|

Técnicos do Cenipa estão em Boituva, SP, para investigar acidente; Piloto de paraquedista sem licença da Anac

Prazo para conclusão de relatório final é indeterminado. As investigações correm sob sigilo pelo orgão da Aeronáutica .

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram no Centro Nacional de Paraquedismo em Boituva (SP) para investigar sobre o acidente causado na tarde de segunda-feira (9).

Um avião, durante o voo, atingiu um paraquedista em queda livre arremessando ele sobre outros dois esportistas. Um acabou morrendo e os outros tiveram fraturas nas pernas.

De acordo com o Cenipa, não há prazo para a conclusão das investigações. Durante a permanência dos técnicos na cidade, eles devem ouvir testemunhas, fotografar e periciar a aeronave e equipamentos usados pelos paraquedistas, fazendo uma radiografia completa.

Conforme informações do Cenipa, a perícia é feita de forma sigilosa com finalidade exclusiva para a segurança do voo. O objetivo é identificar os fatores do acidente ou levantar hipóteses plausíveis. Assim que concluído o relatório final, ele será disponibilizado no site da entidade.

As vítimas

Os dois paraquedistas que conseguiram pousar, Conrado Álvares e Wanderson Carlos Campos Andrade, continuam internados em hospitais de Sorocaba (SP). Eles são do Maranhão e tiveram fratura nas pernas.

Alex Adelmann, de Blumenau (SC), foi atingido pelo avião e teve uma parada cardiorespiratória. O paraquedas de segurança foi acionado automaticamente. Ele ainda chegou a ser socorrido pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.

Fonte: / Notimp

---

Piloto de paraquedista sem licença da Anac

Douglas Oliveira, que pilotava avião de onde saltou o instrutor de paraquedismo morto após ser atingido pela asa da aeronave, está com habilitação vencida desde 2006

O piloto do avião que atingiu um paraquedista no ar em Boituva, a 121 quilômetros da capital paulista, está com a habilitação para lançar paraquedistas vencida desde outubro de 2006, de acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A habilitação específica para lançamento de paraquedistas é obrigatória. Douglas Leonardo de Oliveira, 35 anos, também está com o exame médico vencido desde 15 de maio de 2012, ainda segundo os dados da Anac, que podem ser consultados no site da agência. Ele tem autorização em dia para voar alguns tipos de aviões, entre os quais o Cessna no qual estava – o que não é suficiente.

A reportagem da Folhapress tentou falar com ele ontem à noite, mas não conseguiu. Em depoimento à polícia à tarde, ele disse que tinha mais de 7 mil horas de voo e que já trabalhou em companhias aéreas de transporte regular. E negou ter errado a manobra que resultou na morte do instrutor de paraquedismo Alex Adelmann, 33 anos, e em ferimentos em outros dois paraquedistas.

Adelman filmava o salto duplo dos outros paraquedistas quando foi atingido pela asa do avião. Foi jogado contra outros dois, que ao cair fraturaram as pernas. Como Adelmann ficou inconsciente, não conseguiu manobrar o paraquedas como os demais.

Ontem, o piloto disse à polícia que fez uma manobra conhecida como mergulho, em que o avião desce na vertical, após o salto dos paraquedistas. Segundo ele, trata-se de procedimento padrão e os paraquedistas não deveriam estar na rota. Era seu 11º voo no dia e, junto com os três envolvidos no acidente, outros quatro paraquedistas saltaram da aeronave e não se feriram. Oliveira alegou ainda que sentiu um impacto na aeronave, mas não percebeu que tinha atingido o paraquedista. O choque não causou avarias e ele alega ter pousado normalmente.

Segundo Roberto Peterka, ex-técnico do Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aéreos (Cenipa), e Francisco Leite de Carvalho, presidente da Federação Paulista de Paraquedismo, a manobra feita é irregular. “Ao piloto é solicitado que faça esse mergulho para a filmagem. Quando o avião lançou o paraquedista com a câmera, em seguida embicou na vertical. O paraquedista foi para baixo do avião e o avião, vindo na vertical, bateu no cameraman”, disse Carvalho.

Segundo o delegado Carlos Antônio Antunes, técnicos do Cenipa que periciaram o avião ontem pela manhã informaram que não há irregularidades na aeronave e na documentação dela. Ontem, a polícia procurou o vídeo feito por Adelman no canavial próximo ao local de pouso, onde Alex caiu, mas, até o início da noite, não havia encontrado nada. O corpo dele foi cremado à tarde, em Sorocaba.

Fonte: / Notimp


Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented