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Ministério Público Militar: Enxoval investigado



Exigência de que recrutas comprem material para o curso de formação é alvo do Ministério Público Militar .

Guilherme Amado .

O Ministério Público Militar (MPM) decidiu investigar a denúncia de que a Aeronáutica tem exigido de seus recrutas um enxoval, incluindo roupas e material escolar, conforme publicado no Correio no último sábado. Em despacho, a procuradora-geral da Justiça Militar, Cláudia Márcia Ramalho Moreira Luz, designou a promotora Ione de Souza Cruz para apurar as denúncias e tomar as medidas cabíveis.

Na semana passada, a Aeronáutica admitiu que a cobrança era feita, mas negou que o pedido de enxoval tivesse caráter obrigatório. No entanto, em um documento a que o Correio teve acesso, com o título "Material obrigatório para o início do curso", o Batalhão de Infantaria Especial de Brasília (Binfae) pede que os soldados providenciem eles mesmos itens como toalhas, calças jeans, tênis e material escolar para que possam participar do Curso de Formação de Soldados. O custo dos itens pedidos soma, no mínimo, R$ 500.

A exigência de enxoval contraria o Estatuto dos Militares, lei que define o funcionamento das Forças Armadas, que afirma caber à Aeronáutica providenciar esse tipo de material. Na prática, a exigência dificulta a entrada de pessoas mais pobres na instituição. "Tem muito colega de família mais pobre que desistiu por causa dessa obrigatoriedade", relatou um militar que pediu anonimato.

O Ministério Público Militar também investiga a prática no Exército, após denúncia de que o Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, estaria exigindo que os novatos também levassem seu próprio enxoval.

Fonte: / NOTIMP








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