Embraer Seleciona Boeing para Integração de Armamentos no A-29 Super Tucano; Capacidade Beneficiará Aeronaves do LAS
Farnborough, Reino Unido, 10 de julho de 2012 – Boeing [NYSE: BA] e Embraer [NYSE: ERJ; BOVESPA: EMBR3] assinaram em 10/07 um acordo que fortalece a parceria entre as duas empresas e adicionará novas capacidades ao A-29 Super Tucano por meio da integração de armamentos que atenderá a futuras demandas de seus clientes.
Essa integração amplia o conteúdo da proposta apresentada à Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), oferecendo recursos que atendem não apenas aos requisitos do programa LAS (Light Air Support), ou Apoio Aéreo Leve, mas que os superam de forma significativa.
“Esta nova capacidade demonstra a versatilidade do Super Tucano e beneficiará nossa campanha nos Estados Unidos”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “O Super Tucano é uma plataforma comprovada que está em operação há mais de oito anos, com mais de 160 unidades entregues. O desempenho da aeronave, sua eficácia e os custos de operação e manutenção estão bem definidos e documentados”.
O anúncio é um desdobramento da assinatura de um amplo acordo pela Boeing e Embraer em abril deste ano, estabelecendo uma parceria entre as duas líderes da indústria aeronáutica mundial em diversas áreas, incluindo funcionalidades para aeronaves comerciais que aumentem sua segurança e eficiência, pesquisa e tecnologia, bem como bio-combustíveis sustentáveis para aviação
“Este acordo permite a integração de nossos produtos em uma aeronave turboélice extremamente competitiva que oferece uma capacidade única de apoio aéreo a operadores do mundo todo”, disse Dennis Muilenburg, Presidente e CEO da Boeing Defense, Space & Security. “Nossos armamentos são comprovados em combate e fazem parte do inventário da USAF, da Marinha americana e de 27 clientes militares internacionais”.
No dia 26 de junho, Boeing e Embraer anunciaram acordo de cooperação no programa KC-390 que prevê o compartilhamento de conhecimentos técnicos específicos e a avaliação conjunta de mercados onde poderão estabelecer estratégias de vendas no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte.
A frota de Super Tucano já acumulou mais de 157 mil horas de voo, incluindo 23 mil horas de combate. A aeronave está certificada para mais de 130 configurações de armamento e já foi selecionada por 10 clientes em três continentes.
Fonte:
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Caças leves da Embraer vão receber sistemas de armas da Boeing Defesa
Acordo. Super Tucano passa a ser oferecido no mercado internacional com equipamentos de tecnologia avançada; integração amplia proposta apresentada à força aérea americana em negócio envolvendo 20 aeronaves destinadas à aviação do Afeganistão
ROBERTO GODOY
O caça de ataque leve Super Tucano, da Embraer, vai receber sistemas de armas de avançada tecnologia da Boeing Defesa, Espaço e Segurança. A empresa americana fornecerá equipamentos de ponta como o Joint Direct Attack Munition (JDAMS), espécie de kit que transforma bombas "burras" em versões "inteligentes", para ataques de precisão.
Cotado a US$ 25 mil a unidade, o conjunto será acompanhado do JDAM Laser, um acessório que permite expandir o raio de ação e reduzir a margem de erro. O pacote inclui as Small Diameter Bombs (SDB), modelos menores, mais leves, de última geração. Sem perda de poder de destruição, mas com maior alcance: 50 a 110 quilômetros. Cada uma sai por US$ 40 mil.
O acordo de parceria será formalizado hoje, no Salão Aeronáutico de Farnborough, nos arredores de Londres. A Boeing foi selecionada pela Embraer para participar do plano destinado a adicionar novas capacidades ao turboélice A-29 Super Tucano.
Os recursos passarão a ser oferecidos em todas as ações de vendas internacionais do avião.
Ontem à noite, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, destacou que a integração de sistemas vai influenciar a disputa para fornecimento de 20 aviões da classe do A-29, no valor de US$ 599 milhões, para a força aérea dos Estados Unidos, que os repassará à aviação do Afeganistão. A empresa brasileira venceu a disputa do programa da aeronave de Suporte Aéreo Leve, (LAS, na sigla em inglês) em dezembro de 2011. Finalista derrotada, a Hawker Beechcraft, iniciou um processo judicial contestando o resultado.
Em fevereiro, antes da decisão da Justiça, a aviação dos EUA decidiu cancelar o contrato. Houve grande repercussão negativa.
Pouco depois, um novo procedimento foi iniciado habilitando as duas corporações, solicitando novas informações.
O produto da Hawker ainda está em desenvolvimento e não se enquadra nos requisitos da LAS. O Super Tucano é usado por forças de sete países e acumula pouco mais de 130 mil horas de voo, das quais cerca de 18,5 mil cumprindo missões de combate. Toda a frota em atividade soma 150 turboélices de ataque e treino. A decisão do Pentágono só será conhecida no final do ano.
Para Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil, o acordo "é uma consequência natural do bom relacionamento entre as empresas - quando falamos com a Embraer é como se falássemos com nós mesmos". Hrinak, a ex-embaixadora dos EUA no Brasil, a cooperação evidência o efeito do compromisso bilateral no setor da Defesa assinado em 2010. "A visita do secretário de Defesa Leon Panetta ao País confirmou essa posição favorável", disse.
Justiça. Nos EUA, a Sierra Nevada, associada da Embraer no programa LAS, foi à Justiça, para receber "explicações e justificativas pela rescisão do contrato, pela reabertura da concorrência e sobretudo pela readmissão de nossa concorrente no pleito".
Taco Gilbert, vice-presidente da empresa, sustenta a necessidade de "litígio transparente, e leal, em que as condições sejam iguais e que escolha o melhor, como exige a proposta". Ele revela preocupação: "com base em informações de que dispomos, tememos que esta licitação não atenda aos objetivos". Sierra Nevada e Embraer vão produzir o A-29 localmente, na Flórida.
Fonte: / Notimp
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