Embraer vai voltar à disputa nos EUA
Super Tucano participará da nova concorrência da Força Aérea americana para a compra de 20 aviões de combate .
Segundo a empresa, a nova regra que exige experiência em operações reais beneficiará seu modelo .
MARIANA BARBOSA (SP) VERENA FORNETTI /(NY) .
Depois de avaliar os novos requisitos apresentados pela Força Aérea dos Estados Unidos para a aquisição de 20 aviões para equipar as tropas no Afeganistão, a Embraer informou que vai participar da concorrência.
As novas regras foram publicadas na sexta-feira. Entre as novidades que agradaram à fabricante brasileira, está a exigência de comprovação de experiência em operações de contrainsurgência.
Antes, a exigência era somente de demonstração de experiência em hora de voo, sem especificar as diferentes funções de treinamento e de combate.
A experiência deve ser atestada por meio de correspondência enviada pelos países que já utilizaram o avião em combate.
O avião Super Tucano da Embraer está em uso em seis nações, incluindo Colômbia, Equador e Burkina Fasso, na África. Já o avião da concorrente Hawker Beechcraft, o AT-6, ainda é um protótipo, desenvolvido a partir do projeto de um avião treinador (o T-6) para essa concorrência.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse estar confiante em que o Super Tucano será novamente selecionado "desde que o processo de seleção seja justo, competitivo e transparente".
"Vamos para a competição com um pouco de preocupação, pois já tínhamos assinado o contrato. Mas a ênfase na experiência em combate beneficia o nosso avião", disse ele. "Não é questão de arrogância, mas é que os americanos precisam de um avião de combate como o nosso, e não um protótipo."
Em fevereiro, dois meses depois de anunciar o avião da Embraer como vencedor, a Força Aérea americana cancelou o contrato, de US$ 355 milhões, citando problemas com a documentação.
O negócio já estava suspenso desde janeiro, depois que a Hawker Beechcraft entrou na Justiça contestando o fato de sua aeronave ter sido excluída da competição.
O imbróglio atrasou em um ano a entrega dos aviões. Pelo novo cronograma, as empresas deverão entregar suas propostas até o dia 18 de junho. O resultado somente deve ser anunciado em janeiro, com as primeiras entregas previstas para 2014.
Fonte: / NOTIMP
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