Noar 4896 - Cenipa e PF apontam que pode ter havido falha humana em acidente da Noar
Quase um ano após o acidente com o bimotor LET 410 da Noar ter causado a morte de 16 pessoas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que já emitiu 15 recomendações de segurança sobre o acidente, que aconteceu no dia 13 de julho de 2011.
As recomendações foram encaminhadas para as empresas que operam com o mesmo tipo de aeronave, para a fabricante do avião e para a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).
De acordo com as investigações, a turbina parou de funcionar logo após a decolagem, mas o LET 410 é projetado para conseguir voar mesmo após a parada de uma turbina. A suspeita de falha humana e de procedimentos de emergência é cada vez mais forte.
As peças da aeronave foram encaminhadas para laboratórios no Brasil e nos Estados Unidos, com o objetivo de se esclarecer porque uma das palhetas se rompeu e o que causou a parada do motor. Agora, as diligências buscam entender porque os pilotos não conseguiram fazer um pouso de emergência.
Segundo os investigadores da Polícia Federal, o avião tinha potência e continuou a subir mesmo depois da parada de um dos motores. Não foram descartadas as hipóteses de erro de pilotagem ou da aeronave não ter tido o desempenho esperado em voo monomotor ou ainda uma combinação dos dois fatores.
Todos os passos do Cenipa acontecem de acordo com as orientações da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci). Uma delas é que não deve ser atribuída uma escala de importância, ou pesos, para cada um dos chamados “fatores contribuintes”. Tudo aquilo que possa estar relacionado ao acidente gera recomendações de segurança, mesmo antes do término das investigações.
Relatório Final
Ainda não há um prazo para a emissão do relatório final do Cenipa e as informações utilizadas pelos investigadores, como a gravação da caixa preta, devem permanecer em sigilo, conforme estabelecem as regras da Oaci. No entanto, os investigadores mantêm contato com as famílias das vítimas, com a fabricante da aeronave, com a Noar e com a Anac, além da Polícia Federal, responsável pelo inquérito. Em setembro, uma reunião com as famílias foi realizada para esclarecer o andamento da investigação. Outra reunião está agendada ainda para o mês de julho.
Fonte: Diario de Pernambuco / Notimp
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