|

Super Tucano mira mercado de 300 aviões



Acordo com a Boeing vai consolidar a presença da Embraer num mercado mundial estimado em US$ 3,5 bilhões até 2020 .

Roberto Godoy .


O mercado internacional para o Super Tucano, uma classe de caças leves, dedicados ao ataque ao solo, à patrulha armada e à vigilância - além do apoio aproximado à tropa e o treinamento avançado, é estimado em US$ 3,5 bilhões, cerca de 300 aeronaves. A pesquisa de demanda foi divulgada há dois anos mas se mantém.

Segundo Luiz Carlos Aguiar, o presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), "o Super Tucano entra nessa disputa como favorito". Ontem, no Salão de Farnborough, nos arredores de Londres, a Embraer e a aviação militar da Indonésia anunciaram um contrato para o fornecimento de oito turboélices. A Força Aérea já havia comprado um lote do mesmo tamanho, em 2010, no valor estimado de US$ 100 milhões.

O novo negócio é maior. Cobre um simulador para instrução de pilotos e recursos logísticos para toda a frota. Em Jacarta, o Ministério da Defesa emitiu nota informando que o avião será empregado "em missões de controle das fronteiras, contra insurgência, e interceptação Aérea".

O A-29 é utilizado por sete nações - Brasil, Colômbia, Equador, Chile, Indonésia, República Dominicana, Burkina Fasso e Estados Unidos, onde voa o único exemplar operado por uma companhia privada. Há negócios em andamento na Guatemala, no Peru e em Angola. A empresa admite manter discussões no Oriente Médio, na África e na Ásia.

Diferencial. A semana tem sido boa para a EDS. Na segunda-feira foi revelado o acordo de cooperação firmado entre a Embraer e a Boeing Defense, para integração de sofisticados sistemas de armas no A-29. Ontem, além da formalização do contrato indonésio, circulou a notícia da venda do controle da Hawker-Beechcraft para a desconhecida Super Aviation Beijing, da China, O valor da aquisição é de US$ 1,8 bilhão. Um executivo da corporação, Qian Chunyan, anunciou a oferta que não inclui a divisão de aeronaves militares. A exclusividade da oferta vale por 45 dias.

A Hawker, faz parte do complexo Goldman Sachs & Onex e está sob regime de recuperação judicial, um meio de evitar a falência.

A unidade de produtos de Defesa é a concorrente da Embraer na escolha do LAS, para fornecimento de 20 aviões de apoio leve e ataque ao solo que a administração americana comprará, pagando US$ 599 milhões, e entregará ao Afeganistão, que está estruturando uma nova aviação.

É apenas uma parte da transação. O plano do Pentágono é expandir o processo para qualquer coisa como 100 a 120 unidades. A fatura seria de US$ 900 milhões, podendo chegar a US$ 1,2 bilhão, conforme as especificações, dos turboélices e do pacote de peças, componentes e recursos tecnológicos de combate de precisão.

Serão fatores diferenciais, itens como a possibilidade de incorporar ao seu extenso conjunto, também bombas mais leves e de pequeno diâmetro, dirigidas até seus alvos por guiagem inercial, GPS ou luz laser.

Esses tópicos fazem parte do esquema de cooperação com os americanos da Boeing Defense e são válidos ainda para outras operações além da LAS.

Fonte: / Notimp

---

Boeing vai fornecer sistemas de armas para Super Tucano da Embraer

Integração amplia conteúdo da proposta de venda aos EUA, diz empresa. Embraer anunciou também acordo para vender mais 8 caças a Indonésia.


ImagemA Embraer e a Boeing anunciaram nesta terça-feira (10) que assinaram um novo acordo de colaboração, desta vez na área de sistemas de armas. Conforme comunicado, a parceria "adicionará novas capacidades ao A-29 Super Tucano por meio da integração de armamentos que atenderá a futuras demandas de seus clientes".

A fabricante americana de aeronaves fornecerá sistemas de integração de armamento que equiparão ao caça de ataque leve da companhia brasileira.

"Essa integração amplia o conteúdo da proposta apresentada à Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), oferecendo recursos que atendem não apenas aos requisitos do programa LAS (Light Air Support), ou Apoio Aéreo Leve, mas que os superam de forma significativa", afirma o comunicado divulgado pela Embraer.

A empresa brasileira participa de um de um novo processo de seleção da Força Aérea dos Estados Unidos para a aquisição de aviões de ataque leve, em um negócio estimado em cerca de US$ 335 milhões.

O novo sistema de armamentos oferecerá um maior alcance inteligente de bombas guiadas por laser e GPS, e atenderão a futuras demandas de clientes, segundo as companhias.

O acordo reforça a oferta da Embraer em uma licitação de um contrato da Força Aérea norte-americana fortemente contestado no início deste ano. A licitação para compra de 20 aviões de combate leve para missões de contrainsurgência no Afeganistão tinha sido vencida pela Embraer, mas foi cancelada e reiniciada.

“Esta nova capacidade demonstra a versatilidade do Super Tucano e beneficiará nossa campanha nos Estados Unidos”, afirmou, na nota, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.

O anúncio é um desdobramento do acordo assinado em abril pela Embraer e pela Boeing, estabelecendo uma parceria em diversas áreas, incluindo funcionalidades para aeronaves comerciais que aumentem sua segurança e eficiência, pesquisa e tecnologia, além de biocombustíveis sustentáveis para aviação.

No dia 26 de junho, as empresas anunciaram acordo de cooperação no programa KC-390 - projeto de cargueiro militar da Embraer - que prevê o compartilhamento de conhecimentos técnicos específicos e a avaliação conjunta de mercados onde poderão estabelecer estratégias de vendas no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte.

“Este acordo permite a integração de nossos produtos em uma aeronave turboélice extremamente competitiva que oferece uma capacidade única de apoio aéreo a operadores do mundo todo”, afirmou Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing Defense. “Nossos armamentos são comprovados em combate e fazem parte do inventário da USAF, da Marinha americana e de 27 clientes militares internacionais”, acrescentou.

O Super Tucano está em operação há mais de oito anos, com mais de 160 unidades entregues. Segundo a Embraer, a frota de Super Tucano já acumulou mais de 157 mil horas de voo, incluindo 23 mil horas de combate. A aeronave está certificada para mais de 130 configurações de armamento e já foi selecionada por 10 clientes em três continentes. Também nesta terça-feira, a Embraer anunciou que assinou um contrato com a Força Aérea da Indonésia para um segundo lote de oito aviões A-29 Super Tucano.

Concorrência nos EUA

Em 30 de dezembro de 2011, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Embraer, junto com sua pareceira norte-americana Sierra Nevada Corp, tinha obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano, assim como fornecimento de treinamento e suporte. Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.

No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes. O Super Tucano foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e está em uso em seis nações, incluindo a Colômbia, o Equador e Burkina Fasso, na África.

Em fevereiro, no entanto, o contrato de US$ 355 milhões foi "posto de lado" , devido a supostos problemas com documentos. A vitória da Embraer na concorrência foi contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.

Fonte: / Notimp


Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented