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Expansão da carga aérea atrai gigantes



Os ganhos com o transporte aéreo de carga na América Latina, que devem triplicar nas próximas duas décadas, atraem atenção principalmente de empresas gigantes estrangeiras, como a Korean Air Lines. Esta companhia, a segunda no ranking mundial, anunciou ontem que busca local para construção de um centro de distribuição no Brasil. Este é um dos exemplos da expansão do negócio de carga aérea no País nos próximos anos, com forte aumento da concorrência.

Anderson Ribeiro Correia, coordenador da pós-graduação em Engenharia Aeronáutica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), afirma que a demanda forçará novidades no setor: “O aeroporto de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, deve ser uma boa aposta para o futuro do transporte aéreo de cargas no País”.

Maria Fan, gerente-geral da Azul Cargo, acredita nisso. “Apostamos em um crescimento entre 12% e 15% do volume nacional de carga aérea em 2012”, afirma ela. Outra otimista é a TAM Cargo. Depois de transportar quase 119 mil toneladas no mercado doméstico e quase 114 mil toneladas no mercado internacional no ano passado, a empresa experimentou crescimento de 2,3% e 8,3%, respectivamente, sobre 2010, conta Euzébio Angelotti, diretor da empresa.

Para Carlos Figueiredo, diretor de Cargas da GolLog, a demanda vai aumentar. “Nos últimos dois anos nos expandimos acima de 50%, bastante alavancados pelo desempenho das encomendas expressas”, ressalta. O transporte aéreo de cargas está associado principalmente a duas variáveis: o tempo e o custo do bem transportado. É também uma atividade que, bem gerida, traz uma boa margem de lucro para a companhia aérea e tem sido alvo de atenção das empresas.

“Em 2010 construímos um novo terminal de carga em Congonhas e ampliamos outros terminais, na Região Nordeste. Este ano iniciaremos a operação do novo Terminal do Aeroporto de Guarulhos, o maior investimento da Gollog em 11 anos”, diz Figueiredo. Por outro lado, Eduardo Faria, diretor regional de Vendas da Lufthansa Cargo, traz a visão de fora do País: “A grande oferta de capacidade de carga aérea tem gerado preços agressivos no exterior”.

Fonte: / NOTIMP








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