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Galeão agora é o 2º aeroporto brasileiro



O aeroporto internacional do Galeão, que operou com quase 20% de ociosidade até o ano passado, passou a ser um dos principais eixos do crescimento da aviação civil no primeiro trimestre de 2012 e já se tornou o segundo maior do país. Ele desbancou Congonhas e Brasília, que seguiam Guarulhos na lista dos mais movimentados.

A pequena redução da oferta e a aversão a novas guerras tarifárias deixaram Brasília e Congonhas estagnados, enquanto Guarulhos sofre com a superlotação. O Galeão se beneficiou disso e seu movimento aumentou 19,8% no primeiro trimestre, com 4,3 milhões de passageiros. Um dos motores do crescimento foi a revitalização da economia do Rio. O outro foi a chegada de companhias aéreas estrangeiras.

Daniel Rittner .

Com economia do Rio em alta, Galeão se torna segundo maior aeroporto do país

O aeroporto internacional do Galeão, que vinha operando com quase 20% de ociosidade até o ano passado, passou a ser um dos principais eixos do crescimento da aviação civil no primeiro trimestre de 2012 e já se tornou o segundo maior do país. Com isso, o Galeão subiu duas posições e desbancou Congonhas e Brasília, os dois aeroportos que seguiam Guarulhos na lista dos mais movimentados do sistema nacional.

Em um cenário de pequena redução da oferta e de aversão das companhias aéreas a novas guerras tarifárias, o movimento de passageiros em Congonhas e em Brasília ficou estagnado. Guarulhos sofre com a superlotação e só tem horários pouco atraentes, como a madrugada, para a oferta de novos voos. Quem tem tirado proveito disso é o Galeão, cujo movimento aumentou 19,8% no primeiro trimestre, com 4,3 milhões de passageiros - quase 500 mil a mais do que Congonhas.

Para o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, a transformação do aeroporto carioca no segundo maior do Brasil é uma tendência "completamente perceptível" e reflete principalmente a revitalização da economia do Rio, com os negócios petrolíferos e os eventos esportivos à frente, mas evidencia também gargalos do sistema aeroportuário. "Com o esgotamento de Guarulhos, tanto do terminal de passageiros quanto das pistas e de pátios, há uma migração natural para outros aeroportos que possam atender às necessidades."

Uma das alavancas do crescimento no Galeão foi a chegada de companhias aéreas estrangeiras ao aeroporto. A Emirates Airlines inaugurou o voo Dubai-Rio, com extensão para Buenos Aires, no dia 3 de janeiro. Em quatro meses, a taxa de ocupação já alcançou níveis próximos de 70%, meta definida pela empresa.

O diretor-geral da Emirates no Brasil, Ralf Aasmann, conta que a aérea buscava onde implantar seu segundo voo diário no país - já opera em Guarulhos desde 2007 - e escolheu o Galeão pela facilidade de conexões, além do potencial de atrair passageiros de turismo e de negócios. A segunda frequência no próprio aeroporto de Guarulhos foi descartada, devido à falta de horários comercialmente viáveis para o aumento das operações.

"Sempre tivemos muito apoio da Infraero no Galeão, mas dentro de suas possibilidades e limitações. Um dos exemplos é que, em pleno verão e com temperatura de quase 40 graus, os passageiros embarcam em fingers sem ar-condicionado", diz Aasmann, relatando que os equipamentos estão quebrados. "Esperamos que haja melhorias em breve."

Vale assegura que elas estão a caminho. A parte nova do terminal 2, em processo de ampliação, será inaugurada em julho de 2012. Hoje a capacidade total do aeroporto é para 17,4 milhões de passageiros. Um contrato de R$ 153 milhões para a modernização do terminal 1 já foi assinado e as obras devem começar até o fim do mês. De acordo com o presidente da Infraero, essa será a reforma mais abrangente do primeiro terminal desde a Eco-92.

"O Galeão ainda tem alguma folga no pátio de aeronaves e opera com duas pistas independentes, mas tem que tomar um banho de loja e precisa dar mais conforto aos passageiros", afirma Jorge Eduardo Leal Medeiros, engenheiro aeronáutico e professor da Escola Politécnica da USP.

O especialista vê o crescimento do Galeão neste ano como um reflexo da saturação dos aeroportos de São Paulo. Ele acredita que as perspectivas de revitalização da economia carioca, com uma avalanche de eventos internacionais e o boom petrolífero, manterá o Galeão atrativo para eventual concessão mesmo depois que Guarulhos e Viracopos forem ampliados. Medeiros apoia a transferência do aeroporto para a administração privada e questiona a capacidade da Infraero em dar conta dos investimentos.

Lembrando que uma decisão sobre isso será tomada somente após a conclusão do plano de outorgas, em fase de elaboração ela Secretaria de aviação Civil, o presidente da estatal lembra que o Galeão tem um perfil diferente dos três aeroportos recém-leiloados: ainda possui capacidade ociosa e já tem pesados investimentos em curso. Para ele, o aeroporto tende a ser lucrativo e "tudo isso tem que ser pesado" na decisão de concedê-lo ou não.

O fato é que a atração de novas companhias estrangeiras para lá parece continuar: a alemã Condor acertou, com a Infraero e com a Agência Nacional de aviação Civil (Anac), o início de suas operações. Serão três voos por semana, entre o Rio de Janeiro e Frankfurt, a partir de outubro.

Fonte: / NOTIMP


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