Forças no Esporte - Documentário registra como programa está mudando a realidade de jovens no Brasil
Resgate da autoestima, aumento do aproveitamento escolar e reinserção social de jovens residentes em áreas de risco são algumas das transformações proporcionadas pelo Programa Forças no Esporte registradas no documentário lançado na quarta-feira (18/4), no auditório do Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O vídeo, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), consumiu quase 1 ano de trabalho entre captação de imagens, entrevistas e edição. No total foram cerca de 200 horas de gravação. Duas equipes visitaram unidades do Exército Brasileiro, Marinha e Aeronáutica em Brasília, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Goiás, Fernando de Noronha, Alagoas, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Norte.
Programa Segundo Tempo - Forças no Esporte, uma parceria entre os Ministérios da Defesa, Esporte e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, é desenvolvido em 84 organizações militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) distribuídas por todo o Brasil. O objetivo é fornecer condições para esses estudantes superarem a exclusão social, utilizando como uma das ferramentas o esporte. O programa atende 12 mil jovens. Na Força Aérea Brasileira (FAB), dez unidades participam do Forças no Esporte e atendem 2 mil crianças.
As atividades do Programa são desenvolvidas sempre no contra-turno escolar. Oferece uma infraestrutura na qual disponibiliza aos jovens aulas de reforço escolar, duas refeições diárias balanceadas e práticas esportivas das mais variadas como tênis de campo, tênis de mesa, badminton, basquete, futebol, vôlei e remo. Além disso, várias unidades militares, preocupadas com a inserção desses jovens no mercado de trabalho, oferecem oficinas profissionalizantes.
Em 23 minutos, o documentário retrata as histórias de vida de brasileirinhos, de norte a sul do País, que começaram a ser reescritas pelo Programa, como a de Sidclei Deividi Sobral, morador em uma comunidade na periferia de Recife. “Não queria saber de nada, só pensava em destruir e pichar a escola, mas mudei. Estou estudando bastante, respeitando os professores e quero um futuro melhor para a minha vida”, afirma. “Antes, ficava de bobeira, só assistindo TV. Agora venho e participo das atividades esportivas. Melhorou muito minha vida”, diz outro estudante, Johnny Nunes da Silva, 13 anos, que pratica ciclismo no programa desenvolvido na Base Aérea de Natal há dois anos.
Somados a esses depoimentos, o vídeo também relata a melhora do desempenho escolar dos jovens e adolescentes além da preocupação das várias unidades militares em oferecer condições de inclusão no mercado de trabalho. “Quero aprender a mexer com essa área de confecção e, quando crescer, talvez possa ter a minha própria empresa”, almeja Pedro Paulo Valadares de Sousa, 15 anos, participante de uma oficina de confecção industrial no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), no Rio de Janeiro.
Leia também: