Queda de helicóptero em São Paulo deixa dois mortos
Acidente foi em galpão de empresa perto da estação Água Branca. Dois homens, um de 24 anos e outro de 32, estavam na aeronave ...
Juliana Cardilli .
Dois pilotos morreram na queda de um helicóptero nesta quarta-feira (11) em São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A aeronave, utilizada em voos de instrução, caiu sobre um galpão na Água Branca, na Zona Oeste da capital paulista. O acidente aconteceu por volta das 10h20. O helicóptero havia partido do Campo de Marte, na Zona Norte, às 9h19, segundo a Infraero.
Segundo o comandante do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros, José Luiz Borges, morreram no acidente Denis Franklin Tomasi, de 32 anos, e Mailson Rocha Lopes, de 24 anos. Eles sofreram politraumatismo.
De acordo com o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denis é piloto privado e Mailson é piloto comercial.
Com a queda, um buraco foi aberto no telhado. A cauda da aeronave se partiu e ficou do lado de fora do galpão. A aeronave pertence à Master Escola de Aviação Civil, que também é conhecida como Go Air.
Ainda não há informações sobre as causas do acidente nem se o piloto alertou à torre de comando sobre algum problema antes da colisão.
O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, e vizinhos afirmam que no galpão onde aconteceu a queda funciona uma empresa de bobinas de metal. No momento do acidente, ninguém estava no local e não houve feridos.
O coordenador da Defesa Civil diz que a estrutura do galpão não foi comprometida e deve ser liberado logo após a remoção dos corpos e o trabalho da perícia.
A empresa de aviação informou à Defesa Civil que a bordo do helicóptero estavam dois pilotos profissionais que faziam um vôo de mudança de categoria. Ao G1, a empresa confirmou apenas que se tratava de um voo de instrução.
Próximo ao local da queda passam os trilhos da Linha 7-Rubi, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e funciona a estação Água Branca. A circulação de trens não foi afetada.
Polícia e Aeronáutica investigam a queda de helicóptero em São Paulo
A escola de voo Go Air informou que a manutenção da aeronave estava em dia. Instrutor de voo e aluno morreram.
Alan Severiano
A Polícia e a Aeronáutica investigam a queda de um helicóptero nesta quarta-feira (11), em São Paulo. Ele caiu sobre um galpão matando os dois pilotos a bordo. O instrutor de voo, Maílson Rocha Lopes, de 23 anos, e o aluno Denis Frank Thomazi, de 32, não resistiram.
O helicóptero Robinson-22 decolou às 9h15 para uma aula. Quando voltava, uma hora depois, caiu sobre uma transportadora, na zona oeste, ao lado de uma linha de trem.
A área onde ocorreu o acidente é rota de helicópteros. A região também tem muitos galpões e casas. Por isso, uma das hipóteses levantadas pelas autoridades é que ao perceber o problema no helicóptero, o piloto tenha tentado um pouso de emergência no terreno.
A escola de voo Go Air informou que a manutenção da aeronave estava em dia. A Aeronáutica vai investigar as causas do acidente. O irmão do instrutor, Paulo Oliveira, conta que Maílson foi o primeiro aluno da turma e que voar era uma paixão. “Ele até vendeu todos os bens que ele tinha, tinha uma moto, carro, que não é barato você se habilitar nessa profissão. Ele adorava o que ele fazia naquele momento, ele não tinha medo”.
Fonte: / Notimp
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Queda de helicóptero ao lado de estação de trem mata 2 na Lapa
Aluno e instrutor de voo morreram na hora; aeronave já havia caído em acidente perto do Campo de Marte em 2010
Empresa afirma que manutenção estava em dia; causas ainda são investigadas pela polícia e Aeronáutica
Um helicóptero caiu por volta das 10h20 de ontem a 130 metros da estação de trem Água Branca, na Lapa, zona oeste de São Paulo. A aeronave se partiu em duas sobre um galpão industrial.
Duas pessoas que estavam a bordo do helicóptero morreram: o aluno Denis Thomazi, 32, e o instrutor Maílson Rocha Lopes, 23. Eles faziam um voo de instrução.
A área onde o helicóptero da escola de aviação Go Air caiu, na rua Guaicurus, é repleta de casas e lojas.
Segundo os bombeiros, a aeronave se partiu na queda; a cauda ficou no telhado e a cabine caiu dentro do galpão.
QUINTO ACIDENTE
Foi o quinto acidente com helicópteros da Go Air em menos de dois anos, o primeiro com mortes. Um deles, em novembro de 2010, foi com o mesmo helicóptero de ontem, um R22 prefixo PT-HOL.
Na ocasião, a aeronave estava a 300 m de altura quando tombou de lado, perto do Campo de Marte, onde fica o hangar da escola de aviação. Os dois ocupantes ficaram feridos. Nos demais acidentes (dois em julho de 2011 e um em maio deste ano), não houve feridos. Todas as ocorrências foram com modelos R22.
A Go Air disse, por meio da assessoria de imprensa, que o índice é alto porque a empresa tem frota grande (quatro helicópteros) e voa muito.
"Há uma proporcionalidade", informou a empresa, para a qual o acidente de ontem foi uma "fatalidade".
A empresa disse que a aeronave que caiu ontem estava com a manutenção em dia e que, após o acidente de 2010, foi inspecionada em oficina credenciada pela Agência Nacional de Aviação Civil.
O helicóptero, a empresa e as licenças dos pilotos estavam em dia, segundo a agência, que irá auditar a Go Air em busca de possíveis falhas ligadas ao acidente.
O Cenipa, órgão ligado à Aeronáutica responsável por investigar acidentes aéreos, também apura o caso.
A polícia abriu inquérito para apurar as causas do acidente. Uma das possibilidades é falha mecânica.
"MEU DEUS"
Com o acidente, as pessoas no entorno do galpão se assustaram. A rua ficou cheia de curiosos, jornalistas e carros dos bombeiros.
O empresário Sérgio Souza estava em frente à sua loja no momento da queda. "Eu vi o helicóptero perdendo altitude, fazendo um barulho estranho e bem forte. Só coloquei a mão na cabeça e gritei "meu Deus", disse.
A Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero) lamentou o acidente e o classificou como "uma fatalidade". Os dois pilotos eram associados à entidade.
Aeronáutica pediu para a fiscalização ser reforçada
Recomendação foi feita à Anac, em fevereiro, devido a um acidente
Agência afirma que não recebeu relatório sobre o assunto; sindicato diz que voo de helicóptero é arriscado em São Paulo
RICARDO GALLO / RICARDO BUNDUKY
Em fevereiro, a Aeronáutica recomendou à Anac que criasse "mecanismos" para aumentar a eficiência da fiscalização em escolas de aviação e aeroclubes.
A motivação foi justamente a queda de um helicóptero R22 -igual ao modelo do acidente de ontem- em 27 de outubro de 2008, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A aeronave, da escola Golden Fly, também fazia voo de instrução, nas proximidades da rodovia Ayrton Senna. Os dois ocupantes saíram ilesos.
Quem fez a recomendação foi o Cenipa, órgão da Aeronáutica que apura e previne acidentes aéreos.
A investigação apontou que falhas nos procedimentos de instrução e de segurança contribuíram para o acidente. A principal suspeita é que a falta de combustível fez o motor perder potência -o helicóptero, então, caiu.
Segundo o Cenipa, o piloto não acompanhou o abastecimento da aeronave e julgou que ela tinha mais combustível do que havia.
Questionada, a Anac disse não ter recebido a recomendação do Cenipa -embora o órgão da Aeronáutica cite a agência como um dos destinatários do documento, emitido em 28 de fevereiro.
A agência diz que procurará hoje o Cenipa -que à tarde havia encerrado o expediente- para verificar se a recomendação foi enviada.
Para Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a operação de helicópteros em São Paulo é arriscada. "É um paliteiro sendo sobrevoado."
Ele diz que o problema está na baixa altitude em que os helicópteros sobrevoam a cidade, entre 150 a 240 m. "Em Nova York, só voam helicópteros nessa altitude em extrema necessidade."
Fonte: / Notimp
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