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Anac certifica nova manobra para pouso que promete reduzir tempo de ponte-aérea



Primeira autorizada, Gol faz voo-teste no Rio e afirma que procedimento garante mais segurança para aproximação em condições meteorológicas adversas .

Beatriz Merched .

A Anac certificou na tarde deste sábado, com um voo-teste da Gol, uma nova manobra de aproximação e pouso que reduz o ruído, diminui o tempo de viagem de 3 a 4 minutos, economiza combustível e a reduz emissão de CO2 na atmosfera.

De acordo com o vice-presidente técnico da Gol, Adalberto Bogsan, a manobra – chamada de “Performance de Navegação Requerida (RMP, na sigla, em inglês) – “garante em 80% a aproximação e o pouso dos voos em condições de neblina, chuva e mau tempo”.

O procedimento será inicialmente adotado nos voos São Paulo-Rio e 23 dos 120 aviões da frota da Gol estão habilitados a adotá-lo.

“Trafegamos com maior PIB do Brasil nessa rota. Visualizamos uma vantagem competitiva para a empresa, com diferenciais de preço e qualidade, em relação à concorrência.

A manobra consiste em reduzir a altitude gradativamente de 1500 pés (cerca de 500 metros) para 300 pés (cerca de 100 metros) a partir do Campo dos Afonsos (zona norte do Rio) – o que permite melhor visualização da pista –, até o Aeroporto Santos Dumont, no centro. Para o passageiro, a mudança de procedimento é imperceptível.

O procedimento já é muito usado na Austrália, Estados Unidos e Canadá e chegou ao Brasil pela Gol, e certificado pela Anac e pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). A Azul também pediu a certificação esta semana, em processo que dura um ano.

Segundo Carlos Eduardo Pellegrino, diretor de operações de aeronaves da Anac, a agência “está de portas abertas para que outras empresas tenham a mesma iniciativa para melhorar as condições de voo no país. Os planos são de expandir para os aeroportos de Navegantes e Londrina”.

De acordo com nota da Gol, “a performance permite a otimização do espaço aéreo por meio de trajetórias mais precisas, sem depender de sinais terrestres de rádio-navegação”. “Essa precisão torna possível o pouso em condições meteorológicas que normalmente poderiam obrigar aeronaves a aguardar para pouso, desviar para outros aeroportos ou até mesmo a empresa a cancelar voos antes da partida.”

Fonte: / NOTIMP

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Mais pontualidade e segurança

GOL mostra recurso de navegação baseado em performance

Antonio Euryco

RIO DE JANEIRO - Um desenvolvimento tecnológico militar utilizado pelas forças americanas na guerra do Iraque é a mais nova arma para que os passageiros do tráfego aéreo brasileiro possam ter maior pontualidade e mais segurança. Dos condutores de mísseis que ajudaram à destruir o poderio militar de Sadam Hussein à repaginação aérea de importantes cidades americanas – como Atlanta e Chicago -, a Naverus foi um ponto futuro que chamou a atenção da poderosa General Eletric que absorveu a inovadora industria e implementou os produtos em várias partes do mundo.

Na Austrália, os resultados junto à aviação civil foram surpreendentes. Na China, é realmente impactante. Nos Estados Unidos e Canadá estão a caminho. Na América do Sul, a LAN também faz parte desta seleção que atende pela sigla RNP-AR-Approach, e que teve no Brasil o encaminhamento via GOL como empresa escolhida pela GE – General Eletric, em projeto que ganhou iniciativa do DECEA, Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

Você, passageiro habitual ou aquele que está se inserindo agora nos trâmites de voar, pode questionar. E daí...Qual é a vantagem ? Pois saiba que situação meteorológica e tráfego congestionado que estão entre os dois piores inimigos de pontualidade e segurança, certamente vão melhorar – e muito – quando a GOL iniciar – agora só falta a homologação de certificado pela ANAC – e outras empresas também optarem – Avianca e Azul já estão a caminho – pela utilização da Performance de Navegação Requerida.

Quantas vezes, quando se precisou viajar logo cedo para o Rio de Janeiro, Curitiba, Navegantes, Porto Alegre e outros aeroportos do sul e sudeste, especialmente no inverno, com a estação de neblina e tempo fechado matinal, os atrasos de voos levaram vantagem. Horas de espera, complicações e preocupações, certo ? E também quem, no reverso, quis viajar de outros locais – Joinville, Florianópolis, Caxias do Sul, Foz do Iguaçu, Maringa, Londrina e Campo Grande, em direção a Congonhas, São Paulo. Quantas vezes não foram voos, reuniões canceladas ou adiadas...

Pois isto poderá melhorar bastante, até mesmo em 80% segundo a direção técnica da GOL. É a expectativa da companhia para decolar e pousar com maior regularidade e mais segurança, justamente com a aplicação deste procedimento técnico, explicado durante o 9255, voo especial de validação feito em um Boeing 737-800, do Santos Dumont para um giro panorâmico pelos céus ensolarado do Rio de Janeiro na tarde deste sábado, com duas arremetidas para demonstração.

A precisão deste procedimento será observado pelo passageiro, principalmente no âmbito corporativo, pelas decorrências citadas acima. Mas, especialmente, quando as condições meteorológicas não forem as ideais. Vai ganhar tempo e garantia de voo. Melhoria no acesso, na economia, na preservação do meio-ambiente. Maior segurança, mais precisão no gerenciamento do tráfego aéreo.

Em um exemplo que vem do Peru e no relatório comentado pelas autoridades aeronáuticas a bordo, a LAN Peru comprovou que depois de implementar o sistema em Cusco, entre 12 de dezembro de 2009 e 7 de fevereiro de 2010, 60 voos não tiveram os atrasos, cancelamentos ou desvios para aeroportos alternativos. Assim, 8 mil passageiros chegaram ao destino.

No Brasil, mais de 85% dos pousos são feitos com aviões capazes de voar com esta tecnologia RNP que assegura níveis baixos de ruído na aproximação. A GOL é a primeira, foi a companhia escolhida como parceira para o desenvolvimento do projeto. Para o Vice-Presidente Adalberto Bogsan, “este não é um projeto privilégio nosso, é do DECEA e da Anac, do SNEA e da GE, é para as demais empresas, é para a aviação do Brasil... Estamos investindo em alta tecnologia, em procedimentos de segurança, eis os méritos de todos que pudemos atestar, a partir de hoje, com esta evolução”.

Aeroportos que não contam com o ILS serão ainda mais beneficiados quando da extensão do programa, como no caso de Vitória. O começo é mesmo com o Santos Dumont, no Rio, e com a Ponte-Aérea para Congonhas (SP), a rota mais freqüentada do Brasil e uma das mais ativas em todo o mundo. Entre os fatos reiterados no voo da GOL e nos pronunciamentos feitos durante o coquetel no Espaço do 14 Bis (restaurante), a otimização do espaço aéreo por meio de trajetórias mais precisas, com a Performance de Navegação Requerida.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Luis Argerich


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