Faltam 8 dias para o maior evento da aviação agrícola brasileira
Falta pouco mais de uma semana para Campo Grande se tornar a capital nacional da aviação agrícola. De 27 até 29 de junho, empresários e pilotos aeroagrícolas, além de autoridades governamentais e pesquisadores, participarão de palestras e debates para discutir o futuro do setor. Será durante o Congresso Nacional de Aviação Agrícola (Congresso Sindag 2012), que vai ocupar três hangares do Aeroporto Santa Maria, na parte leste da capital sul-matogrossense.
O encontro é promovido anualmente pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e ocorre a cada edição em uma das principais cidades para o agronegócio brasileiro. Para este ano já estão confirmados participantes de 10 países (Estados Unidos e América Latina). Além disso, paralelo às discussões, três gigantes da aviação agrícola mundial, a brasileira Embraer/Neiva e as norte-americanas Air Tractor e Trush, estarão expondo seus aviões e fazendo voos de demonstração junto à pista do aeroporto. A mostra técnica contará ainda com cerca de 40 outros expositores de equipamentos e tecnologias para o setor.
MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA
Entre as palestras, o foco principal será sobre a preservação ambiental e segurança nas operações. A programação começa com o tema Intoxicações por Agroquímicos, a cargo do médico especialista em Clinica Médica e Medicina de Urgência e mestre em Toxicologia pela USP, Sergio Graff. Outro destaque do primeiro dia será a palestra Atitude sustentável no setor aeroagrícola, a cargo da mestre em biodiversidade e meio ambiente Valeska de Laquila.
Na parte de segurança, Fisiologia do voo agrícola será o tema a cargo da médica especialista em medicina aeroespacial, fator humano e fadiga aérea na aviação, Aidee Sarmiento Romero. Já os representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB), vão abordar fatores que provocam os acidentes com aviões e como evitá-los.
O Congresso Sindag também vai abordar a evolução do setor aeroagrícola no Brasil e as perspectivas para os próximos anos. Isso além das pesquisas sobre produtividade e segurança nas aplicações, feitas em parceria entre o Sindag e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entre outros temas nas palestras, o evento terá ainda uma mesa redonda entre operadores aeroagrícolas, representantes de órgãos de fiscalização e palestrantes.
A programação completa pode ser conferida no site www.congressosindag.com.br – para ver o perfil dos palestrantes, clique na janela Notícias e confira as postagens números 32 a 37.
FROTA BRASILEIRA
Atualmente, o Brasil tem a segunda maior frota mundial de aviões agrícolas. São cerca de 1,6 mil aeronaves, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). E em torno de 240 empresas de aviação agrícola (também segundo a ANAC) - cerca de metade delas filiada ao Sindag. A frota brasileira está atrás somente da dos Estados Unidos, que conta com cerca de 5 mil aparelhos.
Além disso, o próprio Congresso Sindag é o segundo maior encontro nacional do setor. Perde apenas para o encontro anual da National Agricultural Aviation Association (NAAA), nos Estados Unidos.
Sobre crescimento, expectativa do Sindag é de que a frota aumente cerca de 8% este ano. Mas com potencial para crescer ainda mais, já que, segundo o sindicato aeroagrícola, apenas 20% das áreas pulverizáveis no Brasil são atendidas por aviões. Para abocanhar mais mercado, o avião carrega consigo trunfos importantes, como eliminação das perdas por amassamento (já que não roda na lavoura), maior precisão nas aplicações e redução em 90% do uso de água no preparo das caldas para aplicação. Sem falar na rapidez.Fonte: Sindag
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