Rio - Voos caseiros são cancelados para vinda de estrangeiros
Companhias aéreas dizem que vão realocar os passageiros afetados; pico dos cancelamentos será entre os dias 19 e 24 .
ROBERTO GODOY , MARCELO GOMES .
O tráfego aéreo doméstico será prejudicado pelas alterações impostas pelo Comando da Aeronáutica para facilitar a entrada e saída das aeronaves das delegações estrangeiras na Rio+20.
Entre os dias 19 e 23, pelo menos 106 voos domésticos serão cancelados ou sofrerão alterações por causa da Rio+20. Na prática, significa que todos os voos de média densidade passarão a sair lotados - e os normalmente lotados terão listas de espera.
No total, TAM, Gol e Azul vão cancelar 76 operações. Já a Webjet vai alterar horários e/ou destinos de 30 voos. Apenas Webjet e Azul divulgaram a relação dos voos incluídos na lista de modificações.
A Avianca, que tem operações no Tom Jobim, não informou se haverá mudanças em seus voos até o fechamento desta edição.
O dia 22 concentrará as mudanças: serão 37 voos cancelados (TAM, Gol e Azul), e 17 alterados (Webjet). No dia 20, haverá 25 cancelamentos (TAM, Gol e Azul) e 3 modificações (Webjet). E no dia 19 serão 14 voos cancelados (Gol e Azul) e 10 com alterações (Webjet).
A TAM e a Gol informaram que os clientes estão sendo informados e deverão ser reacomodados. Segundo a Azul, "todos os clientes que adquiriram bilhetes para as datas e voos mencionados já foram contatados e reacomodados". A Webjet pediu aos passageiros que, em caso de dúvida, entrem em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente.
Carga. Todos os voos de carga previstos para pousar de 18 a 24 de junho no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, serão desviados para o Aeroporto Internacional de Cabo Frio, na Região dos Lagos, administrado pela iniciativa privada desde 2001. As alterações foram confirmadas ontem pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República.
Frota de combate
A Força Aérea Brasileira (FAB) vai atuar na vigilância da conferência com uma frota de combate. O espaço será defendido por caças supersônicos, os F-5M, e pelos turboélices Super Tucano A-29, de ataque leve. As aeronaves ficarão na base de Santa Cruz. Se houver necessidade, serão ativados os jatos R-99, destinados a realizar coleta de informações de inteligência, controle e alerta.
A escolta das delegações de chefes de Estado será feita em terra por tropas do Exército, Fuzileiros Navais e agentes das Polícias Federal, Civil e Militar. Parte dessas equipes vai se deslocar em helicópteros.
No mar, lanchas rápidas e navios pesados como fragatas cuidarão da faixa de mar entre o setor hoteleiro, o aeroporto do Galeão e o local dos eventos, cerca de 37 quilômetros. Haverá blindados para dar suporte a eventuais ações.
E haverá uma novidade, os helicópteros AH-2 Sabre, o MI-35 russo, incorporados na Base Aérea de Porto Velho (RO), a partir de 2010.
Fonte: / NOTIMP
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