Embraer otimista com decisão chinesa sobre produção dos jatos executivos Legacy 650 na China
Virgínia Silveira .
O presidente da unidade da Embraer na China, Guan Dongyan, disse que a decisão do governo chinês sobre o início da produção dos jatos executivos Legacy 650 na China deverá ser tomada dentro de um mês. Durante a próxima década, segundo ele, a China vai precisar de 635 jatos executivos e 33% desse volume será de jatos do porte do Legacy 600 e do Legacy 650.
O executivo informou que até o fim de maio, a Embraer recebeu 23 encomendas de jatos executivos do mercado chinês, sendo 18 delas do modelo Legacy 600/650. Segundo estimativa feita pela Embraer, nos próximos dez anos a demanda do setor de aviação executiva na China deverá gerar negócios da ordem de US$ 21 bilhões.
"A Embraer entrou no mercado chinês em 2000 e nos últimos 12 anos temos a honra de testemunhar o sucesso do desenvolvimento da aviação chinesa, sendo um dos "players" desse mercado. Estamos confiantes e empenhados em servir este promissor mercado com nossos produtos", afirmou.
O diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, disse, durante a entrega de um jato executivo para um cliente chinês no começo deste ano, que o início da produção do Legacy naquele país poderá representar uma vantagem importante sobre os concorrentes. "Seremos a primeira empresa a fabricar jatos na China. Haverá outras, mas teremos alguns anos de dianteira."
A previsão da Embraer é que a unidade da empresa, localizada na cidade de Harbin, seja capaz de produzir, inicialmente, seis aviões por ano. A capacidade total será de 24 por ano.
Dongyan comentou que entre os 70 novos aeroportos construídos ou renovados na China, os aeroportos regionais constituem a maioria e o dimensionamento dos jatos da Embraer proporciona a flexibilidade e eficiência exigida pelas companhias aéreas e pelos aeroportos.
Segundo Dongyan, a Embraer recebeu, até maio, 85 pedidos firmes e 15 opções de compra para o jato 190 na China. Um total de 64 aeronaves foram entregues neste mercado. A Embraer, de acordo com o executivo, detém 78% de participação na área de jatos comerciais até 120 assentos na China.
Sobre a concorrência com o jato chinês C919, o executivo da Embraer disse que o mercado na China é suficientemente grande para comportar novos concorrentes e que o modelo chinês terá papel importante no atendimento da demanda, não só naquele país, como também internacionalmente.
Fonte: / NOTIMP
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