Complexo do Alemão recebe UPPs


Mesmo com a chegada dos policiais, os 1.700 soldados da Força de Pacificação vão continuar no complexo. Eles serão redistribuídos nos patrulhamentos das outras favelas. A saída definitiva só deve acontecer após a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho.
“Quando entramos aqui, tínhamos a sensação de Sarajevo (referência ao conflito armado na Bósnia). As UPPs não convertem as comunidades em paraíso de uma hora para outra, mas mudam a vida dessas pessoas”, declarou o governador Sérgio Cabral na inauguração. Outras seis unidades devem ser instaladas nos complexos do Alemão e da Penha, com um total de 2 mil policiais. Tropas do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ajudarão no patrulhamento durante a transição.
Na avaliação do general Adriano Pereira Júnior, do Comando Militar do Leste, o Exército deixa como legado uma região menos violenta. Ao longo da ocupação, as tropas entraram em confronto com traficantes e enfrentaram resistência dos próprios moradores. Eles acusaram os soldados de abusos, furtos e até tortura.
O caso mais grave é a morte de Abraão da Silva Maximiliano, 15 anos. Em dezembro de 2011, ele foi atingido por um tiro disparado por um soldado num campo de futebol. O Exército afirmou que ele era envolvido com o tráfico. A família nega. A polícia investiga o caso.
Fonte: / NOTIMP
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