou persecutórias. Então, a pessoa depõe despida de qualquer quadro que possa lhe comprometer.
ZH – Qual o desafio da comissão para este ano?
Fonteles – Vou continuar trabalhando no setor de prova documental, produzindo e fazendo avaliações. Acho que este ano será, fortemente, o ano dos depoimentos. Nossa previsão é chegar ao fim de dezembro com tudo alinhavado e dedicar os meses iniciais do ano que vem para a formatação de tudo. Além do relatório, vamos emitir um conjunto de recomendações objetivas para que os governos implementem e a sociedade se envolva na defesa da democracia.


FOLHA UNIVERSAL (SP)

Delicadeza no ar

Aviação se rende cada vez mais ao comando feminino. Em 10 anos, número de mulheres na Força Aérea Brasileira aumentou mais de 150%

Marília Medrado

Cruzando os céus a bordo de aeronaves comerciais e até das Forças Armadas Brasileira (FAB), as mulheres estão voando alto na carreira. Aos poucos, as delicadas mãos femininas assumem cada Vez mais o comando de aviões que pesam toneladas.

ImagemNa aviação civil elas conquistam mais espaço. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2009, foram concedidas 59 licenças. Em 2012, o número subiu para 185, um aumento de mais dc 200% em apenas 3 anos. Na carreira militar, elas também fazem história nos ares. Uma realidade bem diferente daquela vivida até 2003, quando as mulheres não tinham vez no comando dos aviões da FAB.
A tenente-aviadora Adriana Gonçalves, de 28 anos, foi a primeira mulher a pilotar o maior avião da FAB: um Boeing 707, modelo KC l37. A aeronave mede mais de 46 metros dc comprimento, 44 de envergadura e pode atingir 800 km/h. O feito foi conquistado em 20l2, exatamente 6 anos após ela ter se formado na primeira turma para oficiais aviadoras da Academia da Força Aérea.

Segundo a FAB, a presença feminina na corporação cresceu 154% entre 2002 e 2012. “Com passar dos anos, elas têm se destacado, inclusive ocupando cargos de liderança e chefia em áreas antes tipicamente masculinas”, diz o site da corporação.

Para o tenente Adriana, é uma grande responsabilidade assumir o controle de um boeing, usado principalmente em missões humanitárias e para o abastecimento aéreo. “Todo mundo que está na aeronave depende de você. Ao mesmo tempo, é muito prazeroso voar numa máquina desse porte”, diz ela. “A minha expectativa é voar muito e ajudar o máximo possível.”
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Quem está nos ares há bastante tempo é a comandante Maria Medeiros, que entrou para o mercado da aviação há mais de 20 anos. Ainda no começo, Maria tornou-se Comissária de bordo para custear o curso de pilotagem e, depois, tornou-se instrutora de voo.

Desde 2000, ela passou a ocupar a poltrona na cabine de comando de aeronaves e é assim que pretende se aposentar. “Hoje a aviação comercial não discrimina mais as mulheres. O treinamento é altamente profissional e as empresas aéreas já entenderam o quão importante é o papel da mulher em todos os setores” diz.

Mas, segundo ela, ainda é interessante a reação de alguns passageiros diante de uma mulher comandante. “Normalmente, existe muita admiração e um pouquinho de medo nos mais machistas. Não vou negar que temos de matar “um leão por dia”, mas esse desafio é gratificante”.

Assim como a comandante Maria, Clarissa Pinheiro Pereira, de 30 anos, sempre gostou da aviação. Longe da teoria dos testes vocacionais que prestava na adolescência, a paulistana descobriu a profissão na prática. “Aos l7 anos, pedi ao meu pai para dirigir. Ele disse que carro não poderia, nem com instrutor, mas avião ou helicóptero sim”, conta. “Só de saber que eu poderia, queria saber como era”, relembra.

ImagemDesde que fez uma aula experimental no comando de um helicóptero, Clarissa voo cada vez mais alto na carreira. Ela já sobrevoou por meses os céus de São Paulo - a cidade com o maior tráfego aéreo de helicópteros da América Latina - e, mais tarde trabalhou, para empresários particulares. “Tinha quem ficasse surpreso por eu parecer nova, outros disseram que se sentiam num filme do 007”, diz. Aos 24 anos, Clarissa decidiu dar uma guinada na carreira e se tornar piloto de avião. “Graças à minha profissão conheci muitos destinos nacionais e internacionais”, orgulha-se.

A rotina dos pilotos nem sempre é fácil, mas a o comandante Priscila Schepis de Mello, de 37 anos, afirma que vale a pena. Ela, que viaja a costa brasileira, passa 15 dias a trabalho no comando de um táxi aéreo transportando funcionários para as plataformas de petróleo, atividade também dominada por homens. “Alguns dizem que é melhor pouso que já sentiram. Nós somos mais sensíveis”, diz.

Priscila admite que estar entre as nuvens é uma verdadeira paixão. “Estar próximo do céu é uma sensação de realização plena”, diz. Quando está a trabalho a saudade do filho e de casa é compensada por conversas via internet e telefone.

No começo, Priscila achou que nunca fosse se sentir à vontade com os colegas do sexo masculino. Na empresa onde trabalha, mais de 90% dos pilotos são homens. “Eles me respeitam bastante. É difícil uma mulher chegar a um patamar desse”, reconhece. “Eu me sinto privilegiada. Qual criança não sonhau, principalmente os meninos, em ser piloto”, questiona.

Foi transformando em realidade este sonho de meninos e meninas já crescidos (os cadetes) que a tenente aviadora Juliana Barcellos, a primeira instrutora de voo da FAB, trabalhou por 3 anos. De volta ao comando de aeronaves, foi ela quem ensinou até o ano passado os aspirantes a comandante, que entraram sem a mínima noção de pilotagem, a realizarem entre outras coisas, as manobras e acrobacias que tanto encantam o público. Não há diferença entre homem e mulheres. Todos têm dificuldades do mesmo jeito”, afrma a tenente Juliana. Segundo ela, a autossuperação proporcionada pela aviação a atrai. “Você sente dificuldade em começar a pilotar, mas acaba dominando aqueles vários relógios a ponto de se sentir à vontade em dirigir uma aeronave sozinha. É muito prazeroso”.








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