Dia da Aviação de Asas Rotativas
Na ocasião, nossos tripulantes resgataram em território hostil da República do Congo, empregando helicópteros H-19 da ONU, missionários cercados por rebeldes fortemente armados.
Esse fato, reconhecido em carta pelo presidente norte-americano à época, marcou a data pelo ato de bravura e como símbolo do espírito, ao mesmo tempo guerreiro e abnegado, da Aviação de Asas Rotativas.
Após 48 anos daquele ato heróico, a Aviação de Asas Rotativas da FAB passou por um processo evolutivo acentuado em termos operacionais, doutrinários e tecnológicos. Em sua vertente de combate, implantou e consolidou: o combate aéreo similar e dissimilar, o emprego noturno, com óculos de visão noturna (NVG), as técnicas de navegação entre obstáculos, conhecida como NOE, a interceptação de aeronaves de baixa performance, participando efetivamente como elo do SISDABRA e realizou o primeiro emprego de míssil ar-solo da FAB durante o recebimento dos helicópteros SABRE, de origem Russa.
Em sua vertente de apoio, implantou e consolidou: as técnicas de infiltração com NVG, para as medidas de controle de solo, em apoio ao COMDABRA, as técnicas de resgate para a assistência nas calamidades públicas e sinistros aéreos, como foram as imprescindíveis ações de retiradas dos corpos dos acidentes de vulto, como o da GOL 1907 e AIR FRANCE 447 e o socorro às vítimas das enchentes da região serrana e do terremoto no Chile.
O agora da Aviação de Asas Rotativas é de renovação das plataformas e de elevação da capacidade operacional. A substituição de equipamentos que possuíam algumas restrições para o cumprimento das missões por vetores como o AH-2 SABRE, o H-60L BLACK HAWK e o H-36 CARACAL possibilita à FAB um salto operacional expressivo, pois a capacidade de voar com óculos de visão noturna associada às potencialidades dos armamentos, sistemas de auto defesa e sensores que permitem uma excelente consciência situacional, certamente potencializarão nossa letalidade.
A capacidade de reabastecimento em vôo do H-36 torna o Brasil o único País no hemisfério sul com esta capacidade estratégica.
Os sistemas de armas do AH-2, como o canhão de 23mm em torreta, os mísseis ar-solo e os foguetes propiciam a precisão e a destruição dos alvos selecionados, tornando-se um diferencial para os próximos conflitos.
Dotados de armamento frontal, o helicóptero apresenta-se, ainda, como o vetor que perpetuará o combate durante um conflito, já que independe de pistas que podem ser interditadas, devido à ação do inimigo. Tal capacidade, a de operar a partir de pontos remotos de abastecimento e remuniciamento, permitirá o aumento adequado do raio de ação, a fim de possibilitar o cumprimento das missões de Ataque, Escolta, Interceptação e PAC, dentro da Tarefa de Superioridade Aérea e CSAR, transporte aero logístico e SAR, dentro da Tarefa de Sustentação ao Combate. Ou seja, a Aviação de Asas Rotativas realiza, praticamente, todas as missões das demais Aviações da FAB, dentro de suas características.
Tripulantes da Aviação de Asas Rotativas de ontem e de hoje, mantenham o espírito aguerrido, a chama do combate acesa, da abnegação, da união e do perpétuo aprimoramento intelectual.
O sonho de uma Aviação de Asas Rotativas capaz de cumprir em plenitude missões ofensivas, defensivas e de suporte em prol da FAB, antevisto no passado por alguns idealistas, hoje é fato consagrado e motivo de júbilo para todos.
Guerreiros das Asas rotativas, empreguem seus helicópteros de combate com perícia e ousadia!
O grito de guerra da Aviação de Asas Rotativas, que surgiu como forma de expressar o desejo inabalável de manter a chama do emprego armado e o espírito de luta na Aviação, agora está verdadeiramente materializado por meio dos novos vetores de combate.
Parabéns combatentes das Asas Rotativas...
AOS ROTORES,
O SABRE!!!
TEN BRIG AR GILBERTO ANTONIO SABOYA BURNIER
COMANDANTE-GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS
Fonte: COMGAR