Rio de Janeiro - Estado autua helipontos e revê situação
Secretaria do Ambiente e Inea tentam diminuir impacto sonoro de voos na zona sul .
Dois dias após o R7 denunciar voos turísticos irregulares, a Secretaria estadual do Ambiente anunciou nesta quarta-feira (16) uma campanha visual para vistoriar os voos panorâmicos particulares, a começar pelo entorno do morro do Corcovado, na zona sul do Rio. Agentes do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), do DCEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes serão os responsáveis pela fiscalização.
Representantes de empresas de voos turísticos de helicóptero e autoridades do setor aéreo participaram, nesta quarta-feira, de uma reunião que levou a adoção de medidas para limitar o impacto sonoro de voos particulares, em especial nos bairros do Jardim Botânico, Humaitá, Botafogo e Urca, na zona sul do Rio.
O secretário do Ambiente, Carlos Minc, informou que 155 fiscais do Inea multaram dois dos quatro helipontos existentes na zona sul. Os helipontos no Mirante Dona Marta e no morro da Urca não tinham licença para operar.
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Os responsáveis pelos dois helipontos atuados têm 72 horas para pedir a licença de operação. A licença poderá ser concedida ou não, pois serão analisados detalhes da operação dos voos, como rotas que possam prejudicar a qualidade de vida de moradores.
De acordo com Minc, existem 12 empresas certificadas de turismo operando voos panorâmicos na zona sul do Rio. Nos últimos dez anos, os helicópteros operando no setor saltaram de 50 para 386.
Na reunião da quarta-feira, 16, os representes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) informaram que os helicópteros passaram a rodar em maior altitude: de 800 a 1 mil pés, subiram para 1.200 e 1.500 pés. Além disso, os voos estão passando, em sua maior parte, pela orla marítima, a não ser em casos emergenciais.
O secretário do Ambiente disse que vai estudar com os responsáveis pelas empresas aéreas a possibilidade da troca dos helicópteros, a exemplo do que foi feito por companhias que operam no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná: para diminuir o ruído dos voos turísticos, as empresas passaram a utilizar helicópteros mais silenciosos, sem o rotor de cauda exposto.
Fonte: / NOTIMP
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