Subcomissão de Aviação Civil debate setor de manutenção de aeronaves brasileiras
A Subcomissão Temporária de Aviação Civil (Cistac) realizou na terça, 29/05, a décima terceira audiência pública do colegiado com o debate voltado ao cenário atual das manutenções de aeronaves brasileiras .
As oficinas de manutenção de aeronaves atendem desde as pequenas aeronaves que operam na aviação geral até jatos executivos, táxis aéreos e aviões intercontinentais de linhas regulares. A partir desta gama extensa de atuação, os debates apontaram que as oficinas de manutenção precisam ser reconhecidas e certificadas pela ANAC.
Para debater o assunto na CISTAC, foram convidados Alessandra Azeredo Abrão, proprietária da Voar/Globo Aviação; Celso Faria, engenheiro mecânico aeronáutico; Antônio Andrade, gerente de manutenção da Líder Aviação e Manoel da Silva, auditor de manutenção da Helisul Táxi Aéreo; além da participação de Mario Igawa, da ANAC.
Os debatedores afirmam que a “ausência de uma política pública que atenda a esse setor específico da atividade aeronáutica” tem comprometido o trabalho das operadoras.
“É possível relacionar ao Governo que o que se precisa é a segurança jurídica para operar dentro dos aeroportos, principalmente os federais; diminuir a carência na formação e na realimentação da mão de obra; a garantia aos acessos a sítios aeroportuários públicos, além da criação de uma cadeia tributária mais eficiente, que evite a evasão de divisas”, apontou a empresária Alessandra Azeredo.
O Brasil conta atualmente com uma frota de mais de 14 mil aeronaves, que transportam apenas na aviação regular 180 milhões de passageiros por ano. Para o professor Georges Ferreira, especialista consultor em aviação, esses números levam o país a deter “a segunda maior aviação geral do mundo”.
“A operacionalidade da Aviação Civil se deve às empresas e oficinas de manutenção de aeronaves. Mas, para toda essa frota contamos com cerca de quatrocentas oficinas que atuam num país de dimensões continentais”, aponta o consultor.
Para o Senador Vicentinho, é necessária uma ponte permanente entre essas operadoras e o poder público.
“É preciso que Governo e empresas revejam as demandas e a capacidade em atendê-las, especialmente no local onde os serviços são prestados. Hoje, o setor, se não receber atenção devida, corre risco de engessar e, com isso, ver comprometido seu crescimento”, afirmou Vicentinho.
Os debatedores ainda apontaram que a aviação civil precisa de investimentos: mais escolas que possibilitem a formação de engenheiros e de mecânicos e atualizações frequentes nas ferramentas de qualidade das manutenções, pois a aviação brasileira está evoluindo de forma rápida.
Nova Reunião
A CISTAC, a partir desta semana, realizará as audiências públicas do colegiado em novo dia da semana, passando, dessa forma, das terças para as quartas-feiras. O horário será mantido – 14 horas.
A Cistac é ligada à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal. A intenção do presidente da subcomissão, senador Vicentinho Alves (PR-TO), é apresentar um relatório sobre as ações necessárias ao aperfeiçoamento do setor e com as sugestões de mudanças na legislação da aviação civil, a partir das conclusões dos debates.
Fonte: CISTAC
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