|

Investigação de acidente no Recife já gerou 15 recomendações de segurança

Coronel Camargo no laboratório do CENIPAPassado quase um ano do acidente com o bimotor LET 410 da empresa Noar no Recife (PE), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já emitiu quinze recomendações de segurança com base na análise dos dados do acidente ocorrido em 13 de julho de 2011, que deixou 16 vítimas. “Nós trabalhamos para evitar futuras ocorrências semelhantes no futuro”, garante o Coronel Fernando Camargo, chefe da investigação do acidente.

As quinze recomendações de segurança foram para as empresas aéreas que operam o LET 410, a fabricante do avião e para a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). São aprendizados sobre a manutenção e treinamento dos pilotos que podem ampliar a segurança de voos com aeronaves desse modelo no Brasil e em outros países.

As conclusões vêm da análise dos destroços da aeronave, de testes em laboratório e dos dados obtidos nas caixas pretas do avião, que foram recuperadas (na foto, o equipamento de cor alaranjada). Enquanto a investigação do CENIPA tem como foco elaborar essas recomendações, a Polícia Federal conduz o Inquérito para a instauração de um processo judicial.

De acordo com o Coronel Camargo, os investigadores do CENIPA já concluíram que uma turbina parou de funcionar logo após a decolagem. Peças foram então encaminhadas para laboratórios no Brasil e nos Estados Unidos para entender porque uma das palhetas se rompeu, o que causou a parada do motor. “Fomos até onde foi possível para elucidar a origem da ruptura da palheta. Mas essa falha foi o primeiro ponto da cadeia de eventos que levou ao acidente”, explica o Coronel Camargo.

Coronel Camargo no laboratório do CENIPANo entanto, um avião como o LET 410 é projetado para conseguir voar mesmo após a parada de uma turbina e por isso a investigação busca entender também porque os pilotos não conseguiram fazer um pouso de emergência. “Ele tinha potência e prosseguiu na subida, mesmo depois da parada de um dos motores. Entretanto, a partir do momento em que iniciou a curva para o regresso à pista, não conseguiu mais manter o voo nivelado”, conta. Não estão descartadas as hipóteses de erro de pilotagem ou da aeronave não ter tido o desempenho esperado em voo monomotor, ou ainda uma combinação dos dois fatores. “Nós estamos indo mais a fundo e tentando fazer uma investigação mais completa”, diz.

Todos os passos do CENIPA acontecem de acordo com as orientações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Uma delas é que não devem ser atribuída uma escala de importância, ou pesos, para cada um dos chamados “fatores contribuintes”. Tudo aquilo que possa estar relacionado ao acidente gera recomendações de segurança, mesmo antes do término das investigações, como já aconteceu neste caso.

Divulgação

Ainda não há um prazo para a emissão do relatório final do CENIPA, e as informações utilizadas pelos investigadores, como a gravação da caixa preta, devem permanecer em sigilo, conforme estabelecem as regras da OACI. No entanto, os investigadores mantêm contato com as famílias das vítimas, com a fabricante da aeronave, com a Noar e com a ANAC, além da Polícia Federal, responsável pelo Inquérito. Em setembro, uma reunião com as famílias foi realizada para esclarecer o andamento da investigação. De acordo com o Coronel Camargo mais uma reunião deve ser realizada em breve, ainda no mês de julho.


Fonte: Agência Força Aérea


Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented