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Dilma elogia Forças Armadas e sinaliza com investimentos; Militares sem aumento

Presidente cita missão de paz no Haiti em discurso a oficiais .

KELLY MATOS .

A presidente Dilma Rousseff fez ontem um discurso elogioso às Forças Armadas e à missão de Paz no Haiti, comandada pelo Exército, e acenou com investimentos.

Durante a cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que as Forças Armadas devem estar "bem equipadas e bem treinadas" para proteger o patrimônio do país, citando as hidrelétricas e o pré-sal.

"Estamos trabalhando para que a recomposição da capacidade operativa das Forças Armadas esteja associada à busca de autonomia tecnológica e acompanhada do fortalecimento da indústria de defesa nacional", afirmou.

A presidente disse que a missão de paz no Haiti foi liderada com "sensatez e competência" e citou também o controle das fronteiras.

"Os resultados alcançados [...] demonstram a capacidade de nossas Forças Armadas de reprimir o ilícito, ampliar a proteção de nossas fronteiras e, em simultâneo, a prestação de serviços médicos e sociais à população dessas regiões", afirmou Dilma.

A presidente lembrou ainda do trabalho conjunto com as autoridades dos Estados, sobretudo o Rio, para "recuperar o controle sobre áreas conflagradas" e garantir a segurança nos "grandes eventos internacionais".

Fonte: / NOTIMP

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Militares sem aumento

Em solenidade ontem no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff promoveu 65 oficiais militares e destacou a necessidade de reequipamento das Forças para que estejam "à altura" do país. Mas evitou falar em medidas concretas. "Somos a sexta economia do mundo e queremos ser um país desenvolvido, com elevado Índice de Desenvolvimento Humano. As nossas Forças Armadas também têm de estar à altura do país em meritocracia, profissionalismo e capacidade técnica", disse a presidente, durante a solenidade.

Efusiva nos cumprimentos às famílias dos militares — a maioria dos oficiais estava acompanhada das esposas —, Dilma destacou que, para fazer perdurar o cenário de paz na América Latina, o Brasil precisa aumentar sua capacidade de persuasão. "Somos e continuaremos a ser um país pacífico, que respeita a soberania das outras nações (...). Mas sabemos que a capacidade dissuasória do Brasil é fundamental para a continuidade desse cenário de paz e de respeito mútuo", afirmou a presidente.

No entanto, um ponto que gera insatisfação para os militares — as reivindicações por melhores salários — não foi mencionado pela presidente. Apesar de afirmações do ministro da Defesa, Celso Amorim, de que o governo estaria estudando o reajuste, interlocutores palacianos asseguram que o aumento pleiteado pela caserna não sairá este ano. Além da restrição orçamentária, ceder aos apelos dos militares poderia gerar uma crise com o Judiciário, que também briga por reajuste.

Fonte: / NOTIMP


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