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Seminário discute os rumos da indústria nacional de defesa

A integração entre o governo e a iniciativa privada no desenvolvimento da indústria tecnológica nacional foi o tema principal do II Seminário Estratégia Nacional de Defesa: Política Industrial e Tecnológica, realizado nesta quarta-feira (15/02), no Auditório Nereu Ramos, no Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. A Medida Provisória 544, aprovada na terça-feira (14/02) pela Câmara dos Deputados, também ganhou destaque nas mesas redondas. Oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB), da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro mostraram os projetos em desenvolvimento e os planos estratégicos para o futuro.

O presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Câmara dos Deputados, Deputado Carlos Zarattini, abriu o encontro lembrando da importância da sociedade na discussão do desenvolvimento de uma tecnologia nacional de Defesa.

“A indústria de defesa não é só uma questão das Forças Armadas, é também uma questão do país. Precisamos de uma base industrial do país com tecnologia nacional. Todas as compras no exterior devem cumprir a premissa de permitir a transferência de tecnologia”, defendeu Zarattini.

Na abertura, o Ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou a importância da sociedade nos rumos da defesa do país e citou uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostrava que os brasileiros percebem o valor do investimento em tecnologia. Para o ministro, a Medida Provisória 544 “permite um tratamento mais favorável às empresas que invistam na indústria nacional de defesa e garante a aquisição regular de tecnologia brasileira”.

“Um país soberano não pode delegar a sua defesa a terceiros. As Forças Armadas bem aparelhadas minimizam as possibilidades de agressões externas. A Medida Provisória 544 reduz o custo tributário de novas aquisições para a indústria de defesa e assegura a capacidade tecnológica e o desenvolvimento nacional. A nova política reorganiza a indústria nacional de tecnologia de defesa e gera empregos no país”, frisou Amorim.

De acordo com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, o desenvolvimento de uma tecnologia nacional brasileira está alicerçada no Plano Brasil Maior do Governo Federal e em três setores estratégicos: o cibernético, o espacial e o nuclear.

“Dos nove pontos do Plano, quatro deles se referem às atividades da Defesa, os sistemas de guerra cibernética, o complexo da defesa tecnológica, o programa espacial e o programa nuclear”, explicou Raupp.

O Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, Major Brigadeiro do Ar Álvaro Knupp dos Santos, citou a importância da integração entre a área de Ciência, Tecnologia e Inovação em defesa, entidades públicas e privadas na construção dessa tecnologia nacional em pólos científicos e tecnológicos que favoreçam o ambiente de inovação e competitividade industrial.

Já o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, apresentou os projetos da Força Aérea Brasileira em andamento, como o do cargueiro KC-390, o H-XBR, em parceria com a Helibrás, e o Projeto FX-2.

“A COPAC é responsável por 21 projetos de grande envergadura da Aeronáutica que estão alinhados com a Estratégia Nacional de Defesa”, ressaltou o Brigadeiro Baptista Junior.

Participaram da abertura do seminário o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, o Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Julio Soares de Mora Neto, o representante do Exército Brasileiro, General Renato Joaquim Ferrarezi, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General José Carlso De Nardi, e o Diretor-Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Orlando José Ferreira Neto, representantes do Ministérios da Defesa, Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Econômico e Social e das empresas EMBRAER e da Odebrecht.


Fonte: Agência Força Aérea








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