Esquadrão Tracajá (1º ETA) realiza exercício operacional em Imperatriz (MA)
A movimentação intensa de aeronaves e militares mudou a rotina da pacata cidade de Imperatriz, no sudoeste do Maranhão. Entre os dias 14 de junho e 3 de julho, o Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), Esquadrão Tracajá), com sede em Belém, realizou a “Operação Alfa”, que deflagrou uma guerra simulada para treinar a capacidade operacional da unidade para realizar missões de infiltração e exfiltração aérea, ligação de comando, observação, ressuprimento aéreo, apoio e evacuação aeromédica.
Com o intuito de inserir o exercício militar em um cenário mais próximo de uma situação real, foi ativada a Força Aérea 211, que comandou missões de navegação a baixa altura (NBA) com lançamento de bordo isolado e em formação tática; voo em formação empregando formatura cerrada; pouso noturno com balizamento tático de emergência; pouso em pista não preparada; missões de manutenção operacional e de formação e readaptação de pilotos, para que as missões inerentes à aviação de transporte pudessem ser treinadas e operacionalizadas exaustivamente, de forma a manter sempre pronto o esquadrão para atuar em situações de conflito.
Um treinamento importante para quem opera na região Amazônica, onde os parâmetros de tempo, clima e condições da pista variam muito rápido, foi o pouso em pista não preparada, ou seja, em aeródromos desprovidos de pavimentação, realizadas com com a aeronave C-98 Caravan. O 1º Tenente Aviador Jardel de Souza Santana explica que “a maior dificuldade enfrentada pelo piloto neste tipo de missão é o terreno irregular, que exige um toque mais suave para evitar danos a aeronave, bem como o comprimento da pista, que obriga um pouso o mais próximo possível da cabeceira, de forma que sobre pista suficiente para efetuar a parada da aeronave em segurança.
Outra missão de capacitação realizada na manobra foram os voos em formação - voando juntas, dificultam a identificação. Utilizando aeronaves C-95 Bandeirante, foram formados sete novos pilotos instrutores líderes – que voam à frente da formação –, bem como readaptados diversos outros pilotos que compõem o quadro de tripulantes do 1º ETA.
Ao todo, em mais de 87 horas de voo, foram lançados 46 fardos isolados, 26 fardos múltiplos, cumpridas seis missões de infiltração e exfiltração de tropas, 21 missões de ressuprimento aéreo, 17 missões de transporte e 9 evacuações aeromédicas. Para o comandante do 1º ETA, além do sucesso no cumprimento de todas as tarefas programadas, um aspecto de suma importância que deve ser enfatizado é a infraestrutura logística montada para que o esquadrão pudesse operar fora de sede com 118 militares e oito aeronaves (três C-95 Bandeirante, quatro C-98 Caravan e um C-97 Brasília). “O Esquadrão Tracajá demonstrou seu alto grau de preparo e profissionalismo mantendo ininterruptamente a disponibilidade de suas aeronaves. Essa eficiência não seria possível sem o trabalho dos mecânicos e da equipe de apoio logístico”, explica o Comandante do Esquadrão Tracajá, Tenente-Coronel-Aviador João Batista Cavalcante Júnior.
Durante a operação, o Esquadrão Tracajá recebeu a visita de estudantes de escolas públicas.
Fonte: I COMAR
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